O Terno de Piltover Contra: Jinx escrita por Marie
Notas iniciais do capítulo
Mil desculpas pela demora (mentira), acostumem-se com a demora, pois ela é minha grande amiga :)
– Ai, sabe, esta bola de ferro não combina com a minha roupa. – Disse Jinx sentada no colchão dentro da cela enquanto Vi tirava um grilhão de um armário da delegacia.
– E é por isso que você vai vestir esse macacão laranja, combina com seus olhos. – Caitlyn retruca sarcasticamente Jinx.
– Tá brincando? Eu não vou usar esse pano velho, e nem essa bola de ferro.
– Você vai sim, e se reclamar ponho um grilhão em cada pé – Disse novamente a xerife.
– Eu não sei o que é um grilhão, eu só não quero duas bolas de ferro na minha canela!! – Com certa melosidade na voz.
– Para de reclamar, você vai fazer o que nós mandarmos. – Caitlyn abre a cela- Agora vá se trocar, e Vi e eu iremos com você caso queira dar uma de espertinha e fugir, vamos! – Segurando Jinx pelo braço foram até o banheiro.
– Me deixa ir com vocês? – Disse Jayce do lado de fora de braços cruzados encostado na porta.
– Cala a boca Jayce! – Gritou Caitlyn.
~~
– Mais rápido infeliz você ainda tem a cidade toda! – Grita Vi sentada na calçada enquanto Jinx esfregava um dos telhados de Piltover.
– Assim que eu conseguir tirar essa bola da minha canela eu vou tacar ela na sua cabeça mãozuda. – cochichou para si mesma.
~~
– Muito bem Jinx, você limpou mais da metade dos telhados pichados, eu estava esperando até menos. Devo dar meus parabéns. – Caitlyn escrevia o relatório e Jinx estava deitada no chão da cela.
– Pode ficar com os parabéns pra você.
– Cheguei com a comida!! – Jayce abre a porta da delegacia animado e nas mãos saquinhos de lanche.
– Finalmente! – Vi pega seu lanche esbaforida.
– Deixa o meu encima no frigobar, depois eu como. – Disse Caitlyn sem levantar a cabeça.
– Jinx, a Caitlyn não me deixou comprar lanche pra você. – Jinx estava sentada no chão com cara de cachorrinho esfomeado. – Eu te dou um pedaço do meu lanche.
– Não vai dar nada, ela tem que aprender que o que ela fez é errado. – Continuando sem levantar a cabeça.
– Mas eu sou um saco de ossos, se vocês me deixarem sem comer eu posso morrer e aí adivinha quem vai fazer todo o trabalho? Isso mesmo, não vai ser eu. Eu vou estar morta!
– Hm! Parece que alguém aqui pensa um pouquinho quando lhe convém. – Comentou Vi colocando ketchup em seu lanche.
– Ótimo! Come o meu lanche, eu to sem fome. – Caitlyn pega suas coisas da mesa e o lanche, entrega o lanche para Jinx e, com os papéis embaixo dos braços entra em outra sala da delegacia – Estou ocupada, não me perturbem a não ser que seja muito importante.
– Hm!! Alguém aqui não está pra brincadeiras... – Retrucou Vi ao som da porta se batendo.
– O que ela tem? – Pergunta Jayce.
– E eu vou saber?
– Acho que você deveria falar com ela...
– Por que eu?
– Porque... vocês meio que se dão... – engole um pedaço de hambúrguer- vocês se dão bem.
– Eu entendi o que você quis dizer, e eu vou dizer, não foi engraçado.
– Eu não entendi. Podem me explicar? – A voz de Jinx surge.
– Hahaha vamos lá Vi, cadê o seu sorrisinho?
– Pera que eu vou procurar hora que eu terminar de comer. Ok? – Jayce gargalhou.
– Bom, garotas, eu vou pra casa. Jinx não precisa entender, foi uma brincadeira. Relaxa e boa noite. – Jayce levanta do sofá e vai embora sem mais delongas.
– E você Jinx é bom dormir cedo, amanhã o seu trabalho começa bem cedo, e eu garanto que vai ser bem exaustivo.
– Que maravilha! – Retrucou Jinx com uma animação falsa.
~~
– Acorda encrenca! – Vi bateu na cela com uma caneca.
– Eu já to acordada, não ta vendo meu olho aberto. – Jinx estava olhando o teto imóvel com todas as partes de trás de seu corpo apoiadas no chão duro e gelado – Eu não dormi.
– Que dó, você quer um tazo por isso? – Sarcasticamente Vi responde – Toma aqui o seu café da manhã. – A policial arrasta uma bandeja para dentro da cela e a meliante come a gororoba toda.
– Espero estar pronta pra lavar mais tetos e paredes. – A Xerife chega colocando seu cachecol e casaco no mancebo que se encontrava atrás da porta – Espero que tenhamos casacos sobrando pra ela, porque está frio lá fora.
– Ela poderia tirar o dia de folga hoje, ela não dormiu a noite e está frio, vamos dar um desconto pra ela. – Vi pensou alto tirando a bandeja da cela e levando até a cozinha que ficava nos fundos da delegacia.
– Dia de folga? E alguém aqui perguntou se eu dormi bem? Alguém aqui perguntou se eu queria um dia de folga por estar com frio? – Caitlyn seguia Vi.
– Eu não queria falar isso Cat...- Gaguejou Vi jogando de qualquer jeito o prato e talheres na pia.
– Você queria sim, queria muito bem. Por que protege ela? Ela quase acabou com a cidade, você sabe o tamanho perigo que temos diante de nós? Se a gente não impuser regras aqui ela não vai nos levar a sério. – Jayce chega e faz o mesmo procedimento de Caitlyn com suas roupas. Jinx estava sentada no colchão da cela em um saguão vazio e barulhos vinham do fundo da delegacia.
– Eu sei Caitlyn e é por isso que eu quero mantê-la dentro da cela hoje, se ela se revoltar com alguém com certeza as primeiras pessoas seremos nós. Você já parou pra pensar isso? Sem nós não teria polícia nessa cidade e aí sim ela destruiria tudo. Além de tudo, eu sinto pena dela, fui eu que encontrei ela e o pouco tempo que eu cuidei dela, não sei, eu sinto que conheço ela faz tempo...
– Eu não to ouvindo isso. Vi, de qualquer jeito nós seremos os alvos dela! – Disse Caitlyn encostada na pia sem muito mais forças para falar. Ela respira fundo. – Está bem, hoje nada de serviço pra ela, e por você ter discutido comigo, você que vai limpar aquela tinta rosa.
– Ai meu Deus! – Jayce abre a porta da cozinha. – A Jinx sumiu!!
– O que!? – instantaneamente as duas olham para Jayce que ainda estava com a mão na maçaneta.
– Haha, peguei vocês. – Gargalhou Jayce. – Ela está bem ali, viram? – Apontando para a cela vazia.
– Jayce, seu idiota!!!!! – Um urro fora solto da boca de Caitlyn, era um som contínuo e forte, provavelmente pode ter sido ouvido por uma boa parte da cidade, inclusive pela própria Jinx que estava limpando algumas paredes para pintá-las novamente. Seu sorriso se fez e uma gargalhada dissipou-se no ar.
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