O Terno de Piltover Contra: Jinx escrita por Marie


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Penultimo capítulo, e o coração ta onde?



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O exército de robôs estava se espalhando pela cidade, todo aquela melodia composta por ferro atritando com outro ferro, engrenagens, fumaça dava uma música horrível e tenebrosa, era mais barulho do que melodia, era um grande desfile assustador de robôs. Aos poucos o grande exercito foi virando pequenos exércitos que se dividiam entre as ruas parte procurando Jinx, parte procurando pessoas feridas.

Não havia mais Sol pra iluminar a cidade, mas também não tinha nuvens que cobrisse o Sol, na verdade, o céu estava cheio de mísseis, e estavam perto da cidade como se fosse uma grande cúpula de mísseis grande, médios e pequenos em uma distancia de mais ou menos 50 metros de altura; milhares e milhares deles. Estavam parados, imóveis só esperando o comando do controle para serem lançados, só a um dedo de acontecer uma chuva de mísseis.

— Isso é assustador, olhar essas coisas imóveis no céu é de tirar o fôlego – dizia Jayce pra si mesmo enquanto andava pela cidade com alguns robôs o acompanhando – parece grande olhos que observam todos nossos passos...

— Sabia que dizem que quem fala sozinho é louco? – uma voz feminina vinha da frente de Jayce, ela estava sentada na calçada com as pernas cruzadas feito índio de um dos lados havia sua arma e do outro um pequeno aparelho com dois botões da mesma cor.

— Jinx!

— Olá, topetinho, te ver aqui sozinho da até uma dor no coração. Cadê suas amigas? – dizia a menina com um sorriso estampado no rosto em sinal de "eu venci".

— Bom, não tem porque eu menti, elas estão procurando você.

— E olha só quem me achou... a pessoa que foi ser o encarregado de cuidar das pessoas que eu matei, mas vocês ainda têm as esperanças de encontrar alguém vivo, ops! – Jinx coloca a mão na boca em um gesto bem teatral – não, nada de ops, eu matei todo mundo mesmo.

— E qual é seu plano, apertar o botão e destruir a cidade?

— Hahaha, como você adivinhou? Você é um dos mais espertos da turma, pena que ninguém liga pra você.

— Isso não é verdade – Jayce segurava seu martelo com muita força que chegava a doer seus músculos, não gostava que as pessoas diziam isso dele, apesar de ser metade verdade, o trio nem sempre era trio, era só Vi e Cait.

— Tá vendo, tá vendo!? – a garota apontava para as mãos do policial com ar de surpresa – você ta apertando de mais sua arma, eu disse algo que você não goste?

— Heh, até parece que uma garotinha como você vai me tirar do meu centro.

— Não precisa mentir pra mim – quando ela gesticulava com a cabeça suas tranças balançavam em sinal de não – mas eu gostaria mesmo de saber por que você é o excluído da turma. Você é o mais legal dos três – antes que Jayce fizesse algum movimento com seus braços enrijecidos de ódio, Jinx começa seu monólogo – vou te contar outra coisa, eu estou sentada aqui já faz um tempo, eu pensei que seria a Caitlyn e a Vi as primeiras a me encontrar, iria fazer uma proposta pra xerife, mas agora, eu tive outra ideia, eu vou ficar sentada aqui, e você vai sair correndo pra procurar as suas colegas, quando encontrar elas você vai mandar elas virem me encontrar – aponta o powpow para Jayce – tem dois detalhes, se você olhar para trás eu atiro em você, e o outro é que você tem 10 minutos pra achar elas e trazer elas até aqui ou então eu aperto o botão da chuva de mísseis, você não tem direito a perguntas. Vai!

Primeiramente Jayce fica desnorteado de como a regra do jogo era e gostaria de perguntar algumas coisas, mas o tempo já estava passando, então saiu correndo com uma enorme vontade de olhar para trás para ver se Jinx teria fugido, mas não olhou e virou a primeira esquina que encontrara. Agaixou-se e ligou para o celular de Caitlyn.

— Onde você está, Jayce?

— Eu encontrei a Jinx! – com a voz baixa e tentando olhar para onde virou a esquina para ver se a Jinx ainda estava sentada.

— O que?!

— É verdade, eu achei ela, ela mandou eu ir atrás de você e da Vi e fazer com que vocês viessem pra cá em menos de 10 minutos ou então ela vai acionar os mísseis.

— Você tem certeza que ela não fugiu?

— Tenho, eu estou olhando ela agora e ela está sentada olhando pro céu.

— Ok! Me passe sua localização, estamos indo imediatamente!

Jayce passa a localização de onde está e logo Vi e Caitlyn saem correndo em direção à Jinx, não estava muito longe, mas algumas ruas estavam interditadas por carros mal estacionados e destroços de prédios e por isso tiveram que mudar o rumo do trajeto. Ao chegarem onde Jayce estava faltava menos de 3 minutos para completar o tempo pedido por Jinx. Jayce e Caitlyn se dirigiram até a menina que estava sentada olhando para cima e cantarolando, enquando Vi dava a volta por outra rua sem ser vista.

— ahem! – pigarreou a xerife.

— Oi chapeleira! – retrucou Jinx que agora olhava para Caitlyn.

— Jayce me disse que você queria me ver, pode dizer o que é.

— É, claro, mas cadê a sua namoradinha? – as bochechas de Caitlyn ruborizaram.

— ern.. não somos namoradas – Caitlyn estava sem graça e quase perde a compostura de chefe, mas se isso acontecesse toda a missão iria por água abaixo – eu não sei onde Vi está, nós três nos dividimos para procurar melhor.

— Ótimo plano, só que não. Por que quando morrerem não vão poder se despedir.

— Você me chamou aqui só pra falar besteira?

— Que rude chapeleira! – Jinx levanta e se aproxima de Caitlyn – É o seguinte, xerife, aqui na minha mão eu tenho a maquininha que faz os mísseis descerem ou não – a menina entrega o dispositivo para Caitlyn que pega um pouco insegura – você consegue ver que os dois botões são de cores iguais, até um daltônico consegue ver. Bom, essa é a brincadeira, você vai poder escolher se a gente vive ou morre, é só escolher o botão certo.

— Você ta brincando com a minha cara né, Jinx?

— Se eu não estivesse qual seria a graça? O que é mais engraçado que ver a xerife em pânico? Primeiro perdeu a confiança no hospital por uma paciente louca que se comportou bem e agora vai perder a cidade toda pelo mesmo motivo, isso não é excitante? – os olhos de Jinx queimavam Caitlyn e o sorriso a gelava, era um misto de emoções, tudo estava em suas mãos agora e se apertasse o botão errado toda a cidade seria destruída e o que sobrasse, as pessoas que conseguissem fugir iriam descobrir que fora Caitlyn a causadora de tudo.

— E então, Caitlyn, qual botão você escolhe?

Ekko depois de desmaiar pela martelada de Jayce e acordar novamente não sabia quanto tempo havia se passado e pedia com todas as forças para que não seja tarde de mais, ele levanta cambaleando e com uma das mão na costela que ainda doía e que por pura sorte não estava quebrada. Começando a andar sentia todo o corpo doer, já estava cansado, fraco e sem esperanças, mas ainda sentia que podia salvar Jinx, respirou fundo e sentiu uma pontada na região da costela, correr não seria uma das melhores opções nesse momento, mas não tinha outra. Passou-se alguns minutos e já estava dentro da cidade, toda cheia de sangue pelo chão, não havia mais os corpos por onde passava pois os robôs estavam encarregados de limpar a cidade também e levar os corpos para algum ligar onde, mais tarde, seriam identificados, Ekko continuava procurando Jinx. Os mísseis estavam no céu intactos, e a respiração era de derrota, poderia usar o Revo-z para desfazer tudo isso, mas do que adiantaria? Jinx faria tudo de novo.

— Alo! Xerife, eu to falando com você, vamos lá, aperta qualquer um, vai na sorte! Vamos!

— Para de falar um poucos! – perdendo a paciência a xerife grita como se fosse um apelo de "por favor, pare de fazer o que está fazendo, volte para Zaum", é claro que a Jinx não entendia as entrelinha, se não alegaria que Caitlyn estava cantando derrota ali mesmo.

— Mas é tão chato esperar!

— Mas Jinx, se a Caitlyn apertar o botão errado e você estiver aqui, você morre também... – indagou Jayce.

— Eu sei a direção exata de todos os mísseis, sei onde vão bater e explodir, então é só esquivar deles.

— Na teoria é fácil – sussurra Jayce pra si mesmo.

O drama continuava, e se os mísseis deixassem o Sol estaria queimando a pele de todos ali parados, o dia que começara fresco e bem arejado agora estava um dia um tanto quanto quente e sem brisa alguma. Jinx estava perdendo a paciência e Caitlyn olhava os dois botões tentando achar alguma diferença entre eles, não achava nenhuma. Estava tudo em silencio exceto os barulhos dos robôs de Jayce que ficavam cada vez mais perto.

— Quer saber? Já chega, eu mesma vou apertar o botão pra você, chapeleira – Jinx inclina o braço para pegar o dispositivo das mãos de Caitlyn, mas sua ação é bloqueada como se estivesse imobilizada, e é como estava, pois logo depois de puxar Jinx para trás para que não pegasse o controle Vi a segura abraçando-a pelas costas – me solta mãozuda!

— Não vou te deixar fugir de novo! – os robôs de Jayce chegavam aos poucos e faziam um cercado entre as quatro pessoas no meio da rua para que Jinx não pudesse correr e se esconder novamente – eu me arrependo com todas as forças de ter te salvado.

Vi apertava cada vez mais Jinx que já estava ser fôlego e as vezes tentava recuperar o escasso ar respirando pela boca, alguma vezes sussurrava "estou ficando sem ar" e se debatia. Era inútil. Caitlyn estava com a algema em mão pronta para trancar as mãos de Jinx, que estava tonta e quase desmaiando por falta de ar.

— Ei! Cuidado! – um grito familiar vem de não muito longe e logo após um objeto é arremessado para perto do trio, o menino se movimenta tão rápido que traspassa o cercado criado pelos robôs e após isso ele segura novamente o objeto que tinha jogar e uma barreira é feita, todos que estão dentro dessa cúpula ficam imobilizados.

— O que você fez, Ekko? – pergunta Caitlyn com muita dificuldade de mexer a boca.

— Eu to salvando a Jinx... eu disse 'cuidado', vocês deveriam ter se afastado.

Ekko bate com o cabo da espada na cabeça de Vi e faz com que ela solte Jinx que lentamente cai no chão, tudo na cúpula acontece em câmera lenta, menos os movimentos de Ekko, é isso que acontece quando se estilhaça o tempo. Então, ele pega Jinx e a coloca em seus braços e do mesmo jeito que veio Ekko sai da cerca feita de robôs. Depois de alguns instantes Ekko e Jinx já não estão mais no alcance do Terno de Piltover e o tempo volta ao normal.

— Aconteceu de novo! – diz Caitlyn seguido de um suspiro cansado.

— Essa menina tem mais sorte que o nome dela – respondeu Jayce.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Só te falo que o próximo capítulo tem umas 2500 palavras. Grandão.

Bebam água!
Até a próxima!



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