O Terno de Piltover Contra: Jinx escrita por Marie


Capítulo 13
Talvez


Notas iniciais do capítulo

Voltem!!! Eu não abandonei a fic!!! eu finalmente, FINALMENTE, consegui escrever um capítulos, gente to mocionada mds!!!!

Vai lá, lê aí.



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Depois de ouvir o diagnóstico do médico Caitlyn voltou para casa, tirou o jaleco que estava usando e sem tomar banho jogou-se na cama, a luz que vinha de um poste qualquer do lado de fora da casa da xerife a incomodava assim como a fome que sentia. Por que aquilo a preocupava tanto? Matar Jinx seria tão mais fácil, além disso, nem conhecia a menina tanto a ponto de se sentir culpada por isso, de fato todo vilão tem seu ponto de vista do porquê ser mau, mas Jinx se isentava dessa regra.

Era 21:37 quando Caitlyn acordou de um cochilo, a fome a incomodava mais que a luz vinda de fora, o que restava era ir até a cozinha e preparar algo. Fez um sanduíche bem simples de queijo prato com presunto, sentou-se no sofá da sala, e enquanto comia seu lanche passava pelos canais da TV sem preferência por nenhum. Numa hora dessas estaria na delegacia escutando as baboseiras dos colegas ou jogando dardos – O que será que estão fazendo uma hora dessas? – pensou Caitlyn.

– Aposto que não consegue comer essa esfiha em uma mordida só. – Disse Vi sentada na mesa onde ficavam todos os papéis que Caitlyn costumava ler e organizar, mas que agora estavam no chão ajuntando poeira e sem ser lidos.

– Aposto o dobro que consigo. – Retrucou Jayce já com a esfiha na mão sentado no sofá. Não demorou muito para Vi fazer um sinal de “vá em frente” com os olhos e Jayce começou, de forma nojenta, socar toda a esfiha na boca, não conseguia respirar direito e também não conseguia engolir tudo aquilo.

– Vai desistir? – Jayce balançou a cabeça negando o comentário de Vi.

Ambos começaram a se encarar, Jayce já estava vermelho e soando enquanto Vi comia lentamente as esfihas que restavam e olhava o colega, qualquer virada de cabeça ela sabia que ele esconderia o bolo de esfiha mastigada debaixo do sofá ou algo assim. Jayce pensou em desistir, acabara de lembrar que não estipularam nenhum valor inicial na aposta, se Vi dissesse que apostaria zero, o dobro de zero é zero e ele teria feito todo aquele esforço por nada, mas o pequeno sorriso desafiador de canto de boca de Vi o fez engolir toda aquela massa nojenta e no fim do sofrimento Jayce levantou do sofá com um ar triunfante.

– Na sua cara mãozuda! – Jayce exclamou apontando os dois indicadores para o rosto de Vi e um sorriso no rosto.

– Parabéns pequeno gafanhoto, mas... – Vi engole o riso – eu esqueci de dizer que eu apostei... – Jayce rapidamente coloca a mão na boca de Vi.

– Se você dizer que apostou nada e o dobro de nada é nada eu juro que eu pego o meu martelo e enfio ele todo na sua...

– Calma aí fortão – indagou Vi tirando a mão de Jayce de sua boa – você vai por seu martelo onde?

– Você não me deixou terminar de falar – Jayce por um momento ficou em silencio analisando a própria frase – espera aí!! Que pervertida você Vi. – Vi já caia na risada.

– Tá bom, pra dizer que eu não te dei nada toma, eu achei na rua hoje de manhã quando eu tava fazendo patrulha perto dos escombros daquele prédio que achei a Jinx. – Vi entrega dois objetos: óculos aparentemente de lata e ornamental e uma ampulheta sem areia dentro – eu tenho certeza que isso não estava lá antes.

– E porque você quer me dar essas coisas inúteis? Essa ampulheta nem serve pra contar o tempo.

– Aposta é aposta, coloca na cabeceira da sua cama, sei lá.

Enquanto Jayce bufava pelo grande prêmio que havia recebido e Vi rindo da cara do colega, Caitlyn estava entediada em sua casa lendo alguns relatórios de melhoras e pioras de Jinx. O sono a abraçava carinhosamente e os bocejos eram provas de que Caitlyn estava prestes a se entregar para o resto da noite, sabia que se levantasse da mesa e voltasse para seu quarto o sono iria se dispersar então se permitiu dormir encima de todos aqueles papéis com escritas difíceis e cheios de termos técnicos. Não que fosse o ideal dormir alí, mas pela primeira vez conseguiu dormir uma noite inteira, parecia que essa novela estava prestes a acabar e logo sua vida e a de seus colegas iriam voltar como era antes.

– Ei, Fishbones, ta acordado? – Sussurou Jinx deitada em sua cama olhando para o teto – lembra aquele dia que eu estava fugindo dos policiais e estava nos dutos de Piltover? – Jinx olhou para a cama vazia como se tivesse alguém ali esperando que seu colega dissesse “lembro Jinx” – eu deixei que me pegassem, mas não lembro por que. Você acha que eles tão me dando alguma coisa pra me fazer enlouquecer? Outro dia achei que meu nome não era Jinx... isso é suspeito não é? Claro que meu nome é Jinx, se não fosse qual seria meu nome?

– Vai dormir Jinx! Os outros internos precisam dormir, assim como você. – Disse um médico que passava pelo corredor.

“Mas se eu parar de comer o que eles me dão, eu morro; se eu comer, eu enlouqueço.” Pensou Jinx, achou melhor não falar isso em voz alta, primeiramente para não descobrirem seu plano, e para não aborrecer o medico do lado de fora do quarto. “Pensar é tão difícil, mais fácil é agir e não se importar com as consequências... mas está tão fácil pensar. Eu sei que meu estado normal eu não pensaria do jeito que estou pensando agora... e isso me inquieta. Talvez eu use isso como arma secreta”. E se esqueceu de Fishbones.

O dia seguinte Piltover amanhecera tranquilo, todos trabalhando normalmente sem nenhuma inflação grave. Caitlyn acordara com uma tremenda dor no pescoço, mas de longe foi a melhor noite em semanas. Depois de ter arrumado toda mesa e de ter ido tomar banho Caitlyn foi rumo ao Hospital vem sua exclusiva paciente, a xerife ia a pé para o Hospital, não era muito longe de sua casa e assim já se exercitava. Ao passar pela Padaria do Pantheon, onde sempre comprava café, viu seus colegas de delegacia juntos e sorridentes, Caitlyn tinha saudades dos três juntos, agora era a dupla de Piltover e ela. Pegou seu café e logo seguiu seu rumo enquanto Jayce e Vi entraram em um dos bares de Piltover, logo de manhã, para fazer o famoso “confiscamento de cervejas”.

Quando Caitlyn colocou o primeiro pé dentro do Hospital sentiu algo diferente, um ar menos denso, um cheiro diferente, um ambiente mais claro, não sabia o que se passava, mas tinha um palpite: Jinx.

– Xerife, Jinx se comportou bem noite passada, não retrucou nenhum médico que passava no corredor, comeu bem. Não sabíamos se precisávamos de sua autorização, mas ela está no pátio junto com os outros internos. – Disse um enfermeiro que passava pelo corredor.

Caitlyn não acreditava e teria que ver com seus próprios olhos. O pátio era um jardim bem arejado e cheio de canteiros de flores e algumas árvores, havia também vários bancos e mesas. Jinx estava sentada em um banco perto de outros, mas enquanto os outros pareciam mortos vivos sem rumo no olhar Jinx estava radiante trançando o próprio cabelo e balançando a perna para cima e para baixo como uma criança. Caitlyn aproxima-se da paciente de cabelos azuis.

– Bom dia, Jinx. – não quis prolongar o discurso e não colocou muito entusiasmo na fala por medo do bom comportamento de Jinx ir embora.

– Bom dia, Xerife, como a senhora está? – respondeu Jinx educada e sem nenhum deboche no tom de voz, assim como um sorriso aparentemente verdadeiro.

– Bem. – Caitlyn não sabia se era seguro estabelecer uma conversa com Jinx, estava confusa pelo jeito que ela estava agindo. – e você? Não se sente diferente?

– De forma alguma, e sim estou bem, até de mais. – sempre com um sorriso do rosto.

– ‘de forma alguma’ – sussurrou Caitlyn, não conhecia Jinx direito, mas sabia que a ‘verdadeira’ não falava assim. – onde está Fishbones?

– Pra falar a verdade eu não sei, vocês tiraram ele de mim quando eu vim pra cá.

– Eu estou me referindo aos gestos – Caitlyn tanta imitar Jinx, como se Fishbones fosse uma marionete, mas sem a marionete, só a mão – Fishbones e Jinx, os inseparáveis. Vocês são conhecidos assim por todo o Hospital.

– Fishbones é um arma – Jinx sussurra – ta ficando louca, Xerife?

– Talvez – Caitlyn não estava entendendo mais nada das frases de Jinx, parecia que Jinx a analisava de baixo a cima, assim como Caitlyn estava tentando fazendo com Jinx, mas não estava conseguindo, Jinx estava tão mudada.

– Talvez? – Jinx se levanta e segura as duas mão de Caitlyn – Então talvez, um dia possamos ser colegas de quarto aqui, que tal? – Após dizer tais palavras Jinx se afasta de Caitlyn deixando-a atordoada e o sorriso verdadeiro que mostrava à xerife no anonimato transforma-se em um sorriso vil e cheio de planos.


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Notas finais do capítulo

Que tal não colocarmos uma meta? Vamos deixar a meta aberta, mas quando atingirmos a meta, vamos dobrar a meta. Que tal?

E os comentários? E os favoritos?
mendigo likes sim, se reclamar muito mando nudes ~~sqn

quem quiser me seguir no twitter, vira e mexe eu escrevo coisas lá no meu tempo ocioso @MarieApproves

eu realmente espero que tenham gostado