O Terno de Piltover Contra: Jinx escrita por Marie


Capítulo 12
De volta ao presente.


Notas iniciais do capítulo

Obrigado por ainda estarem lendo.
Desculpe os erros.



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Muito procuraram e nada acharam, todas as ruas pareciam estar vazias, tinha pessoas, é claro, mas nenhuma maníaca com o cabelo azul. O rastreador dava sempre em frente, sempre passavam o destino, davam a volta e o ponteiro parecia estar bem onde eles estavam, mas visualmente nenhuma Jinx por perto.

– Esse troço deve ta quebrado, não é possível. – Indagou Jayce olhando para todos os ângulos procurando a fugitiva.

– Não pode estar errado, eu comprei isso não tem tanto tempo assim. – Respondeu Vi dando alguns cutucões no aparelho.

– Eu ia ficar brava e perguntar quanto tempo você ta me vigiando, mas eu perdi a vontade de brigar. – Comento Caitlyn indiferente.

– Perai! Eu lembrei uma coisa. – Jayce disse como se uma lâmpada estivesse acessa encima de sua cabeça. – Piltover tem túneis, não tem?

– Eeei, até que quando você quer você é esperto em garotão. – Diz Caitlyn bagunçando o cabelo de Jayce como se ele fosse um cachorrinho ou uma criança.

Então, não muito longe dali, foram até a casa de Ezreal. Pediram os mapas, mas o jovem explorador não estava mais com eles, agora os mapas eram propriedade do Museu de Piltover, que se encontrava do outro lado da cidade.

– Desculpa pessoal, nem mesmo se vocês pedissem pro dono ele deixaria vocês pegarem os mapas. – Apoiado na madeira que cercava o gramado disse Ezreal de braços cruzados.

– Mas você não é praticamente o dono daquela velharia? – Perguntou Vi.

– Pois é, eu não deixaria vocês pegarem os mapas nem que uma vida estivesse em jogo. – Disse balançando a cabeça e deixando os três policiais um tanto quanto raivosos – Mas quem precisa de mapas, não é mesmo?

Rapidamente Ezreal fecha o portão que fazia parte da cerca e sem pedir permissão entra no carro fazendo companhia para Jayce que estava na parte de trás. “Ele acabou de se auto convidar para a busca” pensou Vi com o braço apoiado na janela olhando pro horizonte. O carro já estava em movimento, a entrada dos túneis subterrâneos não ficava tão longe, mas até que não chegavam lá ninguém falava, com exceção de Ezreal que dava as coordenadas.

– Chegamos, a partir daqui temos que ir andando. – Disse Ezreal arrumando seu amuleto no braço enquanto Caitlyn parava o carro. O lugar parecia um deserto, não tinha nada por perto, só rochas, algumas árvores, um letreiro enorme fazendo propaganda sobre “A melhor cerveja de Runeterra” e uma foto do Gragas todo sorridente com um caneco na mão.

Vi pegara o rastreador e os demais suas armas e seguem para dentro do túnel principal, Ezreal explicava que em algumas partes do túnel havia armadilhas, e em outras, canos que era melhor não cortá-los, pediu ele para todos tomarem muito cuidado. Seguiram com suas lanternas ligadas. O túnel era estreito e úmido, com um cheiro peculiar de mofo e alguns roedores, que não estavam acostumados com visitas, rosnando.

O caminho fora longo e cheio de curvas, certamente se Ezreal não estivesse junto deles, mesmo que estivessem com mapas, eles nunca conseguiriam sair dali. Era um labirinto. Com certeza Jinx entrara ali para se esconder e não conseguiu sair até o presente momento. Todos os caminhos que tomavam pareciam ser iguais até que um sombra apareceu na frente deles, bem no canto da parede.

– Quem está ai? – Gritou Caitlyn com a arma à postos de uma distância segura. Mas a sombra não responde.

– A xerife te fez uma pergunta. – indagou Ezreal tentando dar uma de detetive.

A sombra não falava, só fazia barulhos aflitos e tremia, estava abaixada perto da parede e parecia se esconder. Ao se aproximar viram que realmente era Jinx, o olhar da menina estava longe e imóvel com a feição de medo. Não reagia.

– A gente têm que tirar ela daqui – Disse Jayce tirando sua jaqueta e colocando sobre os ombros de Jinx.

– Ela tava fazendo mó arruaceiras e agora você quer salvar ela? – Perguntou Ezreal.

– Os bonzinhos acabam ajudando mesmo os vilões nas horas difíceis. Por isso que são os heróis. – Respodeu Vi.

– Eu vou ter que pedir de novo, Ezreal? – Disse Jayce com um tom ameaçador e com a Jinx em seus braços.

Seguiram todos atrás de Ezreal, como o menino sabia a hora certa de virar as esquinas ninguém sabia, mas ele sempre estava certo, não fora difícil achar a saída e logo já estavam no carro, guardando todos os aparelhos e armas, inclusiva as de Jinx, no porta malas. Dessa vez o banco de trás foi um pouco apertado. Jinx estava vestida no casaco do Jayce, mas ainda tremia e suava frio. “Vamos internar ela direto no manicômio” foram as primeiras palavras de Caitlyn depois de ter ligado o carro. Tudo o que Vi e Jayce disseram antes sobre heróis e vilões para Caitlyn não fazia sentido, para ela existia o certo e errado, o certo era prender e fazer Jinx pagar por tudo que fez, e o errado era ter dado um bendito nome à meliante, Lucky. Caitlyn tinha certeza que Vi e Jayce tinham se apegado à menina.

Depois de toda a jornada estar cumprida, Caitlyn deixou Ezreal em casa e foi ao hospício, fez os dados da futura paciente e a partir de agora ela era a responsável por todos os procedimentos, afinal, Jinx não tinha parentes. Se tinha, não sabiam.

Ela foi internada e o estado de choque depois de alguns dias passou, Jinx voltara ao normal e agora só se alimentava de mingau e algumas guloseimas que Jayce sempre trazia escondido. Todos os dias, durante três períodos os policiais ficavam com ela, como vigia e tentavam interrogá-la, mas sem grandes avanços.

Com o tempo, Jinx ficava mais louca do que já era e algumas vezes fingia-se de morta para, eventualmente, assustar os médicos e tentar fugir, sem sorte, pois havia sempre algum dos três escoltando-a. Isso fazia os médicos desistirem de retornar àquela sala e quase imploraram para Caitlyn tirar Jinx daquele hospital, mas ela não o fez, ao invés disso Caitlyn, com ajuda de algum médicos ainda dispostos a confrontar Jinx, aprendeu o necessário para ela mesma ser a enfermeira de Jinx.

Vi passa a ser xerife temporária e parece que Caitlyn era o pino que balanceava tudo, agora sem ela no comando da policia todos os trombadinhas de Piltover resolvem atacar, mas nada que Vi e Jayce tenham dificuldades.

Passado um mês, Jinx desiste de fugir, na verdade havia algo naquele lugar que não deixava ela sair, e não era os guarda, uma sensação boa. Jinx se sentia feliz, talvez por causa da medicação, que não sabia que tomava, a que colocavam no mingau. Passou a ver alucinações que para ela era normal, eram amigos. Começou a ter vários amigos de quarto em sua mente, todos iam e vinham, até que um, certa vez entrou no quarto e ficou, até nos dias presentes, Fishbones.

Até olhar o próprio reflexo na parte de trás da colher era divertido. Ela se via toda deformada e estranha.

Dias atuais:

– Os remédios que injetam na comida de Jinx são muito fortes e algum enfermeiro descuidado duplicou a dose durante alguns dias e... - o médico deu uma leve pausa, até porque Caitlyn parecia não se importa.

– Quais são os efeitos colaterais? - Caitlyn não querendo parecer muito preocupada, mas com as mãos suando.

– A Jinx perdeu a memória, não se lembra de mais nada antes de Piltover, logo mais, se continuar a tomar os remédios perderá toda a sua memória.

– E isso é bom, não é? - Perguntou aliviada, sem memória Jinx não faria nenhum mal a ninguém.

– Não dona Caitlyn, se ela continuar tomando esse remédio nessa dose ela pode ter uma overdose e morrer.

Não seria de todo mau a Jinx morrer, pensava Caitlyn, mas tirar a vida de uma pessoa que não lembra o que fez era um tanto quanto antiético.

Caitlyn percebeu que ela era como os heróis que Vi e Jayce falavam, ou ela tinha se apegado a menina dos cabelos azuis.


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Notas finais do capítulo

Sinto lhes dizer, mas a fic está caminhando para seu fim. Mas relaxa que ainda tem mais uns 10
(ou mais) capítulos por vim.

Não se esqueçam de favoritar, falar pros amiguinhos, comentar, fazer bolo e me mandar pelo correio.

Até a Proxima, Beijos