O Terno de Piltover Contra: Jinx escrita por Marie


Capítulo 11
Ela é maluca!


Notas iniciais do capítulo

Então gente, ta aqui mais um capítulo pra vocês, seus lindos.


bom divertimento



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– O Ezreal está certo, não é o carro que tem rastreador, mas isso não importa agora. – Disse Vi tentando não falar muito sobre o assunto e presumindo que Caitlyn tenha esquecido seu celular no carro, pois desde que chegaram não viu nenhuma vez a Xerife verificar a hora.

– E o que a gente ta esperando? Vamos logo atrás dela. – Jayce pega sua jaqueta na cadeira e vai em direção à porta.

– Não tão rápido. – Caitlyn segura à gola atrás da blusa de Jayce. – Toda vez que a gente vai atrás dela a gente acaba se dando mal. Precisando fazer um plano melhor do que só surpreendê-la.

– Se eu fosse vocês eu refaria meus passos até achar a resposta. – Ezreal fala para si mesmo tomando um gole de cappuccino. – Bom pessoal, obrigado pelos bolinhos de chuva e pelo café, vocês não fazem ideia de como é dormir fora de casa sem essas coisas aconchegantes. – antes de se levantar Ezreal pega mais dois ou três bolinhos de chuva e guarda-os na mochila. – Boa caçada.

Ezreal levanta e espalma a calça para tirar os farelos e açúcar que estava acumulado e aproveitou para limpar as mãos, colocou sua mochila nas costas e o copo no lixo do lado da porta e saiu limpando a boca com a manga da camisa de manga cumprida que estava usando.

– Alguém entendeu o que ele disse antes de sair? – Perguntou Vi.

– Boa caçada. – Respondeu Jayce.

– Não, não, antes.

– obrigado pelos bolinhos, blá, blá, blá, dormir fora de casa é ruim.

– Jayce para de tirar uma com a minha cara! – Indagou Vi um pouco nervosa com a situação. – Você sabe do que eu estou falado.

– Ele disse pra refazer nossos passos. – Caitlyn disse com a feição de como se estivesse rebobinando suas memórias até o exato momento que achou Jinx. – Lucky!

– Saúde. – Respondeu Jayce entregando um lencinho para Caitlyn.

– Não, idiota! – Nesse momento Caitlyn arrancou todas as coisas antigas que tinha em um mural de cortiça e começou a grudar fotos da Jinx com alfinetes e reportagens sobre ela, ligava fotos com acontecimentos, até que o alfinete com cabeça vermelho foi fincado na foto do hospital. - A primeira vez que nós a vimos foi no hospital.

– Na verdade, Cait – Vi tira o alfinete do hospital e finca na parte do mural mais longe possível de todas as outras coisas. – a primeira vez que nós a vimos a 20 km daqui.

– É pra lá que devemos ir? – Perguntou Jayce.

– Sim. – Caitlyn responde e todos olham para o alfinete.

– E vamos como sem carro? – Pergunta mais uma vez Jayce.

A pergunta de Jayce pairou alguns minutos no ar, tornando aquele ambiente um tanto quanto pesado. Realmente não tinha como todos irem até o local já que a moto só cabia duas pessoas e não tinha mais nenhum carro de reserva.

– Amanhã a gente vê isso, eu vou dormir. – Disse Vi acompanhada de um longo bocejo.

– Eu também, talvez no mundo dos sonhos a gente encontre uma saída. – Jayce acompanha Vi até a porta.

– Você não vem, Caitlyn? – Perguntou Vi com a porta já aberta.

– Já vou, pode apagar a luz por favor. – Respondeu Caitlyn sem tirar os olhos do mural.

O interruptor da luz era perto da porta, quando a luz foi apagada e a porta foi fechada o cômodo inteiro ficara escuro, com exceção do mural que era iluminado pela luz da rua. Caitlyn pegou uma cadeira e posicionou-a de frente para o painel, sentou e ficou observando por um longo tempo as fotos tentando achar um meio de arrumar tudo o que estava acontecendo, desejava que nada daquilo tivesse acontecido, que Vi nunca tivesse encontrado uma sortuda no meio de um prédio em chamas, desejava que Jinx nunca tivesse nascido ou que já tivesse morrido.

– Você acha que vai me pegar chapeleira? – Jinx aparece bem na frente de Caitlyn.

– Jinx! – Caitlyn avança em Jinx, mas suas mãos estão presas na cadeira.

– Você não pode me pegar, xerife. – Jinx aponta sua arma para a Caitlyn indefesa – Você não consegue. – Jinx aciona Pow-Pow junto com uma risada estridente.

“Caitlyn, Caitlyn, acorda vamos”, era o que a xerife escutou depois de ser morta, ela abre o olho e o mural está em sua frente, intacto, a luz do sol deixava a situação menos grave e aquecia o ambiente, as mãos estavam soltas e uma baba escorria da sua boca para o pescoço, Vi e Jayce estão sentados de frente para Caitlyn.

– Eu não morri? – indagou Caitlyn limpando a boca.

– Olha, eu sei que eu pareço um anjo, mas você ainda tá na terra. – Jayce disse.

– Achamos um carro. – Vi percebeu o que Caitlyn havia sonhado pelo tom pálido de sua pele e os olhos fitando um ponto do mural, a foto de Jinx, sem se mexer e resolveu mudar de assunto – Não é um carro de brilhar os olhos, mas da pro gasto.

Depois de alguns minutos se preparando para a viagem todos saíram rumo ao desconhecido só conhecido por Vi todos os três entram no carro emprestado e partem, a estrada era pavimentada do começo ao fim, mas com algum buracos e bem desgastada, não tinha muito movimento naquela parte na estrada, na verdade a algum tempo outra rodovia foi construída há alguns quilômetros dalí, era mais rápida e sem muitas curvas. O que restava aqui, além da estrada esburacada, era um ou outro hotel de beira de estrada, alguns abandonados a minoria em uso assim como postos de combustíveis e mercadinhos.

– Por que você veio até um lugar desses Vi? – Comentou Caitlyn que segurava um mapa na mão e apoiava os pés no painel do carro.

– Haha, a história é bem engraçada, eu tava... – vi encosta no acostamento e desliga o carro – chegamos... bom, depois eu falo a história.

Vi foi a primeira a sair do carro, já que queria fugir o mais rápido possível da conversa com Caitlyn, seguiu direto para o prédio, não havia mudado desde a ultima vez que ela o viu, paredes caídas, janelas quebradas, partes da pintura escura por causa da fumaça, totalmente abandonado. Caitlyn e Jayce vieram logo atrás, a xerife estava um tanto quanto emburrada pela Vi não ter se explicado e Jayce tentava reconforta-la dizendo coisas legais.

A porta principal estava emperrada, certamente algo do lado de dentro do prédio estava caído e impossibilitava os policiais de abrirem, Vi não se lembrava de como saíra do lugar quando salvou Jinx, se havia outra porta ou se caíra alguma viga depois de sair. O jeito foi carregar o poder da manopla e usa-lo na porta, depois de ter feito isso muita poeira e cinzas levantaram do chão deixando o ambiente ainda mais desconfortante. Era muito difícil olhar dentro do hall principal sem usar lanterna.

– Vamos nos separar, procurem por qualquer coisa. Papéis, fotos, objetos, qualquer coisas, VAMOS! – Caitlyn deu o comando.

– Sem sermão ou encorajamento? – indagou Vi, em seguida Caitlyn moveu-se até ficar bem perto de Vi.

– Você não merece meu encorajamento, soldado. – Caitlyn seguiu subindo a escada com cuidado, a escada era de madeira e milagrosamente estava intacta.

– O que eu fiz?

– Acho que a pergunta é o que você não fez. – Responde Jayce. – Você não respondeu a pergunta dela no carro.

– Você é muito melodramática Caitlyn. – grita Vi fazendo cair concretos que só estavam repousando entre vigas quebradas.

O Hall tinha um balcão todo destruído e alguns sofás espalhados, o modelo dos moveis revelavam que o prédio não foi construído nos dias de hoje ou o hotel tinha uma temática rustica e o tema se estendia por todo o corredor de quartos, cozinha e outros cômodos.

A investigação começara e cada um estavam em um cômodo, “nós não vamos achar nada aqui, são muitos cômodos e somos só em três” pensava Caitlyn enquanto observava cristaleiras empoeiradas, armários e gavetas. Os objetos encontrados pela xerife eram pilhas velhas, pentes, espelhos, sabonetes, algumas roupas esquecidas por algum hóspede, cartões de créditos vencidos, velas, mas nada de planilha de algum plano diabólico para dizimas pelo menos uma cidade inteira. A mesma coisa acontecia com Jayce e Vi, com diferença dos objetos que encontrava, realmente, aquele hotel era enorme de mais para três pessoas.

Muitas horas se passaram, já era quase meio dia e os policiais já estavam diminuindo seu desempenho por conta da fome. Jayce já olhava com pouca atenção onde passava, Vi brincava com o próprio reflexo em um espelho quebrado, era engraçado o seu nariz estar um tanto quanto longe de onde deveria realmente estar e os olhos absurdamente separados. Até mesmo Caitlyn parecia desinteressada em seu trabalho que sentiu vontade de jogar qualquer coisa no celular ou só ver as horas, foi quando descobriu que esqueceu seu celular no carro e entendeu que o tal rastreador que Vi falava era seu celular e ficou furiosa a ponto de sair do cômodo que estava e procurar Vi onde quer que ela estivesse.

Vi estava desatenta olhando seu reflexo no espelho que nem viu quando Caitlyn chegou por trás, a xerife batia o pé no chão com raiva e estava de braços cruzados olhando o que Vi estava fazendo.

– Você deveria estar procurando pistas, soldado. – Disse Caitlyn em alto e bom tom fazendo Vi assustar-se. Vi se virou com a cara ainda pálida.

– Eu estava.

– Ah estava... achou alguma coisa na sua cara? – respondeu indiferentemente.

– Ai Cait para de ser frescurenta, aposto que você já está de saco cheio de procurar alguma coisa que nem sabemos se existe mesmo.

– Não chama de Cait, é xerife pra você. – Ainda com pose imponente e cara amarrada.

– Eu não sei o que eu fiz, mas acho que eu mereço uma segunda chance. – descruzando os braços de Caitlyn.

– Sua segunda chance foi quando eu deixei você ser uma policial em Piltover. E você sabe muito bem o que você fez... por que colocou um rastreador no meu celular?

– Porque eu me importo com você. – as palavras escaparam da boca de Vi e percebeu que seus pés a enganaram e iam em direção à Caitlyn a cada batida que seu coração dava. – E você sabe disso.

– Mas isso é invasão no meu espaço pessoal.

– E você acha que eu ligo? – Vi puxa Caitlyn pela cintura para perto de si.

Ambas escutam alguns barulhos, desconfiam que seja Jayce brigando com algum rato ou algo assim e nem se importam, a boca de Vi estava cada vez mais perto da boca de Caitlyn, a xerife havia se convencido em dar uma segunda chance para Vi e nem estava se importando que estavam em horário de trabalho logo, suas mãos acariciavam os cabelos rosas da dona das manoplas.

– Ei, vocês duas seja lá onde estão, poderiam me ajudar um segundinho aqui? – Gritou Jayce o mais alto que pôde, fazendo as duas desistir do suposto pedido de desculpas, ou algo assim.

Chegando onde Jayce estava perceberam que entre a parede e um armário velho e grande tinha um fino espaço e com a luz da lanterna Jayce pensou ver um papel. O móvel ocupava a parede inteira e era de madeira verdadeira, bem pesado. Fizeram de tudo para empurrar até que o armário moveu-se alguns centímetros e conseguiram pegar o papel, que mais parecia um envelope. Pelo peso parecia conter a vida inteira da Jinx, se é que o documento era de posse da meliante.

Sem demorar muito, pois já passava da uma da tarde e todos estavam com fome e cansados, limparam a mesa mais próxima, parecia ser um tipo de refeitório onde estavam. Jayce segura o envelope de cabeça para baixo e deixa todas as informações contidas alí cair na mesa, todos os três não acreditaram o que estavam vendo, mas era a pura verdade.

Apesar de Jinx parecer uma cabeça de vento, e não bater muito bem dos miolos, os policiais a subestimou, ela era bem espertinha. Naquele envelope continha todos os passos de Jinx, relação de tipos diferentes de misseis, fotos de alguns assassinatos que fez, cartazes de outras vezes que fora procurada, saldo de todas dinamites (que provavelmente foi roubadas), fotos de pessoas importantes na cidade de Piltover (incluindo o dono do prédio em que Jinx fez seu primeiro ponto artístico), horários dos policiais, mapas de Piltover, tudo.

– Essa menina é uma... – Cailtyn não tinha palavras.

– Ela é louca. – Vi procurou completar a frase de Caitlyn.

– A cadeia não é o lugar ideia pra ela. – indagou Caitlyn – Ela tem que ir pra um manicômio.

Os policiais recolheram as provas de Jinx, cercaram o hotel destruido e voltaram para Piltover, pareciam mais motivados do que nunca, até perderam a fome. Logo que chegaram na delegacia arrumaram suas coisas, armas, roupa adequada, algemas, dardos tranquilizantes e colocaram no carro emprestado.

Caitlyn e Jayce foram foram de carro procurar a Jinx, enquanto Vi estava de moto seguindo o rastreador. Jayce não estava com fome como as outras duas, mas sabia que se não comece nada poderiam passar mal, então no meio do caminho encostou o carro em um restaurante, Vi teve que parar junto e almoçaram ali mesmo.

Logo, sairam em rumo ao desconhecido procurando, pela ultima vez, Jinx. Dessa vez, estavam desempenhados em prendê-la, e sabiam que iam conseguir.


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Notas finais do capítulo

Espero que estejam gostando, mas aqui vai alguns avisos:
— Não se acostumem com capítulos longos como esse.
— Eu fiz outro Twitter, se vocês tiverem me adicionem lá... de vez em quando eu escrevo algumas coisas sobre a fic. @UmtwtteSo
— Mamai ama vocs, bjs