[HIATUS] Dangerous and Seductive escrita por Gabizzie


Capítulo 3
Força na peruca Nikki


Notas iniciais do capítulo

Oii gente, tudo bom? Desculpem pela demora... Nossa senhora tá corrido a vida. Já peço desculpas por eventuais erros e desejo que aproveitem o cáp
Ps.: Obrigada a AnnePotterBeer pelo comentário, especialmente para você haha



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Separei-me de Fred, empurrando-o e fazendo-o sentar, desamassei minha roupa, dei uma ajeitada no cabelo, ergui o queixo, limpei o canto da boca, coloquei meu melhor olhar cínico e sorri.

–Ah Papai, eu apenas estava ensinando a Fred como é um autentico beijo francês – Placar: Nikki 1 x 0 Sirius.

–Me respeita garota! – Sirius ralhou comigo e droga que culpa eu tive? Sou assim.

–Ai papi, desculpa, mas você que quis saber o que estava acontecendo, só fui sincera – Soltei um risinho.

Só saímos da nossa bolha particular ao ver Fred ser arrastado pela orelha por Molly, ai que dó do ruivinho, mas mereceu, bem feito, vai agarrando os outros! Eu ri com isso.

–Agora se me der licença eu vou tomar um banho, por que to uma nojeira – Acenei a varinha e minhas coisas começaram a me seguir. – Monstro – Gritei quando já estava no corredor e percebi que nada conhecia dessa casa. – Me mostre onde é o banheiro e se possível prepare meu banho, por favor. – Pedi depois da reverencia feita por ele.

–Seu pedido é uma ordem que Monstro atende com prazer Srta. Black – Era estranho ser chamada de Black após tantos anos como McKinnon. – Monstro serve para servir a nobre casa dos Black

Monstro era surpreendentemente bom elfo, preparou um banho delicioso, quente, mas não muito, despejei um pouco dos sais que trouxe na banheira e não sei de onde ele tirou pétalas de rosa para me ajudar a relaxar, quando minha pele começou a enrugar decidi sair e percebi que não trouxera roupa, apenas nesse momento quis estar em casa, na minha suíte, tive que ir só de roupão até o quarto, mas no meio do caminho tinha que esbarrar com alguém.

–Olha por onde anda! – Exclamei quase chorando ao sentir uma dor latejante no pé, devido a que? Ao vidro de perfume que caiu no chão e plaft quebrou. – Ai meu pezinho – Lágrimas já saiam dos meus olhos e quando olhei pra baixo tive uma tontura ao ver o talho feito.

–Ai meu Merlin Nikki, você tá sangrando, vem vou te levar para o quarto, temos que cuidar disso! – Que preocupação era aquela na voz dele? – Consegue andar? – Dei um passo em falso, não conseguindo quase cai e ele me ergueu nos braços tipo oi?

–Fred pode me deixar no chão, eu consigo dar meus pulos – Falei com a voz meio turva.

–Para quieta Nikki, deixa eu te ajudar – Ele falou subindo as escadas

– Tá doido? Se alguém nos pega, estamos ferrados! – Falei brava, percebi que eu deixava um rastro de sangue e fiz o que podia para estancar.

Quando chegamos ao quarto que ele dividia com Jorge, este ficou surpreso a me ver e disse que iria arrumar uma roupa para mim.

–Fred tá doendo – Reclamei quando ele foi tirar cacos grandes que estavam no corte.

–E vai doer mais um pouco, guenta ai. – Ele disse e começou a cuidar do meu pé, virei o rosto. – Morreu? – Perguntou depois de terminar e eu mostrei a língua, o curativo era uma mistura de bruxo com trouxa, gostei.

–Obrigada – Falei me levantando e pegando a roupa na mão de Jorge.

–Agradeça de outro jeito – Puxando-me pela cintura e me dando um beijo daquele jeito bem safado.

–Com prazer – Gemi retribuindo.

–Acabou a putaria? – Jorge perguntou entrando de olhos vendados e eu ri.

Oh mon cher (Ah meu querido) nem começou.. – Ri ainda contra os lábios do Fred. – Eu vou me vestir que esse lugar é muito frio para meu corpinho – Me virei pronta para sair, mas novamente o ruivo chegou junto.

–Pra que roupa? Eu te esquento – Ele disse no meu cangote e senti uma moleira.

–Não precisa, para isso servem cobertores – Pisquei e aparatei senão acabaria fazendo besteira, acabei desabando na minha cama no quarto com Hermione e Gina me encarando e eu, claro, rindo.

O dia seguinte começou cedo demais, desci tomar café e o cheiro de ovos com bacon era tão tentador que não resisti e comi isso, com muitas torradas, estava definitivamente largando esse negocio de ser vegetariana, sério.

–Finalmente desistiu com a bobagem de vegetarianismo – Brincou Remo a me ver comer.

–Bacon é vida – Falei de boca cheia.

–Concordo plenamente – Fred se sentou ao meu lado.

–Filha – Chamou-me Sirius, mas na hora nem percebi que era comigo então continuei a atacar meu prato – Nikki – Finalmente olhei.

–Oi pai – Eu estava, ainda, mastigando.

–Queria conversar com você a sós pode ser? – Ele perguntou com uma cara estranha e concordei.

–Claro por que não? – Falei levantando.

–Podemos usar a sala que fazemos as reuniões da ordem, me siga, por favor – Ele pediu e eu apenas assenti indo atrás. – O quão por dentro você está sobre a situação? –Ele perguntou quando chegamos ao aposento.

–Bem, o quanto minha vó está por dentro da situação? – Retruquei.

–É você tem um ponto – Ele disse presunçoso.

–Sempre tenho – Rebati cruzando os braços e chegando a mesma altura, será que ele não aprende que o gafanhoto sempre supera o mestre?

–Alguma dúvida, algo em que lhe posso ser útil? – Ele parecia realmente querer tentar estabelecer um laço entre nós.

–Claro, pode me dizer como minha vó acabou sendo envolvida nisso? O papel dela? Por que eu não sou idiota e sei bem que da última vez ela até que simpatizava com o titio Voldy – Falei encostando as costas na parede.

–Titio Voldy? –Ele balançou a cabeça e consequentemente os cachos – Que dó da Dona Desiré, tanto fez para sua mãe não sofrer influencias minhas e não “desandar” que no final você nasceu nossa cópia, física e comportamentalmente – Ele riu – Enfim vamos começar pelo o que a levou a nos ajudar. Como você deve saber seu avô morreu protegendo você e sua mãe – Assenti – Claro que os comensais não pararam por ai, foi ai que eles mataram sua mãe também – Olhei para cima a fim de evitar as lágrimas – E sua avó jurou que nenhum outro bastardo com as mesmas idéias de Voldemort iria triunfar, ela não perderia mais ninguém da família, assim ela se juntou a ordem.

–Ok, até ai entendi, mas qual o papel dela? Ela é apenas uma socialite bruxa e nem no Reino Unido vive mais – Falei dando os ombros.

–Exato, ninguém suspeita dela, fica fácil para ela se aproximar de todos, os Malfoy, o alto escalão puro sangue que pode estar envolvido– Finalmente entendi o que ele quis dizer.

– A mulher do primeiro ministro e ela são unha e carne pelo que ouvi e vi – Mostrei que via o ponto dele.

– E claro que sua avó e o Dumbledore podem passar mais tempo juntos – A insinuação confirmou o que já esperava.

– Esses coroas são safados – Ri me preparando para terminar o café. –Bem o papo tá bom, mas to com fome – Falei sendo sincera.

–Antes de você ir filha – Vi medo, ansiedade e angústia em seus olhos – Deixe-me te fazer uma pergunta – E sabia que seria A pergunta, aquela que mudaria a minha vida – Você quer se juntar a Ordem? E morar aqui? Sei que é seu último ano em Hogwarts... Assim andei pensado... – Começou a divagação e me lembrei do que minha vó me disse.

“– Ok Nikkita, você poderá ir atrás das suas raízes, deixarei isso ocorrer, mas você me prometerá algo em troca – Era a milésima vez só aquele mês que discutíamos.

–Claro, qualquer coisa vó – Estávamos dialogando em francês.

–Você não irá se juntar a ordem, eu sei que você tem 17 e não posso mais mandar em você, mas não esqueça que posso muito bem trancá-la aqui, ou fazer algo pior! Sou eu que te sustento menina – Nem preciso dizer o quão enfática a última parte foi.

–Ok vovó , mas depois que eu sair de Hogwarts nada me impedirá, afinal eu mesma me sustentarei – Fui sincera.

–Entenda, só não quero lhe perder, como perdi a sua mãe – Num dos raros momentos que já presenciei vi dor nos seus olhos, vi fraqueza, vi lágrimas, meu coração partiu.

–Prometo vovó.”

–Nikki, filha – Sirius me trouxe de volta a realidade.

–Morar aqui poderá ser bem legal, mas pai, não poderei me juntar a ordem – Fui sincera e vi dor nos olhos dele também – Não me leve a mal, mas prometi a vovó que não faria isso e cumpro minhas promessas – Então vi orgulho em seus olhos.

–Você está se tornando uma mulher maravilhosa, eu não poderia estar mais orgulhoso, nem sua mãe – Sorri afetada e sai.

–Para onde vocês estão indo? – Perguntei vendo Fred e Jorge se dirigindo a uma sala até então desconhecida para mim.

–Oh Nikki ai está você, venha mamãe precisará de ajuda com as fadas mordentes na sala de desenho – Fred me arrastou até a sala comprida do primeiro andar.

Chegando à velha sala vi todos com panos amarrados no rosto e sprays com liquido pretos em frente às cortinas verdes musgos que faziam barulho e vibravam bem levemente, rapidamente conjurei um pano para mim e foi-me passado um spray. O carpete estava nojento, levantando pequenas nuvens de poeira e as paredes verde oliva, já não eram mais tão verde oliva assim, acabei por ficar tão desligada analisando o cômodo que só vi quando meu pai começou a mexer em uma escrivaninha, falar algo e sair quando a Sra. Black (ou o retrato dela pelo menos, será que deveria chamá-la de vovó também?) começou a gritar.

–Feche a porta, por favor, Harry – Pediu a Dona Weasley e após isso começou a dar instruções como um general.

–Fred borrifa essa peste inferno! – Falei quando ele segurava uma daquelas mostrinhas no meio dos dedos, não esperei sua resposta e já virei para me defender de outra, só o vi colocá-la no bolso depois de borrifar e Jorge explicar que queriam fazer experiências com esses bichos nojentos e então começarem uma conversa empolgada com Potter.

Quando era quase meio dia já tínhamos praticamente acabado, tanto que Molly sentou-se na poltrona onde havia uma sacola de rato morto, óbvio que todos prestaram atenção nisso, incluindo eu que não vi uma fada mordente vindo em minha direção, a filha de uma kenga quase me mordeu, sorte que Fred tinha ótimo reflexos e a paralisou senão estaria perdida.

–Oh, meu herói – Sussurrei enquanto a general nos dava mais instruções sendo interrompida pelo sino e assim que ela saiu, todos correram para a janela. Menos a minha pessoa.

Sentei-me em um canto afastado da sala, querendo um pouco de distância daquela loucura e quando a ruiva mais velha começou a gritar quis chorar. Essa vida de proletária não é meu forte, meu devaneio foi interrompido quando vi Monstro insultar Fred, não pensem que estaria nutrindo algo por qualquer um ali além daqueles que já me eram caros e meu pai, mas aquele sardento estava sendo muito bom para mim e não permitirei que um rele elfo fale assim dele.

–Desculpa Monstro, não entendi você estava insultando o Senhor Weasley? – Perguntei com uma sobrancelha cética e uma voz bem irritada.

–Longe disso jovem mestra – Ele se apressou em consertar e começou a se perder em devaneios novamente e suspirei desistindo. Senti uma falta da França...

Fiquei de pé ao avistar meu pai no cômodo e me preparei para escapar dali literalmente a francesa, e quase tive meu momento perfeito quando meu pai deu uma ordem direta ao elfo que era tudo menos idiota e obedeceu, logo em seguida me assustei com uma porta sendo batida.

Observei meu pai ir até uma tapeçaria antiga que havia em uma parte da sala e silenciosamente o segui, junto de todos os outros claro, era datada até a idade média mais ou menos e os fios que a ligavam era de um ouro reluzente, as fadas tinham feito um estrago relativo e no topo lia-se:

“A Nobre e Mais Antiga Casa dos Black”

Enquanto Harry e meu pai começaram uma conversa sobre uma história que já conhecia comecei a analisar a lendária tapeçaria que minha vó havia narrado para mim, tentei memorizar todos os nomes, alguns eu já sabia, outros não.

–Conhecendo esse lado da família – Sussurrou certa pessoa ao pé do ouvido.

–Sempre bom saber sobre antepassados – Falei virando para ele e quase colando nossos corpos, que por sinal estavam suados, sem comentar a roupa que eu usava. – Sabe não tive a chance de te agradecer pelo negócio das fadas... – Me aproximei lentamente dele, quase colando nossos corpos.


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Notas finais do capítulo

Bem geeeente é isso, um beijão para vocês.
OBS.: Reviews são bem mais que bem vindos e me motivam a postar antes, ou seja, quanto mais reviews, maior a chance de rolar cáp antes da hora



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