Dedicado a Kyra Spring
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Wings of Hope

Parte VIII – Viajem de ida

Ao anoitecer, mais uma vez, a mesma sirene foi ouvida. Todavia, desta vez, Tsubasa não gritou, não manhou, não chorou. Apenas adormeceu.

Parecia morta, mas Lisa sabia que ela não havia falecido. Não, não ela. Não a sua pequena Tsubasa.

- Tsu-chan? – Lisa a chamava, desesperada. – Tsubasa? TSUBASA?!

- Lisa. – Dalila, que assistia tudo, começou. – Você sabe o que aconteceu, chorar nada irá adiantar.

- Eu sei. – Seus olhos estavam marejados. - Apenas não quero acreditar. Você sabe.

- É melhor ir buscar a alma dela, antes que Isabel ache seu corpo. Você sabe aonde.

Pausa. Todos as olhavam.

- Claro que sei. No inferno.

Lisa simplesmente pegou Tsubasa no colo e levou-a para seu quarto. Deitou-a na cama, como se ela estivesse dormindo e depois voltou.

- Eu vou até lá. Se não quiserem ir não precisam.

- Eu te digo quem deve acompanhar-te, Lisa. – Gracia falou. – Roy, Havoc, Mellie.

-x-

Mais tarde, no mesmo dia, os quatro estavam reunidos em frente ao hospital de Shadows Hill.

Lisa abriu a porta de um velho elevador e eles entraram. Depois que Alessa os desejou boa sorte, Hawkeye fechou a porta, e o elevador começou a descer. Descia descontroladamente, como se jamais fosse parar.

Era possível perceber até mesmo em Lisa, que é Lilith o medo. Medo daquele lugar, do que poderia haver lá. Engoliu em seco e saiu, depois do elevador ter parado. Ela não podia desistir agora. Era a vida de sua filha que estava em jogo. E, afinal de contas, ela era uma garota do inferno, não?

Mas mesmo assim, o medo a dominava.

Andavam andares, metros, quilômetros, abaixo do nível da rua. Todavia, parecia um andar comum. Só que as paredes dos corredores estavam manchadas de sangue.

A medida que andavam, viam “pessoas” – almas de pessoas mortas, na verdade – acorrentadas na parede, levando chicotadas, tapas, chutes. Apanhando, sendo humilhadas, tudo das mais terríveis formas possíveis.

Ouviam berros de dor. Viam almas sendo queimadas nas labaredas do fogo infernal que por ali estavam. Tudo aquilo fazia parecer que a calma “viajem” no elevador nada havia sido.

De repente, olharam para o lado e viram somente um abismo. Era a única “coisa” que se via, olhando para qualquer um dos lados.

Viam algumas das almas algemadas a outras, pulando naquele lugar. Uma dessas chamou Lisa, e disse que “quem atravessasse até o final da ponte jamais voltaria” e convidou-os a pular.

- Eu vou voltar. – Disse-lhe Lisa, confiante. – Eu sou Lilith.

E continuaram a andar.

Ao chegar no final da ponte, parecia que estavam novamente no andar. Seguiram vendo almas sendo torturadas, queimadas, pisoteadas.

Viraram a direita. De repente, parecia que eles haviam sonhado com tudo aquilo. O inferno que haviam visto antes, não passava de um corredor comum de hospital agora.

Seguiram até o final, e entraram na última porta a esquerda. Era ali onde o verdadeiro pesadelo iria começar.

- Quanto tempo, Elisabeth-chan. – Disse uma menininha de mais ou menos 7 anos, com cabelos e olhos pretos. – Eu senti sua falta. E você, sentiu saudade de mim?

- Claro que sim, Alessandra-chan. Como poderia esquece-la?

A garota, chamada Alessandra, sentou-se e pediu para o quarteto fazer o mesmo.

- Está aqui para buscar a alma de sua filha, certo? Quer salvar a pequena Tsubasa de Isabel, não quer?

- Eu não pude salvá-la, Ale, e nem salvar a mim mesma. Pelo menos ela... Pelo menos ela, eu quero que fique viva!

- Então, vou lhe dizer o que deve fazer.

Continua...


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Eu sei que esse capitulo tá curto e tudo mais, mas é que foi preciso.

O que acharam? Legal? Assustador? Confuso? Só sei de uma coisa: quero reviews.

Beijos,

Mizinha Cristopher (rezando pra Lika ter medo desse capitulo)