Harry Potter e o Senhor da morte escrita por Leid Jeh


Capítulo 6
A mansão Malfoy




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O dia amanheceu ensolarado e barulhento, mas havia um silencio que pairava em cima de uma casinha de telhados quadrados, da Rua Cornhill numero 7. O homem de cicatriz em forma de raio na testa observava a rua da janela do seu quarto. O vizinho da frente de sua casa, o Senhor Mendes, cuidava de seu jardim cumprimentando com sorrisos as pessoas que passavam na calçada. A vizinha do lado, a Senhora Mc Field, espiava na brecha da sua janela por entre as cortinas. O carteiro entregava tranquilo, as correspondências nas devidas casas. Tudo parecia bem. Mas no coração de Harry crescia uma preocupação, e manter seus pensamentos em ordem, parecia-lhe impossível. Lembrou-se que toda a sua vida fora marcada por conturbações, medo e dor. E por algum tempo, depois de tudo isso, a vida lhe pareceu dar-lhe uma trégua, e tudo estava absolutamente quieto e normal. Quieto e normal até demais. Uma pessoa que viveu sempre no meio de tantos problemas e aventuras não se contentaria por muito tempo com a calmaria do mundo trouxa, ele percebeu isso também nos seus amigos. A cama de Harry estava visivelmente bagunçada, mas matinha em perfeita ordem em sua cabeceira um cachecol de cores vermelha e amarela, escrito Grifinória. Os raios de sol já não podiam ser contidos de atravessar a janela. A música que anunciava a abertura do jornal das oito inundava todo o quarto, roubando a atenção de Harry.

“Um homem foi visto na manha de ontem, em uma pequena loja de conveniências, onde comprou um amuleto antigo, e logo depois desapareceu misteriosamente próximo a um beco sem deixar pistas. O homem usava uma capa preta, e no momento do desaparecimento testemunhas afirmaram tê-lo visto com um objeto parecido com uma taça nas mãos, e logo após não fora visto mais...”.

Harry sentiu seu estomago embrulhar.

— Esse homem, é aquele que eu vi desaparecer. Mas, qual o interesse desse bruxo nesse amuleto? E porque diabos ele não se importou se ia ser visto ou não? Áccio óculos, preciso encontrar Malfoy. - E desaparatou.

Na mansão Malfoy tudo estava em ordem, calmo como sempre esteve. Malfoy estava sentado em sua poltrona de veludo verde e fumava calmamente um Chancellor de uma das coleções que seu pai fazia. Após a guerra seus pais não aceitaram morar em Londres em um mundo trouxa. Seu pai Lucio Malfoy alegara que jamais se humilharia dessa forma se juntando com trouxas. Mas muita coisa havia mudado. Malfoy sentira que havia mudado. Mudou-se para Londres porque sentia vergonha do seu passado. Mesmo sendo obrigado pelo pai, Malfoy sabia que havia feito muito mal, e proporcionado muitas dores. Sempre pensou que talvez ele jamais tenha a chance de se redimir perante o mundo bruxo, por isso manter-se afastado de tudo talvez trouxesse algum conforto. Em alguns momentos conseguia ate se lembrar das pessoas de Hogwarts em especial de certo trio, que sempre lhe causou certa repulsa. Mas durante a guerra isso mudou. Naquele momento ele pode ver que a coragem emanava dos três, e ele soube que não importava quanto tempo àquela guerra durasse, eles continuariam lutando até que não houvesse mais forças. Um som de campainha de repente o tira de seus pensamentos.

— Mas quem será a essa hora da manha? Malfoy não recebia muitas visitas, por isso em um salto só, dirigiu-se a porta.

Potter?

— Bom dia Malfoy. Desculpe incomoda-lo há essa hora, mas é que preciso conversar algo de extrema importância com você.

— Ah..ah, mas é claro, éh... Entre por favor.

Antes de se sentar, Harry percebeu o quanto a casa de Malfoy era bem arrumada, luxuosa e fria. Havia pequenos detalhes em verde em quase todos os cantos, uma amostra que ainda havia nele um orgulho Sonserino.

— Bom o que traz aqui em minha “humilde” casa, um sobrevivente de guerra tão famoso como você, Potter?

Vejo que o tempo não o fez perder o bom humor sarcástico Malfoy.

— Velhos hábitos Potter, velhos hábitos. Mas certamente você não veio ate aqui, para ver como anda minha “maravilhosa” vida... Hm... Aceita algum café? Cerveja? Chá?

— Certamente não Malfoy, e sim eu aceitaria um café.

Em um piscar de olhos, um pequeno elfo de aparência ranzinza apareceu com uma bandeja de café e os serviu.

Mas alguma coisa Sr. Malfoy?

— Não Grable, volte aos seus afazeres.

E em um gesto de reverencia ele sumiu.

— Bom Potter vamos direto ao assunto então, o que te traz aqui?

— Alguma coisa esta para acontecer no mundo bruxo Malfoy. Coisas estranhas vêm acontecendo aqui em Londres mesmo.

— Como pode ter certeza que ira acontecer algo no mundo bruxo, a sua base é somente“coisas estranhas vem acontecendo aqui em Londres?”.

Eu tive uma visão. Visão que há muito tempo eu não era mais perturbado. Alguém esta reunindo seguidores. Alguém que sabe mais do que deveria saber. Alguém que planeja começar uma nova guerra.

Essas palavras soaram como uma pancada em Malfoy. Seus olhos estavam arregalados, e ele não podia acreditar no que acabara de ouvir. Apenas uma frase ficou martelando em sua cabeça:

“Alguém que planeja começar uma nova guerra. Alguém que planeja começar uma nova guerra.”

— Você não deve estar falando serio Potter! Isso... Isso... Não pode ser verdade! Ah..ah... Nos destruímos ele não é? Quer dizer, vocês o destruíram... Ele esta morto não esta?

— Eu não creio que seja Voldemort Malfoy. Nós o vimos morrer. Destruímos sua alma, não há volta. Mas é exatamente isso que me perturba. Essa pessoa conhecia Voldemort, conhecia sua fraqueza. Pareceu-me que sempre assistiu a tudo, sem interferir em nada, como se já soubesse qual seria o final, mas sempre deixou que as coisas acontecessem. E então eu me pergunto: Fomos todos nós manipulados? Alguém que queria ou que dependia que tudo isso acontecesse, somente para ver do que somos capazes?

A cabeça de Malfoy estava girando com tanta informação. Ele não conseguia acreditar no que estava ouvindo.

— E no que esta pensando Potter? O que você pensa em fazer?

— Hermione, Rony e eu voltaremos a Hogwarts. Retomaremos nossos estudos. Mas investigaremos lá mesmo, sobre tudo isso. Estar em Hogwarts, nos da algumas vantagens, e creio eu, que seja lá quem for essa pessoa, ele não sabe que iremos voltar pra lá.

— E o que vocês querem que eu faça?

— Precisamos da sua ajuda Malfoy. Precisamos de pessoas que saibam disso em casas diferentes para quem possam colher informações.

O coração de Malfoy pareceu lhe sair pela boca. Jamais imaginou Harry Potter lhe pedindo ajuda. Jamais pensou que seria útil para eles, ou que retornaria a Hogwarts. Na vida ele nunca havia tido escolha. Mas naquele momento ele tinha. Naquele momento pela primeira vez ele sentiu que podia fazer as coisas certas. Encheu seu pulmão de ar e disse:

— Conte comigo Potter. Quando retornaremos a Hogwarts?

— Arrume as malas Malfoy, porque retornaremos a Hogwarts amanhã.


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