Harry Potter e o Senhor da morte escrita por Leid Jeh


Capítulo 7
O segredo da senhorita Skeeter




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O mês de agosto estava finalmente chegando ao fim, e os dias levavam consigo toda a apreensão que Harry sentia. Houve uma grande surpresa ao ver a aceitação tão fácil de Malfoy, em outros tempos, provavelmente eles não estariam dividindo esse mesmo espaço. Naquele dia Harry teve a confirmação que o tempo realmente era capaz de mudar; mesmo aqueles corações amargos, marcados pela guerra. Harry soube no primeiro momento; Draco havia mudado. O brilho em seus olhos mostrava claramente; ele estava arrependido, e dessa vez, com toda a certeza ele lutaria como um igual. Era de extrema importância ter o máximo de pessoas do seu lado. É impossível saber quão preparado o inimigo se encontra. Mas de uma coisa Harry sabia. Em todo o tempo em que ele passou ao lado de Dumbledore, ele o havia ensinado a sempre estar um passo a frente do inimigo.

“Pense como ele Harry. Seja forte, e prepare todos. Mas acima de tudo, lembre-se: você não esta sozinho, você tem amigos aqui. Sempre.”

Essa fora uma das maiores perdas de sua vida. A morte de Dumbledore, o fez perceber o quanto Voldemort era cruel e sádico. Dumbledore sempre fora uma amigo fiel, e sem sua ajuda, talvez eles não tivessem ganhado aquela guerra. Foi exatamente isso, que fez com que Voldemort perdesse, ele nunca compreendeu que há uma força que não pode ser explicada ou medida. E que um homem como Alvo Dumbledore, daria sem êxito sua vida por Hogwarts, por todos. De cabeça baixa Harry seguia pelas ruas de Londres em meio a tantos pensamentos. Ao passar perto de uma ruela, seus pensamentos são interrompidos, por uma mão gélida que lhe tocou o braço. Seu corpo enrijece e ele é tomado por uma onda de terror, antes mesmo de se virar.

— Potter? Harry Potter? É você mesmo?

Seu corpo inteiro relaxou ao ver quem lhe chamara.

— Rita Skeeter? O que faz aqui em Londres? O que faz aqui nesse beco?

— Eu preciso conversar com você Sr. Potter, por favor, você precisa me escutar.

— E porque eu escutaria uma mentirosa como você? Depois de todas as mentiras que você escreveu sobre mim, meus amigos e acima de tudo sobre Dumbledore?

— Porque o que eu tenho a dizer é de extrema importância. O que eu tenho a dizer ajudara você e seus amigos na guerra que esta para começar.

Harry sentiu um calafrio passar por todo o seu corpo. “Como ela sabe sobre a guerra? O que ela sabe?”

— Vamos a um lugar mais tranquilo para que possamos conversar. - Disse Harry.

Chegaram a um barzinho que se encontrava tranquilamente calmo e quase vazio. Agora longe do beco, em plena luz, Harry pôde perceber o quanto a repórter havia mudado. Antes, seus cabelos loiros caiam em uma cascata de cachos, muito bem cuidados, que contrastavam com um enfeite de strass que ela sempre usava. Seus óculos de aros finos eram sempre muito chamativos com pedrinhas coloridas, que faziam com que você não tirasse os olhos dela. Uma bolsa de couro de crocodilo sempre a acompanhava. Se não conhecesse sua voz estridente e fina não a reconheceria na rua. Seus cabelos já não estavam tão arrumados assim, alguns fios destrinchados caiam em seu rosto que não se encontrava mais com toda aquela maquiagem. Seus óculos estavam faltando algumas pedrinhas. A bolsa tão amada de crocodilo não a acompanhava mais. Em vez dela, uma pequena bolsa velha em formato de sacola. Ela estava magra e sua aparência era de um cansaço interminável. Harry logo concluiu que ela havia passado maus bocados e que Rita Skeeter provavelmente também não era mais a mesma.

— Senhores, vocês gostariam de tomar alguma coisa?

– Há, sim. Eu gostaria de uma xícara de chá. - Disse uma Rita exausta.

— O mesmo para mim, por favor.

— Quanto tempo esta aqui em Londres Senhorita Skeeter? - Perguntou Harry sem rodeios.

— Logo depois da guerra. E não pense que estou aqui por que quero.

— Notável. Mas o que faz aqui?

— Eu... er.. Eu fui expulsa do mundo bruxo. - Disse Rita Skeeter com lagrimas nos olhos_ Estou destinada a viver nesse lugar pra sempre.

Apesar de todas as mentiras que aquela mulher inventou sobre tantas pessoas inocentes, Harry sentiu pena dela. Era notável que ela não estava nem um pouco feliz, e que estava passando dificuldades. Provavelmente para uma pessoa que sempre viveu em um mundo bruxo rodeado de riquezas não estava sendo fácil viver ali, naquelas condições.

— Mas porque exatamente você foi expulsa?

— O profeta diário sempre fora a minha vida. Dediquei tudo a ele. Não vou dizer que “às vezes” eu não contava pequenas mentirinhas para dar ibope, mas tudo é valido quando se tem tantos leitores esperando que as coisas aconteçam. Durante a guerra o nosso jornal estava no auge. Vendíamos muito, porque os bruxos que não participaram da guerra amavam estar a par dos fatos.

— Das mentiras você quer dizer? Todos sabiam que você era tão suja quanto o seu jornal. Quantas vezes as pessoas me olharam torto por coisas que leram no seu jornal. E quanto sofreu o professor Dumbledore, com mentiras vindas de você. Na época ele foi expulso da diretoria de Hogwarts, graças a você e suas palavras mentirosas.

— Eu peço desculpas Sr. Potter, por todo mal que causei. Hoje percebo, que o meu jornal só contribuiu para que, aquele que não deve ser nomeado, quase vencesse a guerra. E foi exatamente por isso que fui expulsa. Logo após a guerra, quando as coisas se ajeitaram o novo ministro da magia, expulsou muita gente que foi considerada perigosa para o mundo bruxo. As minhas palavras podem ter me dado fama, mas não me salvou desse fim.

— Senhorita Skeeter, como exatamente a senhorita sabe sobe a possível guerra? E o que tem de tão importante para me dizer?

Um silêncio pairou em cima daquela mesinha, enquanto Rita Skeeter apreciava devagar mente um gole de seu chá. Era provável que havia muito tempo que ela não fazia essas regalias.

— Venho investigando isso há muito tempo. Apesar de não estar mais no mundo bruxo, não perdi totalmente o contato com ele. Ultimamente tenho colhido informações em todos os cantos de Londres. Algumas pessoas importantes do mundo bruxo andam agitadas com isso, percebi que ultimamente há um grande fluxo de bruxos que vem para cá e depois voltam. Um amigo meu, que conseguiu fica lá, me disse dessa suspeita. Eles tentam abafar o caso, dizendo que esta tudo bem, mas eu conheço esse cheiro. É cheiro de euforia e medo.

Harry sentiu seu coração parar. Ele estava certo e infelizmente aquele sonho não era só um sonho. Estava realmente acontecendo. E ele tinha medo do que poderia vir depois.

— Sr. Potter, sei que você provavelmente não vai ficar mais aqui sabendo disso. Todos nós sempre agradeceremos a você e seus amigos, por tudo que fizeram. Mas, mais uma vez precisamos de vocês. Eu não sei quem é esse maníaco. Mas sei que ele não esta de brincadeira. Eu sei quando as coisas se tornam sérias, e acho que não suportaríamos mais perdas.

Harry observa que Rita Skeeter pega sua velha bolsa e de dentro dela retira sua pena magica. A mesma pena que há anos atrás, a ajudou em suas mentiras.

— Eu queira que ficasse com ela Sr. Potter. Será de grande utilidade a vocês.

— Senhorita Skeeter, peço desculpas, mas não voltarei a Hogwarts para escrever jornal. Por isso acho dispensável seu presente.

— Essa pena Potter, não é somente uma caneta magica. Nunca contei a ninguém, mas ela faz muito mais coisas que somente escrever. Essa caneta é feita de pena de Fênix, e possui grande magia em seu interior. Se combinada com os itens certos pode ser de grande ajuda, para a derrota do inimigo. Acredito que em uma situação como essa qualquer ajuda pode se tornar crucial entre vencer e perder.

Harry pegou de bom grado a pena e a guardou em uma carteira conjurada as pressas. Ele sabia, ela havia errado, mas naquele momento ela estava tentando se redimir. Isso bastava. Deixou o dinheiro da conta na mesa, levantou-se e já ia caminhando lentamente por aquelas ruas. Uma voz ao longe pode ser ouvida.

— Sr.Potter?

— Harry virou-se.

Rita ainda estava sentada, mas sua voz podia ser ouvida em alto e bom som.

­— Lute. Lute por ele (Dumbledore). Lute por nós.

Mais nada naquele momento precisava ser dito. Todas as palavras, as desculpas foram ditas nos silêncios de seus corações.

O dia de verão mais quente do ano estava chegando ao fim, e aquele silencio que surgiu no adeus entre ele e Rita ainda estava presente. Deitou em sua cama, estava exausto. E dormiu. Amanha seria outro dia.


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