Mil e umas maneiras de escrever PruHun escrita por Beilschmidt


Capítulo 8
Mirtilo


Notas iniciais do capítulo

Olá~
Desculpa por não ter postado, mas fora avisado no capítulo anterior. Enfim, eu lhes trago uma oneshot meio que bobinha, escrevi-a durante uma aula de redação e mesmo assim resolvi posta-la para não atrasar muito a atualização da fanfic. :3 kuss.



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Fazia frio naquela manhã de sábado; havia chovido demasiado na noite anterior e as poças d’água ainda eram visíveis no jardim. Era pouco mais de oito da manhã e a casa estava silenciosa. O “tic-tac” de um relógio na mesinha da sala parecia não perturbar ninguém; logo, passos podiam ser escutados pela escada. Gilbert descia cada degrau preguiçosamente, ainda embriagado de sono e com uma toalha em volta do pescoço; tinha acabado de sair do banho. Suspirou, teria de preparar o café da manhã para sua companheira, que até agora ainda permanecia dormindo e desfrutando de sonhos nada descentes; talvez ele deva estar sendo o culpado pelos risinhos safados dela.

Oito e meia. O café já pronto, as torradas empilhadas em um prato, quentinhas. O suco de maçã estava quase pronto quando a morena apareceu pela porta, enrolada em um lençol e por baixo vestia uma folgada camisa preta do alemão.

–Bom dia! – sentou-se ao seu lado.

–Bom dia! – entregou-lhe um copo com suco e ofereceu as torradas – Dormistes bem? – beijou-lhe a testa.

–Como um anjo. – sorriu – Ah, esqueci-me de te contar. Ludwig nos convidou para jantar na casa dele.

–Lud?

–Sim, ele quer nos apresentar o namorado. – provou o suco – Enfim ele e Feli se resolveram.

Gilbert fechou a cara. Não queria ser o último, a saber. Poxa! Lud era seu irmão, Gil devia ser a primeira pessoa a saber da notícia, não que estivesse culpando Liz, mas…

–Sem mais um “piu” Beilschmidt! Tu estavas dormindo quando Lud te ligou, eu apenas atendi, e nada de culpar seu irmão e muito menos de querer procurar assunto para discutir logo pela manhã.

Era algo assombroso como ela o conhecia; ás vezes pensava se realmente era apenas uma humana. Sorriu. Estava um dia lindo, não queria estragar seu dia de folga com discussões fúteis, até por que queria aproveitar o dia para ficar em casa e curtir Liz. Seu trabalho o deixava exausto; fazia quantos dias mesmo que não tinha tido tempo para ver um filme abraçado com a morena? Acho que fora há duas semanas.

–Ontem eu aluguei uns filmes de terror para nós assistirmos pela noite. – o copo de suco já estava vazio – Quer ir ao mercado comigo para comprar uns ingredientes?

–Vais fazer o que para hoje?

–Estava pensando em uma torta de mirtilo, que achas? – tinha em mãos um caderno de receitas. Quando ela havia pegado?

Amava torta de mirtilos. Sacou a carteira e entregou à mulher.

–Compre o quanto achar que será necessário para isso. – seus olhos brilhavam.

.x.

Parece que o tempo tinha resolvido mudar bruscamente pela parte da tarde. Chovia muito, mas sem relâmpagos. O frio aumentara bruscamente forçando o alemão a botar um casaco. Ao chegar perto da cozinha e ouvir a morena cantarolar alguma música em húngaro ele desviou sua rota para a sala. O celular tocou e Liz retirou as luvas, sentou e atendeu o aparelho.

–Alô?… Ah, olá Feli, sim, sim! Lud me avisou ontem de noite, podes ficar tranquilo quanto a isso. – verificou os ingredientes para a calda – Ok, Gilbert me fez comprar bastante mirtilo e se der amanhã eu lhe levo uma torta. – riu – Sei, todos dizem amar minha comida, obrigada.

.x.

Sentado no sofá e vendo um comercial qualquer estava Gil, em seu colo um prato com torradas e na mesa em frente um pote com geleia de mirtilo feita pela húngara. O cheiro da torta estava o deixando louco, mas não poderia tocar no doce tão cedo; tinha levado uma baita panelada na cabeça quando fora descoberto tentando furtar um pedaço.

–A torrada vai acabar desse jeito. – ele virou e viu a moça sentada ao seu lado segurando um prato com um generoso pedaço da torta – Agora sim, podes provar.

Quase chorando de emoção ele sentiu o sabor do doce que lhe fora oferecido. Mesmo tendo uma queda por Krémes, torta de mirtilo sempre será sua sobremesa favorita. Nem mesmo os waffles da amiga belga de Elizabeta ganhavam. Deu um rápido selinho na moça e a puxou para um abraço aconchegante.

–Maldito carinha do tempo, tinha dito que faria sol pela tarde, e olha só. Chuva até o inferno. – resmungou; o garfo entre os dentes.

–Não fale de boca cheia, a não ser que queira engolir o garfo com dentes e tudo. – deu uma pequena tapa na nuca dele.

–Não faça isso, ou eu lhe ataco.

–Atacar? Como, eu posso saber? – revidou com um sorriso sarcástico.

–Assim. – a puxou bruscamente e passou as mãos por dentro de seu suéter branco.

–Mais como gostas de um golpe baixo. – agarrou-lhe o pescoço e o jogou no sofá – Vamos ver quem ganha tal jogo. – rapidamente retirou a vestimenta.

Parece que a torta será degustada melhor só mais tarde, veremos…


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