Mil e umas maneiras de escrever PruHun escrita por Beilschmidt


Capítulo 7
Amigo


Notas iniciais do capítulo

Este é capítulo bobinho que eu achei rolando pela minha pasta de fic PruHun, é antiguinha e-e só pra dar uma enrolada kj~



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“Hungria estava cansada, ferida, queria dormir, mas o frio a impedia além da fome. Maldita hora em que fugiu. Agora, ali em sua frente estava ele, imponente e sorridente, Prússia.

–Olha quem encontrei! Se não é Hungria.” – e do nada ficou rubro e gargalhou alto, jogou-se no chão.

A garota perdeu a paciência, arrancou a blusa rasgada e levantou berrando:

–Corta isso agora! Diretor eu cansei-me desse palhaço rindo toda a cena que gravamos. – jogaram-lhe um roupão para cobrir os seios – Eu não gravarei mais com o Gilbert enquanto não cessar essa risada idiota dele. – marchou até a porta do estúdio e bateu com força; uma das câmeras caiu.

–Gilbert… - o diretor tirou seus óculos e o olhou fixamente – Acho melhor ires falar com ela.

O rubor aumentou, suspirando, ele obedeceu; a capa azul marinho fora deixada em qualquer canto e saiu lentamente à procura da esquentada Elizabeta.

.x.

Era incrível como aquele idiota tinha a capacidade de rir sempre que contracenavam; às vezes se perguntava o porquê de ter aceitado aquele papel; logo veio em mente a pressão que sofrera de Roderich para aceitar o roteiro. Entrou em seu camarim e passou direto para o banheiro, lavou o rosto e passou uma pequena toalha pelo pescoço; ficou olhando-se no espelho e ponderava sobre Gilbert.

Balançou a cabeça, queria apenas que ele atuasse seriamente, porque refazer a mesma cena pela quadragésima vez era um saco; ele sempre ficava vermelho e gargalhava antes mesmo de dizer a segunda frase. Devia ser algo a ver com a camisa aberta que ela estava durante a cena, que estava no roteiro. Resmungou uns palavrões e decidiu ir até o refeitório comer algo, mas estagnou ao ver o albino com uma bandeja cheia de quitutes.

–Desculpas?

–Sabes muito bem que isso não significa que lhe perdoarei. – pegou um bolinho de morango – Sente-se. – apontou uma das poltronas – O que tens a me falar?

–Bem… eu realmente não queria rir, mas é que para mim e inevitável. – fechou as mãos e apertou os dedos.

–Sim, mas por qual motivo? – desconfiada apertou os olhos. Gil parecia um tanto abatido.

–Eu… eu não sei, e isso me frustra.

–Enfim, apenas esqueça. Beba uma água e vamos voltar a gravar, ao menos se esforce um pouco para não rir está bem?

Sentia que ainda tinha mais algo a lhe falar, mas deixou o jovem quieto.

.x.

Assim que a bendita cena foi completada o diretor abraçou Gilbert fervorosamente, tinha saído melhor que o combinado. Elizabeta sorriu; a conversa de mais cedo então parecia ter ajudado um pouco no humor dele.

Pena que não era bem assim.

Gilbert esperou todos saírem para sentar no gramado do cenário e refletir sobre seus pensamentos que estavam todos confusos. Abraçou os joelhos e olhou para o teto, os holofotes coloridos estavam apagados, o emaranhado de fios devidamente organizado.

–Se ao menos eu pudesse ter palavras para explicar…

–O que exatamente?

Deu um pulo e caiu dentro dos arbustos. A morena, que estava atrás de uma câmera, aproxima-se curiosa.

–Estás com algum problema? – pegou-lhe as mãos, ele estava gelado – Diga-me, somos amigos.

–Mas… - apertou os joelhos, a palavra começou a ecoar no subconsciente – Esse é o problema, somos amigos…

–É algo tão pessoal que nem uma amiga pode saber?

Pegou-lhe as mãos, a garota se espantou além da curiosidade queimar mais ainda, afinal, queria ajudar Gilbert. Angustiado, nervoso, e com vontade de rir, respirou fundo para enfim tentar explicar com o mínimo de palavras possíveis.

–É que eu… eu lhe amo, e não sei o que fazer.

–Oh! Que roteiro é esse Gil?

–Roteiro? Eu digo que lhe amo e tu achas que estou treinando um roteiro? – levantou de supetão – Se for assim, por que tu resolveste incorporar a Hungria e ser uma sem coração? – irritado ele mencionou sair correndo.

Hungria o puxou pela camisa e o abraçou delicadamente. Não sabia se sentia o mesmo por ele, mas a forma carinhosa com quem ele se declarou a confortou, Gilbert sempre fora bom com palavras e emoções, e só agora entendeu porque ele sempre falhava em ambas quando estava do seu lado. Sentiu-se cega, um homem tão doce ao seu lado e ela nem ao menos notará. Quem sabe agora poderia retribuir um sentimento tão puro quanto o dele.

–Posso lhe pedir uma coisa? – pegou-lhe a face, olhou em seus olhos cor de rubi; senti-o esquentar seus dedos com o rubor – Ensina-me a amar.

Pego de surpresa ele apenas acenou; feliz, o passado de Elizabeta o permitiu saber quem ela nunca soube o que era amar, seria um caminho difícil para ele, mas mesmo assim estava disposto a fazer com que ela saiba amar de verdade.


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Notas finais do capítulo

OBS: Nas próximas semanas pode ser que eu venha a postar desreguladamente, pois estou em com uns projetos importantes, traduzindo Kalevala e produzindo um livro de conteúdo homossexual :B kj~ sim pretendo publicar e dane-se quem não gostar