Rainha dos Corações escrita por Angie


Capítulo 69
O Caminho para o Inferno


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente!! Hoje é segunda, então o que estou fazendo aqui?
Bom, o planejado era que eu postasse na quinta, dia 4, mas, como eu estava em semana de provas, não deu tempo de escrever. Eu até achei que daria, beeeem no início, mas decidi não me apressar e ficar escrevendo entre os estudos, porque eu poderia me dar mal nos dois hahahahaha. Até agora, os resultados que recebi das avaliações estão ótimos, então espero que esse capítulo tenha ficado bom também, porque ele é muuuuito importante para o começo do fim da história [triste].
Espero que vocês gostem!!
xoxo ♥ ACE
PS: GENTE, eu estou respondendo aos comentários aos poucos. Agora que estou livre dos estudos (mesmo que por um curto tempo) vou tentar deixar isso prontinho. Prometo ♥ Obrigada mesmo pelos comentários, saibam que eu sou MUITO grata pelo apoio.



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Elisabeth segurava o papel com força em suas delicadas mãos enquanto lia as palavras nele contidas pela décima vez. Por anos, recebera cartas de suas companheiras e de Anna, contando como estavam as coisas em seus respectivos países ou revelando algum segredo que haviam acabado de descobrir. Ela, esperara, em todo esse tempo, o dia em que a correspondência endereçada a ela fosse a resolução dos problemas, o momento de agir.

Agora, finalmente, ela chegara, trazendo consigo um turbilhão de emoções à jovem de 16 anos. Ela sentia os pelos de seu braço ficando arrepiados. Sentia o tremor em suas pernas. E, o mais estranho de todos, sentia uma certa dor em seu coração. Os soldados aliados de Anastácia já estavam em Klosterneuburg, a cidade vizinha, e, dentro de algumas horas, chegariam a Viena. Isso significava que seu tio, Luther, logo estaria preso e sofrendo nas mãos daqueles que buscavam vingança por tudo. E, por mais que aquele fosse um dos objetivos de toda a investigação das garotas, Elisabeth não poderia deixar de ficar aflita.

Enquanto percorria os corredores e escadas do grande Palácio, ela pensava em todos os momentos que já vivera ali, desde que se tornara órfã, aos 6 anos. Todas as salas que descobrira nas brincadeiras de pega-pega. Todas as suas risadas que ecoaram, juntamente com as do Rei, pelos imensos salões. A sensação de segurança que invadia sua inocente alma ao ouvir a voz suave do soberano ao colocá-la para dormir. Apesar de tudo, existia bondade naquele coração obscuro, e Lisa sabia muito bem disso.

Mas, se ela quisesse cumprir sua missão e trabalhar por um bem maior, ela tinha de fazer aquilo. E, por essa razão, no fim de seu percurso, entrou em um cômodo até então desconhecido para ela: o harém real.

O local era grande, talvez ocupando um espaço do que seriam 5 gigantes quartos do andar de cima. Cores vibrantes cobriam as paredes, enquanto o chão era forrado por tapetes das mais diversas culturas. Por conta da falta de janelas, lâmpadas amareladas, que estavam encaixadas nos lustres mais elegantes que Elisabeth já vira, iluminavam todo o lugar e traziam luz aos belos rostos das mulheres que se sentavam entre as almofadas.

Eram moças das mais diversas etnias, com os mais diversos corpos, cabelos e feições. A menina conseguia distinguir algumas, as quais geralmente iam aos jardins para o show de seu senhor. A maioria, porém, era totalmente desconhecida. Com dificuldade, ela se esquivou entre as colunas decoradas com mosaicos, tentando não ser vista, até um dos cantos em que viu uma figura familiar.

Véronique Aguillard, a concubina francesa que chegara às terras germânicas tantos anos antes, quando Elisabeth ainda era uma criança indefesa. Naquela época, a jovem conseguia se lembrar, ela aparecia nos corredores com Luther, exibindo seus longos cabelos negros e sorrindo de forma esnobe apenas por estar com o rei. Mas, mesmo assim, quando passava pela pequena, proferia palavras doces e tocava em seu rosto assim como a falecida mãe, a Lady Johanna, fazia. Você é tão bela e tão forte, anjinho. Mas esse Palácio é repleto de armadilhas. Todas nós precisamos tomar cuidado e nos unir para desarmá-las, ela dizia. E, Lisa suspeitava, aquele era o período em que a união das duas e de todas as outras seria mais necessário.

— Vossa Graça — a mulher falou, esticando o vestido branco bordado enquanto se curvava em uma reverência. — O que a traz aqui?

— Eu necessito de uma informação, Véronique — a garota respondeu rapidamente, ainda observando o local. — Quem é a preferida de meu tio no momento?

— Azra bin Hassan — a outra respondeu, confusa. — Uma saudita que chegou há aproximadamente um mês.

— Onde ela está?

A francesa apontou para um salão, cujo acesso era uma grande escada de mármore. Ele era separado dos outros pontos do harém por grandes cortinas vermelhas e algumas pedras preciosas, que eram presos em um grande arco.

— Muito obrigada. — Ela colocou uma das mãos no braço da concubina e encarou seus olhos negros com cumplicidade. — Essa será a hora de nos unirmos.

Com essas palavras, ela se retirou, andando em passos rápidos até o local indicado. Ao chegar lá, deparou-se com uma sala magnificamente decorada com tons de ouro. O ar cheirava a incenso, que surgia de uma das mesas de chá. Elisabeth teve de trancar a respiração para não ser infectada com todo aquele forte odor, que era característico, também, de muitas vestimentas de Luther — e agora ela sabia o porquê. Apesar do ambiente desagradável, ela tinha de chegar até as mulheres que se sentavam tranquilamente em um divã, sem sequer notarem a presença da jovem nobre.

— Eu preciso de sua ajuda. — A menina parou na frente das concubinas, segurando firme a barra de seu vestido de tons pastéis. — Meu tio vem sempre aqui à noite, não é mesmo?

Azra, sem entender bem o porquê daquela visita inusitada, fez que sim com a cabeça, ao mesmo tempo que se levantava. Assim, Lisa conseguia observar toda a beleza e a força que aquela mulher tinha no olhar, o que tornava compreensível toda a atração do Rei por ela. O que será que eles não faziam? Como será que ela o manipulava para conseguir o poder dentro do harém, e, até, no Palácio? Eram questionamentos que deixavam a menina muito nervosa, ela não poderia negar. A amante poderia muito bem aceitar a proposta, mas, também poderia negar e revelar o plano a Luther. Eram dois extremos, um deles que, eventualmente, poderia até matar a jovem nobre.

Bom, não custava nada tentar, o mundo já estava uma bagunça mesmo.

— O que eu vou ganhar com isso? — ela interrompeu a garota no meio da explicação, percebendo que sua parte na trama seria grande.

— A liberdade — replicou rapidamente, sem ao menos pensar em algo mais complexo, mais profundo.

A saudita não respondeu, apenas encarou a mais nova com uma expressão firme e, diga-se de passagem, assustadora.

— Não é isso que todas vocês desejam? — a germânica levantou uma sobrancelha, alternando o olhar entre Azra e as outras duas concubinas que ainda se encontravam sentadas.

Azra suspirou de forma e logo virou-se para as outras. Quase que imediatamente, então, elas se levantaram. A da esquerda, com belas madeixas loiras que desciam por suas costas como se fossem um véu, afastou os lenços de seu pescoço, revelando uma marca roxa horripilante, que se destacava em sua pele branca. A outra, com curtos cabelos castanhos, levantou as mangas de seu vestindo, mostrando cicatrizes em vermelho vivo. Ambas tinham expressões tristes no rosto, como se, além da dor física pelos machucados, houvesse a dor emocional por terem de aguentar um relacionamento abusivo, que era, com certeza, do que aquilo se tratava.

Elisabeth não conseguia acreditar que o tio fora capaz de fazer aquilo. Por mais que ele fosse um homem cruel, nunca demonstrara nenhuma propensão à violência física. Sempre parecia apenas aproveitar os serviços de suas mulheres de forma pacífica, apenas satisfazendo seus prazeres sexuais — não que isso fosse algo positivo. Mas aquelas marcas provaram que a menina nunca realmente conhecera o homem que a criara.

— Mais que isso, querida — Azra finalmente disse, colocando os braços em volta das companheiras. — Nós desejamos a morte de Luther.

***

O quadril de Azra se movia com agilidade, fazendo com que os finos tecidos em volta de seu corpo voassem, revelando algumas partes indesejáveis de sua pele. A música que se espalhava pelo ambiente era alta e tinha um ótimo ritmo. Todos os movimentos que ela fazia pareciam naturais, como se não houvesse esforço ou pensamento. De fato, aquela era uma atividade a qual ela se dedicava desde a infância, fazendo com que tudo se tornasse mais fácil. Naquele momento, porém, toda a naturalidade — mesmo que de forma imperceptível — se tornava tensa, tudo por conta do homem em sua frente.

Com seus grandes olhos azuis, ele a observava, parecendo estar bastante entretido. Seus lábios se curvavam em um discreto sorriso. Suas mãos acariciavam seu peito nu, enrolando os dedos em seus pelos claros. Ela percebia a vontade que ele tinha de se levantar e agarrá-la como sempre fazia. Sentia o desejo que ele tinha em toda a extensão de seu corpo. E, como uma boa e treinada concubina, não poderia deixar isso passar — ainda mais por conta do cumprimento de sua parte do plano.

Seus lábios se encostaram, podendo ser sentida de longe a faísca que se acendera na alma do Rei. A cada beijo, ele a puxava mais para perto, apertando todas as partes de seu belo corpo com força. Ela, nesses poucos minutos, já sofria pela dor do toque em suas feridas ainda tão recentes. Apesar disso, não gritou, não chorou, não demonstrou nenhum sinal de fraqueza.  Deixou que ele a possuísse, que passasse a língua por seu pescoço, por suas costas. À medida que ele delirava mais em prazeres carnais, os sentimentos dela de vingança se tornavam mais fortes.

Ela não queria que ele estivesse ali. Seu único desejo era que houvesse uma faca por perto, para que pudesse simplesmente apunhalá-lo pelas costas. “Pelo menos morreria feliz”, pensou ela, enquanto ele puxava seus cabelos da nuca.

Mas o plano deveria ser seguido.

Ela acariciou os braços do homem com uma ternura que ele nunca teria. Beijou seus lábios com doçura. Proferiu palavras de amor e sedução que não eram nada verdadeiras. Já na metade da pequena sessão de mágica da saudita, ele estava completamente enfeitiçado. Não conseguia mais pensar, apenas tocar aquele corpo, aquele objeto de satisfação. E foi então que um pedaço de metal foi retirado de seu bolso.

Azra já sabia que ele estava ali, mas nunca tivera a coragem de perguntar o porquê. Sempre pensou que fosse a chave do harém ou de seus aposentos. Depois do que fora contato por Elisabeth, porém, ela descobrira que o significado daquilo era muito mais sombrio.

E, ao encostar o material gelado em suas mãos, soube que tudo daria certo. Em breve, ela e suas companheiras teriam a liberdade e, mais importante ainda, a paz.

***

As botas de Elisabeth faziam um forte barulho ao tocar nas úmidas pedras que levavam às masmorras. A cada degrau que subia, menos ela enxergava. A cada passo, a escuridão e o medo a envolviam mais. Suas mãos tremiam, tentando não soltar o pedaço de metal gelado. Apesar de objeto ser pequeno, ele pesava. E muito. A jovem garota sabia disso, tinha consciência do significado do que estava prestes a fazer, para ela, para seu irmão, para os moradores do palácio e para todos os germânicos. Aquela era a chave para o futuro.

Ao chegar ao topo da escadaria, um rapaz de revoltas cabeleiras ruivas e com vestes negras a esperava. Em seu rosto existia uma expressão de nervosismo, assim como a da menina. Assim como ela, ele sabia do plano há muito tempo — desde que chegara ao Palácio como conselheiro do Rei. Nesse período, ele tivera de mentir para seu chefe, usando os pedidos de recomendações sobre seu governo como forma de obter dados sigilosos para a equipe de Anastácia. Ele nunca hesitou em fazer isso, por mais que o segredo poderia custar sua própria vida. Ele queria a liberdade assim como todos os germânicos, e era por isso que Lisa confiava nele.

— Está tudo pronto. As concubinas estão protegidas, assim como seu irmão, em seus respectivos quartos. As portas principais estão abertas para a entrada dos soldados. Há dois guardas que simpatizam com a causa para nos ajudar a levar Freya e Werer até o acampamento.  — Ele fez uma pausa para que seus olhos pudessem encontrar os dela. — Agora é com você.

Elisabeth sorriu discretamente, tentando não demonstrar a aflição que a corroía. Ela era uma garota forte, todos sabiam disso. Dedicara sua adolescência para que todos os acontecimentos daquele dia fossem possíveis.  E, naquele momento, a única coisa que a separava de seus tios-avôs — os verdadeiros Reis — era uma grade de metal escuro, que poderia ser facilmente aberta pelo que tinha em mãos.

O casal, trajando roupas cinza e sujas, se assustou ao ouvir o ranger da abertura da cela. O cheiro do local era insuportável, como se acumulasse urina e fezes de ratos através das décadas. As paredes tinham marcas pretas e vermelhas. O chão estava úmido. Mas, apesar de um ambiente como um todo ser repugnante, o que mais chocou Lisa foi o estado dos dois prisioneiros. De uma maneira geral, ambos estavam acabados e com as faces envelhecidas, o que era de se esperar depois de mais de 17 anos de confinamento.  Os cabelos da mulher, que sempre foram descritos como belos e brilhantes, estavam opacos e repletos de nós e de fios brancos. Seus olhos, que antes tinham o poder de iluminar um cômodo inteiro, agora estavam sem vida. Já Werner não tinha mais os músculos característicos de suas pinturas — que Luther escondera, mas que ela encontrara em um dos seus passeios —, nem o sorriso contagiante.

Era uma visão deplorável.

— Olá — chamou a menina com cautela. — Vocês podem me ouvir e ver?

— Sim — respondeu a voz masculina muito rouca. — Quem é você?

— Sou a filha de Johanna, a segunda menina de Friederich. — Ela se aproximou mais um pouco do ponto onde eles estavam. — Estou aqui para ajudá-los.

Lisa se ajoelhou na frente deles. A Rainha, então, passou as mãos magras e cheias de poeira na face da mais nova, contornando todos os seus traços com os dedos. Um pequeno sorriso se formou em seu rosto. Depois, seus braços envolveram os ombros da outra. Pequenas lágrimas se formaram em seu rosto, mas, pela primeira vez, elas não eram de tristeza.

— Faz tanto tempo que não vejo alguém que não seja um dos guardas ou Luther — falou ela, mais uma vez encarando a garota. — Você é tão parecida com sua mãe.  Ela era uma dama tão espirituosa, eu gostava muito dela. Ah, quanta coisa perdemos, Werner. Tudo o que conhecíamos antes de sermos presos aqui já mudou. Da última vez que vimos sua mãe, ela estava grávida, provavelmente de você, menina. Como ela está?

— Está bem — ela resolveu ocultar o fato de Johanna estar morta há 10 anos, a fim de evitar mais sofrimento. — Todos estão ansiosos para rever Vossas Majestades.

— Não podemos sair daqui, Luther nunca permitiria — o homem afirmou, colocando o braço de forma protetora em volta da esposa. — Além do mais, não temos forças.    

— Tudo está preparado. Meu tio está dormindo e alguns guardas nos auxiliarão com as escadas — ela explicou, levantando-se e estendendo a mão para eles. — Confiem em mim.

Assim que eles, com muita dificuldade, se ergueram, Elisabeth gritou para Ludwig. Em poucos segundos, ele chegou com os três funcionários do Palácio, igualmente vestidos de preto. Os cinco, então, ajudaram os antigos Soberanos no longo percurso das masmorras até as portas laterais do Palácio. A cada passo que davam — mesmo que lentamente —, Lisa ficava mais aliviada. A liberdade estava cada vez mais próxima.

No momento em que chegaram aos jardins externos, foram atacados por uma pequena multidão de médicos e soldados. Todos queriam verificar o estado físico e mental de Werner e Freya. Eles estavam, alguns minutos depois, abrigados na tenda verde-musgo improvisada, deitados em macas e sendo examinados. Dessa forma, Elisabeth soube que eles estavam seguros e em boas mãos para que pudessem cumprir sua parte do plano mais tarde. Agora, com a certeza da salvação da Germânia, ela teria de sair dali.

Eles estavam protegidos, mas ela não. Luther sempre confiara a ela todos os seus segredos, sem nenhuma restrição. Desde que chegara, aos 6 anos, ele a tratara como uma filha. Tempos mais tarde, ela descobriu que seu guardião amoroso era um homem totalmente diferente com sua nação. Mas, mesmo assim, ela tinha medo de decepcioná-lo, por algum estranho motivo. Portanto, era melhor que ele pensasse que ela estava morta do que a visse todos os dias — livre enquanto ele estava preso — com remorso.

— Você vai mesmo? — Ludwig questionou, como se lesse seus pensamentos, envolvendo as mãos da menina de forma acolhedora. — Você ficará bem aqui com as tropas de Anastácia, não há o que temer.

— Eu preciso ir.  Não só por mim, mas por Andreas. — Ela suspirou. — Se meu tio descobrir que eu estava envolvida nisso, e eu acredito que ele irá, nossa situação no Palácio se tornará muito difícil. Não sei o que pode acontecer. Podemos ser expulsos, castigados ou até coisa pior. Meu irmão precisa de cuidados especiais, que a Coroa tem condições de dar. Não posso arriscar a vida dele também.

O rapaz de cabelos ruivos sorriu de forma suave. Ele entendia o amor que Elisabeth tinha pelo menininho de 10 anos, que tinha um distúrbio mental. Todos os dias, ele a via passando pelo quarto da criança e ficando vários minutos observando-o. Por mais que ela considerasse Luther quase que um pai — ênfase no quase —, Andreas era sua única família, a última lembrança que ela tinha da mãe, que morrera um pouco depois do parto. Era um amor puro e completo, que tinha a capacidade de fazê-la arriscar tudo apenas para mantê-lo seguro.

— Assim que Aline e Eris chegarem, não haverá perigo — ele afirmou. — Não vá muito longe. Anastácia tem conhecidos em todos os lugares, não será difícil de encontrar um nos subúrbios de Viena. Tente se hospedar lá e também tomar cuidado, me prometa.

— Eu fui criada por Luther, sei muito bem tomar conta de mim mesma — ela disse com humor. — Mas, sim, prometo. Vai dar tudo certo, não se preocupe.

Os dois se abraçaram e, quando ela se afastou, correndo pelos campos que contornavam o Palácio, ficou totalmente sozinha. Sua capa voava com o vento, assim como seus cabelos loiros. Era mais um ponto negro na escuridão, praticamente imperceptível. Agora, ela não era mais a sobrinha do Rei. Não era mais uma moradora privilegiada da Residência Real. A partir daquele momento, ela era apenas uma fugitiva, uma garota órfã que só tinha Deus e as estrelas como guias.


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Notas finais do capítulo

FINALMENTE FREYA E WERNER ESTÃO SOLTOS!!! O QUE SERÁ QUE VAI ACONTECER AGORA? ELES ASSUMIRÃO O TRONO COM ERIS? E LUTHER, COMO FICA? SERÁ QUE ELE SERA EXECUTADO?
Muitos questionamentos, e as respostas para todos eles estarão nos próximos capítulos. Não percam!
Espero que vocês tenham gostado!
Até o próximo, que a princípio sairá ainda essa semana, dia 11/05 (espero que dê tudo certo!!!).
xoxo ♥ ACE



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