Rainha dos Corações escrita por Angie


Capítulo 56
Sob a Luz das Estrelas | Laryssa e Isabella


Notas iniciais do capítulo

Hoje é quinta, hoje é dia de RDC!!
Vocês não têm noção do quanto estou feliz por estar conseguindo postar dentro do prazo de 15 dias e, ainda por cima, antes do meio-dia! Fazia muuuito tempo que eu não conseguia esse feito. Isso porque andava com a inspiração bem baixa, o que fazia eu demorar 10x mais pra escrever um capítulo. Mas ontem/hoje de madrugada me bateu uma inspiração fortíssima, consegui escrever muito. Só parei às 03:30 porque estava com muito sono e escrevendo errado ("familha"), pois, se não estivesse, iria bem mais longe.
Bom, em busca de ideias e motivação, comecei um canal no YouTube para a fanfic, no qual eu postarei vídeos sobre a história, fatos, curiosidades etc. Já postei o primeiro vídeo ontem (seria esse o motivo para minha inspiração?) Confiram! (e não se esqueçam de se inscrever no canal!) https://www.youtube.com/watch?v=cVig6TDW3U0&t=7s
Vou parar de tagarelar e deixar vocês com o capítulo! Espero que gostem!
Ah, e obrigada pelos comentários!!! Aprecio muito cada um deles!
xoxo ♥ ACE



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Era a primeira noite que Laryssa ia ao jantar com toda a Família Real e convidados desde que Ophelia a ajudara a descobrir sua condição. Logo depois daquela conversa, ela não fora capaz de sair de seu quarto, com um misto de náuseas e de apreensão. Nos dias seguintes, ela teve de ser forte para controlar as lágrimas e poder participar das atividades da Seleção. Mas não foi fácil. Meses de idas ao psicólogo — que a auxiliaram a ver a luz sobre o fosso escuro em que ela se encontrava depois do episódio traumático — não foram suficientes para prepará-la para algo como aquilo. Saber da existência de uma vida dentro de si, ainda mais tendo a noção que ela fora gerada por aquele homem asqueroso, trazia todas as memórias à tona. Lary mal conseguia entrar — mesmo que acompanhada — em uma sala do Palácio sem pensar que ele estaria lá pronto para atacá-la novamente.

Naquele dia em específico, porém, ela se sentia bem. Pela manhã, foi capaz, inclusive, de ter um pouco de diversão nas lutas e de se despedir das siberianas sem lembrar-se em nem um instante de todos os problemas. Talvez fosse assim que os nobres sempre vivessem: em constante conflito — interno e externo — por conta da sua importantíssima posição no país, mas mesmo assim achando momentos nos quais poderiam se apoiar para serem felizes. E, vivendo o que estava vivendo no momento, Laryssa finalmente conseguia entender o porquê de achar uma candidata a Princesa era tão difícil.

— Bom, meninas, agora que Serena foi embora, talvez o Príncipe dê mais atenção a nós — disse Ulrika, que se encontrava logo ao lado da Selecionada ruiva, em meio a todo aquele barulho e conversas paralelas, mexendo em seus longos cabelos loiros. — Sem a paixãozinha de infância, pode ser que ele lembre que as verdadeiras pretendentes dele estão aqui.

— Acho que ainda não, querida — admitiu Wanessa, enquanto passava a colher elegantemente pela taça de sobremesa que acabara de ser entregue a elas. — Alicia e Alba estão aqui, teremos de esperar que elas se despeçam.

Lary desviou o olhar — tentando ser discreta — o olhar para a mesa principal, onde se encontravam todos os membros da realeza. As duas moças em questão conversavam como velhas amigas, mesmo que a morena não sorrisse com frequência. Nenhuma das Selecionadas podia negar que ambas as amedrontavam.  Com toda sua graça e beleza, era fácil de imaginar o Príncipe se apaixonando por elas; era natural ver uma delas como futura Princesa da Dinamarca, alguém em quem as pessoas poderiam se inspirar. Era por isso, provavelmente, que as competidoras as odiavam e queriam que elas voltassem logo para seu país. Mas Laryssa não. O que ela mais queria era aprender com aquelas fortes mulheres, conhecê-las, perceber que elas eram humanas como todas as outras.

No meio de sua admiração, a Selecionada ruiva acabou usando os olhares com a Princesa Saudita. Os olhos castanhos Nobre os azuis da plebeia se encararam por um tempo com muita curiosidade. Constrangida, a competidora voltou sua atenção para mesa em que se encontrava com suas companheiras. Porém já era tarde demais. Os tecidos caríssimos das Arábias já se arrastavam pelo chão da Salão de Jantar. A garota de semblante misterioso se aproximava cada vez mais no canto do local. Laryssa não necessariamente estava olhando na direção dela, mas simplesmente sentia sua presença. Quanto mais perto estava, mais se ouvia o som de suas joias batendo umas nas outras e mais tenso ficava o ambiente.

— Boa noite, meninas — disse ela quando chegou, revelando uma parte do rosto ao soltar um pouco o véu. — Vocês realmente têm uma visão privilegiada aqui perto da janela.

— A mesa dos nobres tem, com certeza, uma localização melhor — falou Ulrika, a única das Selecionadas que não ficou sem palavras com a chegada da árabe. — Além de conseguir ver o lado de fora, os senhores podem observar todo o salão.

— Isso é verdade — concordou a Princesa, puxando uma das cadeiras desocupadas por conta das competidoras eliminadas e sentando-se ao lado da loira. — Eu estava justamente observando vocês, por isso vim para cá. Poderíamos conversar?

— Seria uma honra, Alteza — respondeu a menina, sendo acompanhada de vários acenos positivos de cabeça por parte de suas colegas.

A Saudita riu, encarando todas da mesa uma a uma, como se tentasse descobrir algo. E era com isso que Laryssa ficava tensa. Ela não sabia do que os nobres eram capazes — ainda mais aquela em particular, já que sua terra tinha uma tradição de medicina. Talvez o fato de que a menina estava sempre passando mal já se espalhara pela Corte, criando os mais absurdos boatos, e a Família Real, querendo se certificar da integridade de suas Selecionadas, mandara uma espiã para esclarecer tudo. Se isso estivesse correto, a menina não duraria nem mais um dia na Seleção, seria eliminada sem ter a chance de se explicar. Isso não poderia, em nenhuma hipótese, acontecer. Lary deveria se manter calma, como se nada estivesse errado. Deveria esquecer suas teorias e apenas convencer sua mente de que a Princesa estava ali para uma simples e amigável conversa.

— Bom, esse não era bem o assunto que eu gostaria de estar tratando com vocês, até porque estou em uma posição péssima no momento, porém é o que a nossa realidade pede, não tenho escapatória — ela finalmente disse, escondendo suas belas feições novamente no véu, provavelmente com o intuito de esconder suas emoções. — Todas sabem, ou pelo menos deveriam saber, os motivos da Guerra. Toda o histórico da Turquia com a Grécia e tudo mais. Estou certa?

— Fomos instruídas sobre isso em diversas ocasiões — admitiu Layla, com sua voz suave, a qual sempre trazia calma a todos em sua volta, se pronunciando pela primeira vez naquela noite. — Mas, desculpe-me pela opinião polêmica, não penso que isso tudo seja culpa, ou até ideia, dos turcos. Pelo que vi, a Germânia já fazia tratados econômicos e até políticos com eles há muito tempo, e, bom, não sei muito bem o que isso pode significar. Assuntos geopolíticos nunca foram o meu forte, porém essa percepção vem rondando minha cabeça desde que ouvi falar da Guerra.

— Era exatamente aí que eu queria chegar — a Princesa parecia um tanto inquieta em sua cadeira. — O governo atual da Germânia, com o Rei Luther, está um caos. Muitos acreditam que ele é a causa do conflito que estamos vivendo. Posso admitir, a retórica dele é tão espetacular que até meu pai, um dos homens mais orgulhosos que conheço, cedeu a suas propostas. Sendo assim, muitos acreditam que Eris está destinada a voltar e salvar tudo, se é que está viva.

— É muito pouco provável que ela esteja viva. O laudo médico de sua morte foi registrado e compartilhado com todo o povo — afirmou Marzia, mais ao canto da mesa, com o olhar dividido entre a deliciosa sobremesa em sua frente e a conversa a seu lado. — Acreditar que ela vive foi só uma maneira que o povo achou para manter as esperanças de um futuro melhor para seu país. Isso é uma ocorrência muito comum nas pessoas que vivem sob um regime despótico.

— Creio que esse seja um termo muito forte para ser usado nessa situação. Luther é um rei polêmico, mas não é de todo ruim — advertiu Wanessa, virada firmemente para a colega morena. — Temos que analisar todos os aspectos antes de julgar um soberano. E, no caso do Germânico, podemos perceber que ele foi o responsável por um avanço econômico gigantesco no país.

— Vejo que você andou estudando a história da nossa querida potência — constatou a nobre, erguendo uma das sobrancelhas. — É bom para uma aspirante à Princesa ter interesse sobre esse tipo de coisa.

— Meu pai era professor e sempre foi fascinado pela Germânia, principalmente no que se refere à Família Real — explicou a garota com um ar melancólico, provavelmente lembrando e sentindo falta de sua família. — Tive a tristeza de perdê-lo para a morte alguns anos atrás, mas acho que esse acontecimento só me incentivou a seguir seus passos e pesquisar cada dia mais.

— Sinto muito por sua perda, mas fico feliz por você não ter se entregue ao luto, tenho certeza que seu pai está orgulhoso — disse a Princesa, pela primeira vez demonstrando um pouco de empatia em seu tom de voz. — E a senhorita… Laryssa, estou certa? Não falou nada ainda. O que você pensa sobre o assunto?

— Se ela está ou não viva, não posso dizer. Assim como minha opinião sobre o reinado de Luther também não é bem fundamentada para poder discutir com vocês, precisaria de muito mais tempo de estudo — a menina respondeu, sincera, olhando diretamente para a saudita. — Eu tenho certeza de uma só coisa: se Eris está por aí, eu me sentiria honrada em conhecê-la.

***

Nenhuma luz entrava no Palácio a não ser a das estrelas e da Lua. Os corredores estavam cobertos no breu e dormindo no silêncio. A hora que todos deveriam se retirar e ir aos seus quartos para garantir uma boa noite de sono e o melhor aproveitamento do dia seguinte já passara havia muito tempo. Tirando os guardas — que surgiam aos montes nas salas da residência real desde que a guerra fora anunciada — nenhuma pessoa deveria estar vagando pelo local. Isabella, porém, nunca foi o tipo de filha que seguia rigidamente as regras dos pais e, por isso, na calada da noite, ela cruzava Amalienborg descalça e em passos rápidos, fazendo com que seu vestido branco leve dançasse em volta de suas pernas.

O caminho até o seu destino na ala oeste estava sendo muito mais fácil do que ela imaginara. Os pais — que tinham o sono mais leve que ela conhecia — não acordaram com o ranger da porta da filha, mesmo sendo ao lado do seu quarto. Nenhum guarda a parara. Nenhuma criada em seu serviço noturno a vira. Nada. Ela apenas continuava caminhando, caminhando, sem dificuldades, sem nada que a impedisse de fazer o que queria. Uma sensação de liberdade que, mesmo que curta, a fazia feliz.

Isso, porém, durou pouco. Prestes a chegar a seu destino, mais especificamente a uma porta e um lances de escadas, ela encontrou um empecilho. Ao girar a maçaneta, descobriu que a mesma estava trancada, que ela não poderia entrar. Seu primeiro plano era ir até a sala onde se encontravam todas as chaves, em algum local que nem ela mesma — morando a vida toda no Palácio — conhecia. Seria difícil, mas não impossível, o único problema era se ele teria paciência de esperar tanto tempo.

— Princesa Isabella? — um guarda vestido todo de preto chamou, surgindo das sombras ao lado da porta e assustando a menina. — O que vossa alteza está fazendo aqui?

— Eu gostaria de ir ao terraço — ela pensou rapidamente, passando a mão no cabelo. — Estou me sentindo presa dentro do Palácio, e essa é a única parte, tirando o jardim, que posso pegar o ar totalmente puro.

— As ordens são de não deixar os membros da família real subirem. Ordens de sua mãe, alteza — a menina revirou os olhos com a resposta do militar, apenas pensando no quanto Juliane era paranoica, proibindo os filhos até de irem a um local de sua própria casa do qual todos os cinco tanto gostavam. — Ela teme os ataques.

— Por favor, — ela olhou o nome na plaqueta do homem, espremendo os olhos por conta da escuridão — Cabo Jepsen. Eu sei muito bem me cuidar sozinha. Se algo ocorrer, eu dou um grito, ou algo do tipo.

— Sabemos também que o Príncipe Arthur vai protegê-la — disse um dos guardas mais alto ao fundo, enquanto a moça já percorria a última etapa de seu longo caminho, fazendo-a sorrir involuntariamente.

Quando chegou ao terraço, ela lembrou que tudo aquilo valera a pena —  sempre valia a pena. As estrelas iluminavam o local de forma tímida e as poucas luzes apenas deixavam claro um pequeno banco ao canto, onde as gêmeas e Alexander costumavam sentar para conversar quando bem pequenos.  Algumas flores —  provavelmente postas ali ainda na época de sua avó, que amava a natureza e a tranquilidade —  davam cor ao local, deixando-o ainda mais mágico. Aquela era uma das partes do Palácio das quais Isabella mais gostava, uma das que mais faziam ela amar sua casa. Por isso, quando ele sugeriu de se encontrar, ela não pensou duas vezes ao indicar ali como o local perfeito. Tudo que vivera ali virara uma lembrança boa, logo, se ela estragasse tudo naquela noite, o cenário provavelmente amenizaria a situação.

Bella, desde a chegada dos britânicos à Dinamarca, simpatizou com o Príncipe Arthur. Ela pensava que eles poderiam ser bons amigos, bons cunhados, que, daquela maneira, eles protegeriam Ingrid juntos. Mas ela nunca pensou que estaria nervosa para encontrá-lo. Não nervosa como quando tinha uma prova importante ou quando algo acontecia à Saphira. Aquilo era um sentimento diferente, algo que nunca sentira antes. Poderia ser porque ele em breve roubaria sua irmã. Mas ela duvidava disso, principalmente depois da conversa que tivera com ele aquela manhã, logo depois da luta.

Ali estava ele, no limite do terraço, observando a bela vista do local, olhando para o rio e para a imponente Casa de Ópera. Sua postura, como em todos os outros momentos no Palácio, estava firme, os ombros contraídos e as pernas estranhamente retas. A única diferença era que, ali, seus cabelos voavam com o vento, fazendo-o parecer muitas vezes mais receptivo. E foi com essa percepção que Isabella se aproximou, apreensiva.

— Desde cedo, tive o sonho de me aventurar pelos mares, na Marinha Britânica, assim como meu pai fazia, como se fosse uma homenagem a ele — o rapaz disse, sem tirar os olhos do rio, parecendo um pouco tímido. — Acostumei-me a não parar em casa, de só ver minha querida mãe nas curtas férias. E eu amava aquilo, sabe? Era, e ainda é, gratificante. Cada vez que eu recebia uma nova patente, ficava mais feliz.

Ele deu uma pausa, deixando a menina confusa. Aquele era um fato um tanto íntimo de sua vida, algo que não se contaria para alguém praticamente estranho. Até mesmo Isabella, que era conhecida por ser muito aberta com todos, não compartilhava seus sentimentos, ainda mais sobre a família, com os outros. E ele parecia muitas vezes mais fechado que ela.

— Não quero ser rude, mas… — ela parou um pouco, tentando ver se alguma expressão de raiva surgia na face do Príncipe. — Por que você está me falando isso?

— Porque essa é uma grande parte da minha vida. Talvez a mais significante, minha mãe que me perdoe — ele olhou para ela com a maior serenidade, finalmente desvia a atenção da vista. — E eu queria que você soubesse. Não sei explicar o motivo… Não me ache estranho, por favor.

Isabella deu uma risada fraca, esperando ser acompanhada por ele. Compartilhar as esquisitices da vida era algo comum entre os nobres, ou pelo menos comum entre a Família Real Dinamarquesa e agregados. Todos sempre tratavam as mais diversas situações com muito humor — principalmente quando o assunto era sentimentos, já que esse grupo social costumava os ter mais retraídos. Arthur, porém, não riu, apenas continuou sério olhando para a Princesa, o que a fez pensar que ela era uma idiota infantil.

— Pense bem na situação que estou vivendo. Meu irmão está escolhendo sua esposa entre 35 estranhas, no meio de uma guerra. Minha mãe quer me casar com um norueguês praticamente e minha irmão, com você. Mas acontece que agora estamos aqui, e… — falou ela, gesticulando com os braços e logo depois olhando para baixo. — Para uma nobre, está estranho o suficiente, não acha? O plano era viver aqui no luxo, sem preocupações e depois, com uns 19 anos, ir para a Noruega, me casar, ser rainha, ter filhos. Essa coisa toda.

— Essa nunca foi a programação para minha vida. Eu nunca quis nada disso, na verdade. Tinha medo de deixar minha esposa viúva muito cedo, assim como meu pai deixou minha mãe — ele voltou a olhar para o céu, para as estrelas que cintilavam sobre sua cabeça. — Quando minha tia Alice me comunicou que um casamento com sua irmã, fiquei desesperado. Pensei em negar, mas Aline me convenceu de pelo menos vir até aqui conhecer minha noiva. Ela garantiu que eu mudaria de ideia e, como sempre, estava certa.

A dinamarquesa pensou na prima e em quanto ela gostava de Ingrid. Lembrou-se de todas as visitas da britânica, quando ela passava horas com a gêmea mais culta em locais que ela e Bella não costumavam visitar. Sempre fora seu destino casar com alguém à altura dela, como o próprio Arthur era. Alguém inteligente, que soubesse conversar sobre tudo, que tinha suas ideologias formadas. E a mãe sabia disso ao arranjar a união dos dois, sua disputa por aliados sanguíneos por toda a Europa e além não era totalmente cega. Ela estava pronta para entregar as filhas para homens bons, dignos. Mas, mesmo sabendo disso, Isabella não se sentia preparada perder a irmã que tanto amava.

— Então você me chamou aqui para… — ela mordeu o lábio inferior, apreensiva. — Dizer que vai levar minha irmã?

— Não — ele pensou um pouco. — Logo estarei saindo para me juntar às forças especiais de apoio de meu país, para proteger nossa população dos males da Guerra. Não sei quando voltarei, por isso queria falar com você.

— Eu e Ingrid estaremos aqui, de qualquer forma — ela afirmou, mexendo na barra de seu vestido. — Acho que as princesas, em meio a um conflito, ficam tecendo para seus príncipes. Sempre ouvi histórias sobre isso. Você nem precisava ter avisado, muito menos a mim.

Ele não respondeu de imediato. Ficou em silêncio por mais tempo que a Princesa julgava necessário. Ela nunca passara por uma situação como essa, por isso não sabia avaliar se suas palavras eram boas ou não. Será que ela havia sido grossa? Será que ele estava ofendido por suas palavras?

— Achei que deveria — ele olhou bem fundo nos olhos dela, como se pudesse entrar na imensidão daquele azul. — Posso… te abraçar?

Ela fez que sim com a cabeça, e ele se aproximou. Seus braços a envolveram com calma, com um toque suave que ela pensaria que um militar poderia ter. Dali, ela conseguia sentir o agradável cheiro do perfume dele, que lembrava um pouco maçã. Ela se sentia tão bem ali, como se sempre fosse seu destino estar tão próxima dele. Queria poder ficar assim para sempre.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram?
O que será que Alba quer com as Selecionadas? Seria aquela só uma conversa amigável ou tem mais? E, ainda sobre a narração da Laryssa: escrever sobre alguém que passou por episódio traumático como esse está sendo difícil, pois creio que seja um misto de sentimentos que só quem viveu sabe. Estou me esforçando ao máximo para tornar isso o mais próximo do real, tomando muito cuidado para não romantizar algo tão horrível, coisa que acontece bastante (pelo que dizem) por aí. Acho que isso serve como reflexão para nós também, pois vivemos em uma sociedade na qual a cultura do estupro é muito disseminada, mesmo sem que percebamos.
Antes que o Nyah me corte, como sempre faz, quero finalizar com: TEMOS UM NOVO SHIP? QUAL SERÁ O NOME? Artabella, Isarthur, sou horrível com isso haha Mas o que vocês acharam?
Bom, por hoje era isso!
xoxo ♥ ACE
Spoilerzinho: Vai ter especial de Natal, aguardem



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