O Pássaro do Gelo escrita por MaNa


Capítulo 27
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Então... Fui até rápida! O Capítulo está menor, mas Camila e Elvira estão de volta. Minha gente, comentem! O Nyah mostra quantas pessoas estão acompanhando a história sem aparecer e quantas visualizações cada capítulo tem. Fico desanimada percebendo que tem muita gente, mas poucas comentam. Sério mesmo. Estou beeemm desanimada. Obrigada as meninas que comentaram nos últimos dois capítulos! Você são maravilhosas!

Aproveitem o capítulo.



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Capítulo 25

Camila estava convencida que Mayta amaria o caçador. Nada tirava isso de sua cabeça, que previsível!

—Camila venha me ajudar com as compras.

Assim que escutou a mãe chamar, saiu correndo do quarto, abrindo a porta e ajudando-a a levar as sacolas para a cozinha.

—Finalmente, achei que tinha se perdido!

—Dramática você... - A mulher riu- Me ajude a guardar as coisas.

Quando terminaram, mãe e filha sentaram no sofá da sala, a mais nova com os pés em cima das pernas da mais velha.

—E ainda por cima é folgada.

Camila riu.

— O que a senhora queria falar comigo?

Ela suspirou e se endireitou no sofá. Aquilo poderia ser difícil. A filha não gostou do semblante sério que o rosto de sua mãe assumiu.

—Camila, nós vamos nos mudar. - Declarou de uma só vez.

A menina ficou pálida.

“Sim, a conversa seria difícil.” Pensou antes de continuar.

OoOoO

Elvira dormiu. Sol, e como ela dormiu!

Assim que terminara o ritual descansou as horas que faltavam para o dia amanhecer e, depois de levantar-se e saudar seu povo, voltou correndo para o quarto onde adormeceu mais uma vez. Estava exausta, as fogueiras drenaram quase toda a sua energia.

—Bom dia.- A voz de Vougan foi a primeira coisas que escutou ao acordar.

—Bom dia. - Relutava em abrir os olhos. Seu corpo estava tão relaxado... Não queria dar adeus à sensação de paz que a invadia. Podia sentir os braços do príncipe a envolver e suas pernas entrelaçadas. Desde quando ele estava ali? Se lembrava de que o rapaz não chegou a tempo de presenciar o inicio do ritual da coroação. Aquilo a machucara muito, pois ele tinha prometido estar com ela. Desde então só o vira... Quando? Tinha a vaga lembrança de alguém carregando-a para o quarto após ter terminado com as fogueiras. Teria sido ele? Quando acordou mais cedo o rapaz não estava lá, nem quando foi dormir novamente.

—Você demorou a acordar.- Falou enquanto beijava-lhe o pescoço.

—Quanto tempo?- Ela se espreguiçava feliz. Era tão bom ser acordada assim.

—Três dias. Estava começando a ficar preocupado.

—Três dias? Sol, eu não devia ter dormido tanto!- Elvira abriu os olhos e tentou se levantar, mas uma vertigem a atingiu.

—Relaxe, El, você ainda precisa descansar. Seu corpo não se recuperou completamente. - Ela o viu se levantar e trazer até a cama uma bandeja com algumas frutas e um suco. - Coma, vai lhe fazer se sentir melhor.

Como se para confirmar a necessidade de comer seu estomago reclamou.

—Sim...- Agarrou a primeira maçã e tomou um gole do suco. – Desde quando você está aqui?

—Eu lhe trouxe para o quarto. Depois você acordou, como manda o ritual, foi coroada e voltou a dormir. Tive de levar alguns caçadores para coletar alimento enquanto você descansava, mas assim que voltei a Vila corri para a sua casa. Fiquei com você desde então.

—Os três dias?

—Os três dias.

Eles se observaram por um longo momento. Até que Vougan quebrou o silêncio.

—Eu estava maluco de preocupação. Achei que você não ia acordar. Houve um momento em que sua respiração ficou devagar e sua pele estava gelada, realmente me apavorei! Mesmo nossa tia garantindo o tempo todo que com nossa mãe foi igual, que suas energias estavam esgotadas, seus poderes... Por isso a falta de calor.

—Eu não morreria tão facilmente, Principezinho. – Sorriu, há quantos anos ela não o chamava assim?

—Percebo agora.

Um longo momento se passou. O rosto de Vougan estava a centímetros do dela. Elvira podia sentir a tensão, ver os olhos dele queimando, sentir o hálito, o cheiro dele. O cheiro de madeira queimada que sempre representou “casa” para ela. Seus lábios iam se tocar, eles pediam por isso...

—Com licença.- Os dois pularam de susto se afastando- Estou interrompendo algo?

Alana entrou no quarto com um meio sorriso disfarçado. Que gracinha era ver aqueles dois assim, tão próximos.

—Oi tia, pode entrar.- Falou Elvira sorrindo. Olhou para Vougan e percebeu que ele ficara muito sério, o semblante levemente irritado. Notou que também evitava olhar para a tia. O que estava acontecendo?

—Minha querida, que bom que acordou! Tenho boas novas e preciso lhe contar.

—Não podemos falar sobre isso depois?- Perguntou Vougan se mexendo desconfortavelmente no pé da cama.

—Ora, não há necessidade, já estou bem o suficiente para escutar minha tia.

O rapaz abaixou os olhos. A Rainha podia perceber a postura dele, agora muito irritada.

—Então vou dizer de uma vez. Elvira, eu estou grávida e de acordo com a nossa parteira que já consultou as estrelas e fez aquele teste esquisito que só as nossas parteiras sabem fazer é... O toque! Pronto, ela me disse que é uma menina, sem sombra de duvidas!

O toque era uma habilidade que as fênix parteiras compartilhavam umas com as outras. Somente elas sabiam como fazer e sempre, sempre, acertavam o sexo do bebê.

—Isso quer dizer... - A jovem Rainha olhou para a tia espantada.

—Sim, minha menina, você não precisa ter uma herdeira do nosso sangue. Pode ser rainha até que a minha pequena aqui- colocou as mãos no ventre e abriu um grande sorriso- crescer o suficiente para assumir o trono.

—Isso quer dizer que... - Começou de novo. Elvira procurou o príncipe, espantada, e notou que os olhos do rapaz já não tinham raiva alguma, apenas... Aquilo seria... Medo?

—Você não precisa mais... - Ia completar Alana, mas Vougan interrompeu a sentença com um suspiro triste e, sem fitar Elvira nos olhos, terminou pela tia - Casar comigo.

Elvira sentiu aquela vertigem de novo.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? O que devo melhorar?

Bjs



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