O Pássaro do Gelo escrita por MaNa


Capítulo 25
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Então, o próximo capítulo chegou. Boa sorte para Mayta!

Aproveitem.

P.s: Mabica eu lhe respondi errado. Achei que falava sobre a mãe de Mayta, distração a minha! No próximo capítulo a mãe de Camila vai tirar suas dúvidas. :)



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Capítulo 23

A mãe ainda não chegara. Bom, nesse caso, ler um capítulo a mais era a melhor opção. Camila virou a página.

Mayta não se permitia mais chorar.

“Chega”. Pensou. Já gastara lágrimas demais.

Um homem entrou na cela. Tinha os cabelos grisalhos e um brilho nos olhos azuis que parecia gritar "não bato muito bem da cabeça".

–Olá, minha jovem. Qual o seu nome?

Mayta não respondeu e o senhor suspirou.

–Sabe, você poderia facilitar. Seria mais fácil para nós dois.

Silêncio.

–Então está bem. Vamos pelos meios mais complicados. Veja bem, eu sou um “cientista”, um “pesquisador” e a minha especialidade são as fênix. Meu amigo a trouxe aqui para compreender exatamente o quanto você vale.

“Típico.” Mayta deu um meio sorriso.

–Do que está rindo.

Silêncio.

O homem suspirou.

–Tudo bem. Você, garota, é diferente de todos os pássaros que já encontrei em minha longa carreira. Se é que é um pássaro... Não se parece com um.

–Ela é.- Um outro homem entrou. Um senhor mais jovem. Definitivamente caçador. -Eu sei que é. Eu a vi lutar. Mas é diferente e é por isso que a trouxe aqui. Quero saber o quão diferente ela é. - Ele a encarava com um olhar ganancioso. Mayta queria congelá-lo. Oh, Lua, como ela queria ter seus poderes de volta...

–Meu bem,- o grisalho virou para ela com um olhar curioso- você poderia se transformar? Meus estudos irão mais rápido se você estiver em sua forma de pássaro e eu sei que esse poder não é perdido com a erva.

A menina não respondeu.

Não se transformaria em pássaro. Se o fizesse realmente estaria a mercê de todos e não poderia voltar a forma humana.

–Certo. Então realmente teremos de ir pelo caminho mais difícil. Eu odeio torturas... - Mas o olhar do homem dizia exatamente o contrário. Ele gostou da recusa silenciosa dela. Ah, ele gostara muito.

Até mesmo o caçador o olhou com nojo.

–Para mim tanto o faz. Só quero saber o quanto podemos ganhar com ela.

–Não se preocupe. Nós saberemos. Dependendo do seu achado, talvez eu mesmo a compre.

O caçador assentiu e saiu da cela.

–Criança, agora somos só eu e você. Gostou do seu vestido?

Mayta não gostara. Fênix odiavam roupas, sentiam como se estivessem presas e aquele vestido não era um vestido. Era um pano rasgado e nojento. Fez uma careta.

O grisalho riu.

–Pois bem, nós vamos tirá-lo. Mas confesso que, se você não se transformar em pássaro e vier comigo até aquela sala ali, vai preferi ficar com ele.- Apontou para uma porta fechada do lado de fora da cela.

A resposta de Mayta foi sua não-transformação.

O homem riu satisfeito.

–Ícaro?

Um jovem entrou e fitou Mayta. Ela reconheceu os olhos. Ele a atingira, seu ombro ainda doía.

–Sim?- Falou com o grisalho.

–Carregue-a até o quarto das experiências e a prenda a mesa.

O rapaz empalideceu.

–Isso é realmente necessário?

Ícaro odiava as fênix, é verdade, não se importava de matá-las. Mas achava desumano as experiências de George, ele torturava sem pensar duas vezes e sem remorso. Às vezes parecia sentir até... Prazer.

Olhou a fênix com o ombro ferido. A ferida que ele provocara. “Pobre coitada.” Pensou.“Foi expulsa por sua própria espécie e veio parar aqui. Bom, eles devem ter tido um motivo. Ela deve ser pior que todos daquela raça suja. ” Ele tentou convencer-se que estava fazendo o certo ao desamarrar a mulher e a forçar a ir até o quarto. Não foi difícil, apesar das reações dela, chutando e mordendo. Estava fraca demais por causa da erva.

– O que vai fazer?- Perguntou enquanto a amarrava a mesa de madeira.

–Vou tentar forçar uma transformação. A quero como pássaro. É mais fácil de manusear um pássaro.

–Boa sorte.

O aposento era assustador. Mayta viu prateleiras de madeiras repletas de “ferramentas” esquisitas e pontudas. Frascos e alguns livros também estavam distribuídos pelo local. As paredes de pedra mantinham o ambiente gelado e não existia janela. Algumas velas estavam distribuídas estrategicamente no quarto.

Ela estava presa a mesa no centro, deitada de barriga para cima. Seus pulsos amarrados com corda em uma extremidade estavam da mesma forma que seus pés do outro lado da mesa.

O rapaz lançou-a um olhar de pena.

Os olhos da moça pareciam pedir a ajuda dele. Os olhos mais bonitos e brilhantes que ele já vira. Pareciam inofensivos.

“Um monstro escondido na pele de uma bela mulher”. Pensou e tentou se convencer de que, de fato, ela era o monstro e não o próprio Ícaro ao abandoná-la ali. Saiu e fechou a porta.


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Notas finais do capítulo

E então?



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