O Destino do Rei escrita por AKAdragon


Capítulo 5
Imprevisto


Notas iniciais do capítulo

Em Iohanan, mas dessa vez, não é um reino governado por um rei bondoso. Iohanan agora se tornou uma republica, mas não é tão diferente de antes: ainda os ricos que governam.



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Jiliet Julien, se levantava da cama ao ouvi o despertador. Com preguiça se arrumou, comeu um breve café da manhã e ao olhar pela janela da cozinha viu o sol nascer. Estava na hora de sair. Pegou sua bolsa preta que ganhou de aniversário, se despediu de seu irmão que ainda dormia e saiu.

Bocejava ora ou outra no caminho ao trabalho. A rua ainda estava escura e não percebeu quem se aproximava. Um baixo e agudo som a avisava que teria companhia. Foi abordada e surpreendia por uma criatura que rapidamente a atacou. E novamente o som “Miau”. Ela era pequena, peluda e macia. Cheshire.

– O que faz aqui pequeno gato? - Ela acariciava o gato branco em seus braços.

– Acordou cedo - Afirmou o outro que se aproximava.

Juliet sorriu.

– Vejo que você também, Arthemis.

Cumprimentou o amigo e tomou o rumo para o restaurante onde ambos trabalhavam. Arthemis começou a contar sobre seu sonho e Juliet riu das bobagens que ele dizia. “Sim, havia uma pássaro machucado, ai eu gritei para ele se levantar e voar, mas então ele chorou”

Chegando ao seu destino, bem alto o letreiro onde se lia “Restaurande D’Eus” estava completamente sujo e nas portas haviam de restos de lixo orgânico jogados e espalhados pela entrada. Aquilo fedia. Juliet olhava para a cena com raiva enquanto Arthemis se mantia com a mesma paz de sempre. Juliet abriu sua bolsa e tirou de dentro um lenço, limpou a maçaneta e abriu a porta.

– Aqueles desgraçados dos Noi - Juliet resmungou, foi até o quartinho onde guardavam os materiais de limpeza e pegou um balde com uma esponja dentro - Algum dia vou colocar a cabeça daquele homem nesse balde - Estava irritada.

“Sem violência, July” - Arthemis pensava enquanto a olhava começar a limpar toda a sujeira da entrada.

– E ai? Vai ajudar não?

– Claro, claro, já estou indo.

Cheshire estava deitado no balcão do restaurante dormindo enquanto Juliet e Arthemis limpavam as portas e o letreiro. O sol já estava mais alto e pessoas passavam por lá os olhando com curiosidade. “Odeio essas pessoas xeretas! Estão curiosos? Venham fazer vocês mesmos, idiotas”. Não era a primeira vez que esse episódio se repetia, Juliet já perdera a conta de quantas vezes teve que limpar a sujeira que alguém - Sendo ela ter certeza que foi os Noi - fizeram isso. O Restaurande Lust, pertencido a família Noi, era o ponto mais frequentado até que um novo restaurante foi inaugurado: D’Eus, pertencido a família Eus, uma das famílias mais ricas de Iohanan.

Uma figura alta de cabelos coloridos apareceu diante deles e os encarava com nojo.

– Ora, ora, os criados do princepesinho resolveram fazer uma festa? - Ele riu.

– Ah, sim, pelo menos nosso “princepesinho” tem “criados” ao contrário de outra certa pessoa que nem ao menos consegue contratar alguém - Juliet retrucou provocando-o

– Cale-se mulher, onde esta Miguel? Deve estar com vergonha de aparecer depois que isso aconteceu com seu querido restaurante, estou certo?

Juliet estava prestes a jogar a água suja do balde no homem, mas Arthemis foi mas rápido. Ele segurou na mão na mulher, e olhou no fundo de seus olhos. Juliet em resposta soltou o balde, mas segurava com força a esponja e olhava com raiva.

– Sinto muito, Senhor Hilton - Respondeu Arthemis, ignorando as ofensas - Mas nosso chefe não precisa vir para algo como isso, creio que ele esteja ocupado com coisas mais importantes do que ficar ouvindo suas ofensas.

“Bem feito, loirinho!” - Juliet comemorou.

♠♦♠♦♠

O Restaurante já aberto estava movimentado como sempre. Mal era onze horas e várias pessoas passavam apressadas por lá, todo desejavam almoçar no restaurante. Juliet e Arthemis tinham muito trabalho, ainda mais que o cozinheiro chegara atrasado.

Onde era mesmo?” - Ela vagava pelas ruas, perdida, com fome, e sem dinheiro. “Que cheiro bom”, a forasteira seguia o cheiro que a levava ao restaurante mais cheio das redondezas. “Que lugar é esse? Tinha que ser de ricos!” Ela viu abaixo do letreiro, escrito em letras pequenas: “Propriedade da Família Eus.” As pessoas que passavam por ali a olhavam com se ela fosse algo indesejável. “Ricos malditos”. Em pouco tempo ela atraia os olhares curiosos, eles se reuniam ao redor dela. Provavelmente uma parte queria saber a origem de suas vestes rasgadas ou do saco que ela carregava.

A porta do restaurante se abria com força e alguém apareceu fitando-os com raiva.

– O que vocês estão fazendo? Vamos, saiam! - Rapidamente seu tom mudou ao sentir o peso o olhar de seu chefe - Por favor, saiam, estão atrapalhando o fluxo de clientes - Deu um falso sorriso.

Aos poucos a maré de pessoas se diluia e a pequena garota no meio delas ia sendo mais visível. Juliet se surpreendeu ao ver o rosto conhecido.

– Julien! - Repreendeu Miguel, seu chefe - O que ainda esta fazendo ai? Vá atender os clientes!

Em um pulo ela respondeu:

– S-sim, senhor!

A garota de cabelos negros e curtos, há pouco alvo de fofoca, entrava no restaurante sem cerimonia e ignorava os olhares daqueles outros curiosos. Puxou uma cadeira e se sentou, abriu o cardápio e arrepiou-se. Só havia coisas que ela nunca conseguiria pagar. Um garçom se aproximou a mesa onde ela estava.

– Posso ajudar? - Ele sorria carinhosamente para a cliente.

– Pode - Respondeu fechando o menu - Qual o prato mais barato?

– Bobó de camarão - Ele apontou no menu.

Os olhos da jovem arregalaram, mas a fome falou mais alto.

– Quero um, por favor

– Com prazer - Ele se retirou.

“Como vou fazer para pagar isso?” Ela estava sem dinheiro, e provavelmente iria perder o trabalho também.

Arthemis, que acabara de atender a garota que chegara, passou ao lado de Juliet e sussurrou: “É ela”, continuou seu caminho ate a cozinha como se não tivesse havido nada de mais.

“Eu sabia” - Pensava Juliet ao observar a jovem de não muito longe.

Seu pedido emfim chegou, mas quem o trouxe foi uma mulher e não o garçom que a atendeu. Ela tinha longos cabelos rosados e usava um tailleur preto com o crachá onde se lia “Juliet Julian - Restaurante D’Eus

– Aqui esta, senhorita, seu pedido - Juliet clocou sobre a mesa o prato de Bobó de Camarão, e junto dele havia um papel.

Antes que a cliente pudesse abrir o papel para ler, alguém a atrapalhou. Um homem baixo e redondo e muito peludo feito um animal, mas muito arrumado. Ele estava diante dela e a olhava com desprezo, contornou a mesa e estando ao lado dela puxou-lhe o braço. Juliet quis ajuda-la, mas hesitou. A jovem cliente não demonstrava nenhuma expressão. O homem gordo então puxou a blusa rasgada da garota e anunciou:

– Vejam que tipo de pessoas os Eus deixam entrar em seu estabelecimento! - Ele apertava o braço da garota - E o que um mendigo como você esta fazendo aqui?

A garota se soltou das mãos do homem com dificuldades e o fitou, dessa vez seu rosto demonstrava uma expressão de irritação.

– E porque deixariam um animal como você entrar? - Provocou.

Ele irritado, levantou a mão e deu-lhe um tapa. A jovem, com a força, caiu e bateu a cabeça na mesa que almoçava. Um liquido vermelho se esvaia em meio a seus cabelos negros. Ela sangrava.

– Kilaki! - Gritou Juliet ao ver a amiga machucada, correu até ela e a segurou em seus braços - Kilaki! Vamos, acorde!

Todos no restaurante encaravam o homem com olhares assustados. Miguel pediu para que o homem se retirasse, que ainda bravo saiu pela porta da frente batendo os pés. Arthemis e Juliet socorreram Kilaki, mas ela estava muito fraca. “Parece que faz alguns dias que ela não come” - Examinou Juliet. Arthemis a carregava até um médico e Miguel pedia desculpas para os clientes por presenciarem tal episódio.

“Ela é mais pesada do que parece” - Arthemis pensava enquanto a carregava.


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Notas finais do capítulo

Eles ainda são os mesmos, mas em sua reencarnação muitos mudaram bastante, como Hilton ou Miguel.
Então... Sei lá o que vou dizer aqui porque não tem notas, e se eu falar sobre a Juliet vou dar Spoiler do próximo Cap... então fiquem com isso ~.-

( ´ ▽ ` )ノ Nos vemos nos cometários (ou não)



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