Invisible Play - Game Over escrita por Douglastks52


Capítulo 71
Tempo - Primeiro Fragmento


Notas iniciais do capítulo

Eai, esse capítulo deveria ter saído mais cedo mas eu tive alguns problemas e e depois de pensar muito (com a ajuda de alguém) eu cheguei a uma conclusão. Para eu poder descrever melhor a situação e poder aproveitar melhor alguns aspectos, o próximo capítulo será narrado na visão do Kurokawa, vou fazer aquele famoso POV. Se vocês viram alguma mudança nos títulos, eu irei explicar, o arco tempo supostamente deveria começar nesse capítulo mas eu tive um pequeno atraso mental e marquei alguns anteriores como tempo. Mas agora tudo já está corrigido.



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—Isso é tudo por hoje, vá para casa. -Ordenou a velha. 

Sasesu limpou o suor de seu rosto e dirigiu-se para a saída: 

—Até amanhã... -Respondeu ele. 

Ele sorriu de uma forma triste e falou para si mesma: 

—Temo que isso não irá acontecer... 

Ele começou sua caminhada normalmente. A lua e o sol trocavam de lugar no horizonte e por isso uma luz vermelha cobria o céu. As ruas estavam mais vazias que o normal e a iluminação pública ainda não havia se ativado. Sua cabeça se enchia de pensamentos, muitos deles fúteis. Mas um era importante. Ele olhou as casas à sua volta e concluiu: 

—Estou no caminho errado... 

Em um momento de distração, ele havia acabado por tomar o caminho para a casa de Kurokawa. Afinal de contas, aquilo era o que o seu corpo estava acostumado a fazer: 

—Como pude cometer esse erro tão estúpido... -Reclamou ele voltando. 

E subitamente, sua mente focou-se naquele nome: 

—Aquele retardado, ele me irrita tanto...agindo como se soubesse de alguma coisa... -Pensou ele. -E a Lizzy preferiu ficar com ele....espero que ele não tenha tentado nada com ele, ou eu vou matar ele!! 

A escuridão abraçou o céu mas mesmo assim poucas luzes da iluminação pública se acenderam: 

—Que estranho...estes postes estavam funcionando normalmente até ontem... 

Aquela era uma noite mais sombria que as outras, a baixa iluminação e a falta de pessoas apenas completava isso: 

—Eu tenho a sensação de que existe alguma coisa errada... -Pensou ele observando seus arredores. -Vou chegar em casa e ligar para a Lizzy... 

 Em outro lugar, Kurokawa abriu seus olhos no meio daquela floresta, imerso na escuridão: 

—Merda...eu dormi... -Pensou ele se levantando. -Tenho que voltar para casa rápido...a Lizzy deve estar preocupada... 

Ele pegou impulso numa direção e começou a correr derrubando tudo em seu caminho. Em apenas alguns minutos ele conseguiu voltar para a sua casa. Kurokawa apenas pegou a chave e entrou sem avisar. Lizzy estava sentada no sofá com seu celular em mãos e um olhar preocupado: 

—Você poderia levar seu celular com você quando sair? -Perguntou ela com uma grande intenção assassina. 

—Desculpa...mas ele teria quebrado se eu tivesse levado ele... -Respondeu Kurokawa intimidado. 

—Coloque ele no seu inventário!!! -Gritou ela. 

—Ah...eu nunca tinha pensado nisso... -Disse ele dando risadas sem graça. 

Ela tentou fingir estar o mais normal possível enquanto colapsava por dentro: 

—Eu vou para o meu quarto dormir...já está bem tarde... -Sorriu ela falsamente. 

Ele não percebeu seu sofrimento: 

—Boa noite! -Respondeu ele seguindo para a cozinha. -Eu vou comer...estou com muita fome. 

Mas uma noite normal teve lugar ali e mais uma manhã teve início ali. O sol entrou pela janela e perturbou o sono de Kurokawa. Ele levantou-se e seguiu para o banheiro enquanto bocejava. O jovem de cabelos negros lavou seu rosto enquanto pensava o que iria fazer. Sua linha de pensamentos foi interrompida por uma explosão vindo do outro lado de sua casa: 

—O que foi isso? -Perguntou ele preocupado. 

Ele correu na direção da explosão apenas para preocupar-se ainda mais: 

—Veio do quarto da Lizzy... 

O teto havia sido destruído e vários homens, que vestiam roupas negras, estavam colocando Lizzy numa espécie de veículo voador. Sem pensar duas vezes, Kurokawa pulou para tentar alcança-los mas foi jogado para o chão com um chute. Vendo que não iria alcançar mais aquele veículo, ele desesperadamente segurou na cama e arremessou-a contra aquilo: 

—Ei, usem aquilo antes que ele nos derrube. -Disse um dos homens naquela nave. 

Outro homem pegou uma grande arma e disparou na direção de Kurokawa. A arma libertou uma rede, que era feita de um material indestrutível para mãos humanas, que prendeu Kurokawa ao chão: 

—Existem pessoas que querem a sua cabeça, venha a este lugar ao meio dia. -Disse um homem careca jogando um papel na minha direção. -Até mais... 

Ele perdeu o controle: 

—Vocês acham que podem tomar algo meu e ir embora? -Gritou ele. -Vocês estão muito errados... 

Caso seu cérebro não estivesse possuído pelo ódio, talvez ele tivesse encontrado outras saídas. Mas naquele estado, ele apenas continuou colocando toda as suas forças em destruir a rede. Ele pressionou a rede enquanto se contorcia no chão tentando se libertar. A rede se afundou no seu corpo e começou a dilacerar sua pele mas ele continuou. 

Ele gritou loucamente enquanto fazia ainda mais força. A rede explodiu e sangue voou em todas as direções. Seus ferimentos eram severos o suficiente para que os seus ossos fossem vistos em certas regiões: 

NINGUÉM NUNCA MAIS LEVARÁ NADA DE MIM!!!!—Gritou ele continuando sua perseguição. -DEVOLVAM!!! 

O homem careca sinalizou para o seu outro amigo: 

—Tem certeza? -Perguntou o outro. -Isso é capaz de mata-lo? 

—Tanto faz!!! -Respondeu o careca. -É melhor do que nós morrermos!!! 

O homem segurando a arma fez alguns ajustes e disparou novamente. Um gigantesco projétil explosivo atingiu Kurokawa em cheio e uma grande explosão formou-se. Eles esperavam a poeira baixar para poderem contemplar aquela figura com olhos sem vida cair em seu joelhos: 

—Devolva...ela... -Sussurrou ele desmaiando. -Por favor...eu não quero ficar...sozinho de novo... 

—Vamos embora...antes que esse monstro acorde de novo... 

Ele sentiu algo tocando seu corpo e uma voz chamando por seu nome: 

—Kurokawa...Kurokawa...Acorde Kurokawa!!! 

Kurokawa abriu seus olhos e viu Sasesu aflito: 

—O que aconteceu aqui? -Perguntou Sasesu. -Onde a Lizzy está? 

A dor na sua cabeça era imensa mas a grande maioria de suas feridas foram curadas. Ele levantou-se rapidamente: 

—Merda...que horas são? -Perguntou ele desesperado. 

—Onze e quinze. -Respondeu Sasesu. 

—Merda...eu dormi por mais de três horas... -Reclamou Kurokawa. 

—O que aconteceu? Me diga!! 

—Lembra da última vez que fomos atacados por uma Guild? -Respondeu Kurokawa. -Provavelmente é alguém buscando vingança por aquilo que aconteceu naquele dia... 

Sasesu ficou um pouco hesitante antes de perguntar: 

—O que...aconteceu naquele dia? 

—Não me lembro bem...mas eu provavelmente matei todos que estavam lá... -Respondeu Kurokawa. -Talvez eles queiram me fazer sofrer e por isso estão atrás de meus amigos... 

Sasesu perdeu o controle e levantou Kurokawa por seu pescoço: 

—É culpa sua!!! -Gritou ele. -Por sua culpa, a Lizzy foi capturada!!! 

Kurokawa sequer tentou fugir de suas responsabilidades: 

—Vocês está certo...mas eai? Você vai ficar sentado aqui chorando ou vai me ajudar a salva-la? 

Sasesu jogou-o no chão e reclamou: 

—Eu vou afasta-la de você depois disso... 

Kurokawa levantou-se e observou aquele quarto completamente destruído: 

—Eu vou fazer eles pagarem por este quarto e pela Lizzy, não se preocupe... 

Ele percebeu aquele papel jogado no chão e pegou-o: 

—Eu sei onde isso fica...vamos...eles disseram para eu estar lá ao meio dia... 

Os dois saíram juntos sem sequer trocar uma palavra. O caminho era longo mas nenhuma conversa foi iniciado, ambos eram orgulhosos demais para isso. E quando um grande castelo preencheu as suas vistas, eles perceberam que haviam chegado: 

—Você sabe que isso é uma armadilha, não sabe? -Perguntou Sasesu. 

—Eu sei mas eles invadiram minha casa e tocaram em uma amiga minha, eu não irei perdoa-los tão cedo! -Exclamou Kurokawa. 

—O mesmo idiota de sempre... -Riu Sasesu. -Vamos... 

Já na entrada do castelo, eles foram surpreendidos por guardas: 

—Ele chegou e trouxe um amigo...façam as preparações... -Disse um dos guardas. 

Kurokawa aproximou-se e forçou um sorriso: 

—Eu tenho horário marcado, poderiam me deixar entrar? 

Os guardas gargalharam: 

—Sim, você tem horário marcado...para morrer! 

—Porque as pessoas sempre querem o caminho mais difícil? -Perguntou Sasesu. 

Kurokawa desferiu um soco e nocauteou um dos guardas enquanto Sasesu cuidava dos outros. Os dois arrombaram a porta e seguiram em frente. O castelo era feito de grandes blocos de mármore num estilo medieval, todos os andares possuíam uma escada que levava ao próximo e haviam retratos e esculturas por todo o castelo. Os últimos andares eram feitos de blocos de concreto e expressavam um brilho misterioso: 

—Este lugar é muito grande...a Lizzy poderia estar em qualquer lugar. -Reclamou Kurokawa. 

Nesse exato momento, uma voz ecoou por todo o castelo: 

—Seja bem vindo ao meu domínio, Kurokawa e companhia. -Disse um homem com uma voz profunda. -Eu sou Claustro, o líder da maior Guild de assassinos dessa terra. Se quiser ter a sua amiga de volta, suba até o último andar desse castelo...eu estarei te esperando. 

—Você ouviu Kurokawa...vamos arrancar a coroa desse rei! -Disse Sasesu correndo na frente. 

Kurokawa sorriu: 

—Vamos, Sasu! 

Kurokawa pulou por cima de um guarda enquanto Sasesu derrubava outro: 

—Por aqui! -Gritou Sasesu. 

Eles subiram para o próximo andar e foram cercados por uma multidão de guardas: 

—Faz tempo que não lutávamos juntos... -Comentou Kurokawa de costas para Sasesu. 

—Apenas se concentre em vencer. -Respondeu Sasesu. 

Sasesu aumentou a gravidade a sua volta e começou a desferir golpes pesados. Do outro lado, Kurokawa começou a usar energia em seus ataques. No meio da luta, Sasesu acabou por se afastar demais de Kurokawa e foi surpreendido por ataque em suas costas: 

—Merda...não vou conseguir desviar... -Pensou ele se preparando para receber o ataque. 

Sangue escorreu mas não era o seu: 

—Kurokawa...porque você fez isso? -Perguntou Sasesu com lágrimas em seus olhos. 

—Preste atenção na batalha!! -Gritou Kurokawa. -Eu consigo me curar disso! Não fique todo dramático! 

Sasesu imediatamente sentiu-se estúpido por ter ficado triste: 

—Cale a boca... -Respondeu ele. -Cuide da sua vida. 

E assim eles continuaram subindo por incontáveis andares, até apenas dois faltarem: 

—Kurokawa...eles estão ficando bem problemáticos... -Reclamou Sasesu repleto de ferimentos. 

—É...eu também já estou bem cansado. -Respondeu Kurokawa. -Mas você ficou bem forte nesses últimos tempos... 

Sasesu ignorou o que Kurokawa disse e tentou defender o ataque de seu inimigo. Seus braços falharam e ele foi arremessado para longe: 

—Sasesu!! -Gritou Kurokawa. -Você está bem? 

Ele levantou-se mostrando um corte em sua cabeça: 

—Eu podia estar melhor... -Reclamou ele -Vá na frente, eu vou segurar esses caras aqui!

Ele retirou seu enorme machado de seu inventário e sorriu:

—Vamos fazer aquilo então...

Kurokawa seguiu em frente sem sequer olhar para trás:

—Por favor...não morra Sasu! -Gritou ele.

Mas Sasesu não respondeu:

—Não posso prometer isso...Kurokawa... -Sussurrou ele.

Ele aumentou brutalmente a gravidade de seu corpo e fez um ataque com seu machado. Vários oponentes foram dilacerados:

—Bem melhor do que eu esperava... -Sorriu ele.

Ele se preparou para fazer outro ataque mas seu corpo traiu-o. Ele deixou seu machado cair no chão e começou a tossir sangue incontrolavelmente:

—Merda...o efeito colateral das pílulas...justo agora...

Ele esperou sua tosse terminar e pegou seu machado novamente:

—Que o mundo exploda então!!!! -Gritou ele quadruplicando a pressão da gravidade.

Todos os seus inimigos foram pressionados contra o chão e até mesmo ele teve dificuldades de se manter em pé:

—Será que é assim que o Kurokawa se sente? -Sorriu ele. -Ser imponente assim é tão divertido...

Ele pegou seu machado gritando e começou a dilacerar o maior número de inimigos que pôde. Alguns se levantaram na tentativa de lutar, mas ele foi impiedoso, cortou-os sem hesitar:

—Não vou deixar vocês irem atrás do Kurokawa!

E no meio de um de seus ataques, algo explodiu no seu interior. Sangue fluiu por seu nariz e boca enquanto ele caia de joelhos no chão:

—Ah...parece que acabou...o efeito colateral das pílulas se intensificou e já não resta energia em meu corpo...parece que esse é o fim...

Seus inimigos deixaram de ser afetados pela gravidade e levantaram-se. Eles caminharam em sua direção com ódio em seus olhos, Sasesu tentou levantar-se mas seu corpo não respondeu. Ele estava assustado:

—Eu ainda não quero morrer...eu ainda quero brincar com você e com a Lizzy... -Pensava ele.

Mas ele manteve sua postura, ele não podia mostrar medo para seus oponentes. Ele não derramou nenhuma lágrima enquanto diversas lâminas perfuraram o seu corpo:

—Eu...imagino...se fiz o suficiente...Kurokawa... -Sussurrou ele fechando seus olhos. Seu sangue misturou-se com o de seus inimigos e tudo tornou-se escuro.


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Notas finais do capítulo

...



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