Invisible Play - Game Over escrita por Douglastks52


Capítulo 54
Ele - Uma Moradia Para Dois


Notas iniciais do capítulo

Eu acordo de manhã e vejo que tem 19 pessoas acompanhando minha fic...e penso entrei na conta errada...Mas deixando a brincadeira de lado, muito obrigado a todos vocês! Eu não sei de onde surgiram 4 leitores juntos mas mesmo assim muito obrigado!



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Kurokawa havia falhado miseravelmente em seu primeiro dia de treinamento. Seu objetivo que no início aparentava ser algo muito simples, acabou por se transformar em algo um tanto complicado. Após alguns testes, ele confirmou a hipótese de que o clone de Marwolaeth não era exatamente igual à original.

E com base nisso ele deduziu que esse clone não possuía a capacidade de pensar. Mas mesmo assim, a velocidade e força do clone superava em muito as de Kurokawa. Apenas após cinco dias de incontáveis batalhas ele foi capaz de derrota-lo, mas seus problemas haviam acabado de começar.

Seu corpo estava repleto de ferimentos e seu cansaço era gigantesco, e por consequência disso sua luta contra Marwolaeth acabou em apenas um golpe. Seu treinamento se iniciou no outro dia mas o mesmo se repetiu, mesmo que derrotasse o clone ele já não tinha forças para derrotar Marwoleath, que era muito mais forte que o clone. Ele se questionava se possuía a capacidade para derrotar Marwolaeth sem ter de lutar contra o clone primeiro.

Ele encostou-se na parede e começou a pensar:

–O que você está fazendo? -Perguntou Marwolaeth. -Seu treinamento já começou!

–Espere...estou pensando em algumas coisas... -Respondeu ele.

–Pensar? Você é mais do tipo que simplesmente ataca...

–Eu sinto que não vou superar isso rapidamente se não pensar... -Respondeu ele. -Agora que eu penso nisso, seu clone está muito mais rápido do que você na nossa luta de seis dias atrás...

–Ah, isso é porque o meu clone sempre ataca com cem por cento de sua força e eu me restrinjo às vezes...

–Sério? -Desanimou Kurokawa. -Eu lutei com tudo o que tinha...

–Eu não tenho culpa se você é fraco! -Disse ela arrogantemente. -Ao contrário de você que ficou vagabundeando por um bom tempo, eu treinei todos os dias por pelo menos duas horas.

–Afiada como sempre... -Respondeu ele. -Sua habilidade de provocar os outros continua me surpreendendo...

–Mas então? Vai ficar chorando no canto por não conseguir? Ou vai tentar, tentar, tentar e tentar até conseguir?

Ele se levantou e respondeu:

–Eu vou tentar mas apenas uma vez, isso é o suficiente para eu vencer! -Brincou ele.

Kurokawa disparou na direção do clone mas sua mente estava focada em outra coisa:

–Eu não posso gastar tanta energia durante essa luta senão eu nunca irei conseguir vencer ela...preciso fazer algo quanto a isso... -Pensava ele.

Ele era capaz de prever os ataques de seu oponente, mas seu corpo não reagia rápido o suficiente para esquivar deles perfeitamente:

–Droga...eu continuo levando parte do dano de seus ataques...e os de Marwolaeth são ainda piores! -Pensava ele. -Ela faz vários ataques falsos e fintas...o que faz com que eles sejam imprevisíveis...

Nesse momento uma ideia brotou em sua mente:

–É isso...

Ele fingiu desferir um soco com sua mão direita e o clone desviou seu corpo por reflexo:

–Era tão óbvio, se ele não pensa, ele não é capaz de diferenciar fintas de ataques verdadeiros... -Concluiu ele.

Enquanto esquivava de seu falso soco de direita, seu oponente foi acertado com um verdadeiro soco de esquerda. Seu adversário desequilibrou-se e Kurokawa não perdeu a oportunidade, ele chutou suas costelas com muita força. O pobre clone foi arremessado contra a parede com bastante força.

Sem dar descanso, Kurokawa finalizou-o:

–Parabéns! -Aplaudiu Marwolaeth. -Agora vamos ver que truque você tem para usar contra mim...

Ela avançou em sua direção e ele miseravelmente tentou usar o mesmo truque contra ela. Kurokawa fingiu um soco pela direita enquanto preparava um soco pela esquerda, mas Marwolaeth nesse momento já fitava sua mão esquerda:

–Droga...ela sabe que soco pela direita é só uma finta... -Pensou ele.

Numa tentativa de surpreende-la, no último segundo, ele transformou seu soco de direita de uma finta para um soco de verdade. Ela apenas sorriu:

–Óbvio demais...

Nesse mesmo segundo ela segurou-o por seu braço direito e arremessou-o por cima de seu ombro, ele se chocou contra o chão mas mesmo assim ela não largou seu braço. Marwolaeth puxou-o por seu braço para evitar que ele fugisse e direcionou seu cotovelo à sua cabeça. Um milissegundo antes do impacto, ela parou seu cotovelo no ar:

–Você teria seu crânio aberto se eu não parasse... -Disse ela. -Me diga, você realmente achou que aquele mesmo truque funcionaria em mim?

Ele sorriu de volta:

–Nunca se sabe até tentar...

E assim, seu treinamento se reiniciou. Após mais dez dias de treinamento intenso, totalizando quinze dias de treinamento, ele finalmente conseguiu derrotar o clone sem muitos esforços:

–Parabéns... -Sorriu ela. -Demorou, mas você conseguiu!

Ele respondeu:

–Seu sorriso só irá durar até o momento em que eu te derrotar...

–Arrogante...

Os dois atacaram-se no mesmo instante e uma violenta troca de golpes se iniciou. Mesmo para Kurokawa que se encontrava numa fervorosa troca de golpes a diferença de poderes era óbvia. Mesmo que pequena, essa diferença ainda existia. E não demorou muito para Kurokawa começar a levar a pior. Os ataques de Marwolaeth começaram a acumular danos em seu corpo.

Em contradição a isso, seus golpes começaram a se tornar cada vez menos efetivos nela. Até o momento em que ele foi atingido por um chute em sua perna. Seu corpo se desequilibrou, e inevitavelmente ele caiu. Marwolaeth não deixou passar essa oportunidade de ganhar a luta e desferiu um grande soco.

Mesmo Kurokawa percebeu que a luta acabaria ali, nesse momento, o tempo para ele parou:

–Eu vou perder? De novo? -Pensava ele. -Não, isso é impossível...sim, isso é impossível...

A cor de seus olhos mudaram e um sussurro foi ouvido:

–Impossível.

No mesmo segundo o ataque de Marwolaeth foi interceptado por apenas um dedo e sem muito esforço:

–Eu que deveria dizer impossível... -Pensou Marwolaeth

Sem fazer nenhum pausa, ele moveu seu braço com sua mão aberta numa espécie de tapa. Marwolaeth mal teve tempo de se defender e foi jogado contra a parede com uma força monstruosa:

–Merda...esse impacto quebrou alguns ossos meus, que força surreal é essa?

Kurokawa levantou-se e começou a desferir vários golpes contra Marwoleath que estava encurralada na parede. Ela mal conseguia se defender com seus braços:

–Droga...ele tem várias aberturas mas se eu levar um desses golpes novamente a situação ficará ruim... -Pensava ela. -Nesse ritmo meus braços não vão durar muito tempo...

Ela decidiu se arriscar. Ela concentrou toda sua força em seu braço direito e segurou um de seus socos devastadores. Com sua outra mão, ela desferiu um soco e depois um joelhada. Kurokawa acabou por ir ao chão e logo seus olhos voltaram ao normal:

–Meu maxilar...acho que você quebrou ele... -Reclamava ele.

Ele olhou no braço de Marwolaeth e viu uma boa quantidade de sangue escorrendo:

–Ei, o que aconteceu com seu braço?

–Pelo o que eu consigo sentir, ele está quebrado em três lugares e a parte de trás sofreu uma fratura exposta. -Respondeu ela.

–Como isso aconteceu? -Perguntou ele espantado.

–Você realmente não se lembra? -Perguntou ela confusa.

–Não...porque?

–Nada...apenas vá tomar um banho, acho que posso considerar isso uma vitória sua... -Falou ela.

–Então amanhã nós iremos encontrar o tão infame Blut?

–Sim, se tudo der certo...

Kurokawa saiu da sala de treinamento extremamente empolgado, já Marwolaeth manteve-se preocupada:

–O que foi aquilo?


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Notas finais do capítulo

Você se acha esperto? Se acha inteligente? Então tente explicar o significado do título desse capítulo nos comentários, eu dou uma bala para quem acertar!



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