Invisible Play - Game Over escrita por Douglastks52


Capítulo 43
Descontrole - O Final de Todas As Aventuras


Notas iniciais do capítulo

Oi pequenas pessoas! O capítulo tem um pouquinho de violência por isso tome cuidado para não ler no meio da sua família e eles acharem que você é um sadista maniaco! ;) Boa leitura!!



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Eu senti um súbito aperto em meu coração e levantei-me bruscamente da cama enquanto bufava intensamente. Várias palavras como "Takeda", "Invisible Play" e "Mortes" desapareciam rapidamente de minha cabeça. Como pequenas pedras na água, afundavam e desapareciam.

Lágrimas escorriam de meus olhos:

–Talvez devido a um sonho muito realista. -Pensava eu.

Segui em direção a cozinha e no caminho pude ver que tudo a minha volta parecia estar maior. Na cozinha encontrei uma mulher cozinhando. Presumindo que apenas um ser do sexo feminino visitava minha casa exclamei:

–Lizzy!

Para minha surpresa, um outro rosto de posicionou diante de mim. A diferença de altura era notável, a tal pessoa aparentava ter mais de dois metros de altura. Mas depois de observar um pouco pude ver que eu é que tinha diminuído. Observei seu rosto e me surpreendi com o que pude assimilar:

–Mãe?

Lágrimas fugiram de meu pequenos olhos negros:

–Porque está chorando assim? -Perguntou ela se dirigindo em minha direção. -O que aconteceu?

Foi apenas um descuido meu, nada mais. Eu limpei rapidamente minhas lágrimas e respondi:

–Nada...entrou alguma coisa em meus olhos.

Ela apenas sorriu e exclamou:

–Não me assuste assim!

Sem saber muito o que fazer eu me dirigi para a sala e lá fiquei:

–Porque parece que eu não vejo ela a anos? -Pensei eu me sentando no sofá.

Enquanto perdia tempo olhando para o vazio, outra figura conhecida se aproximou de mim:
–Ei, o que você está fazendo? -Disse um homem alto que vestia um terno negro. -Você vai acabar se atrasando para a escola!

Ele era tão alto e possuía uma presença realmente intimidadora mas mesmo assim, novamente minhas lágrimas voltaram a fugir de meu controle. Virei meu rosto rapidamente para evitar maus entendidos:

–Vá logo para o banheiro e arrume esse cabelo! -Ordenou ele.

Eu corri para o banheiro sem deixar ele ver o meu rosto. Quando cheguei no banheiro me espantei. Eu estava bem menor do que costumava ser, meu rosto juvenil havia sido substituído por um rosto infantil. Meus adoráveis músculos tinham sido trocados por braços pequenos, frágeis e magros.

Eu estava tão pequeno ao ponto de quase não alcançar a pia. Eu penteei o meu cabelo com muita pressa e corri para a sala:

–Pai, quantos anos eu tenho mesmo? -Perguntei eu para aquele homem na sala.

–Você já não é grande demais para esquecer sua própria idade? -Disse ele arrumando sua gravata. -Se não me falha a memória, você tem oitos anos.

Eu travei por alguns instantes:

–Oito anos? -Pensei eu. -Porque eu sinto como se fosse muito mais velho que isso?

No mesmo instante respostas surgiram em minha mente:

–Entendo, foi tudo um sonho. -Pensei eu aliviado de certa forma. -Invisible Play, o Takeda, a Lizzy, o Sasu, o Ike, o Tio, tudo. Foi um longo sonho mas nada além disso!

Eu sorri e olhei para meu pai:

–Vamos logo pai! Senão vamos nos atrasar!

Pode não estar escrito em lugar algum mas todos nós sabemos de alguma forma que tudo tem um fim e um começo. Bem, a minha história acaba aqui. Eu realmente gostei do mundo de IP mas eu prefiro viver uma vida sem muitas felicidades do que uma vida muito feliz e cheia de tristeza. Ou pelo menos era isso que eu queria pensar...

Eu realmente gostei daquele mundo, mesmo que eu quisesse que aquilo não passasse de um sonho, eu continuaria lembrando daquela dor e daquela felicidade. Eu abri meus olhos novamente, dessa vez o que me esperava não era uma manhã calorosa ou uma família feliz. Chovia tanto e o céu estava tão nublado que era impossível diferenciar dia de noite.

Eu me levantei em meio àquele casa escura, sombria e triste. Apesar que nesse ponto eu não sequer importava-me com isso. Eu saí de casa sem rumo e antes de perceber, já havia chegado naquele local. Não haviam vestígios de sangue ou qualquer coisa de gênero:

–Se me lembro bem, uma das novas mudanças era que cadáveres desapareciam e todos os vestígios disso desapareciam depois de um tempo. -Sussurrei eu para mim mesmo.

Novamente aquela figura se posicionou atrás de mim como naquela vez:

–Ei, Kurokawa, o que está fazendo aqui? -Perguntou Sasu.

–Não chegue mais perto Sasu, no estado em que estou agora, matar qualquer um não fará diferença alguma para mim. -Pensei eu me virando para ele. -Ou pelo menos é isso que eu queria poder dizer, no final parece que eu ainda guardo alguns sentimentos em relação a você.

Eu olhei em seus olhos e respondi:

–Eu estou só de passagem, vim confirmar se os corpos deles desapareceram mesmo.

–Entendo. -Disse ele com uma certa nostalgia. -Você é realmente uma pessoa gentil.

–Pare, não diga isso. -Pensei eu. -Eu não sou esse tipo de pessoa, eu não sou nenhum pouco gentil.

–Vamos encontrar os outros? -Perguntou ele sorrindo.

Eu concordei apesar de não ser o que eu queria fazer. Eu apenas queria batalhar e batalhar até esquecer tudo mas certos sentimentos arrastaram-me junto dele:

–Porque eu continuo fazendo isso tudo mesmo sem que eu queira? Que sentimentos me fazem ir ao encontro dessas pessoas?

Enquanto pensava nisso nós acabamos por chegar naquele local predestinado. Todos estavam de certo forma cabisbaixos e isso era compreensível, afinal de contas um de seus preciosos amigos morreu. Todos juntaram-se e fomos a diversos lugares, tais como o shopping, o cinema, a praça de alimentação.

Todos forçavam sorrisos tão convincentes em seus rostos que por um segundo me fizeram duvidar se realmente alguém próximo deles morreu ontem. Eu não conseguia entender aquilo. De um momento para o outro eu disse que ia ao banheiro com a intenção de ir embora. Cheguei ao banheiro:

–Porque eles estão se esforçando tanto assim só para parecem felizes? -Pensei eu lavando meu rosto. -Tanto faz, tenho coisas melhores para fazer!

Apesar de afirmar tudo isso acabei por voltar ao local para me despedir antes de ir embora. Enquanto me aproximava deles comecei a escutar uma conversa suspeita:
–Então para onde vamos agora? -Perguntou Lizzy.

–Que tal para um parque de diversões? -Comentou Ike.

–Boa ideia! -Exclamou Sasu. -Lembrem-se! O Kurokawa ficou bem abalado com aquilo tudo e por isso precisamos anima-lo!

Eu me encostei numa parede próxima:

–Sério? -Pensei eu. -Eu me lembrei! O motivo pelo qual eu continuo indo para perto deles mesmo depois disso tudo tido acontecido! Essa felicidade é um sentimento que eu não posso esquecer depois de tudo!

Eu sai de trás da parede e fui ao encontro deles:

–Talvez não conseguiremos sermos como antes mas mesmo assim eu me esforçarei ao máximo para ser feliz junto de vocês!

Em seguida disso nós fomos a diversos lugares e com tempo aquela falsa diversão se tornou verdadeira. O sol se punha e nós retornávamos para nossas casas:

–Hoje foi um dia divertido! -Comentou Sasu.

–Foi mas eu estou realmente cansado. -Disse Ike.

–Eu vou para casa...-Disse Lizzy se lembrando do que aconteceu. -Quer dizer, posso dormir na sua casa hoje Kurokawa?

–Sabia, mesmo fingindo que não havia sido abalada, eu tenho certeza que ela está muito triste. -Pensei eu.

–Posso? -Perguntou ela fingindo estar feliz.

No momento em que eu iria responder, eu senti não apenas uma ou duas presenças malignas se aproximando e sim dezenas:

–Pessoal, acho que está na hora de fugir! -Disse eu de forma calma.

–Fugir do que? -Perguntou Ike.

Eu olhei em volta e percebi que tinha cometido um erro:

–Tarde demais, eles já nos cercaram. -Disse eu mandando os outros se prepararem. -Eu me distraí e esqueci de prestar atenção nos arredores.

Eram dezenas ou até mesmo centenas de homens com um brasão de uma Guild estampados em suas roupas:

–Vocês são da Dark Killers, certo? -Perguntei eu dando um passo a frente.

Um grande homem de barba e bigodes trajando um brasão da Guild também deu um passo para frente:

–Sim, nós somos! -Disse ele exibindo seu brasão. -Kurokawa Mito, viemos pegar sua cabeça para recompensar a morte de vários membros de sua Guild.

Ele está certo e eu já sabia que uma hora ou outra isso iria acontecer. Eu em momento algum pensei que poderia matar vários membros dessa Guild e sair impune. Mas a quantidade de pessoas que eles trouxeram era assombrosa, eles com certeza não haviam me subestimado. Se eu estivesse sozinho eu teria conseguido fugir antes de ser emboscado.

Mas como não estou sozinho não posso fazer nenhum movimento precipitado:

–Como sempre vocês não possuem imaginação para nomear Guilds, que nome estúpido Dark Killers. -Provoquei eu.

–Seu... -Disse o bigodudo que parecia se orgulhar do nome da Guild.

–Mas vamos ter calma. -Continuei eu. -Porque não fazemos um duelo, apenas eu contra você, se eu vencer nós vamos embora dessa vez. Se você vencer, além de deixar vocês matarem todos nós, eu ainda darei minha espada que é uma das sete criações divinas para você!

Sasu olhou surpreso para mim:

–Você sabia que a Eclipse era uma das sete criações divinas? -Perguntou ele.

–Eu sempre soube. -Respondi eu.

O senhor bigodudo gargalhou do outro lado:

–Você acha que eu sou estúpido? -Perguntou ele. -Acha mesmo que eu iria te enfrentar sozinho? E mesmo que eu fizesse, nada me impede de te matar e depois roubar essa espada.

–Eu posso fazer com que os meus itens fossem para a minha conta bancária quando eu morresse! -Menti eu.

–Se você pode ou não fazer isso, nós vamos descobrir quando eu te matar! -Gritou ele.

–Droga, não dá para evitar mais! -Pensei eu me sentindo pressionado.

Assim minhas opções se reduziram a apenas uma, Sasu olhou em minha direção e disse:

–Se lutarmos todos juntos podemos vencer!

Sim, certamente poderíamos vencer mas eu tenho certeza que nem todos sobreviveriam:

–Eu me recuso a perder alguém de novo! -Pensava eu. -Eu me recuso! Eu me recuso a sentir aquela dor de novo!

E pulei numa direção e arremessei todos inimigos para o ar enquanto abria caminho para eles passarem:

–Vão! -Gritei eu com todas as minhas forças!

Todos eles me olharam com cara tristes:

–Mas e você Kurokawa? -Perguntou Lizzy.

–Eu vou logo atrás de vocês! -Gritei eu novamente. -Agora, apenas vão!

Eles seguraram suas lágrimas e passaram pelo caminho que eu havia feito. Quando todos eles haviam passado eu me posicionei na caminho de meus inimigos. Sasu olhou para trás com aflição em seu rosto:

–Não se preocupe! -Gritei eu. -Espere em casa que eu já estarei lá!

No mesmo instante que eu terminei minha frase, o bigodudo de antes me atingiu com um soco destruidor. Eu foi jogado para trás mas me levantei rapidamente:

–Esse bigodudo é forte, talvez eu teria trabalho de lidar com ele se ele estivesse sozinho. -Pensei eu. -Agora que penso nisso, porque eles só apareceram agora? Nada de mais aconteceu ultimamente...não, aquilo aconteceu. O que significa que eles só não atacaram antes por causa do Lyonel. Parece que o tio era realmente uma presença assustadora.

Eu comecei trocar golpes com vários deles ao mesmo e não demorou muito para o meu corpo se encher de ferimentos. Eu caí ao chão e vi o bigodudo se aproximando:

–Irei pegar sua cabeça, Kurokawa Mito! -Disse ele apontando seu machado para meu pescoço.

–São muitos... -Pensei eu com dificuldades para respirar. -Não consigo lutar com tantos ao mesmo...precisava de um pouco mais de força.

Existe um feitiço da classe Bersek chamado Descontrole. Esse feitiço aumenta as capacidades de batalha do usuário por uma hora mas nessa uma hora, o usuário irá sentir uma sede incontrolável de sangue e irá matar tudo a sua volta:

–Parece que está na hora! -Disse eu levantando minha mão para o alto. -Ativar Descontrole!

Uma fúria começou a consumir meu corpo imediatamente:

–Eu não irei perder o controle! -Pensava eu. -Eu irei usar esse poder para proteger e não destruir! Irei proteger as pessoas queridas para mim com esse poder!

Foi num instante que eu senti uma quantidade incalculável de poder circulando em meu corpo junto daquela massiva sede de sangue:
–Eu sinto tanto poder! -Gritava eu. -Tanto poder! Eu me esqueci, mesmo sendo há apenas alguns segundo atrás, eu me esqueci para o que eu iria usar esse poder! Eu ia usar esse poder para pro...prote...não...era para destruir! Se eu tenho tanto poder, eu só tenho que fazer uma coisa com ele!

Todos pararam e olharam meus delírios:

–Você não está bem da cabeça! -Gritou o bigodudo me atacando.

Eu peguei na Eclipse para atacar e senti um choque atravessar o meu corpo, era como se a Eclipse me rejeitasse:

–Você não tem permissão de me usar! -Gritou Hikari de dentro da Eclipse. -Você não é o Kurokawa, você é apenas um monstro!

Talvez ela estivesse certa mas nada disso importa mais. As únicas coisas que importam são as mortes de todos que entrarem em meu caminho. Eu soltei a Eclipse e parti para a batalha de mãos vazias. A diferença de velocidade entre eu e o bigodudo era grande, num descuido meu ele cortou fora meu braço direito.

Mas coisas como dor não existiam nesse momento. Eu continuei atacando sem se preocupar com o sangramento. Ele desferiu um segundo ataque que fez um corte superficial em meu tórax. Nesse instante nossas velocidades já eram semelhantes. Seu terceiro ataque foi desviado por pouco por mim. Eu segurei seu quarto ataque com meu braço esquerdo:

–Você é muito bom! -Gritou o bigodudo. -Mas isso foi um erro seu!

Ele sacou um outro machado de seu inventário e atacou pela direita. Mas esse ataque também foi segurado. Foi segurado por meu braço direito:

–Impossível! -Pensava ele confuso. -Eu acabei de cortar este braço...não me diga que já regenerou?

Eu me movi para atrás dele num instante:

–Você é um monstro! -Sussurrou ele. -Você regenerou completamente um braço em questão de segundos e em questão de segundos conseguiu acompanhar a minha velocidade!

Eu sequer pude escutar o que ele disse. Eu apenas atravessei seu pulmão com minha mão direita e ele caiu ao chão. Mesmo quando ele caiu ao chão eu não parei de perfurar seu corpo com minhas mãos. Eu perfurei, perfurei e continuei perfurando até todo o seu interior estar espalhado a sua volta:

–Pare com isso seu monstro! -Gritou um de meus inimigos. -Ele já está morto! Pare com isso!

Eu olhei em sua direção e antes que ele pudesse perceber, eu separei seu torso do resto de seu corpo com minhas mãos. Ele caiu ao chão e pintou de vermelho toda a área a sua volta com seu sangue e órgãos. Nesse ponto meu corpo estava coberto de sangue.

Todos eles pareciam estar apavorados e algum deles até mesmo imploraram por perdão mas mesmo assim, eu desmembrei, decapitei, esquartejei, perfurei e esmaguei todos eles. Minha memória enegreceu junto do sangue de meus inimigos e uma semana se passou. Eu abri meus olhos em meio a uma plantação de trigo sem sequer lembrar-se de quem era...


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Notas finais do capítulo

Comentem!!!!! Ninguém tem comentado...Imouto...BiGamer...Killer...