Invisible Play - Game Over escrita por Douglastks52


Capítulo 105
Guerra - Coincidência


Notas iniciais do capítulo

Eu estou morto nesse momento...talvez atualize essas notas quando tiver forças para escrever...
Atualização - Ufa, estou vivo novamente, vocês provavelmente não querem ouvir as minhas desculpas então...vamos apenas seguir para a história...



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Caim disparou na velocidade máxima que seu corpo permitia, o vento que batia em seu corpo era quase forte o suficiente para ferir sua pele. Sua velocidade quase não lhe permitia apreciar a paisagem a sua volta. Enquanto se movia com tamanha rapidez, ele sentiu algo estranho dentro de si. Uma sensação de mal estar crescendo como se fosse um tumor. 

Ele parou subitamente e se ajoelhou no chão enquanto aquela dor corria seu corpo. Sua consciência ia lentamente se dissipando, suas mãos tremiam, sua respiração ficou fadigada e sua visão esbranquiçada. Um cansaço grande demais, mesmo sabendo que algo horrível aconteceria caso cedesse a este sentimento, ele não podia evitar. 

Seus braços falharam também e seu rosto chocou-se contra o chão. Com as suas últimas forças, ele virou o seu corpo para cima e observou o céu estrelado a cima. Era tão agradável estar vivo. Sua mente enchia-se de ódio ao pensar que teria que voltar àquele casulo escuro, inóspito, incolor, insípido, inodoro e repulsivo: 

—Abdicar de tudo o que este mundo tem para me oferecer? Apenas porque alguém decidiu que assim seria? -Pensava ele indignado. 

O que o perturbava não era nem o facto de ter de abandonar tudo o que gosta, mas sim ter que ceder tudo isso a uma pessoa incapaz de aprecia-los. Toda a tristeza, toda a dor, todo o sofrimento era belo de certa forma. Alguém que não era capaz de apreciar isso não era digno de viver: 

—Exato...você não é digno de tudo aquilo que tem...você não dá valor ao que tem... -Resmungou ele levantando. -Eu me recuso a te dar isso, Kurokawa. 

Mesmo tremendo, suas pernas juntaram forças para ele conseguir se levantar. Mesmo com medo, ele juntou força para seguir em frente. E quando a determinação necessária foi juntada, seu corpo voltou a obedecê-lo. Ele recompôs a sua postura e seguiu sua viagem, mesmo tendo sido capaz de impedir que Kurokawa assumisse o controle por agora, isso apenas atrasava o inevitável. 

Após algumas horas de gasto de energia, ele finalmente retornou ao lugar onde tinha batalhado contra Sodoma. Após inspecionar bem a área, ele foi capaz de reunir todos os fragmentos da Eclipse que naquele momento não passava de uma simples espada: 

—Essa era uma arma realmente poderosa não sei se encontrarei uma espada igual... 

Caim decidiu ir ao encontro de Blut com os fragmentos da Eclipse na esperança de encontrar uma solução. Ele demorou algumas horas para viajar até as linhas de frente da batalha onde a Realeza estava estacionada. Depois de procurar um pouco, ele finalmente encontrou a barraca onde eles estavam acampados. Ele entrou calmamente e viu três rostos familiares: Blut, Marwolaeth e Micky. 

Marwolaeth levantou-se imediatamente com um olhar de surpresa, ao olhar melhor aquele homem de pé em sua frente, ela percebeu que aquilo não era Kurokawa. Decepcionada, ela simplesmente sentou-se novamente com um olhar agressivo. Blut olhou na direção de Caim e imediatamente percebeu o mesmo: 

—Então você voltou... 

Caim permaneceu parado na entrada da barraca: 

—Eu não tinha opções. -Respondeu Caim. 

—Bem, independente se você é Kurokawa ou não, seu poder é formidável e qualquer ajuda é bem vinda. -Afirmou Blut. -Descanse por hoje, amanhã temos trabalho a fazer. 

—Eu não pretendo ficar aqui até amanhã, eu só vim aqui te pedir um favor. -Disse Caim. 

—Muito presunçoso da sua parte...achar que eu ajudaria um estranho sem nada em troca.  

—Você está certo mas não custava tentar, eu cheguei a pensar que você podia me ajudar pensando no Kurokawa.  

—Não se engane, o único motivo pelo qual você não está morto nesse momento é pelo facto desse corpo pertencer ao Kurokawa. Mas isso é o máximo que farei, eu não sei quais são os teus objetivos mas se você entrar no nosso caminho, infelizmente, iremos te eliminar. 

Caim aceitou as ameaças e foi saindo da barraca: 

—Espere! -Gritou Marwolaeth interrompendo-o. -Cuide bem desse corpo...ele é de uma pessoa importante para mim... 

Caim saiu sem preocupar-se muito com as palavras de Marwolaeth. Ele sentou-se a alguns metros de distância da barraca pensando no seu próximo movimento: 

—Eu realmente gostaria de conseguir consertar a Eclipse...meu poder é consideravelmente diminuído sem ela. -Pensou ele em voz alta. -Mas ao mesmo tempo, eu não consigo pensar em ninguém além de Blut que possa me ajudar... 

—Eu posso te ajudar... -Disse uma voz vindo por detrás de suas costas. 

Caim virou-se rapidamente: 

—Micky... 

—Eu conheço alguém que sabe bastante sobre as criações divinas... -Informou ela. 

Caim pensou por alguns segundos, aquilo soava tudo muito estranho para ele: 

—Que eu me lembre você sempre tentou tirar informações do Blut sobre as criações divinas, se uma pessoa próxima de você sabe bastante sobre as criações divinas, porque você não simplesmente perguntou a essa pessoa? 

—É complicado, eu e essa pessoa somos próximos mas ao mesmo tempo não somos, ele sempre recusou-se a dizer qualquer coisa sobre as criações divinas para mim, mesmo quando eu implorei. -Respondeu ela. -Mas para você...ele deve dizer... 

—Para começo de conversa, o que você ganha me ajudando? 

Micky sorriu e se aproximou: 

—Muito mais do que você pode imaginar... -Disse ela tirando um pequeno contrato de seu bolso. -Assine aqui e eu te darei a informação. 

—Eu não sou estúpido, o que esse contrato faz? -Perguntou Caim suspeitando da situação. 

—É o meu poder e é bem simples. Toda vez que alguém assina esse contrato, essa pessoa fica me devendo um favor e eu posso cobra-lo a qualquer momento. 

Caim não tinha que se preocupar com consequências a longo prazo já que ele não dominaria esse corpo por muito tempo por isso ele não hesitou em assinar aquele contrato. Ao terminar de assinar ele sentiu uma sensação estranha, uma queimação em seu pescoço. Quando tocou-o percebeu a formação de um pequeno acúmulo de sangue na forma de uma bola: 

—Isso mostra que você está me devendo um favor, caso você me deva quatro favores, eu posso controlar essas quatro bolas para injetar um veneno na sua corrente sanguínea que te mataria instantaneamente. -Riu ela. -Nesse caso você ficaria me devendo a sua vida... 

Caim percebeu que aqueles acúmulos de sangue estavam cheios de energia da Micky, e aquilo poderia realmente mata-lo, pois Micky não estaria injetando veneno, mas sim a sua própria energia. Aquela energia impediria Caim de fazer circular sua própria energia pelo seu corpo, impedindo-o assim de fazer qualquer coisa, até mesmo se regenerar: 

—Muito engenhoso...quero ver como Kurokawa vai lidar com isso... -Riu Caim. 

Ele voltou sua atenção a Micky: 

—Me dê a informação agora. 

—Vá atrás do meu irmão em Euler, ele chama-se C. Keal. Dirija-se até o edifício central de Euler e fale que deseja falar com C. Keal. 

Caim sorriu enquanto se afastava: 

—Você sabe que se estiver mentindo, eu vou te matar, certo? 

Ela sorriu de volta e não respondeu. 

Caim disparou na direção de Euler o mais rápido que podia. Quando chegou lá, o pôr do sol já havia acontecido há algumas horas. Ele fez como sugerido e dirigiu-se até o edifício central de Euler. O mesmo senhor que havia o atendido da última vez sorriu ao vê-lo novamente: 

—O que te trás aqui novamente, meu caro jovem? 

—Eu gostaria de saber onde posso encontrar um homem chamado C. Keal. 

—C. Keal é um homem muito ocupado então não posso garantir que era conseguir o que quer dele mas ele passa a maior parte de seu tempo neste endereço. -Disse aquele velho senhor entregando um papel a Caim. 

Caim pegou o papel e dirigiu-se até aquela morada. Ele encontrou aquele edifício que parecia um escritório e adentrou-o. Todos os edifícios de Euler eram estranhamente similares mas aquele era muito estranho: 

—Esse lugar é bem familiar... 

Ele aproximou-se de uma mulher que era aparentemente a secretária daquela lugar e pediu para falar com C. Keal: 

—Ele está meio ocupado neste momento, poderia me dizer sobre o que o senhor deseja conversar com ele? 

—Criações divinas, eu espero que você saiba do que estamos falando... 

—Poderia me dizer o teu nome? 

—Caim. 

A mulher ficou um pouco espantada e fez uma ligação. Passado alguns minutos, uma figura desceu as escadas atrás de Caim silenciosamente: 

—Quem pensaria que nos veríamos tão cedo? Isso realmente deve ser uma obra do destino! 

Caim virou-se lentamente enquanto reconhecia aquela voz: 

—O edifício familiar e nome C. Keal...que é um anagrama para... 

Aquele homem com seu típico sorriso desprezível caminhou na direção de Caim: 

—Aleck...que coincidência terrível...


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Notas finais do capítulo

Plot twist! Não foi muito grande mas mesmo assim foi alguma coisa. Próximo capítulo sai (com a ajuda de deus) no máximo na próxima semana.



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