Invisible Play - Game Over escrita por Douglastks52


Capítulo 104
Guerra - Malícia


Notas iniciais do capítulo

Eu fiz os cálculos e cheguei a conclusão de que se eu continuar adiando tanto assim o lançamento semanal, eventualmente, eu farei uma publicação uma semana depois do combinado o que fará eu postar no dia certo. Eu sou um gênio e nem sabia. Me aplaudam.



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Caim simplesmente pousou seu corpo no chão e suspirou. Depois uma longa procura, tudo o que ele havia conseguido eram informações desconexas: 

—O cara que levou Toki...eu vou mata-lo na próxima vez que o ver... 

Caim fechou seus olhos e deixou seu corpo sentir a natureza a sua volta: 

—O que vou fazer? -Pensou ele. -Eu tenho um dia para estar de volta em Euler. 

Ele levantou-se rapidamente e sacudiu sua cabeça: 

—Não posso ficar parado aqui, eu vou voltar logo para Euler e continuar aproveitando o meu tempo. -Sorriu ele. -Isso está sendo realmente divertido, mas eu sei que acabará em breve...não posso desperdiçar nem sequer um segundo... 

Caim disparou na direção de Euler com todas as suas forças. No final do dia, ele atingiu o seu objetivo. Enquanto adentrava as muralhas de Euler, ele pensava em como sua forma de viajar era ineficiente: 

—Ter que correr de um lado para o outro é bem cansativo...e demora tanto tempo... 

Ele distribuiu uma grande quantidade de energia pelo seu corpo e tentou fazer algo. Aquela energia foi consumida e seu corpo teletransportou-se cerca de um metro. Caim abriu um sorriso presunçoso em seu rosto: 

—Com isso eu devo ser capaz de... 

Antes mesmo de terminar sua linha de pensamento, seu corpo parou de responder aos seus comando e seu rosto colidiu contra o chão: 

—Pelos vistos...meu corpo ainda não está preparado para isso... 

Ele aproveitou que estava imóvel no chão para pensar mais sobre a parte teórica de um teletransporte. Era muito mais complicado do que parecia, já que o acontecia ali não era um movimento e sim uma destruição seguida de uma criação. Ter que destruir e memorizar todas as células de um corpo e simultaneamente cria-las numa nova posição: 

—Talvez se eu usasse algo para me apoiar, tipo um portal, as coisas fossem mais fáceis... -Pensava ele deitado no chão. 

Seria ainda mais fácil caso ele fizesse isso o mais rápido possível para evitar o desperdício de energia: 

—Sim, com alguma prática, isso parece que vai dar certo. 

Mas algo além daquilo incomodava-o naquele momento: 

—Eu estou aqui há cerca de dez minutos e ninguém tentou me ajudar...quão insensatas são as pessoas de Euler? 

Enquanto forçava o seu cérebro a pensar que aquela era uma posição confortável, Caim ouviu vozes familiares: 

—Eu ainda estou com fome, Caleb. 

—Como você não está satisfeito? Você quase esgotou o meu pagamento mensal...E outra, eu preciso voltar para o meu escritório e continuar o que estava fazendo antes. 

—Trinta anos. 

—Trinta anos? O que você quer dizer com isso? 

—Se você não me der comida, eu vou tirar trinta anos de vida seus. 

—Isso é estúpido! Você não pode simplesmente me punir por não te dar comida! Você é um adulto saudável, vá em alguma loja e compre alguma coisa! O Blut deve ter te dado algum dinheiro. 

—Caleb, você não tem o direito de reclamar, ou prefere morrer agora? Eu não me importo de pegar agora os dois anos de vida que te restam.  

—Espera, espera, eu só tenho dois anos de vida? Como assim? Porque? 

—Porque choveu ontem. 

—Você não pode estar falando sério? Você sabe que a chuva é um acontecimento do qual eu não tenho controle, certo? Você não pode simplesmente me culpar por tudo o que acontece na sua vida!!! E você não está me ouvindo...de novo... 

—Vamos logo buscar comida, Caleb, antes que eu te mate...espera...aquele cara deitado ali no chão, não é o Kurokawa? 

—Caim!!! -Gritou Caim mentalmente imóvel no chão. -Meu nome é Caim!!! 

—Não pode ser...ah, é mesmo. Mas isso é estranho, Shizu. Ele só tinha que estar de volta amanhã. De qualquer forma, vamos logo pegar algo para você comer, eu não posso morrer antes de terminar meu trabalho. 

As vozes foram ficando cada vez mais distantes, até Caim não conseguir mais escuta-las. Ele tentou entender o que havia acabado de acontecer: 

—Você não pode estar sério...eles...simplesmente...foram embora... 

Enquanto lentamente perdia sua fé na humanidade, as pessoas a sua volta aparentemente passaram a perceber sua presença: 

—Mãe, o que aquilo no chão? 

—Não se aproxime, filho, os varredores de rua em breve devem vir recolhe-lo... 

—Ei, ei, o que há com essa situação cômica forçada? -Pensava Caim. -E eu não sou um pedaço de lixo!!!! 

Algum tempo passou e Caim finalmente foi capaz de voltar a mover-se. Mas algo tinha mudado, o que restava da sua vontade viver foi destruído pelos incontáveis comentários maldosos das pessoas que passavam: 

—Eu fui tratado como lixo...desprezado por todos...a cidade de Euler é realmente um lugar terrível... 

Ele levantou-se e caminhou na direção do escritório de Aleck com suas roupas sujas. Ao entrar no escritório, ele foi recebido por Aleck com um olhar confuso: 

—Oh, Kurokawa, eu aprecio a sua visita mas que eu me lembre, sua presença só seria necessária amanhã. -Disse Aleck com seu sorriso costumeiro. 

—Eu pensei que seria um gigantesco desrespeito trabalhar sob ordens diretas do conselho superior e não me apresentar a eles primeiro. -Respondeu Caim. 

—Você está totalmente correto, me dê alguns poucos minutos e eu serei capaz de introduzi-lo aos...  

Aleck foi interrompido antes mesmo de terminar sua frase: 

—Não se dê ao trabalho, se eu te der tempo para pensar, você eventualmente conseguirá me enganar. -Disse Caim. 

Aleck finalmente tirou aquele sorriso presunçoso de seu rosto: 

—Oh, eu realmente não esperava que você fosse descobrir. 

—Não é uma questão de descobrir ou não, eu sinto um cheiro asqueroso vindo de você. -Respondeu Caim. -Eu não acreditei em nada do você falou desde o começo. 

—Você é certamente diferente... -Falou Aleck voltando a sorrir. -Eu tenho um certo interesse em você. 

—Desculpa mas eu não posso dizer o mesmo, eu acho você apenas desprezível. -Afirmou Caim. 

O cérebro de Aleck raciocinava o mais rápido possível, tentando ganhar tempo, tentando usar a sequência de palavras mais apelativa, tentando entender como funcionava a mente de Kurokawa, tudo na tentativa de manipula-lo: 

—Em breve, eu perderei o meu controle sobre você e você voltará a fazer parte da Realeza. -Disse Aleck. -Mas caso você opte por livre e espontânea vontade acatar às minhas ordens, eu penso que ninguém será capaz de se opor. 

Caim riu: 

—Você não precisa ficar dando voltas, vá direto ao ponto.  

—Talvez você queira proteger a vida de alguns de seus amigos... -Sorriu Aleck maliciosamente. 

Caim gargalhou: 

—Mate-os, não é como se eu me importasse. 

Aleck ficou confuso. Ele podia ver claramente que Caim não estava mentindo. Essa era a primeira vez em tempos que as coisas não seguiam de acordo com os seus planos. Nada fazia sentido, como era possível aquele ser na sua frente não se importar com os seus amigos? Aleck havia feito diversas pesquisas sobre Kurokawa e tinha certeza que podia manipula-lo usando seus amigos como reféns. Aleck considerava a possibilidade de ter interpretado tudo errado mas isso era impossível. 

Enquanto se perdia em pensamentos e confusão, a resposta chegou aos seus ouvidos: 

—De qualquer forma, o que você falou não passou de um blefe. -Afirmou Caim. -Se pessoas com a sua autoridade conseguissem matar tão facilmente outros cidadãos de Euler, o que me impediria de matar você e todos os seus subordinados com a autoridade Blut? 

Caim virou-se e foi se dirigindo a saída: 

—O que vai fazer agora? Chorar? Implorar? Você é fraco demais para tomar algo usando sua força. Mas também é fraco demais para conseguir algo usando sua inteligência. Você não tem valor como ser humano.  

No momento em que Caim saiu de seu escritório, tudo fez sentido para Aleck. Ele disparou a rir como se estivesse em transe: 

—Eu passei todo esse tempo achando que estava lidando com Kurokawa, mas na verdade era outra pessoa... -Gargalhou ele. -Diversos padrões de pensamentos numa única pessoa? Isso está ficando cada vez mais divertido, Caim. 

Caim dirigiu-se até o edifício no centro de Euler para conseguir informações confiáveis sobre a sua situação. Ele aproximou-se de um dos senhores sentados atrás da bancada: 

—Eu gostaria de saber algumas coisas.  

—Poderia primeiramente me dizer o seu nome? -Perguntou aquele homem. 

—Caim...quero dizer, Kurokawa. -Respondeu Caim. 

Aquele homem pegou uma grande papelada e começou a procurar: 

—Aqui está! Você disse Kurokawa, certo? Oh, parabéns por ter completado sua missão. E como havia sido prometido, todos os seus crimes serão perdoados. Você está livre para seguir em frente com a sua vida. 

—Esse é um problema que eu estou tendo, eu sou obrigado a regressar ao meu antigo grupo? 

Aquele senhor conferiu os papéis novamente e respondeu: 

—Com base no que eu tenho aqui, você faz parte da Realeza que está sob a liderança de Blut. Mas como você aceitou a posição de Rei da Realeza, você está obrigado a cumprir com as suas responsabilidades. Já que sua missão foi declarada como completa há 6 dias atrás, a sua uma semana de descanso terá fim amanhã. Por isso o senhor terá que voltar para o combate junto de seu grupo. 

Caim suspirou decepcionado: 

—Tudo bem, mas antes eu tenho uma última pergunta. 

Aquele homem sorriu: 

—Vá em frente então! 

—Como exatamente funciona a gestão de Euler? 

—Existe algo chamado conselho superior, composto pelo rei e por seus conselheiros, eles decidem praticamente tudo que está relacionado a Euler. E... 

—Não precisa dizer mais nada, eu já estou satisfeito. -Disse Caim se afastando. 

Ele dirigiu-se à saída e encostou-se nas paredes do lado de fora daquele edifício. 

—Eu preciso retornar para o combate amanhã...Mas antes disso eu tenho algumas coisas para fazer, parece que não terei como dormir essa noite. 

Caim começou a mover-se rapidamente para fora da cidade em direção onde ele havia batalhado contra Sodoma. Enquanto fazia isso, um pensamento aleatório passou por sua cabeça: 

—Que tipo de pessoa é o rei de Euler?


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Notas finais do capítulo

Sabia que o tempo que eu gasto escrevendo IP é divido em:
—10% procurando músicas boas.
—20% Distraído.
—20% Fazendo a coreografia das lutas.
—40% Pensamento em piadinhas para colocar nas notas do capítulo.
—10% Realmente escrevendo.



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