The Seventh Zone escrita por Isa Chaan


Capítulo 7
Mágoa


Notas iniciais do capítulo

Isa-chan: Hello everybody!! Sentiram minha falta? ;D
Bianca: Hã... Não.
Isa-chan: Seu monstro sem coração!
Bianca: Pode até ser. Mas não supero o Hiro. ( Capítulo 416 do mangá)
Isa-chan: Tu tem razão!! Como ele pode fazer isso?! E meus sentimentos... Aonde fica? ;-;
Bianca: Vamos, autora!! Arruma as malas que eu vou ali na lojinha aproveitar a liquidação de motosserras cor-de-rosa!! Porque sou muito diva. u.u
Isa-chan: Ok, ok! Ah, espera! Eu levo machados ou facas? O.õ
Bianca: Hm...Ah, leva o Michael! Já volto.
Isa-chan: Tem razão, é mais simples.
*Nota: Michael - Personagem principal masculino da mesma fanfic que Bianca e assassino de aluguel. Ou seja, lascou.*
Michael: Véi, por que diabos você está me colocando numa mala?! Não tem medo da morte, não?!
*Bianca aparece com a sacola de compras*
Isa-chan: Foi ideia da Bianca. *aponta pra ela*
Michael: Ora, é mesmo? *Aura sombria* *Olhos sedentos* *Tira uma faca do cinto* *Ferrou*
Bianca: SUA MALDITA! E A CONSIDERAÇÃO COM AS PARÇAS?
Isa-chan: Você me matou uma vez. Tua vez. u-u
Anjinho do além: Mais trabalho pra mim...
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Dessa vez eu escrevi 3.000 palavras, meus caros amigos. Espero que gostem. Já vou avisar que quando começar as aulas a atualização não será a cada semana, vai tudo depender do quão ocupada eu estarei, mas se eu demorar, prometo fazer um capítulo maior pra compensar vocês ;D
Agora, boa leitura. ( O capítulo não foi inteiramente betado, desculpe qualquer erro)



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Seventh Zone

(Sétima Zona)

Atualmente – Quarto dia.

Já deveria ter se passado duas horas desde aquela última conversa nenhum pouco amigável. Happy continuava dormindo pacificamente nos cabelos do seu dono, ou talvez, parceiro. E tudo o que se escutava era o som de animais passando pela mata, o chacolhar de árvores pelos ventos, e nossos passos contra a folhagem, e vez ou outra, pulávamos pedras e raízes grossas. Como Dragneel estava mais a frente, de costas para mim, impedindo-me de ver sua expressão intimidadora, e também estava quieto, tudo parecia mais calmo, de maneira que parecia ser apenas um passeio tranquilo pela floresta. Decidi aproveitar aquela sensação boa, uma sensação de alívio e paz, diferentemente do que eu passava nos últimos dias: medo e mágoa.

Aparentava ser umas dez horas da manhã, e mesmo assim, sentia uma brisa gélida e úmida vinda do leste. Olhei para o céu por entre as copas das árvores e pude perceber a origem nos ventos frios. Vinha de uma grande massa aglomerada de nuvens escuras. Estava distante, mas era apenas questão de horas para que a tempestade chegasse onde estávamos. Lamentei mentalmente. Isso só provocaria em perda de tempo. Percebi que o rosado apressou o passo, mudando a direção e resmungando. Parece que ele também notou.

Andávamos agora à procura de um abrigo, pois o temporal que se estenderia não era pouca coisa.

Há alguns quilômetros a oeste havia uma montanha. A sorte era que estávamos cercados por elas.

— Será que poderia andar mais rápido? – A pergunta soou como uma ordem. Estava impaciente.

— Não tenho culpa se você tem uma velocidade anormal. – Retruquei, tentando acompanhá-lo.

— Mas acho bom começar a ter essa velocidade anormal se não quiser ser deixada para trás. – Proferiu estressado ao ouvir um trovão ecoar pelos céus. – A chuva não vai esperar você chegar na montanha.

Não falei mais nada. Quanto menos falasse mais fôlego teria para acelerar. E por mais que o som de arrogância que soava em suas palavras me irritasse, ele tinha razão.

Graças ao barulho ensurdecedor do relâmpago, Happy acordou assustado e desceu para o braço do amigo, ficando com a cabeça por cima do ombro e me encarando com olhinhos amedrontados. Sorri para acalmá-lo. O pobrezinho sofreria com a tempestade, pois, com certeza, estaria infestada de trovões.

Ao ver que acompanhar aquele cara estava sendo cada vez mais difícil, já me preparava para reclamar, quando de repente, escutei um rastejar de passos que não pertenciam a nenhum de nós. Paramos no mesmo instante. Quem poderia ser? Foi então que me lembrei das palavras do garoto-dragão.

— […] Você não conhece nem um terço desta floresta e não sobreviveria nem mais dois dias sozinha.

— O que... O que quer dizer?

— Por que acha que nunca desmataram e construíram estradas aqui? Preservação ambiental? Pode apostar que não.

Engoli em seco.

— P-por favor… Ajudem-me. – O som de uma voz feminina pedindo desesperadamente por ajuda foi ouvido. De imediato, me senti aliviada. Era só uma mulher.

Procurei olhando por todos os lados, a fim de encontrar a dona da voz, porém nada achei. Dragneel apenas ficou encarando sério para um ponto e eu logo segui seu olhar. Por trás das moitas saía uma mulher de meia-idade segurando uma criança desacordada no colo.

— Quem é você? – Questionou friamente, ao vê-la se aproximar em passadas cansadas.

— Minha aldeia foi atacada… Não tenho pra onde ir, e nem o que comer… – Soluçou. – Por favor, ajudem a mim e a meu filho! – Implorou com o rosto encharcado.

O rosado fitou-a por alguns segundos, pensativo. Percebi que morena ficou assustada com a maneira que ele a encarava.

— Isso é um problema seu. Estamos com pressa. – Falou simplesmente, e depois se virou para mim. – Vamos.

— Você pretende deixá-la assim? – Apontei para ela, inconformada. Ela estava passando fome, e carregava uma criança! Quão impiedoso ele poderia ser para deixá-los morrer daquela maneira?

Ouvi-o bufar de raiva.

— Sim. Agora, vamos! – Puxou o meu pulso com força.

— Não! Você não tem misericórdia? Ela está sofrendo! – Aquilo era demais.

— Está sofrendo porque é fraca! Ela deve aprender a se virar sozinha se quer sobreviver! E isso não é problema nosso! – Gritou tão nervoso, que senti meu corpo tremer, mas, mesmo assim, puxei meu braço e consegui me livrar de sua mão forte que por sorte estava suada, fazendo com que meu pulso escapasse.

— Não vou ignorá-la! Se quiser, vá na frente. Eu te alcanço depois. – Afastei-me dele, me aproximando da mulher que caíra de joelhos, exausta. Dragneel não saiu do lugar, apenas acompanhou meus movimentos com o olhar, eu podia perceber que estava irritado com a minha desobediência.

— Você nunca me alcançaria sendo tão lerda assim. – Rangiu os dentes.

Ignorei-o.

— Fique calma. Vai ficar tudo bem. – Sorri, agachando-me ao seu lado.

Ouvi alguns resmungos por trás como “Que se dane.” e este tratou de começar a andar para a montanha. Suspirei. O que eu esperava? Que ele fosse bom o bastante e me esperasse? No entanto, num ato inesperado, o gatinho começou a miar alto e tentar sair dos braços do rosado, fazendo-o parar, sem entender. Dragneel compreendeu o recado de que o pequeno azulado queria que me esperassem. Bom, ao menos, foi o que entendi.

— O-obrigada, moça. – Ela me abraçou fortemente, aflita.

A ação repentina me pegou de surpresa, mas logo retribui o abraço, afagando seus cabelos numa tentativa de acalmá-la. Ela deveria ter passado por coisas horríveis. De certa forma, identifiquei-me, pois ela também havia perdido todos, toda sua aldeia, assim como perdi minha vila.

Happy continuou a miar alto. Talvez ele quisesse que eu fosse mais rápida, porque a chuva estava chegando e nós não tínhamos abrigo para nos escondermos dos relâmpagos que em breve cortariam os céus.

— Garota. – Ouvi a voz rouca do meio-dragão me chamar. Mas que droga. O que ele queria?

— O que você quer? – Emburrada, virei minha cabeça para sua direção com um pouco de dificuldade devido ao abraço forte da mulher.

— Saia. – O timbre dele ficou ainda mais sério do que já era. O que diabos ele tinha? Por que não vai embora? Eu o alcançaria correndo depois.

Espantei-me ao ver que seus olhos estavam ficando numa coloração verde, tão claro que parecia brilhar, e as pupilas se esticarem como as de um dragão. Assustador. Desviei minha atenção de seu olhar para o chão, no qual, o felino fazia posição de ataque e mostrava seus dentes pequenos, porém, bem afiados.

— Mas o que deu em v- – Numa fração de segundos senti ser puxada do abraço, por uma força descomunal, para trás, sendo lançada para longe. Instintivamente fechei os olhos, mas não demorei a abrir e ver um enorme borrão vermelho respingar por todos os lados, inclusive em meu rosto. Arregalei os olhos totalmente incrédula. Batimentos soaram falhados. Dragneel rasgou o pescoço da mulher com os dentes, decapitando-a. Presenciei aquela cena, horrorizada, assistindo a cabeça da mulher voar para perto de mim, e litros de sangue jorrarem do pescoço. Não consegui comandar meu corpo, eu não o sentia. Encarei aquela face. Seus olhos esbugalhados mostravam tamanho pânico ao ter a cabeça arrancada, e seus dentes à mostra, estavam cerrados, e continham um líquido roxo escorrendo por entre eles.

Voltei a olhar o híbrido de dragão, que me encarava depois do feito. Planejei gritar, mas fui interrompida por um urro de dor vindo do mesmo. O garotinho, que caíra dos braços sem vida da mãe, cravou os dentes no braço esquerdo do rosado que tinha se distraído. Em um movimento rápido, Dragneel, com o outro braço, puxou os cabelos do menino para cima, fazendo-o soltá-lo, e é neste curto período de tempo que enfia sua mão no peito e arranca o coração da criança. Sem mais se debater, o híbrido larga o corpo no chão, junto ao órgão arrancado. Ouvi-o xingar ao fitar o braço ferido, e franzir o rosto em uma expressão de dor. Rapidamente tratou de andar até mim.

— Essa é a prova de que você nunca sobreviveria sozinha. – Concluiu afiadamente. – Acho bom que esteja agradecida. – Gemeu de dor. – Porque se não fosse a mim, você teria sido comida viva.

— O-o quê…? – Perguntei atordoada, depois de visualizar toda aquela cena brutal.

— Ela e aquele garoto pertenciam a aldeia do norte que foi contaminada pela praga. Happy foi o primeiro a notar o cheiro de cadáver, que era mínimo. Deveriam estar na fase de transição, no qual, eles precisavam comer carne humana para finalmente se tornarem mortos-vivos. – Explicou com os olhos semicerrados, encarando-me por cima, já que estava em pé. – Se não fosse por essa sua solidariedade – Falou pausadamente a última palavra, demonstrando sua raiva. – Estaríamos chegando na montanha, e sem que eu tivesse que suportar essa dor do diabo. – Aproximou seu rosto do meu, deixando com que fosse inevitável não cravar os seus olhos, que já voltaram a ser ônix, nos meus. – Aqui é a zona onde os maiores perigos se estabeleceram. Ninguém ousa pisar o pé neste lugar. Então, se quiser sobreviver, da próxima vez, quero que me obedeça, ouviu bem? Sem decepções.

Abaixei o olhar. Não conseguia mais encará-lo. Não podia retrucar dessa vez. Tinha sido tudo minha culpa.

— Agora, vamos.

Concordei, fitando o chão, e começamos a caminhar para longe dali.

Jellal… Por favor, me diga… O que você faria em meu lugar?

E mais uma vez, aquela mágoa e medo se alastraram intrusamente em meu peito.

Fifth Zone

(Quinta Zona)

Atualmente. – Quarto dia.

Não via o moreno já se faziam dois dias. Não sabia como voltar e encará-lo de novo. Tinha vontade de chorar só de lembrar o mesmo rejeitando tão cruelmente seus sentimentos. Deu um último mergulho na água da banheira para se recompor e saiu do banheiro com uma toalha felpuda sobre o corpo. Hoje era o dia que ela conheceria seu noivo, o homem que passaria o resto dos seus dias. Não havia mais nada a se fazer. Respirou fundo, triste e desanimada. Após vestir as peças íntimas, sem demora, as ajudantes da azulada já bateram à porta do quarto para ajudá-la com as roupas.

— Podem entrar. – Falou calmamente, sentando-se na cama.

Duas mulheres abriram a porta e entraram a reverenciando. Eram suas criadas favoritas e também grandes amigas. Juvia passava grande tempo com elas devido à quantidade de bailes que os pais planejavam, e estas enquanto a arrumavam, davam conselhos à garota, e sempre a animam quando a jovem fica magoada.

— Juvia-san, não será tão ruim assim. – Manifestou-se a garota, de cabelos brancos curtos e olhos castanhos avelã, logo de cara. Elas sabiam que a moça d'água amava outro homem, e precisavam fazer alguma coisa a respeito para ajudá-la.

— Sim, tenho certeza que gostará do Terceiro. Falaram que é um homem forte e bonito. – Comentou a morena, de longos cabelos castanhos e enrolados, desta vez.

— Cana-san, Yukino-san… Obrigada por se preocuparem, mas isso não mudará o que sinto… Infelizmente. – Suspirou, fechando os olhos.

— Talvez mude. Talvez você possa aprender a amar outra pessoa. – Yukino depositou a mão no ombro da azulada, e sorriu gentilmente. – E até lá, estarei ao seu lado. Sempre que quiser desabafar, pode contar comigo.

— E comigo também. – Sorriu a outra, levantando a mão.

Emocionada de ter criadas, ou melhor, amigas tão incríveis e atenciosas, abraçou fortemente as duas, já se sentindo mais forte e pronta para o que deve e vier, pois afinal, poderia sempre contar com elas, e isso já a deixava aliviada e animada.

— Obrigada. Mesmo. Amo vocês.

Depois de alguns minutos naquele momento, as criadas logo começaram a vestir Juvia. Na opinião, da Quinta, além de grandes amigas, tinham muito senso de moda e sempre a vestiam com vestidos uns mais lindos do que os outros. Dessa vez, escolheram um da cor verde-água, pois a jovem só gostava de usar tons azuis e verdes. A saia do vestido batia até os joelhos, e o pano era esvoaçante e drapeado, conforme subia o tom ficava mais azul, até que quando chegasse aos seios estivesse completamente desta cor. Da cintura para cima o tecido passava a ser seda e se entrelaçava no pescoço, deixando um pouco das costas e dos ombros descobertos. Em seguida, Yukino penteou os cabelos azuis da maga, colocando seu típico chapeuzinho azul que tanto Juvia amava. Já Cana escolheu os brincos e sapatos altos, ambos prateados.

— Pronto, está linda. – A morena olhou para Yukino e as duas assentiram em sucesso a mais um trabalho bem-feito, enquanto Juvia se olhava no espelho com um pequeno sorriso. Ela estava feliz porque estava bonita, porém, não estaria bonita para ele.

Entristeceu-se porque estava novamente pensando no rapaz. E no que ele estaria fazendo naquele momento. Sentia um pouco de raiva. Se ele não a queria, então por que ela deveria se preocupar com isso? Ela, agora, queria muito poder esquecê-lo. Mas conseguiria tal coisa?

Cana ao notar que aos poucos o semblante da Quinta ficava mais vazio e com olhos cheios de mágoa, percebeu que seria melhor para ela ficar a sós no quarto refletindo por alguns instantes.

— Bem, nós vamos esperar lá embaixo, desça quando se sentir pronta. – Disse já puxando Yukino para porta. – Se precisar de qualquer coisa, não hesite em nos chamar. – Apontou ao lacrima que iria avisá-las se Juvia o apertasse. A azulada assentiu, e as duas saíram, fechando a porta do quarto.

Caminhou até a cabeceira e encontrou o que não deveria encontrar, porém seu corpo foi desobediente, e logo sua mão tocou naquele objeto. Uma pulseira. Uma belíssima pulseira prateada com pingentes no formato de gotas de chuva que eram inteiramente feitas de gelo. Um gelo mágico que nunca derreteria. Apertou-a contra seu peito e se lembrou da singela lembrança.

— O que foi, Gray-sama? Está com uma cara estranha… – Perguntou a pequena garotinha fitando a face levemente rosada do menino.

— Estenda as mãos. – Falou apenas.

Com um ar de dúvida, arqueou a sobrancelha, mas, mesmo assim, obedeceu.

— Agora feche os olhos.

E mais uma vez a azulada obedeceu. Não sabia o que o outro planejava, mas estava animada em saber.

Sentiu um objeto gelado cair em suas delicadas mãos, o que a fez abrir os olhos por impulso, deparando-se com uma graciosa pulseira. Seu coração acelerou, e um enorme sorriso surgiu em seus lábios pálidos. Seu olhar foi de encontro às orbes azuis escuras de Gray.

— Obrigada! É linda! – Agradeceu, cheia de entusiasmo por ganhar o primeiro presente do amigo, no qual, era apaixonada.

— N-não precisa ficar tão alegre assim… É apenas um presente simples de aniversário. – Mencionou sem graça, coçando a nuca.

— Preciso sim! É o primeiro presente que Gray-sama deu à Juvia. – Sorriu abertamente com as bochechas rosadas. – Juvia está muito feliz!

O garoto se surpreendeu com a felicidade da amiga com algo tão simples. Mas por mais que fosse simples, o sentimento e carinho que foi imposto sobre a pulseira pelo amado, fez a garotinha sentir como se fosse o presente mais grandioso que ela poderia receber.

Gray deu uma breve risada.

— Não seja boba. – E afagou os cabelos azuis da menina, sentando-se ao seu lado.

Em um ato inesperado, a pequena pulou sobre Gray o abraçando, dando risadas de alegria. Deixando o moreno sem reação.

— Juvia ama Gray-sama! – Confessou inocentemente, achando graça do momento.

— N-não fale coisas assim…! – Gaguejou envergonhado, e acabou escondendo o rosto no ombro de Juvia para que ela não percebesse sua face rubra.

Lágrimas insistiam em descer. Como ela poderia esquecê-lo? Desde criança, desde quando o viu pela primeira vez ela o amou. O que ela poderia fazer para esquecer todos esses anos? Todas essas memórias? Não aguentou suas próprias pernas, deixando-se cair no chão. Seu rosto, agora, estava encharcado. Desde quando Gray se tornara tão frio? E de repente uma memória de oito anos atrás, que até então não lhe fazia sentido, veio à tona.

— Desculpe Juvia-chan, mas será melhor que venha outro dia… – Foi honesta com um sorriso gentil em seu rosto, porém dava para se notar tristeza em seus olhos brilhantes de lágrimas, só que ela não as revelaria diante da jovem azulada.

— Aconteceu alguma coisa? – Perguntou preocupada, vendo a mágoa na mais velha.

— Não se preocupe. Ficará tudo bem. Venha visitar Gray amanhã, tudo bem? Hoje ele deseja ficar sozinho.

A menina assentiu com hesitação. E já caminhava para fora do palácio de gelo, desanimada e preocupada. Sentiu-se curiosa sobre o ocorrido, e ao mesmo tempo, chateada, pois era como se fosse uma excluída. Juvia nunca sabia de nada do amado. Ele nunca lhe contava nada sobre ele e sua família. Por acaso não confiava nela? Ao caminhar em direção ao jardim de entrada, passando pelo portão, ouviu um cochicho de duas mulheres com semblantes tristonhos.

— Foi Ur desta vez?

— Sim, Gray e a filha devem estar péssimos, coitados.

Desta vez? Era isso. Ele sofria. A maga d'água nunca soube dos pais do outro, nunca os viu, porque eles não estavam mais neste mundo. Aos dez anos, depois da morte de Ur, ele já virara governante. Antes disso, o garoto era um pouco mais feliz, e gostava da companhia de Juvia. Passado os últimos anos, tornou-se estressado, devido aos deveres que assumiu logo cedo, e cada vez mais solitário. No palácio só haviam criados. Como nunca reparou antes? A presença do rapaz lhe alegrava tanto que nem notou a angústia o próprio passava.

Sentiu-se horrível. Como podia estar feliz diante da tristeza dele? Quão horrível ela agiu por todo esse tempo? E agora, quando Gray perdeu todas suas esperanças, perdeu a vontade de amar novamente, ela simplesmente partia?

Colocou a pulseira no pulso e sem pensar nos problemas que aquele ato imprudente causaria, desatou a correr para fora do quarto, usando aquela passagem secreta que sempre usava para fugir da Quinta Zona. Não o abandonaria. Justo agora em que mais precisava de sua presença. Ela o faria amar de novo, ela faria com que não sentisse mais solitário. Não importasse o quão difícil fosse aquecer aquele coração congelado pela dor e pelo tempo.

[…]

— Cana e Yukino. Vão chamar Juvia, o noivo já chegou. – Informou a mulher de meia idade de cabelos claros e enrolados, acenando para as duas. A mãe da 5ª Governante. As criadas assentiram, caminhando em direção à escadaria.

— Ora, olha quem chegou. – Anunciou o homem de cabelos azuis, tinha uma postura formal, mas um semblante amigável. – Muito prazer, Terceiro. – Estendeu a mão em comprimento.

Com um sorriso travesso no rosto, apertou-a.

— Por favor, me chame de Gajeel.


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Notas finais do capítulo

Isa-chan: E aí? Matou?
Michael: Matei.
Isa-chan: E aí? Ressuscitou?
Anjinho do além: Ressuscitei.
Isa-chan: Ótimo.
Bianca: AUTORA!! VOCÊ ME PAGA!!
Isa-chan: Ui, olha a violência. Tem crianças lendo. ( Na verdade, a faixa etária é pra 16. Mas dane-se.)
Bianca: MAS VOCÊ ME MATOU! QUER MAIS VIOLÊNCIA QUE ISSO?
Isa-chan: Fui eu não, querida. Foi o Michael.
Michael: Algum problema?
Bianca: Hehehe Não... :D *Sorriso amarelo*
Natsu: E aí, gente? O que está rolando?
*Bianca e Isa-chan olham assustadoramente para Natsu* ( Leu o capítulo 416 do mangá? Então entenderá.)
Isa-chan: Olha só quem apareceu. :>
Bianca: O carinha impiedoso que abandona garotas que estão sofrendo.
Lucy: Pois é. Aqueles idiotas. *Lágrimas caem do rosto de Lucy*
Isa-chan e Bianca: VOCÊ FEZ A LUCY CHORAR DE NOVO! VAI PAGAR!!
Natsu: º-º Happy... Tá na hora de voar!
Happy: Aye!! º-º
*Happy segura Natsu e saem voando*
Isa-chan e Bianca: VOLTEM AQUI VOCÊS DOIS!! *Saem correndo furiosamente like Erza*
Natsu e Happy: DEMÔNIOO!!
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Estão gostando da história e das notas? Tomara que sim! Senão, por favor comentem se algo precisa ser melhorado. Aceito criticas e sugestões. Elogios também são muito bem-vindos *---*
Ah, e lembrem-se! A votação do beijo shipp nas notas ( + surprise ) continua valendo até 15 pessoas diferentes votarem "Eu quero Gruvia" ou " Eu quero NaLu" ;D
Fiquem aí com o link da música:
https://www.youtube.com/watch?v=o1qtHEZv25Q
Até a próxima semana! o



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