The Seventh Zone escrita por Isa Chaan


Capítulo 5
O Acordo.


Notas iniciais do capítulo

Isa-chan: Olá leitores lindos que merecem muitos abraços de urso! Fiquei muito feliz com os comentários, motivaram-me pra caramba para postar este! E desta vez atualizei em uma semana! Esse é o poder de vocês!! Sobre-preguiça!
Bianca: Nããão! Não pode ser! Uma semana?!!
Isa-chan: Sim! Há! u-u
Eu+Leitores = Invencíveis
Bianca: E por que não atualizou minha fic? *Aura negra*
Isa-chan: Porque o filho da mãe do meu computador não salvou ( Eu que não salvei mesmo, foi sem querer querendo) e TU ACHA QUE EU ESQUECI QUE VOCÊ ME MATOU NA NOTA PASSADA, É? *Pega facão enorme* ( E como estou viva é uma excelente pergunta)
Bianca: Glup. Oh! E agora quem poderá me defender?
Chapolin: EU! O Chapolin Colorado!!
???---- As interrogações estão livres para todos os públicos------???
Isa-chan: Bem, antes de desejar "Boa leitura" queria avisar que quem estiver interessado em ouvir uma música durante o capítulo. Eu recomendo uma. Ela é orquestral. Não sei combina, isso vai da interpretação de cada um, mas eu escrevi grande parte do capítulo com essa música.
Link da música: https://www.youtube.com/watch?v=JWlztJTMdfE
Ps: Posso começar a recomendar as músicas que me inspiram nesta fic. O que acham?
Bem, boa leitura.



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Atualmente – Terceiro dia.

–– Dragneel. – Cerrei os olhos, sentindo novamente o ódio e medo se apoderar do meu corpo.

Lá estava ele. Com os braços cruzados em frente ao peito coberto apenas com um colete preto e laranja, e um cachecol branco que assimilava as escamas de um dragão. Seus olhos de um preto ônix me encaravam com um olhar tão frio que sentia como se fosse congelar, porém ao mesmo tempo, de maneira tão raivosa como se estivessem em chamas. Seus dedos batiam inquietamente contra seu braço, e ao ver que aos poucos eu perdia minha compostura, um sorriso triunfante e debochado apareceu em seus lábios.

–– Parece que a ratinha que quis se mostrar valente, no final, mostrou ser a medrosa que sempre foi. – Riu, afastando-se da árvore e se aproximando a passos lentos. – E foi pedir ajuda desesperadamente para certa… – Pausou por um momento para depois sua feição mudar em uma irritada. – Albina.

Congelei. Minha testa suou frio. Ele viu. E agora? O quanto ele sabia? Ouvira sobre o acordo? Tentei não transpassar meu nervosismo. Talvez ele só tivesse me visto entrando na casa. Se fosse só isto, se eu mostrasse nervosa estaria sendo completamente suspeita. Mas se ele ouvira a conversa inteira, palavra por palavra… Eu morreria aqui mesmo, numa fração de segundos, sem ter nem mesmo a chance de revidar. Eu estava sem armas, sem informações sobre o oponente, sem plano de fuga. Completamente vulnerável.

— Sobre o que conversaram? – Indagou, observando minhas reações como se fosse sentir o cheiro de mentira das minhas palavras.

Uma onda de alívio preencheu meu peito, e relaxou meus músculos. Ele não sabia.

— Por que lhe interessa? – Escapou. Arrependi-me por falar tamanha burrice. Estava sendo muito descuidada. Mas simplesmente parte da minha alma não aguentava aquilo, reclamava por sentir medo, queria revidar.

— Acho que a ratinha ainda não aprendeu o seu lugar. – Em um piscar de olhos, ele me deu um soco incrivelmente forte no estômago que fez eu ser jogada contra as várias árvores que se estendiam nos arredores do local, por tamanha brutalidade, fazendo eu criar uma deformação no grosso tronco da última que atingi. Senti a ardência na barriga logo em seguida, e uma dor aguda nas costas, rezando para não ter quebrado um osso. Tossi sangue. Lágrimas de dor escorreram ao segurar o grito que daria no impacto. – Responda a minha pergunta! – Socou o tronco ao lado de onde eu estava com a cabeça.

— Nada que pudesse interessar você! Ela só me acomodou e ofereceu comida e abrigo por eu estar exalta. – Menti, ocultando a parte da vingança. Minhas palavras foram nervosas e desesperadas como as de alguém amedrontado para que assim, soassem convincentes. O que pelo visto, havia funcionado, pois este ia diminuindo as ameaças de socos a cada instante que se prosseguia.

— Realmente nenhuma menção sobre mim? – Perguntou uma última vez, ainda um pouco incerto sobre minha resposta.

Neguei com a cabeça.

— Eu não gostaria de prejudicá-lo, pois há algo que eu quero de você. – Comentei cuidadosamente.

Arregalou os olhos, enfurecido.

É realmente fácil deixá-lo bravo.

— Ah é? E o que seria? – Segurou tão forte meu pulso que na mesma hora soube que ficaria um hematoma roxo.

Por que ficara tão bravo? Eu imaginava uma risada sarcástica e uma completa negação. E não isso.

Será por que imaginou que eu queria a tal da pedra que Lisanna comentou? Parece algo importante. Bem, parte do que estou fazendo é por ela, então, com certeza, é.

— Eu preciso atravessar o desfiladeiro, mas a ponte desabou. Preciso que me ajude a atravessá-lo. – Pude perceber um pequeno relaxamento em seus ombros ao ouvir o que de fato eu propunha. Mas logo, tratou de voltar com as questões.

— E como sabe que eu posso ajudá-la? – Arqueou a sobrancelha, desconfiado, ainda sem largar meu pulso para que, caso, meus argumentos se tornassem inválidos ele pudesse finalmente quebrá-lo, sem misericórdia, com sua força sobre-humana.

— Você é filho de um dragão. Deve ter asas, estou certa? – Respondia sem hesitar, transpassando certeza, e ultrapassando suas suspeitas.

— Por que eu a ajudaria? – Cerrou os olhos. Deveria estar imaginando o que uma garotinha como eu, a seu ver, poderia fazer para que ele colaborasse.

— Tenho algo que te pertence. – A frase pareceu flutuar no ar, pela maneira vaga que a proferi, fazendo o outro não mexer sequer um músculo, esperando mais detalhes da minha parte. O que não aconteceu.

— Como assim? Algo o quê? – Questionou com a mesma voz rouca séria, porém com uma leve curiosidade.

— A última coisa que minha mãe me deu antes morrer. Pediu que eu a entregasse a um jovem de cachecol branco, e que era de extrema importância. – Senti afrouxar levemente o meu pulso, porém seus olhos continuavam ameaçadores.

— E o que era?

— Eu não sei. Está trancado dentro de uma caixa com magia. Só o dono pode abri-la. – Era verdade. Há anos guardo a caixa, e me lembro do dia quando mamãe a confiou a mim, até que um dia encontrasse o dono e a entregasse. Ela apenas contou que o dono usava cachecol branco de escamas, e seria muito fácil reconhecê-lo, não teria erro. Na hora que o vi pela primeira vez, não cheguei a me lembrar sobre a caixa, mas ao descobrir que Layla o conhecia, não tive dúvidas. Só podia ser ele. Mas as perguntas que sempre rondam pelos meus pensamentos. Como minha mãe conhecia o filho de Igneel? Ele era perigoso. O monstro da lenda. Por que ela estava querendo ajudá-lo? Não fazia sentido.

Um clima mais tenso pairou sobre nós quando nem ele e nem eu voltamos a falar. Como sempre, analisava-me, tentando inutilmente perceber alguma mentira. Não sabia se acreditava, isso estava óbvio. Não parecia confiar em ninguém. Por fim, suspirou, pesaroso, e abruptamente virou o meu rosto para o lado e falou em aviso, próximo ao meu ouvido em alto e bom som.

— Olha, eu vou acreditar em sua palavra por hora, loirinha. Mas saiba, que se você estiver mentindo pra mim, não é porque você é a filha dela que eu não vou hesitar em arrancar literalmente a sua cabela fora, está entendendo garota?

Engoli em seco. Não atrevi nem mesmo a olhá-lo. Com medo de que meus olhos me dedurassem.

— Estou. Entendi plenamente.

— Ótimo.

Ele se distanciou de mim, finalmente. Mesmo assim, não consegui nem piscar, quanto mais me mover. O meu corpo paralisara completamente depois da ameaça. Ele conseguia se tornar mais horripilante a cada instante. Eu não queria ficar mais neste lugar. Eu não queria aturar ele por mais dezessete dias. Não suportaria. Eu estava com medo. Muito medo. Respirei fundo tentando me acalmar. Eu me vingarei. Vingarei a todos. Ele vai sofrer, e será apenas questão de tempo.

Com isto em mente, comecei a me movimentar para fora do buraco que causei no tronco da árvore. Até, que de costas para mim, Dragneel, já há alguns passos de distância, parou e se virou na minha direção.

— Como sabe que a ponte desabou? Ela está há muitos quilômetros daqui, não tinha como você saber.

Esperto. A pergunta me pegou de surpresa. Mas felizmente, eu também era esperta, e pensava rápido.

Falar que Lisanna contou seria má ideia. Traria suspeitas que ela poderia ter algum dedo no meio de toda aquela história. Isso acarretaria em mais perguntas. Além disso, a maneira com que reagiu ao falar da albina, fez-me pensar que dizer sobre ela não seria a escolha certa a fazer.

— Há alguns dias, antes do incidente com o Phoenix, novos soldados foram recrutados da cidade a nossa base de helicóptero. Viram, durante o caminho, que a ponte havia caído e nos avisaram. – Resposta perfeita e convincente. Realmente foram mandados novos soldados, mas a ponte devia ter caído dias após. Mas como ele poderia saber? Estava dentro de um vulcão.

Sem mais suspeitas, voltou a caminhar. Depois de alguns esforços para finalmente me desencalhar. Que situação. Fui rapidamente para atrás do rosado, mas claro, com uma distância segura. Eu agora teria que segui-lo por longos dias, e isto não me parecia muito animador.

Fourth Zone.

(Quarta Zona.)

Agora, deitado, ou praticamente jogado em sua cama, o moreno fitava o teto tentando imaginar o que ele havia feito de errado. Suspirou. Já fazia mais de vinte horas que a azulada não aparecia. E isso era realmente incomum. Não que estivesse incomodado com isto, mas imaginava se o motivo daquilo era culpa sua. O que ele dissera era racional, o melhor para ela. A garota tinha uma solução bem debaixo do nariz e mesmo assim reclamava por coisas tão fúteis, em sua opinião. Era irritante. Ele queria tanto encontrar uma saída, enquanto a quinta a tinha de mãos beijadas e ela ainda recusava, por tamanha besteira.

Talvez falara muito rudemente com a garota. Mas que culpa tinha? O estresse estava carregado em seus ombros nos últimos dias.

Sem nem mesmo perceber já havia tirado o casaco e a camisa. Era a mania que tinha quando ficava irritado ou ansioso com algo. Resolveu que a melhor coisa que poderia fazer era se levantar e tomar um banho relaxante. O que assim fez. Ele pensava melhor quando a água fria deslizava pelos seus músculos tensos.

Olhou para cima, vendo o líquido transparente caindo do chuveiro e achou graça. Não era a própria mulher-água que o deixara irritado? E agora não era a própria água que o acalmava?

Quão irônico aquilo era.

Passado – Aproximadamente vinte horas atrás.

— O que aconteceu desta vez? – Perguntou se sentando no banco do jardim de inverno. E de inverno seria sempre. Era a única estação daquele lugar.

A jovem se sentou ao seu lado tristemente, relembrando do ocorrido. Fora uma grande surpresa para ela.

— Meus pais planejaram outro baile novamente. Como sempre fazem. – Espremia o vestido azul ciano com as mãos. – Eu nunca me importei na verdade. Eles sempre foram muito animados para coisas como esta.

Gray ouvia em silêncio enquanto fitava o horizonte, observando o Sol se pôr. A fraca luz conseguia fazer um espetáculo no gelo.

— Só que desta vez, eles organizaram a festa com outro motivo em mente. – O moreno voltou os olhos para ela, esperando-a concluir. – Casamento. – Declarou, derrotada.

— Entendo. E você não aprova?

— Claro que não aprovo! – Inflou suas bochechas. Como ele podia perguntar aquilo? Ele sabia dos sentimentos dela. – Não quero me casar com aquele homem!

— Então explique isso a seus pais. Eles certamente entenderão. – Falou como se fosse óbvio, imaginando o que ela esperava que ele fizesse. Que ajoelhasse aos pés dos pais dela, implorando para que ela não se casasse com esse tal homem? Que besteira. Ele não tinha nada a ver com os problemas pessoais da garota. Eram apenas amigos de infância.

— Eles, desta vez, não vão me escutar…

— Ora, e por que não?

— Porque isso é uma emergência. Você sabe… Estamos tendo muitos problemas com a volta do Sétimo. Os primeiros vão fazer de tudo para mudarmos de ideia. Podem até destruir nossas terras.

O garoto de cabelos negros assentiu, já começando a entender onde tudo aquilo chegaria.

— Então meu pai quis fazer um acordo de paz. Através do meu casamento com o Terceiro, quem já vem tendo algum interesse em nossas terras. – Explicou, infeliz com a ideia.

— Desculpe. – Levantou-se claramente irritado. – Mas não entendi o motivo de sua negação e infelicidade. Qual o problema nisso tudo?

— M-mas... Como pode perguntar isso? Você sabe muito bem! – A azulada também se levantou, surpresa com a fala do moreno.

— Não, não sei! A única coisa que sei é que isto é mais que perfeito! Olha que ótimo para você, tem uma solução a seus pés! Problema resolvido, não há nada que se possa reclamar! Então qual é o seu problema? – Alterou um pouco a voz, deixando Juvia perplexa.

— O problema é que não o amo! Eu não quero passar o resto da minha vida com alguém que não amo! – O coração da garota ficou abalado. Por que ele não entendia que era ele que ela amava?

— Isso é tolice! Casamento não é sinônimo de amor, saia de sua fantasia e acorde para a realidade! Está sendo egoísta pensando só em você! – Retrucou. Estava cansado das atitudes amorosas e sonhadoras de Juvia. Ou melhor, estava cansado de tudo. De toda pressão imposta sobre si, de todos os problemas. E ver que a mulher a sua frente tinha a resposta para os problemas dela em suas mãos e se recusa a aceitar era o fim para Gray. E com isso, inconscientemente, descontou sua raiva na pobre azulada.

As lágrimas começaram a encharcar os belos olhos azuis da moça d'água. O seu amado simplesmente permitia que ela se casasse com outro. Seu coração foi despedaçado. Ele não a amava nada mais que uma simples amiga, ou talvez nem isso, só deveria conversar com ela por educação. Mas havia uma chama de esperança em seu peito, esperança de que o rapaz não tivesse o coração tão gelado quanto sua magia. E ela colocaria essa chama à prova. Dependendo da resposta esta poderia crescer e se tornar mais forte ou ser exterminada, impiedosamente, naquele momento.

Com a angustia na voz e o medo do que iria se prosseguir, confessou por fim.

— Por favor, Gray. Entenda… Eu amo você.

O garoto fitou Juvia, que estava com seus cabelos tampando a face, com olhos sem emoção e deu às costas sem mais nem menos.

— Desculpe, não entendo.

Saiu em direção às escadarias, deixando para trás a Quinta com seu rosto encharcado, e com a mão sobre o coração, que acabara de ser perfurado e destruído cruelmente.

A chama se apagou. Ele não acreditava no amor. Seu coração era realmente feito de gelo. E ela nunca mais poderia vê-lo de novo.


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Notas finais do capítulo

Bianca: Não há nada que você possa fazer agora! Porque temos o martelo biônico! Muahaha!
Isa-chan: Hahahaha E eu tenho... O NATSU!
Natsu: KARYUU NO HOUKOU!
Isa-chan: ÊÊÊÊÊÊH! Virou pastel de flango queimado!!! ÊÊÊÊH... *Olha para os lados* *chora*
*desmaia*
Lucy: E isso vai pra conta da Fairy Tail -.-'
Natsu: Opa
Happy: Êh, Natsuu... Destruiu tudo... De novo
Michael: MY GOD! O que aconteceu com os bastidores?!
*Todos apontam para Natsu*
*Michael pega o celular*
Michael: Makarov? Eu gostaria de fazer uma reclamação. É o seguinte----
~2 segundos depois~
Makarov: NATIÇUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU!! *corre atrás*
Natsu: FOI SEM QUERER QUERENDO!!! *foge*
Lucy: Olha, ela ta acordando...
Isa-chan: Hã... O que aconteceu?
Happy: O Natsu queimou tudo... Quer peixe?
*Isa-chan desmaia novamente*
E esse foi o fim da vida para Isa-chan. Por quê? Porque os personagens sempre invadem as notas T-T



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