The Seventh Zone escrita por Isa Chaan


Capítulo 4
Planejando a vingança.


Notas iniciais do capítulo

(Hoje não tem maluquices dos personagens nas notas, gomen)
Olá, queridos leitores! Estou atrasada, né? Desculpinha! Pelo menos o capítulo está legal ( Eu espero hehe)
Como passaram o ano novo? Divertiram-se? Comeram bastante? Espero que sim. Pois eu passei mal!!
Dá pra acreditar que passei a virada passando mal? E não comi nada? Não tomei champanhe e só vi fogos pela televisão? Foi horrível. T-T
Acordei um pouco melhor hoje e resolvi escrever esse capítulo pra vocês já que passei a metade do dia no sofá deitada, fraca, porque não comi nada. Mas espero que eu melhore com o carinho de vocês! :3
Boa leitura!



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Atualmente – Segundo dia.

–- Ai, que modos os meus. Pareço até uma suspeita sem me apresentar. – Sorriu. – Meu nome é Lisanna. E o seu?

Hesitei por um momento, analisando a garota. Não parecia ser perigosa, pelo contrário, seus olhos azuis como o céu transmitiam paz e gentileza, mas ficaria atenta. Não era habitual ver pessoas por aquelas terras que não fossem de tribos selvagens. Tribos, nas quais eram conhecidas por não receberem muito bem estrangeiros. Além de que, ela não parecia ser alguma viajante como eu, pois suas roupas não estavam gastas e sujas pelo tempo. Ou seja, deveria pertencer a alguma.

–- Não se preocupe. Não sou de nenhuma tribo, se for esta a sua apreensão. – Declarou, parecendo ler meus pensamentos. – Instalei-me aqui apenas para cuidar de algumas coisas.

Conclui que não havia problemas em dizer meu nome.

–- Sou Lucy.

–- Prazer, Lucy. – Cumprimentou-me educadamente, e logo fiz o mesmo. – Você parece exausta. Gostaria de entrar em minha pequena casa provisória e descansar? Acabei de fazer um café.

–- Se não for o incomodo. – Aceitei a proposta, feliz pela gentileza da moça. Eu estava precisando realmente de um descanso.

–- Imagina. Por aqui. –- Ela apontou para sua direita, seguindo o caminho comigo logo atrás.

Caminhamos por alguns segundos e sem demora pude avistar uma pequena moradia de tijolos sem reboque e muito menos pintura. A casa deveria ter sido feita às pressas, apenas para servir de abrigo por pouco tempo. Algo realmente provisório. Alguns tijolos e pacotes de cimento que sobraram estavam jogados no chão ao lado do aposento, que de tão pequeno teria no máximo dois cômodos. O cheiro forte de grama que impregnava ali denunciava que fora cortada recentemente. E certa quantidade de lenha estava despejada num canto para uma fogueira.

A albina abriu a porta de madeira instalada de qualquer jeito, revelando uma sala com uma mesinha no centro com fatias de pão e geleia sobre esta, tendo dois assentos, duas camas com colchas desarrumadas, caixas de papelão guardavam mudas de roupas, comida e alguns utensílios, uma caixa de isopor com gelo refrigerava garrafas de água, uma bacia sobre a bancada servia de pia, junto a uma janela sem vidro a frente, e uma porta estreita no fundo deveria dar ao banheiro.

–- Desculpe a bagunça. Eu e meu irmão nos instalamos ainda ontem. – Explicou enquanto pegava a garrafa térmica da bancada e despejava o café em dois copos. – Pode se sentar.

Ajeitei-me na cadeira e rapidamente Lisanna trouxe o café para a mesa já se sentando.

–- Você disse que se instalou com seu irmão, mas aonde ele está? – Perguntei, bebericando o café.

–- Ah, ele foi caçar para a janta. Vai demorar um pouco pra voltar. – Respondeu despreocupadamente.

–- Mas… Não é perigoso para ele ir sozinho? – Questionei. Eu mesma tinha sorte de estar viva. E não havia outra escolha além de andar só. Tinha uma missão, e era apenas eu. Mas no caso deles, eram dois.

–- A floresta não é perigosa. Pelo menos durante o dia. Os lobos só aparecem a noite. – Franziu o cenho.

–- Não falo dos lobos… – Será que ela ainda não sabia?

Ela me encarou, mudando a expressão tranquila para séria. Apoiou os braços e se debruçou para mais perto de mim.

–- Você sabe? – Sussurrou, fitando atentamente meus olhos, como se pudesse ver se eu mentia através deles.

–- Do quê? Fala de Dragneel? – Arqueei a sobrancelha, estranhando. O assunto parecia ser proibido.

Um silêncio desconfortante estabeleceu entre nós. A garota me analisou, pensando nas próximas palavras que diria. Ela se encostou na cadeira, com a mão sobre o queixo. Depois de um tempo, suspirou e voltou a se encurvar na minha direção.

–- Como você sabe sobre ele? – Era isso? Ela pensara tanto para simplesmente perguntar como eu sabia dele? Como se fosse um assunto que ninguém pudesse saber? Sinto muito, mas todos sabem, mesmo que for por lenda. Todos sabiam sobre o filho do dragão. Aquele trairia as ruínas ao país.

–- Além de ele matar minha vila inteira? – Fui irônica, levemente raivosa ao me lembrar do que o maldito fez com todos. – Eu me encontrei com ele.

Lisanna bateu a mão na mesa, levantando espantada, fazendo eu me assustar com o gesto.

–- Você o quê?! – Andou de um lado para o outro com as mãos no rosto. – E como saiu viva?! – Parou na minha frente ansiosa e com certa curiosidade na voz.

–- Ele queria informações minhas. – Falei vagamente. Comentar sobre minha mãe a uma desconhecida seria o certo? Ela agia muito estranhamente.

–- Que tipo de informações? – Voltou a se sentar, já se acalmando. Dava pra notar em seus olhos um brilho de ansiedade e esperança, prestando a atenção em cada movimento meu. O que ela buscava afinal?

Calei-me. Não me abriria com ela assim, não confiava. Simplesmente ela começa a fazer perguntas sem sentido totalmente eufórica sem mais nem menos. Ela respirou fundo.

–- Peço perdão se a assustei. E se foi intrometido da minha parte. Mas isso é muito importante para mim, pode me ajudar com o fato de eu estar aqui. – Lisanna falou calmamente, já com a respiração no eixo. – Vamos começar do início, está bem?

Assenti olhando pela janela atrás da albina, o céu já começando a escurecer. Suspirei. Quando é que o tempo passou tão rápido assim?

–- Você não está andando pela floresta por nada, certo? – Concordei. – Qual o seu objetivo? Eu posso lhe ajudar, se me fornecer algumas informações.

–- Eu tenho uma missão. – Tomei outro gole de café que já estava esfriando. A outra balançou a cabeça, pedindo para que continuasse. – Tenho que ir à cidade. Magnólia. Há coisas que preciso resolver lá.

–- Entendo… E isso tem a ver com a destruição da sua vila? – Perguntou, mas pela sua expressão já conhecia a resposta. Um sorriso começou a se formar nos lábios pálidos de Lisanna.

–- Hã… Sim. – Afirmei com certo receio. Parecia que ela concluía algo em sua mente, e isso a deixara animada. – Onde quer chegar?

–- Diga-me: Você vai até Magnólia porque quer vingança? – A questão soou como uma certeza afirmada. Assenti, e logo a jovem se levantou eufórica. – Isso é perfeito!

–- Não entendi. O que é perfeito? – Agora eu quem se levantou, nervosa. Não estava entendendo nada.

–- Temos objetivos em comum! – Sorriu, pondo as mãos nos meus ombros. – Quero que trabalhemos juntas.

–- Prossiga. – Pedi, gesticulando com a mão.

–- Bem, você poderá se vingar dele de uma maneira muito melhor. Fazê-lo sofrer como você sofreu pelo que ele fez. – Parou por um momento, pensando nos detalhes do plano para que não houvessem erros. – Seguinte, você fará um acordo com ele.

Franzi o cenho, cética.

–- Como farei isso?

–- Para ir até Magnólia, terá que passar pelo desfiladeiro. O que seria impossível para você, já que a ponte desabou com os terremotos dos últimos dias. – Arregalei os olhos. Não sabia disso. Este pequeno fato acabaria com todo meu objetivo. Passei os dedos pelo meu cabelo ao pensar em andar oitocentos quilômetros em vão. – É por isso que você precisa da ajuda dele para atravessar. Ele tem asas, afinal, é filho de um dragão.

–- Asas? Mas não… – Fui interrompida.

–- Ele se transforma quando deseja. – Declarou. Abri a boca para formular outra pergunta, quando esta novamente parecia saber do que se tratava. – E você tem informações que interessa a ele, certo?

–- Só que eu já cont… – Parei bruscamente de falar ao me lembrar de algo. – Na verdade, sim, tenho.

–- Ótimo. Com o acordo feito, vocês terão uma longa viagem. É neste tempo que você deve conquistar a confiança dele. Assim, ele lhe confiará seu segredo mais importante. É um objeto, ou melhor, uma pedra preciosa.

–- Uma pedra?

–- Você vai saber quando ele te contar. Apenas a roube e quando chegar em Magnólia entregue a minha irmã mais velha, Mirajane. Ela está trabalhando em uma taberna logo no início da cidade, esperando nosso sucesso na missão. E depois pode deixar o resto com a gente e siga seu caminho. Ele sofrerá a vingança, pode acreditar. – Sorriu vitoriosa. O plano lhe parecia perfeito.

Enganar pessoas não era de meu feitio, era muito doloroso, por isso pensei um pouco se esse era realmente o correto a se fazer. Bati a mão na testa. Ora, mas quem eu estava iludindo? A mim mesma! Ele não é uma pessoa, é um monstro. Apenas daria a amostra grátis do meu sofrimento. Não faria nada de errado.

–- Mas por que deseja vingança também? – Mas afinal, o que ela queria com tudo isso?

–- Digamos que não é vingança o que planejo, mas um dever. Por hora, não é necessário que saiba. Talvez ele lhe explique, e então você entenderá tudo. – Bocejou, cansada.

Olhei novamente por detrás de seu ombro, e vi que já estava escuro. Xinguei-me mentalmente por não ter preparado nada ainda para passar a noite. Não estava na minha agenda mental encontrar com uma garota no meio do caminho. Suspirei pesarosamente. Pelo menos não foi em vão.

–- Você vai estar ajudando a se livrar do mal. E independente do que acontecer, prometa não fracassar. – Encarou-me com a face séria. – Caso contrário, terá consequências.

Engoli em seco. Que tipo de consequências?

–- Prometo. – Falei com a voz um pouco assustada.

Porém, rapidamente surgiu um enorme sorriso, seguido de risadas um pouco escandalosas.

–- Você é a última pessoa que precisa prometer isso, não é mesmo? – Abafou o riso, e depois de respirar fundo três vezes, acalmou-se. – Depois do que ele te fez, eu imagino como quer se vingar.

Concordei, mas com a pulga atrás da orelha. Sempre me diziam que meu coração era muito sentimental. Bastava um fingimento por parte dele, que eu poderia ceder. No entanto, prometi a mim mesma para não confiar, poderia ser tudo armação. Eu não cairia na conversa dele.

–- Poderia me informar se tem horas? – Perguntei, notoriamente preocupada.

–- Ah, claro. – Foi até perto de sua cama, e pegou um pequeno relógio do chão. – 18:56. Está tarde, daqui uma hora mais ou menos, os lobos aparecerão. Quer passar a noite aqui? – Ofereceu.

–- Não precisa, obrigada. – O que menos queria naquele momento era dormir na casa de desconhecidos. Além de que dormir naquele chão de concreto parecia ser tão mais desconfortável do que dormir em uma árvore, no qual já era acostumada. – Vou continuar meu caminho.

–- Certo.

Fui saindo da casa, até que parei ao lado de onde deveria haver a batente da porta e me virei novamente para a albina.

–- No final, você não me disse por que não é perigoso para seu irmão sair sozinho.

–- Bom, temos nossos truques. – Sorriu.

Arquei a sobrancelha, desconfiada.

Entendem porque não quero dormir nesta casa?

–- O.k. Obrigada pelo café.

E saí da casa em busca de uma árvore grossa e alta para dormir.

[…]

Sixth Zone

(Sexta Zona)

No alto do pico da montanha, a bela mansão branca ficava parecendo plainar nas nuvens, devido à quantidade de névoa que a circulava. De alguma maneira lá não era muito frio, e mesmo com a altura, os ventos passavam fortes. Isso porque quem morava lá era a deusa dos céus, aquela que comandava os ventos. Era essa a sua magia. Porém, fazia algum tempo que a deusa não voltava para casa. Ela havia descido da montanha para resolver alguns problemas.

A garotinha de cabelos azuis-escuros fitava pela janela inquietamente a espera da mãe. Cogitou a ideia de descer também e procurá-la, mas fora proibida de fazer isso, segundo sua mãe, lá embaixo era muito perigoso, cheio de monstros ambiciosos que desejavam riqueza e poder, e para isto, fariam de tudo. Um lugar muito arriscado para a filha tão inocente.

O problema era que a mãe estava demorando muito, e o pensamento de que algo ruim havia a acontecido deixava a garota extremamente preocupada.

–- Wendy-sama. – Ouviu a voz de uma das empregadas. – Por favor, saia desta janela e venha comer. A senhorita passou a manhã inteira aí.

–- Mas ela disse que voltaria hoje ao amanhecer, e até agora não chegou! – Afirmou a pequena jovem aflita. – Algo deve ter acontecido!

–- A sra. Grandeeney é forte. Apenas deve estar atrasada porque convencer a outra zona a colaborar é bastante complicado. Está tudo bem, tenho certeza. – Confortou.

–- Mas a outra governante é forte também! – Afinal, tratava-se da First Zone. – Tenho que ajudá-la!

–- A deusa foi bem clara quando disse que você não poderia descer em hipótese alguma. – A governanta, de cabelos já grisalhos, pronunciou aparecendo na porta do quarto da menina, pois havia escutado a conversa. – Por favor, Wendy, compreenda e venha almoçar.

–- Tudo bem… – Resmungou a adolescente de doze anos – Mas tomarei um banho primeiro, logo vou.

–- Muito bem, estarei esperando – Falou antes de deixar a azulada sozinha no quarto, seguida das empregadas.

–- Desculpe, Tomoe-san. Preciso ir até ela. – Hesitou por um momento, não queria ser desobediente e provavelmente levaria uma bronca mais tarde, mas precisava fazer aquilo, sua mãe era muito pontual.

Pegou a gatinha branca, com um sininho no pescoço, que estava estirada na cama fofinha de Wendy, enquanto lambia o pelo.

–- Vamos lá, Charlie. Vamos encontrar a mamãe. – Abriu o vidro da janela e pulou para fora da casa.

[…]

Seventh Zone.

(Sétima Zona)

Novo dia. – Atualmente. – Terceiro dia.

Dormia tranquilamente com a sensação de que quando acordasse estaria em casa, na minha cama, num silêncio gostoso, apenas ouvindo os sons dos pássaros, e sentindo uma mão macia e carinhosa deslizar pelos meus cabelos. No qual quase se podia ouvir a voz suave da minha mãe dizer.

Acorde, querida.”

Porém, ao invés disso, um cheiro de fumaça me despertou. Abri os olhos lentamente, sentindo o corpo mole. Quando finalmente olhei para baixo da árvore, no qual descansava em um dos galhos grossos, para ver o que acontecia, deparei-me com uma situação desesperadora. A árvore queimava. Instintivamente e sem pensar, pulei do galho que era um pouco alto, e abafei a queda com a perna, mas me arrependi na mesma hora ao sentir a ferida arder. Saí mancando de perto do fogo, tentando imaginar o que diabos era aquilo. Como uma árvore pega fogo sem mais nem menos? A resposta veio imediatamente ao me deparar com alguém encostado noutra árvore, observando tudo com a expressão séria e assustadora de sempre.

–- Dragneel. – Cerrei os olhos, sentindo novamente o ódio e medo se apoderar do meu corpo.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? Tomara que sim!
E feliz ano novo a todos vocês! Que seja um ano de muitas realizações. ;D
Em breve postarei o próximo cap.
Até mais o/



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