Ellie escrita por Khaleesi


Capítulo 14
Soul


Notas iniciais do capítulo

OI OI OI GEMT. Desculpem se eu demorar p postar e tal, e que minha mae ta com todas as minhas redes sociais, ela so deixou eu entrar pra postar ;-; enfim, boa leitura.



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Ellie se endireitou na cama, preocupada.

– Sim? - o incentivou a falar, já que havia parado.

– Filha, é complicado...primeiro quero que me pergunte tudo, exatamente tudo. - pediu o pai.

A garota se pôs a pensar, havia tantas coisas que queria perguntar, tantas dúvidas acumuladas ao longo dos anos...e agora poderia tirar todas de sua cabeça.

– Minha mãe, ela morreu por minha causa não foi? - perguntou, com a voz tremula.

Ciel se obrigou a manter o olhar firme.

– Conceber crianças-demônio não é fácil, e sua mãe era muito fraca, mesmo se fosse uma gravidez normal já tinha riscos, ela sabia, Ellie, sua mãe te amava, e com certeza ainda te ama, ela sabia que para ter o seu tesouro, teria que sacrificar algo. - ele disse, pensando rapidamente nas palavras corretas.

A dama entendeu o que o pai quis dizer, por isso, resolveu que não inisistiria.

– E ela...ela sabia o que o senhor era?

– Sim.

Ellie encarou as próprias mãos, cujo estavam com os dedos entrelaçados, e sorriu levemente.

– Ela te amava mesmo. - afirmou. - digo, ama.

– E eu a amo. - disse Ciel.

– Então demônios amam?! - a Phantomhive encarou o pai, na expectativa.

– Filha, se eu te amo e amava sua mãe, e se você me ama, creio que ambos sejamos a prova disto. - o conde informou, porém lançou um olhar curioso ao mordomo.

– Existem poucos casos de demônios que amaram verdadeiramente. - disse Sebastian, que até então apenas ouvia atentamente e curiosamente tudo. - a maioria matou sua amada ou amado, ou então se matou, por não ser devidamente correspondido.

Ciel fuzilou seu mordomo.

– E os outros? - perguntou Ellie, curiosa.

– Os outros...ou levaram a pessoa amada para o inferno, onde vivem, ou fugiram com elas, pelo menos são alguns relatos. - respondeu Sebastian.

– Inferno...?

– Não é tão ruim quanto os humanos descrevem, francamente, distorceram muito a visão do que seria o inferno.

– Oh...- a jovem não pode deixar de soltar.

A afirmação sobre o inferno de Sebastian a deixou curiosa, assim como as histórias de demônios que amaram, ela gostaria de poder conhecer um casal de demônios, porém tinha certeza de que não seriam como os casais que conhece, que a convidam para um chá e lhe apresentam seus filhos.

– Bom, por que nunca me contou o que...o que vocês eram? Quer dizer, claro que eu estranhei bastante o fato de você e Sebastian não envelhecerem, e daquela vez que seus olhos mudaram de cor, entre outros casos. - perguntou Ellie ao pai.

– Eu queria lhe proteger, eu achava que quanto mais cedo você soubesse, mais cedo entraria em perigo, porém foi um erro, graças a isso se aproximou de um anjo. - Respondeu.

– Por que esse lado meu só acordou agora? - a jovem indagou baixinho, brincando com o cobertor.

– Permita-me responder essa, jovem mestra. - pediu o mordomo. - antes esse seu lado estava " escondido" pois ele nunca foi incentivado, nunca teve uma brecha para crescer. Porém, com a raiva que a senhorita sentiu naquele momento, ele encontrou a brecha, e se libertou, fazendo agora parte de sí.

– Deviam ter me contado antes, sabe, poderiam ter evitado muita coisa, muitas dúvidas...- a dama ergueu o olhar para o pai e para o mordomo. - e quanto a Sebastian...todo demônio tem um mordomo demônio?

Ellie não sabe se foi só impressão, mas pode ter quase certeza de que a expressão do mordomo por um momento não foi nem um pouco legal.

– Na verdade isto foi uma pequena...confusão. - o pai da menina sorriu de sua maneira sádica. - permita que nós lhe contemos uma história, Ellie.

–-------------***--------------

– Sebastian! Você tentou matar o meu pai?! - a jovem tentou berrar na cara do demônio, porém se esqueceu que ainda estava fraca e caiu nos travesseiros.

– Bom, com todo respeito, creio que a senhorita não gostaria nem um pouco de ficar presa como criada de um cachorrinho por toda a eternidade não é mesmo? - justificou o demônio.

– Eu não sou um cachorrinho! - resmungou o conde.

– Claro que não, bocchan.

– Eu não sou mais criança!

– Eu nunca disse isso, bocchan.

– Pare!

Ellie permitiu que uma pequena risada viesse a tona, fazendo os dois pararem.

– Desculpe. - riu novamente. - eu compreendo, Sebastian. Porém não posso deixar de agradecer bastante a quem quer que seja que você não tenha conseguido o matar.

Ciel sorriu vitorioso para Sebastian, que revirou os olhos.

– Bom, papai, existe alguma forma de você libertar Sebastian?

– Apenas se outro demônio fizer um pacto comigo e com Sebastian, e o termo for nos separar, assim ele passaria a estar conectado a ambos pela eternidade no lugar do outro, e eu e Sebastian, livres. - contou.

– Isso me leva a outra questão. Pai, o que eu sou?

Ciel respirou fundo - se pudesse respirar-, e passou a fala á Sebastian.

– A senhorita é um híbrido de humano e demônio, pesquisamos durante todos esses anos sobre sua espécie, e achamos apenas poucos outros de sua espécie. Seu desenvolvimento como humana normal seria até quando sua parte demoníaca se libertasse, sendo assim Ellie, você parou de se desenvolver naquele momento, não evoluíra em mais nada. Sua alimentação é composta de almas como demônios, além de comida humana, você não consegue sobreviver sem um deles. Algumas de suas atividades ainda são humanas, como dormir,cansar, sentir calor ou frio. Sua espécie é mais forte que humanos, porém são um pouco mais fracos que demônios. - Sebastian fez uma pequena pausa. - Seres da noite são compostos em três categorias, a primeira, a segunda, e a terceira. Em primeiro estão os demônios, em segundo, os híbridos e por último, os vampiros.

A jovem dama ficou algum tempo assimilando tudo aquilo que fora lhe dito, e mais uma pergunta se formulou, algo que ela queria muito perguntar.

– Se eu estava bem e lutando a tempos atrás, por que agora eu estou tão fraca? - perguntou com a voz tremula.

– Foi essa questão que viemos tratar com você, princesa. - o pai se sentou ao pé da cama. - você gastou muita energia liberando sua parte demoníaca de forma tão forte e repentina, sendo assim, como nunca consumiu nenhuma alma, seu corpo logo fraquejou, suas energias se foram, você é imortal agora mas...

O conde encarou o seu mordomo, lhe passando a fala, justo a parte mais difícil de contar a bondosa Ellie.

– Pequena, se você não se alimentar como demônios você...- o mordomo fez uma pausa. - você morrerá.

A Dama demorou um tempo para assimilar a informação. Ela teria que acabar com uma vida, sugar a vida de fora do corpo e não lhe dar a chance de ir para o céu nem para o inferno, apenas digeri-la. Ela teria que comer uma alma.

– Eu não vou fazer isso. - ela negou. - eu não posso fazer isso!

– Princesa, por favor, entenda...

– Eu não vou destruir a vida de alguém para manter a minha! E eu sei que depois dessa alma, terei que comer muitas mais! Eu me nego a fazer isso, eu não quero ser um demônio! - usou todas as forças restantes para exclamar aquilo.

Só depois percebeu que ofendeu as pessoas que ama.
Eles se alimentam assim.
Eles tiram vidas.
Eles são demônios.

– Pois então morra. - chiou Ciel. - vamos, Sebastian, deixe-a aí.

E antes de desmaiar, a última coisa que a jovem Lady viu, foi os dois deixando o quarto.

Nos dias seguintes, a dama só foi piorando, não importa o que fizessem, e todos na casa sabiam que chamar o médico não adiantaria, o pedido de Ellie de retornar a mansão senhorial foi concluído a pouco, e ela estava na cama, observando a bandeja na cabeceira da cama, cujo sob ela havia uma tigela cheia da sopa feita por Sebastian.
O pai e o mordomo de Ellie se preocupavam com ela, e iam lhe visitar, porém não aparentavam ter a perdoado.

– Com licença. - Sebastian entrou no quarto, e seu olhar imediatamente caiu sob a face sem vida e sem cor do rosto de sua Lady, logo depois seguiu o olhar dela e viu a tigela cheia. - você deveria comer ao menos um pouco, pequena.

– De que vai adiantar? Eu vou morrer de qualquer jeito, é tarde. - a dama respondeu , com a voz morrendo no fim da frase.

– Não é tarde para se salvar.

Ellie se manteve quieta. Andou pensando muito sobre tudo que deixaria para trás, sobre as pessoas que ama, tudo.

– Sebastian, para libertar você e papai, é preciso que um demônio faça um contrato com ambos, correto? - perguntou ao mordomo.

– Correto. - respondeu Sebastian, recolhendo a bandeja.

– E um híbrido,ele pode fazer contratos? Pode ajudar vocês? - indagou.

–A resposta para ambas as perguntas são sim, os únicos seres da noite incapazes de fazerem contratos são os vampiros, porém para híbridos a forma do contrato é muito mais complicada, além de dolorosa. - respondeu Sebastian, e ergueu uma sobrancelha. - não está pensando em fazer isso, está?

– Sebastian, eu estou encurralada em um local que por onde eu entrei está bloqueado, e a única saída é a morte, me responda, como eu poderia fazer isto? - um sorriso brincalhão brotou nos lábios da dama.

– Ora. - se aproximou perigosamente da menina. - se eu me lembro bem, Phantomhives desafiam até a morte, my small lady.

Depois que Sebastian depositou um beijo na cabeça febril da menina, saiu com passos largos do quarto, a deixando ali, com uma única cor no rosto, o rosado de suas bochechas.
Ellie ainda tinha sua vingança contra Leo, e ela queria libertar as pessoas que ama, e faria tudo ao seu alcance para isso, não poderia desistir de tudo apenas por causa de uma alma.
Afinal, a todo dia, toda hora, pessoas morrem por bobagens, seja por culpa de um acidente, de um assassinato, governo, ou até mesmo destino, por que se preocupava tanto em preservar uma alma que de uma certa forma, estaria ajudando em algo? Claro que as outras almas não eram digeridas mas...quem liga?
Com certeza ela não deveria. Afinal, ela é metade demônio.

Enquanto mergulhava em seus pensamentos, ouve três batidas na porta do quarto da jovem.

– Entre. - ordenou, a voz rouca.

– Ellie, eu tenho um pedido. - o senhor Tanaka, em sua verdadeira forma, adentrou o quarto, fechando a porta atrás de si. - se não for de seu incomodo.

" Deve ser o pedido para que eu coma algo." - pensou Ellie.

– Claro, pode falar.

– Eu quero entregar minha alma a você. - disse como se fosse a coisa mais normal do mundo, e se sentou na beirada da cama.

Os olhos de Ellie se arregalaram, ele estava gozando com a sua cara?

– Tanaka-san, você está falando sério? - perguntou.

– Nunca falei tão sério em toda minha vida, senhorita. - o mordomo sorriu gentilmente.

– Mas...por que?

– Ellie, eu estou muito doente, já vivi muito, já ouvi e vi de tudo, já é a hora deste velho aqui. - ele segurou as mãos fracas da Phantomhive, que com um pouco de esforço se sentou na cama.

– O que quer dizer? Tanaka-san, eu não posso comer sua alma! - os olhos da menina lacrimejavam, o sentimento de preocupação e pesar exposto neles.

– Ellie, eu imploro que faça isso. Eu estarei morto, mas de certa forma ainda estarei com vocês, é a melhor forma de morrer que eu já imaginei. Além do mais, eu prometi para o avô de um certo alguém, cuidar do pai desse certo alguém. Creio que o pai desse certo alguém não ficaria muito bem ao ver seu maior tesouro partir.

– Mas não tem ninguém lhe esperando? Digo...

– A pessoa que eu mais queria que estivesse me esperando teve o mesmo destino que eu terei. Por isso Ellie, me de este presente. - Tanaka dizia, seu sorriso não morria.

– O senhor tem certeza disto? - insistiu a menina.

– Nunca tive tanta certeza. - respondeu, sereno.

Ellie recolheu suas mãos para secar as lágrimas que escorriam livremente por seu rosto, não acreditava que iria fazer mesmo isso. Mas se é o pedido de Tanaka-san o fará, se ele acha que é o melhor a fazer, ela irá confiar.

– Certo...- falou com a voz tremendo. - devemos chamar Sebastian e meu pai.

– Não será necessário. - a voz de Ciel ecoou pelo quarto, enquanto ele entrava no mesmo seguido por Sebastian. - Tanaka-san, tem certeza do que quer?

– Como eu mesmo disse, Ciel, nunca tive tanta certeza em toda a minha vida. - repetiu.

– Ellie?

– Sim...

O olhar do pai se demorou um pouco no olhar da filha, podendo com clareza identificar o pesar e a preocupação.

– Certo. - suspirou. - Sebastian, prepare Ellie, Tanaka-san, me acompanhe.

Depois que a porta foi fechada, Sebastian observou sua dama, que encarava fixamente um ponto qualquer a sua frente.

– Sebastian, eu fiz a coisa certa não é? - perguntou, quase roboticamente.

– Claro que sim, e se foi um pedido de Tanaka-san você não irá fazer nada de errado. - respondeu, enquanto caminhava até o banheiro da jovem, para preparar seu banho. - e você ficará saudável.

– Eu acho que você tem razão...e então, como faz pra comer uma alma? - Ellie se envergonhou de sua pergunta ridicula.

– Você saberá exatamente o que fazer na hora. Sorte sua que a alma de Tanaka parece ser saborosa, ouve muitos casos de demônios que comeram almas estragadas e os resultados não são muito bons...- respondeu o mordomo.

Ellie forçou um sorriso brincalhão. E se esforçou para levantar, caminhando devagar até o banheiro.

– Ei Sebastian, como é no inferno? - perguntou, se aproximando.

– Você verá, quando tudo estiver resolvido creio que seu pai queira lhe levar para lá. Não é tão desagradável quanto pensa. - disse o mordomo. - seu banho já está pronto.

Ellie cruzou os braços.

– Onde estão suas vendas?

– Oh, desculpe-me, esqueci. - Sebastian deu seu típico sorriso.

– Sei... - resmungou a dama.

A Phantomhive esperou o mordomo colocar a venda sob os olhos e só aí entrou no banho, usou esse pequeno tempo para pensar.
Quando se sentisse melhor, iria começar a caçar Leo, se depender dela, ele não sai dessa com cabeça, nem braços, e talvez sem pernas também. E depois disso, iria dar um jeito de libertar seu pai e Sebastian.
Teria que pesquisar muito, mas definitivamente não se importava.

Depois do banho Sebastian a vestiu e a parou em frente ao espelho, enquanto arrumava os cabelos negros da menina, Ellie se observou no espelho.
Ela vestia um longo vestido negro com poucos detalhes em vermelho, usava longas luvas negras até o ante-braço, e uma bota também negra. Seus olhos estavam vermelho-sangue, ela possuía olheiras e seus lábios antes vermelhos estavam sem cor, e rachados. Estava com a aparência fraca, fazendo jus a sua saúde.

– Deseja uma trança? - perguntou Sebastian, já sem a venda sobre os olhos.

– Deixe-os soltos. - pediu Ellie.

– Como desejar.

Então o mordomo apenas terminou de pentear os longos cabelos e os deixou cair em cascata nas costas da jovem, que assim que isto foi feito se virou, estava nervosa, brincando com os dedos.

– Vai ficar tudo bem pequena, eu prometo. - disse Sebastian, entrelaçando os braços deles. - vamos até a sala de seu pai.

– Está bem, e olhe lá hein, estou confiando em você. - disse a Lady, arrancando uma risadinha do demônio.

Os dois caminharam em silêncio até a sala do Conde, onde encontraram Tanaka-san sentado em uma poltrona no meio da sala, um pequeno sorriso nos lábios, e Ciel sentado em sua mesa.

– Ellie, você está pronta? - perguntou.

– Sim. - a jovem tentou por firmeza na voz.

– Se não se importa, eu e Sebastian gostaríamos de permanecer aqui. - pediu o pai.

– Eu ia te pedir isto, de qualquer forma. - disse a dama, se soltando de Sebastian.

O mordomo fez uma reverencia a sua Lady, e depois caminhou para ficar logo atrás de seu mestre, ambos olhavam atentamente cada passo da jovem Phantomhive. Que se aproximou de Tanaka, e o encarou fixamente, como se quisesse localizar sua alma pelos olhos do mesmo.

– Lady Ellie, por favor, faça eu sentir a maior dor possível. - pediu o velho mordomo.

Assim que as palavras foram ditas,majestosas asas negras cresceram nas costas de Ellie, cortando a parte de trás de seu vestido, uma aura negra envolveu a ela e sua presa, seus olhos brilhavam em um tom demoníaco, pequenos chifres negros apareceram entre a cascata negra que eram seus cabelos. Com a boca, a jovem retirou suas luvas,suas unhas pareciam ter sido pintadas de preto, e suas presas afiadas apareciam em meio a um sorriso.

– Farei o possível. - a voz da jovem ecoou, era como se houvesse ao menos seis da dama falando ao mesmo tempo.

A mão pálida pousou sobre a boca do homem, que tentou segurar os gritos de dor, ali brilhou uma marca da cor vermelha, e logo depois a demônio devorou a alma de seu antigo mordomo, ignorando os gritos de agonia do mesmo.

Quando acabou, Ellie continuou em sua forma demoníaca, enquanto observava o corpo frio de Tanaka caído na poltrona, parte de sí queria chorar, a outra, aparentemente não ligava. Aos poucos a aura negra foi se dissipando, as asas da menina foram, de certa forma, " guardadas", assim como os chifres, as unhas continuaram na mesma, assim como as presas.

– Eu...eu o matei mesmo. - gaguejou.

Mesmo se sentindo bem melhor do que antes, Ellie não conseguia ignorar a pontada em seu coração.

– Foi a pedido dele, filha. - o pai abraçou a menina pelos ombros. - se sente melhor?

A jovem assentiu, ainda encarando o corpo frio de sua presa. Fazendo isso, não resistiu, e livremente, lágrimas começaram a descer pelo rosto, agora novamente com cor, da dama.

– Vamos, temos que começar a organizar o enterro. - disse Ciel, ainda abraçado com a filha.

Os três caminharam para fora da sala, apenas com o som dos soluços de Ellie.

– Mais que droga! William-senpai vai me matar! Era para ele ter morrido de parada cardíaca!

Uma voz jovial fez os três pararem bruscamente, Ciel foi o primeiro a fazer cara feia e se virar bruscamente.

– Shinigami! - chiou.

" Droga, agora esse shinigami vai ficar me caçando. " - lamentou Ellie. - " Espere, parada cardíaca?"

– Deveria saber! Qual de vocês demônios fez isto? Devo relatar tudo aos meus superiores antes de poder estraçalhar vocês. - o shinigami falou.

Antes que Sebastian ou Ciel pudessem assumir a culpa ou algo parecido, Ellie se pronunciou.

– Fui eu. - ela se virou, secando as lágrimas, e encarou firmemente o shinigami. - e se quiser me estraçalhar, pode vir, não tenho medo.

O shinigami encarou Ellie de um jeito muito estranho para o gosto dela. Os cabelos do mesmo eram loiros, ele parecia ter sua idade, e os olhos eram como os de todo shinigami, e obviamente, haviam seus óculos ali.

– Vo-você tem certeza que foi você? - gaguejou, bobamente.

– Eu tenho plena certeza de tudo que eu faço.

– Mas você não parece um demônio e...- ele parou. - ai meu deus! Como você se chama?!

A dama levantou uma sobrancelha, estranhando.

– Ellie Phantomhive. - respondeu.

– Sugoi! - exclamou o shinigami, e antes que a Phantomhive pudesse ao menos piscar, ele segurava sua mão. - sou Knox, Ronald Knox.

E deu um beijo nas mãos pálidas, Ellie rapidamente retirou a mão, estranhando, seu pai e Sebastian também pareciam estar confusos.

– O que deu em você? A pouco tempo não queria me estraçalhar? - chiou a menina.

– Como eu iria estraçalhar você?! A senhorita deveria cuidar muito bem deste rostinho de porcelana.

– O-o que? - gaguejou a dama, corando.

– Acho que deverei deixar essa passar, não se preocupe boneca, William-senpai não vai vir atrás de você se depender de mim! - e dizendo isso, Ronald saiu pela mesma janela que entrou.

– Mas...o que?


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Notas finais do capítulo

Ellie ahazza corações, TANAKA-SAN T-T. Eu sei que o cap ta meio bosta, mas pra compensar o próximo vai ser SAMBANTE TA? KKKKKK. Bezinhos, mamae ama vcs.



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