O Enigma do Semideus escrita por Lyli


Capítulo 13
Capítulo Doze – Família Nunca Fica Para Trás


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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O olhar raivoso do homem moreno caiu sobre a garota paralisada depois do seu grito quase gutural. Todos os presentes paralisaram diante da presença de um Apolo irado. Os soldados de Callie começaram a cair no chão e se desfazer em cinzas que se fundiram à areia ou foram levadas pelo vento. A menina caiu de onde se pendurava para escalar a casa e viu-se tão menor e indefesa perto do homem poderoso que quase teve vontade de chorar.

– Avise ao seu pai que ele não pode mais mexer com os filhos de Apolo! – O homem falou alto, perdendo aquele tom jovial e descontraído que tinha dado aos heróis na primeira vez em que se encontraram. Callie apenas acenou positivamente, ainda intimidada demais para falar. – VÁ E NÃO VOLTE!

Callie tropeçou nos próprios pés ao sair correndo. A menina foi na direção de uma pequena embarcação que parecia algum resquício reconstituído de uma guerra do passado. Foi tropeçando e parecendo desorientada. De repente parou e olhou para trás.

– Pam! – Gritou chamando a atenção da irmã. Sua voz mostrava que ela não estava bem. – Onde está Andrew?

Silêncio envolveu o grupo ainda atormentado pelo que acontecera com eles previamente. Pam respirou fundo e não deixou que suas palavras saíssem embargadas.

– Em suas últimas palavras ele me pediu que eu lhe dissesse que você não precisa ser má se não quiser. – Falou com propriedade.

Callie ficou um momento sem respirar ao perceber o que Pam tinha acabado de falar. Deu meia volta e andou até sua embarcação fazendo um sinal negativo com a cabeça, completamente desorientada. Subiu a bordo e partiu com a ajuda de Percy que movimentou a maré até que a menina estivesse suficientemente longe.

Joe, Julian e Lillie – agora nas areias e não mais na segurança do Annabeth – correram até Perri que se arrastava na areia. Logo, todos estavam a caminho dela também. A caçadora abriu os olhos e sorriu tímida.

– Mais uma pessoa não... – Lillie sussurrou, imaginando que Perri poderia morrer também.

– Não haverá outro óbito. – Apolo falou, pegando o corpo da menina com uma facilidade que apenas a força dos deuses fornecia. Uma luz forte apareceu sobre suas cabeças e todos tomaram o cuidado de fechar os olhos. O som do motor foi ouvido e quando abriram novamente os olhos viram a Ferrari de Apolo estacionada na areia. – Há espaço para mais três. – Henry e Pam se apressaram para acolher o corpo de Perri dos braços de Apolo e se aconchegar no banco de trás. Julian jogou a bolsa de Percy pra ele e pegou Lillie pela mão. Julian ia no banco da frente, mas Apolo abriu a porta para Lillie e a menina entrou. – Para o único lugar seguro. – Disse para Percy que sumiu dentro do casebre. Apolo olhou pra Joe que estava sentado na areia vestindo um par de tênis Rebook pretos de cano alto. Assim que o rapaz os vestiu, as pequenas asinhas se abriram e bateram uma na outra se acordando. Joe abriu um enorme sorriso por usar o presente de seu pai. – Você consegue nos seguir com isso? – Joe assentiu. – Então vamos.

Apolo entrou no carro-sol e deu partida, mas a enorme luz não apareceu dessa vez. O carro deu partida e subiu ao céu, sendo seguido por Joe. Todos estranharam quando já estavam no céu há cerca de um minuto e não tinham visto Percy ainda. O tamanho da surpresa foi enorme quando o vulto do pégaso negro passou por eles com dois homens na garupa, deixando o carro para trás.

– Aquilo que você fez foi impressionante. – O deus falou se dirigindo a Lillie ao seu lado no banco do carona. Com Perri suspirando uma palavra ou outra no banco de trás, ele parecia desconfortável com os ombros tensionados e a testa franzida, mas sorriu pra Lillie mesmo assim.

– Você também. – A menina respondeu tímida. – Achei que os deuses não podiam fazer nada no Alasca.

– Não podemos mesmo. – Ele soltou dando de ombros. – Mas quando se é o filho do chefe dá pra burlar algumas regras. – Uma tímida risada ecoou pelo carro. – Não sem pagar por elas mais tarde, é claro. – Deu de ombros novamente.

– Se vai trazer problemas... – A menininha começou hesitante, mas prosseguiu. – Então por que veio?

Apolo suspirou e depois sorriu para o nada.

– Porque família nunca fica para trás.

A viagem se seguiu em silêncio. Em dado momento Lillie abriu a mochila e começou a desenhar. Desenhou Julian, Andrew, Perri e até mesmo Apolo. Podia-se ver o deus o tempo todo desviando o olhar da direção pra observar a menina desenhar. Um sorriso sempre acompanhava esses momentos.

Toda vez que o grupo olhava pela janela e via uma grande cidade passando centenas de metros abaixo alguém se assustava. Acabavam por desviar o olhar até Joe, que ia ao lado do carro, girando cambalhotas no ar e dando gritos de excitação.

A velocidade do carro começou a diminuir e puderam senti-lo descendo. Quando Pam olhou pela janela perdeu o fôlego. A Colina Meio-Sangue era exatamente igual à sua imaginação.

O carro estacionou no alto da colina e o grupo desceu. Henry tinha uma Perri muito fraca nos braços e Joe foi ajudá-lo a carregá-la. Lá do alto, viram o cavalo alado negro esticando as asas no chão e trotando pela grama. Pam, Henry, Joe, Lillie, Julian e as últimas forças de Perri despediram-se do deus que lhes deu uma última instrução antes de ir.

– Levem-na para o Chalé de Ártemis, a própria Perri saberá lhes dizer o que fazer lá. – O grupo assentiu. – Apenas Pam e Lillie poderão entrar lá, sabem como é minha irmã... – Sorriu para o grupo. – Percy com certeza já está aqui e vai contatá-los quando achar necessário. Enquanto isso, cada um no seu chalé, como tem que ser. – Foi no carro e retirou um pacote do porta-luvas e o entregou a Lillie. – Isto é pela sua bravura de hoje. – O deus e a menininha sorriram um para o outro por um momento de ternura que dividiram. Apolo encarou o chão e depois voltou a olhar o grupo num plano geral. – Lhes desejo sorte nessa reta final de sua jornada.

O homem entrou no seu carro e partiu, levando consigo um enorme facho de luz brilhante. Lillie não hesitou em abrir o pacote que tinha ganhado e acabou encontrando um pack de lápis de cor e canetinhas cujas pontas brilhavam vivas. Sabia que eram presentes que tornariam seu poder ainda mais grandioso.

– Parabéns, little darling. – Disse Julian passando um braço pelas suas costas. – É um belo presente.

Os olhares de todos se arregalaram para o que aconteceu depois.

– Garanto que nenhum presente é melhor do que esse.

Depois da fala de Joe, Lillie percebeu que todos observavam uma luz sobre sua cabeça. A marca de Apolo reluzia e girava sobre si, a marcando como sua filha.

E enquanto todos a parabenizavam, Pam sorriu de boca fechada, conformada com o seu abandono familiar. No seu caso, família fica para trás sim.


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Notas finais do capítulo

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