Uma historia qualquer escrita por SILVAN


Capítulo 71
Passeio ao shopping na visão de uma criança.


Notas iniciais do capítulo

Eba! Hoje é meu aniversário!

Pena que ninguém lembrou.

Esse capitulo eu escrevi em novembro do ano passado (não podia ser desse ano.) mas só acabei em dezembro, você imagina que é o maior capitulo de toda história, mas esse título ainda fica com o capitulo que fala sobre suicídio (isso mostra o quanto eu falo de desgraça.)

Fiquem com um pequeno relato da infância de quem vos fala (estou a 3 meses fora da escola, tenho que usar isso em algum lugar.)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/538341/chapter/71

Em qualquer fase da sua vida você passará pelo que passei.

Quando você é criança acontece com muita freqüência. Você está quietinho assistindo seu desenho (no meu caso Dragon Ball Z) e seus pais fazem uma pergunta retórica.

–filho, você quer passear?

Na época eu ficava com um sorriso de orelha a orelha, mas hoje eu noto que eu estava me jogando de cabeça no abismo do tédio.

1: Shopping - quando você pensa que seus sonhos viraram realidade.

Eu cansei de falar aqui que sou pobre, mas saibam que era muito pior na minha infância. Quando minha mãe falava que íamos no shopping eu ficava feliz pensando que tínhamos ficados ricos (criança sonha muito fácil)

Minha mãe fazia o que estava no manual de toda mãe, passar tanto talco em nós que ficávamos mais branco do que um cadáver e nos vestia com aquela roupa que era apelidada de “roupa de sair”. Partíamos à parada de ônibus para chegar ao nosso destino em pelo menos 1 hora e meia.

Depois de desbravar os 7 mares (caso chovesse no meio do caminho) chegamos naquele prédio gigantesco que eu pensava que levou 1000 anos pra construir (como falei, sonhador.)

Entravamos no prédio megalomaníaco que mais parecia uma loja de lâmpadas.

Minha mãe nos guiava até uma loja chamada Esplanada que vendia móveis e roupas. Passávamos pelo 2 horas olhando um bando de roupa que ao meu ver era a mesma coisa so que com outra cor.

Eu tenho esse ponto de vista até hoje, por isso qualquer um me vê de roupa preta e pergunta se eu não troco de camisa, mas eu compro 2 camisa idênticas para não ter trabalho de escolher. Sim, isso se chama preguiça.

Depois de todo esse tempo de veste roupa, tira roupa (tira casaco, pendura casaco, larga casaco e o caralho a 4) chegava a hora de ir ao caixa.

No caminho ficava a loja de brinquedo, lá tinha o mundo que passava na televisão e para mim aquilo era o paraíso. Bonecos e carrinhos que estavam na moda.

Os clássicos da Hotweels, Max Steel e por ai vai. O Playstation 2 que na época era uma coisa inalcançável para mim e só fui saber seu poder a pouco tempo (agora entendem a minha alegria em comprar um agora em 2015.) Sem contar o lançamento que dizia ser o videogame do século o Playstation 3 e um que eu acreditava se iniciante no mercado Xbox 360. (desinformação, a gente vê por aqui.)

Minha mãe olhava eu e o meu irmão babando em cima daquilo tudo e no fundo nós dois sabíamos que nunca teríamos nem 1 décimo de tudo aquilo, mas minha mãe sempre perguntava.

–o que vocês querem de presente?

Eu sabia que era outra retórica, mas era sempre bom olhar e sonhar com aquilo em minhas mãos.

Eu apontava qualquer coisa e rezava para ter aquilo.

Muito do que eu apontei eu nunca vi e nunca verei em minha frente nunca mais, do pouco que tive eu posso dizer que fui feliz e sou grato pelo que meus pais fizerem.

Minha felicidade hoje não é em dizer, eu tive isso e aquilo, mas em dizer minha mãe e meu pai lutaram para eu ter uma chance de ganhar aquilo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Uma historia qualquer" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.