A Punição escrita por Bookworm
Notas iniciais do capítulo
Olá pessoas! Tudo bem com vocês? Enfim eles retornaram para o Olimpo! As tretas só começaram. Sem mais enrolações, aproveitem!
Domingo
Atena estava sentada na grama enquanto observava um menino de cabelos loiros e olhos verde-mar sorrir ao ser jogado para cima por Poseidon. Ao ver que ela observava a brincadeira, sorriu e colocou o menino no chão e colheu uma rosa no lago entregando-a para o menino logo em seguida, que veio correndo até onde ela estava.
— Bom dia mamãe – entregou-lhe a rosa e deu-lhe um beijo na bochecha. — Bom dia irmãzinha – sussurrou para a barriga de Atena.
— Bom dia meu amor – respondeu depois de dar um beijo em sua testa. — Não sente medo de ser jogado tão alto? – perguntou franzindo as sobrancelhas.
— Mamãe – disse revirando os olhos. — Eu já tenho cinco anos, sou homem o suficiente para não ter medo de altura. E o papai nunca me deixa cair – deu de ombros. — Como está minha irmã?
— Chutando bastante – respondeu alisando a barriga. — Vamos ver o que seu pai está aprontando na cozinha? – perguntou ao se levantar.
— Vamos! – respondeu entusiasmado.
***
Ao acordar não encontrou Poseidon deitado, porém sua mala e a dele já estavam ao lado do guarda roupa aparentemente organizadas. Tirou de lá um vestido qualquer e foi tomar banho.
Quando chegou na cozinha a mesa do café já estava arrumada e Poseidon havia acabado de fritar o bacon e ao vê-la deu um sorriso iluminado.
— Bom dia corujinha – deu-lhe um abraço e um selinho. — Dormiu bem?
— Bom dia pescador, dormi maravilhosamente bem – deu um beijo em sua bochecha. — E você? – perguntou ao se sentar.
— Dormi bem, mas não seria educado te contar o que sonhei – disse com um olhar malicioso.
— Acho que posso imaginar o assunto dominante nesse seu sonho – comentou enquanto colocava café na xícara.
— Pode é? – perguntou com um olhar sugestivo.
— Está insinuando alguma coisa? – retrucou tentando controlar o rubor.
— Gostei muito daquela lingerie bege sabia? – disse com um sorriso brincalhão. — Achei muito sexy – mordeu o lábio e deu uma piscada.
Atena que havia acabado beber um gole de café engoliu-o de uma vez só e começou a tossir quando o líquido desceu queimando.
— Você mexeu nas minhas roupas íntimas? – perguntou em meio aos tossidos.
— Eu acordei cedo então arrumei nossas roupas, incluindo as íntimas – respondeu ao lhe entregar um copo com água.
— Mas minhas roupas íntimas estavam guardadas em uma bolsa a parte – retrucou depois de beber a água.
— Sou um homem curioso – disse dando de ombros. — Quando voltaremos para o Olimpo?
— Depois que terminarmos de comer talvez. Ansioso para voltar? – perguntou enquanto passava geleia na torrada.
— Nem um pouco – respondeu sorrindo. — Mas aposto que tenho um monte de coisas para resolver quando voltar.
— Minha mesa deve estar uma bagunça – comentou sorrindo.
— A minha nem tanto porque Dolphin é organizado – começou a tirar a mesa quando Atena terminou de comer.
— Ser rei tem suas vantagens não é mesmo? – disse ajudando-o.
Depois que tudo estava arrumado ele pegou as malas e as despachou para seus devidos lugares e rapidamente desceu. Ela estava andando de um lado para o outro quando ele chegou lá em baixo.
— O que está te preocupando corujinha? – perguntou colocando as mãos nos ombros dela.
— A reação do meu pai quando contarmos que vamos nos casar. Eu ainda me lembro do quão irritado ele ficou quando Perséfone se recusou a sair do Mundo Inferior – respondeu aconchegando-se no peito dele.
— Se ele ousar encostar em você de uma forma que te machuque ou ameace seu bem estar... Faz tempo que não enfio meu tridente na garganta de ninguém – disse beijando o topo de sua cabeça.
— Farei o possível para deixar esse comunicado o mais diplomático possível – disse mais para si mesma do que para ele.
— Antes de irmos eu quero me despedir – passou o polegar na bochecha dela. — Se me permite... – ela apenas assentiu.
Ele colou seus lábios e ela o abraçou, enroscando uma das mãos em seus cabelos como de costume. No fim do beijo ele a abraçou e enfim aparataram para a biblioteca do Olimpo.
***
Da janela dava para perceber que em Nova Iorque o dia havia acabado de amanhecer, portanto a maioria dos deuses estava dormindo. Poseidon deu um último beijo em Atena e avisou que voltaria assim que terminasse de resolver as pendencias mais urgentes de seu reino. Ela logo foi resolver as suas também e antes das oito da manhã tudo já estava pronto.
Ao chegar em seu quarto logo reparou no pacote que estava em sua cama, ficou um pouco receosa ao ver que o remetente era Percy, por isso optou por ler a nota antes de abri-lo.
“Cara lady Atena,
Creio que você deixou isso aqui escapar de seu escudo, ela confundiu a Annie com você, foi estranho.
PS: Minha esposa e eu convidamos você a vir em nossa casa no dia 15 de junho para fazermos um comunicado importante.
Atenciosamente,
Percy Jackson.”
Quando abriu a caixa encontrou a cabeça da Medusa enrolada em uma camisa, mas ao invés de ela ficar irada igual ficou da outra vez, apenas sorriu com a impertinência do genro. Tal pai, tal filho.
Esbarrou com Hermes no corredor e ele avisou que haveria conselho depois do café, então ela rumou para a sala de jantar e sentou-se em seu lugar de costume.
— Bom dia a todos. Papai posso ter uma reunião com você depois do conselho? – perguntou a Zeus que fuzilava Apolo com os olhos.
— Qual o assunto? – desviou os olhos de Apolo a contragosto.
— Só dá para falar na hora – respondeu e Afrodite e Hefesto trocaram olhares conspiratórios.
— Certo – disse tomando o café em seguida.
— Algum de vocês viu o Ares? Eu preciso dos relatórios de guerra da semana que eu fiquei fora – Atena perguntou.
— Eu o vi se agarrando com a Deméter agora a pouco – Hermes respondeu ao sentar-se.
— Ah, obrigada – agradeceu e Hermes assentiu.
Depois que todos terminaram de comer foram para a Sala dos Tronos rezando para que não fosse só mais uma reunião inútil. No trono de Atena havia uma rosa azul e por puro impulso ela olhou para seu noivo e ele deu uma piscada discreta, Afrodite observou a cena igual uma criança olha para um doce.
Zeus começou o falatório e Atena logo se distraiu, pensando em como falaria que estava noiva de Poseidon. O irmão que Zeus mais odiava.
— Atena, qual sua opinião sobre a quebra de juramento de Ártemis? – seu pai perguntou, tirando-a do devaneio.
— Se ela não sofreu a punição do Estige significa que você não deve puni-la também – respondeu um pouco entediada.
— E porque não deveria? Eles são irmãos!
Poseidon pigarreou e Zeus percebeu o que havia dito.
— Certo, não é um argumento válido. Mas explique porque ela não foi punida por quebrar o juramento – pediu ajeitando a postura.
— O juramento de uma donzela, ou melhor, qualquer coisa muito poderosa tem uma espécie de calcanhar de Aquiles. O dos deuses é o esquecimento, dos monstros é bronze celestial e ouro imperial, e o ponto fraco do juramento em questão é o amor verdadeiro – explicou de forma resumida.
— Certo, e porque nós, os três grandes, não fomos castigados quando quebramos o nosso? – perguntou com certo interesse.
— Vocês foram punidos, mas como os três têm influencia maior em seus filhos eles também receberam o castigo. Espero que a volta de Cronos e Gaia seja um exemplo válido para o senhor – respondeu olhando para ele e Poseidon.
— Pai, eu gostaria de ressaltar que antes do eclipse acontecer nós já estávamos noivos – disse Apolo, com cautela.
— Deuses, você realmente a ama – Hermes disse boquiaberto.
— Sendo assim, declaro este conselho encerrado – Zeus levantou-se do trono. — Atena, vamos até a sala anexa tratar do seu assunto importante.
— Já estou indo pai – respondeu.
Quando todos foram embora Poseidon e Atena entraram na sala anexa.
— Sentem-se – disse apontando para as cadeiras na frente da mesa. — E então? – perguntou quando ambos se sentaram.
— Eu pedi sua filha em casamento – começou. — E ela disse sim – terminou de falar com um meio sorriso.
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