A Punição escrita por Bookworm


Capítulo 18
Tequila


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas! Já estão de férias? Eu estou no período pré-férias. É aquele em que os benefícios das férias já começam a aparecer mas a tensão dos resultados das provas finais ainda me atormenta. Perdão pela pequena demora, é que prova de química, física e biologia em um dia só é dureza. Enfim, reparam que em momento algum o nome da Sra Chase é revelado? Será ela uma parente da mãe da Katniss? (pra mim o nome da mãe da Katniss sempre será mãe da Katniss e_e). Brincadeiras à parte, espero que curtam o capítulo.



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— Atena! Quanto tempo! O que te traz aqui? – perguntou Frederick, depois de se recuperar da surpresa.

— Eu é que pergunto – respondeu esperando não ter sido rude com a evasiva.

— Estou aqui para comemorar as bodas do meu casamento – esclareceu com um sorriso. — Annie fez um ‘programa de viagem’ que satisfaria a mim e a minha esposa. Amanhã estaremos na França e depois de cinco dias voltaremos para casa – disse gesticulando com as mãos.

— Annie. A nossa Annie? – perguntou franzindo as sobrancelhas.

— Ela disse que queria melhorar o relacionamento com Matthew e Bobby, então achou que nos expulsar de casa por três meses fosse ajudar – respondeu dando de ombros.

— Entendo. Deixa eu te apresentar o Poseidon – disse com um sorriso de desculpas por não ter feito isso 5 minutos antes. — Poseidon esse é o Frederick, pai da Annabeth. Frederick esse é o Poseidon, deus dos mares.

— Prazer Frederick – disse apertando sua mão.

— É uma honra finalmente poder conhecê-lo lorde Poseidon – respondeu.

— Hã... Seria muito rude perguntar o porquê de você usar a palavra finalmente? – perguntou levantando uma sobrancelha.

— Atena me falou muito de você, mas não seria educado repetir – respondeu dando uma piscada.

Atena corou fortemente e Poseidon só sorriu.

— Que feio corujinha! – disse colocando uma mão no peito.

— Para de ser idiota – retrucou dando um soco no braço dele.

— Desculpe querida, não posso deixar de ser o que nunca fui – declarou em tom esnobe.

— Tenho uma lista em ordem alfabética e outra em ordem cronológica que provam o contrário. Quer ouvir as clássicas ou as atuais?

Antes que ele pudesse responder qualquer coisa, uma mulher de cabelos vermelhos se aproximou e deu um beijo na bochecha de Frederick.

— Eu ainda não entendo porque você não quis ir à Brighton Wheel Fred. A vista lá de cima é maravilhosa – disse entusiasmada.

— Querida, eu já falei que não vou trocar a London Eye por essa cópia – declarou sorrindo.

Poseidon olhou para Atena e ela só deu de ombros como se dissesse que não tem nada a ver com isso.

— Lorde Poseidon, Lady Atena, essa é minha esposa – disse Frederick olhando para a Sra. Chase como se ela fosse mais bonita que dez Afrodites juntas.

— Santo Deus! Você é igual o Percy! – disse a Sra. Chase quando foi apertar a mão de Poseidon.

— Sou o pai dele. Prazer em conhece-la – cumprimentou sorrindo.

— Igualmente. É um prazer conhecer você também lady Atena – disse com uma pitada de ciúme, mas ao ver o jeito que ela e Poseidon se olhavam, relaxou.

— Igualmente – respondeu apertando sua mão. — Topam ir ao cinema com a gente?

— Seria maravilhoso, mas temos que ir ao hotel pegar as malas. Nosso trem sai daqui a três horas e ainda temos que chegar na capital – disse Frederick.

— Ah... Bem, sendo assim eu desejo uma ótima viagem a vocês dois. Parabéns pelas bodas – desejou com um sorriso genuíno.

— Obrigado. Acho que nos veremos em breve lá em NY, então até lá – disse com um sorriso cúmplice direcionado à esposa.

— Até lá – responderam em uníssono, mesmo não sabendo do que se tratava.

Foram embora de mãos dadas e o casal de deuses rumou até o cinema. Chegando lá Poseidon pagou as entradas para um filme policial qualquer e pela primeira vez Atena não reclamou.

Na metade do filme ele usou aquele velho e clichê truque do “espreguiça e passa o braço pelos ombros dela” e superando completamente suas expectativas ela apoiou a cabeça no ombro dele e ali mesmo ficou o resto do filme. Ela pode não ter visto, mas o sorriso que ele deu ficou estampado o resto do filme também.

Saíram do cinema conversando trivialidades enquanto andavam calmamente até um restaurante que agradasse os dois. Ele pediu rosbife com purê de batatas e ela talharim ao molho branco, ambos bebendo vinho.

— Pensei que você odiasse molho branco – disse depois de um tempinho.

— Eu adoro molho branco. Não é um pouquinho dele nos meus cabelos que me fará mudar de ideia – respondeu com um sorriso torto.

— Lembro desse dia como se fosse ontem – comentou com nostalgia e um sorriso bobo.

— Eu lembro dele como se tivesse acontecido cinco dias atrás.

— Ah é. Raios, berros, água, olhares furiosos... Bons tempos. Parece que faz uma eternidade que estamos de castigo – disse bebendo um gole de vinho em seguida.

— É mesmo. Fiquei impressionada com você mais cedo – comentou, bebendo o vinho também.

— Por qual motivo? – questionou levantando uma sobrancelha.

— Achei que você ia ter um ataque de ciúmes quando o Frederick apareceu.

— Mas eu fiquei com ciúmes, porém a esposa dele chegou e ele a olhou como se mais ninguém no mundo existisse. Então eu relaxei – confessou dando de ombros.

— Acho que estou impressionada com você de novo – disse olhando-o com um pequeno espanto.

— Vou pagar a conta – avisou e se levantou logo em seguida, mas não antes de sorrir para ela.

***

Estavam agora indo a um pub perto do píer. E a causa dessa visita era o grande orgulho de Atena. Ele dissera que se ela não fosse tão fraca para bebidas ele a levaria para um pub que ele sempre ia quando visitava Brighton para fazerem o jogo do “quem vira mais” e ela ficou irritada e disse que jogaria esse jogo só para acabar com a graça dele.

— Vodca, tequila ou whisky? – perguntou quando chegaram no pub.

— A melhor de 5 com vodca, melhor de 15 com tequila e melhor de 25 com whisky. Pode ser? – propôs em tom confiante.

— Se eu hipoteticamente topar o seu desafio nós vamos misturar bebidas e virar 45 doses? – perguntou com uma sobrancelha levantada.

— Não! É só escolher um dos três – respondeu com espanto.

— Bob – chamou o barman. — 30 doses de tequila, por favor. Temos uma novata no quem vira mais – disse com um sorriso torto.

— Dá uma explicada básica pra eu entender o que é pra fazer.

— É bem simples. O ‘juiz’ fala pra gente começar e quem beber os 15 copos primeiro ganha, mas não pode derramar e nem cuspir. Ou se você preferir a gente faz o beer pong só que com tequila ao invés de cerveja – propôs.

— Vamos começar com o básico, depois a gente brinca de acertar a bolinha no copo do outro – respondeu com um sorriso.

Bob fez duas filas com os copos e permitiu que eles começassem. Para total espanto de todos Atena virava os copos com a mesma tranquilidade de Poseidon. No décimo copo a tequila já começava a agir e ela estava com a visão um pouco embaçada, mas nada que a impedisse de continuar. Poseidon venceu por um segundo de diferença.

— Da próxima vez eu proponho strip pôquer – disse ele com um sorriso malicioso enquanto arrumava a mesa para a próxima brincadeira.

— Desculpe, mas eu não tenho o mínimo interesse em ver você nu – retrucou arrumando a mesa também.

— Vou ignorar essa sua mentira deslavada. – disse apontando o dedo para ela. — Algo me diz que você tem um passado sombrio em Vegas – comentou olhando-a.

— Por que esse algo diz isso?

— Ninguém vira doses de tequila daquela forma se não tiver treino. E todo mundo sabe que você não vai nas festinhas de bebida do Olimpo – explicou.

— Esse algo é muito perspicaz. Diga a ele que o que acontece em Vegas permanece em Vegas ok? – pediu sorrindo.

— Talvez eu precise sair mais com você depois dessa descoberta bombástica – disse antes de pegar a bolinha. Atena só sorriu.

De três partidas Poseidon só venceu uma. Mesmo bêbada ela ainda tinha boa mira. Ele achou melhor leva-la para casa enquanto ainda conseguia andar normalmente e ela não dava nenhum vexame, não que ele esperasse por isso, mas nunca se sabe.

Atena foi o caminho todo dormindo com a cabeça no ombro de Poseidon e quando chegaram na estação ele decidiu tentar aparatar e felizmente conseguiu. Em casa ele a deitou na cama e foi tomar um banho para dormir.

Antes de se deitar ele levou uma jarra de água e uma cartela de aspirina e deixou no criado mudo só por precaução. Com certeza Atena precisaria dela. Fechou os olhos e finalmente dormiu.


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Notas finais do capítulo

O que acharam da Atena bêbada? O que acontecerá em NY? O que aconteceu em Vegas? Formem suas teorias!
Até o próximo *u*