A Punição escrita por Bookworm


Capítulo 19
Don't Stop Me Now


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas! Como estão? E as férias? Até que em fim as minhas chegaram e agora estou me atualizando com os seriados.
Provavelmente alguém irá surtar com esse capítulo, então para não correr risco de vida (ou não) deixarei vocês lerem.
Enjoy!
PS: Pra quem tiver curiosidade de como é o instrumental de Sweet Child O'Mine tá aqui o link: (https://www.youtube.com/watch?v=ff8UwvPK0G4)



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Sexta-feira

Poseidon acordou mais uma vez com a luz do sol em seu rosto, a única diferença é que desta vez ele estava suado. Atena dormia feito uma pedra.

Percebendo que não conseguiria dormir de novo sem arranjar uma forte dor de cabeça por conta da bebedeira da noite anterior, levantou-se, fechou as cortinas e ligou o ar condicionado que ele não sabia que tinha ali até aquele momento. Pegou uma muda de roupa na bagunça que ele chamava de armário e entrou no banheiro.

Depois de um relaxante banho gelado ele desceu para preparar o café da manhã. O maldito papel rosa o esperava na bancada, porém ele resolveu ignorar até que terminasse tudo. Colocou os pães para torrar e a água para ferver, na opinião dele, o café passado no coador era a melhor coisa para curar ressaca.

Quando o café estava pronto e os pães torrados, ele sentou-se, colocou café na xícara e enfim começou a ler o bilhete.

“Bom dia!

Como se sentem com o fim do castigo tão próximo? Aliás, como vai o relacionamento de vocês? Se odeiam? Ou será que se amam? Parece que faz uma eternidade que vocês estão sob meus comandos *suspira*

Enfim, pensando nessa dúvida eu planejei um jantar em que vocês irão conversar sobre o que estão sentindo. Podem chamar isso de DR ou qualquer outra coisa, mas eu quero que se entendam!

Agora tenho que ir, pois Hefesto diz que tem uma surpresa para mim.

Beijos com glitter,

Afrodite.

PS: Atena, se achar que Poseidon é digno, conte a ele.”

Quando ele terminou de ler o bilhete, a xícara de café já estava na metade e a ressaca mais amena. Cobriu os pães e foi procurar algo na tv que prendesse sua atenção tempo suficiente para que ele parasse de pensar no maldito bilhete. O ideal seria a sala de música, mas ele não queria incomodar Atena então se contentou com CSI.

***

Atena acordou com uma dor de cabeça insuportável e com a mesma roupa do dia anterior. Deu um pequeno sorriso ao ver a cartela de aspirina no criado mudo. Tomou o remédio e foi tomar banho.

Quarenta minutos e um relaxante banho de banheira depois ela saiu do quarto vestindo um short jeans e uma regata. Ao chegar na sala viu Poseidon esparramado no sofá assistindo CSI.

— Bom dia pescador – disse ao descer as escadas.

— Bom dia corujinha – respondeu desviando o olhar da tela por alguns segundos. — Como se sente?

— Fora a ressaca? – ele assentiu sorrindo. — Estou bem. Obrigada pela aspirina.

— Não foi nada – disse com um gesto de “deixa pra lá”.

— Poseidon, quantas doses eu bebi ontem? – perguntou temendo a resposta.

— 37 doses de tequila e duas taças de vinho – respondeu. — Com o bônus da confissão de passado em Vegas e uma proposta de strip pôquer – completou com um sorriso torto.

— Eu posso não lembrar de tudo o que aconteceu ontem depois da bebedeira, mas tenho alguns flashes e em um deles eu digo a você que não tenho interesse em te ver nu. Não tente me enganar pescador – disse em tom de aviso.

— Certo. Mas quem disse que eu ficaria nu? – perguntou com uma sobrancelha levantada.

— Você acha mesmo que é tão fácil me ganhar no pôquer? – retrucou.

— Eu é que pergunto!

— Certo. Então quando essa semana acabar a gente faz uma mesa de pôquer lá no Olimpo e vê quem é o melhor ok? – perguntou com a mão estendida.

— Ok – respondeu apertando a mão dela.

— Então ontem eu virei mesmo 37 doses de tequila? – sentou-se na poltrona.

— E nem fez careta – respondeu sorrindo.

— Como cheguei em casa?

— Na estação de Londres eu aparatei com você e te levei até o quarto – respondeu como se não fosse nada demais.

— Bem, vou tomar café agora – disse se levantando.

— Vou para a sala de música – levantou-se também.

Quando Poseidon estava na metade da escada, Atena o chamou.

— Diga corujinha.

— Obrigada mais uma vez – disse um pouco constrangida.

Poseidon deu uma piscada e subiu.

***

Enquanto lavava a louça, Atena pensava em tudo o que havia lido no bilhete. Por que Afrodite queria que Poseidon soubesse? Eles ainda eram inimigos, certo? Pensou por alguns minutos e decidiu que inimigos não se beijavam. Então o que eram?

Frustrada com a falta de respostas para as suas perguntas, subiu para a biblioteca e tentou ler.

Depois de repetir o paragrafo pela quinta vez, levantou-se frustrada e foi com o livro para a sala de música. Quem sabe assim conseguiria se concentrar.

Quando entrou na sala Poseidon tocava All of Me e vacilou na letra assim que a viu.

— Não se preocupe, vou ficar quietinha com meu livro – avisou com um sorriso.

— Ainda aquela mania de escutar música quando não consegue ler? – perguntou enquanto fazia somente o instrumental da música.

— Apolo te contou que ele era meu músico particular? – perguntou em tom distraído.

— Não. Você mesma me contou muito tempo atrás – disse terminando a música. — Apolo estava caçando com a Ártemis e você me pediu para tocar porque não conseguia se concentrar na leitura por causa de pensamentos indesejados – começou November Rain.

— Ah é. Isso foi antes de eu contratar minha sacerdotisa – comentou. — Bem, vou deixar você tocar agora – disse para evitar entrar em assuntos delicados.

— Certo – respondeu antes de começar a cantar.

Atena enfim conseguiu ler tranquilamente quando Poseidon começou a cantar, mas quando ele terminou a música e começou um instrumental de Sweet Child O’Mine ela fechou o livro e começou a observar.

Ele mantinha os olhos fechados e a expressão tranquila enquanto tocava com vigor. Ao terminar abriu os olhos e viu que Atena o observava com um sorriso. Sorriu de volta e começou com Don’t Stop Me Now, e quando ela percebeu de qual música se tratava protestou.

— Você não vai transformar isso aqui em musical – disse apontando o dedo para ele.

— Essa sala não merece só músicas tristes, corujinha. E eu sei que você adora o Queen – respondeu antes de começar a cantar.

Tonight I'm gonna have myself a real good time
I feel alive
And the world is turning inside out Yeah!
And floating around in ecstasy
So don't stop me now
Don't stop me

— Isso é golpe baixo! – protestou antes de cantar também.

'Cause I'm having a good time having a good time
I'm a shooting star leaping through the sky
Like a tiger defying the laws of gravity
I'm a racing car passing by like Lady Godiva
I'm gonna go go go
There's no stopping me
I'm burning through the sky Yeah!
Two hundred degrees
That's why they call me Mister Fahrenheit
I'm trav'ling at the speed of light
I wanna make a supersonic man out of you

[…]

Quando a música acabou os dois estavam parecendo adolescentes que fazem festa em casa quando os pais saem, e se a casa não fosse coberta com névoa provavelmente os vizinhos já teriam batido na porta.

— Você é um bobão – disse ainda sorrindo.

— Um bobão muito sexy – respondeu com uma piscada.

— Ah claro. Muito sexy – revirou os olhos.

— Está zombando de mim? – perguntou fingindo desconfiança.

— Não! Eu jamais faria isso, Lorde Poseidon – respondeu pegando seu livro e saindo devagar da sala.

— Sabe Lady Atena, eu acho que você está mentindo – disse seguindo-a devagar também.

— Fico ofendida com tamanha desconfiança meu Lorde – colocou a mão no peito para provar que isso ferira seu orgulho.

— Mudamos de século? Certo – pigarreou. — Então minha Lady, prove que estou errado e diga-me que sou sexy ou sofrerá as consequências – disse cheio de si.

— Nunca irei proferir tamanha calúnia! – retrucou e correu rumo à escada.

— Então vou puni-la e a farei implorar por perdão! – gritou antes de correr atrás dela.

Deram a volta pela casa toda e em um momento de distração Atena jogou o livro que segurava em Poseidon e correu para a biblioteca. Ele deu um grunhido e frustração e foi atrás dela.

Depois de alguns minutos Poseidon finalmente conseguiu alcança-la e fez com que ela andasse de costas até ficar presa entre ele e a estante.

— Diga que sou sexy – sussurrou devagar no ouvido dela.

— Não – respondeu tentando empurrá-lo. Ele pegou suas mãos e segurou um pouco acima de sua cabeça.

— Diga que sou sexy – repetiu, desta vez mordendo o lóbulo da orelha.

— N-Não – respondeu sentindo o coração acelerar.

— Então eu não sou nem um pouco sexy? – perguntou beijando seu pescoço.

— Nem um pouco – disse com a voz fraca e se repreendendo mentalmente por isso.

— Tem certeza? – fez uma trilha de beijos do ombro até o pescoço bem devagar.

— Absoluta – respondeu suspirando e sentindo seu autocontrole se esvair.

— Então acho que isso não irá te afetar – disse e a beijou.

Atena arregalou os olhos com a surpresa, mas logo os fechou. Poseidon soltou as mãos dela e colocou as suas na cintura dela e suspirou ao sentir uma mão dela em seus cabelos e a outra passear timidamente pelas suas costas. Puxou-a mais para perto e aprofundou o beijo.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Poseidon é sexy? Comentem *u*
Até o próximo :3