A Punição escrita por Bookworm
Notas iniciais do capítulo
Oieeeeeeee! Tudo bem com ocês? Mais um capítulo saindo do forninho da Giovanna procês.
Gente, eu li O Sangue do Olimpo, não teve o final que eu esperava mas tbm não decepcionou tanto. Enfim, o capítulo tá maior que os outros pq hj eu consegui inspiração do além (espero que isso aconteça mais vezes).
Enjoy!
Depois que Poseidon entrou no táxi, ambos ficaram calados por boa parte do caminho até o shopping. Atena estava com a cabeça encostada no vidro olhando a paisagem e Poseidon tamborilava os dedos displicentemente nos joelhos totalmente alheio ao que acontecia a sua volta.
Quando chegaram ao seu destino, Poseidon entregou ao motorista as libras equivalentes à corrida e saiu do carro logo atrás de Atena.
— Hm... Nós devemos usar nomes mortais, muitas pessoas sabem mitologia por aqui. Meu nome será Sophia e o seu? – perguntou olhando para um grupinho de mortais que olhavam para Poseidon e davam risadinhas.
— Não sei. Acho que Philip está bom pra mim. – respondeu passando a mão nos cabelos.
— Certo. Vamos entrar logo. – disse pegando a mão dele e lançando mais um olhar para o grupo de mortais.
— Vamos ao The Village, quero te comprar um vestido. – chamou enquanto a conduzia pelo hall do shopping.
— E por qual motivo você me compraria um vestido? – respondeu cruzando os braços.
— Tome isso como uma oferta de paz.
— Certo Philip, mas também irei retribuir o presente. – disse seguindo-o.
— Depois disso podemos ver um filme ou só perambular pelo shopping até que nos dê fome ou algo assim. – sugeriu dando de ombros.
— Nós vemos isso na hora. – respondeu dando de ombros também. — Qual será a loja?
— Prada. – falou decidido.
— Você não vai me comprar com roupas de grife ok? Isso daria certo com Afrodite. – retrucou com um sorriso mínimo.
— Se eu quisesse te comprar eu falaria que tenho alguns livros da biblioteca de Alexandria no meu reino, mas como não quero te comprar, vou te presentear com um vestido. – respondeu colocando as mãos nos bolsos do jeans.
— Uma pena a biblioteca ter sido queimada, ela era a minha preferida. Enfim, vamos logo, a loja é logo ali. – falou com uma falsa animação.
— Hã... Claro.
— Em que posso ajuda-los? – perguntou uma vendedora usando o tom profissional.
— Poderia nos mostrar onde ficam os vestidos por gentileza? – Poseidon respondeu.
— Claro. Por aqui. – disse a vendedora guiando-os.
— Que cor você quer querida? – Poseidon sussurrou no ouvido de Atena.
— A escolha é sua. E não sou sua querida. – sussurrou de volta.
— Você poderia nos mostrar um modelo desses na cor azul? – perguntou à vendedora.
— Sim. Poderia vir comigo senhorita...?
— Sophia.
— Poderia vir comigo Sophia? – a vendedora perguntou e deu um mínimo sorriso após Atena assentir. — E o senhor aguarde enquanto ela prova o vestido.
— Certo. – respondeu ele ao se sentar em uma cadeira ali.
Alguns minutos depois, quando Poseidon já estava se sentindo entediado, a vendedora volta com Atena já trajando o vestido. Ela estava no mínimo estonteante na humilde opinião de Poseidon. O azul do vestido combinou bem com o cinza tempestuoso dos olhos e o nó que o vestido tinha valorizava os seios fartos da deusa que por acaso estava corada com o olhar faminto que Poseidon direcionava a ela (N/A: Esse vestido é o que Sandra Bullock usou no Oscar 2014 ok?).
— Você está simplesmente fantástica! – elogiou ao mesmo tempo em que pegava sua mão para fazê-la dar uma voltinha.
— Obrigada. – respondeu ainda corada com o elogio.
— Vamos levar esse. – disse ele à vendedora.
— Claro. Vão ver algo mais?
— Sim. Quero ver um terno para Philip. – respondeu. — Espere um momento para eu trocar de roupa. – disse e saiu.
Dessa vez, Atena voltou rápido, entregou o vestido à vendedora e a seguiu rumo à ala masculina.
— Algum modelo em mente senhorita? – perguntou.
— Um terno preto, calça também preta e camisa branca, por favor. – respondeu olhando alguns modelos ali por perto.
— Pode me acompanhar senhor Philip? – perguntou a vendedora enquanto pegava a combinação que Atena pedira.
— Claro. Volto em alguns minutos. – respondeu e a seguiu.
Poseidon voltou com o colarinho da camisa levantado e segurando uma gravata preta e outra azul.
— Qual dessas fica melhor? – perguntou levantando-as.
— A azul. – respondeu tomando a gravata da mão dele e colocando-a no pescoço dele.
— Hm... Obrigado por me poupar de passar vergonha. – sussurrou no ouvido de Atena. — Sou péssimo com gravatas.
— Não foi nada. – respondeu ajeitando o colarinho. — Assim está melhor. – disse se afastando para vê-lo melhor.
— Que tal estou? – perguntou Poseidon abrindo os braços.
— Está ótimo. Vamos levar esse. – respondeu Atena com as bochechas levemente rosadas.
— Tome o cartão, pague enquanto eu tiro esta roupa. – falou ao entregar o cartão Lótus para ela.
— Por aqui senhorita. – a vendedora a guiou até o caixa.
Quando Poseidon voltou com o terno, a moça do caixa olhou com um sorriso torto para as roupas que ambos usavam e as que estavam comprando, provavelmente achando que não teriam dinheiro suficiente para pagar aquele vestido, mas se espantou ao ver o símbolo infinito que apareceu na máquina ao passar o cartão. Atena sorriu para ela, agradeceu a vendedora pela ajuda e saiu da loja junto com Poseidon.
Já do lado de fora da loja, Poseidon viu alguns mortais que secavam Atena com o olhar e ela nem percebia. Irritado com a situação, ele pegou a mão dela com um pouco de força a mais que o necessário e praticamente a arrastou dali.
— O que foi isso? – ela perguntou soltando-se do aperto dele.
— Sério que você não percebeu aqueles mortais te comendo com os olhos? – retrucou se curvando um pouco para os rostos ficarem da mesma altura.
— Você está com ciúmes? – perguntou com um sorrisinho um tanto quanto malicioso.
— Mas é claro que não! É só que você está passeando comigo e não gosto de homens secando minha acompanhante com os olhos. – respondeu ajustando a postura novamente.
— Ah claro. Então quer dizer que as mortais podem te olhar a vontade e você não faz nada, mas quando a situação é inversa você surta? Muito justo! – exasperou-se cruzando os braços.
— Que mortais estavam olhando pra mim Atena? – perguntou um pouco mais baixo, porém com um tom ainda duro.
— Jura que não percebeu as mortais olhando pra você e dando risadinhas na entrada do shopping? – retrucou em mesmo tom.
— Não. Não percebi. Estava prestando atenção no que você falava. – disse um pouco mais calmo. — Peraí. Você está com ciúmes de mim agora é? – questionou com um sorrisinho irritante.
— Não! Claro que não! – respondeu em tom de incredulidade. — Só não quero que você estrague o passeio flertando com essas oferecidas. – explicou dando de ombros.
— Querida, se eu fosse flertar com alguém hoje, esse alguém seria você. – sussurrou novamente no ouvido dela, mas dessa vez com uma voz mais calma e sexy que causou arrepios involuntários em Atena. Poseidon riu com isso.
— Nem tente Poseidon. – sussurrou de volta enquanto ficava na ponta dos pés. Vamos almoçar, o tempo voou enquanto escolhíamos as roupas. – sussurrou novamente e depois tirou os cabelos dele da testa, causando-lhe arrepios também.
— Vamos. – respondeu pegando na mão dela. — Aqueles garotos ali ainda estão olhando pra você.
— Ignore-os e vamos almoçar logo.
***
Atena odiava o fato de gostar tanto de ter a mão de Poseidon segurando a sua, era pra ela repelir o contato certo? Ele era seu inimigo. Inimigos não andam por ai de mãos dadas, na verdade eles não dividem a cama nem nada do tipo, mas graças a uma deusa maluca e cheia de planos mirabolantes tudo isso estava acontecendo com ela. Obrigada Afrodite.
Chegaram à praça de alimentação e pararam para decidir onde iriam comer.
— O que você quer comer? – Poseidon perguntou.
— Sushi. – respondeu sorrindo.
— Nunca! Não na minha presença. – disse soltando a mão dela bruscamente.
— Ok. Não é do meu feitio comer coisas gordurosas no almoço mas desta vez abro uma exceção. Vamos comer uma pizza. – falou apontando para uma pizzaria, ainda sorrindo.
— Melhorou. Vamos logo, pois estou morrendo de fome. – sorriu enquanto a conduzia pela mão até lá.
***
— Uma pizza de pepperoni e duas cherry cokes, por favor. – Poseidon pediu ao garçom que assentiu e disse que o pedido chegaria em alguns minutos.
— Eu abri uma exceção e você extrapolou. Cherry cokes? Fala sério Poseidon. – disse Atena fazendo biquinho.
— Ah corujinha, relaxa, seu corpo é perfeito. Uma latinha de Coca-Cola não vai mudar isso. – falou enquanto apoiava o rosto nas mãos cruzadas.
— Não é por causa do corpo, Poseidon. É que não gosto de comer besteiras, pizza é exceção. – respondeu um pouco corada. — Mas agradeço o elogio.
Poseidon iria responder, mas o garçom chegou com os pedidos e eles começaram a comer em silêncio.
Ao terminarem de comer, eles iniciaram uma mini discussão por que Atena não queria deixar Poseidon pagar, ela dizia que era puro machismo da parte dele.
— Fala sério! Sabe quantas mulheres esperam um homem cavalheiro igual a mim? – perguntou apontando para o próprio peito.
— Não é cavalheirismo. Você está sendo machista. – respondeu com cara de esnobe.
— Pouco me importa! Vou pagar e pronto. – disse e foi até o caixa pagar a conta. Atena bufou e se deu por vencida.
— Certo o que iremos fazer agora? – perguntou enquanto colocava o cartão de volta na carteira.
— Vamos andar por ai até achar um lugar legal. – respondeu pegando as sacolas.
— Beleza.
***
Foram andando tranquilamente pelas ruas por um bom tempo até que acharam uma pista de boliche e Poseidon sugeriu que fossem jogar.
— Oh meus deuses! Boliche geralmente é uma atividade noturna, Poseidon. Estamos no meio da tarde, isso não é normal. – exasperou-se e revirou os olhos.
— Di Immortales! Somos deuses gregos, normalidade não é nosso departamento. – disse baixinho enquanto olhava pra ela. — Ou você está com medo de ser estraçalhada? - Perguntou com um sorriso presunçoso.
— Só por causa da sua afronta eu topo jogar boliche no meio da tarde. Parece que você ainda não aprendeu a lição. – retrucou puxando-o pelo braço e entrando no lugar.
Depois de algumas rodadas, muitas pessoas já assistiam à partida dos dois, fosse pela aura de competitividade que os dois irradiavam ou por eles serem divinamente bonitos (N/A: Aike trocadilho besta). Para eles, nada importava a não ser a bola e os pinos, a disputa estava acirrada, se Atena fizesse mais um strike o jogo estaria ganho e Poseidon seria humilhado por ela novamente.
Atena usou toda a sua concentração e jogou a bola... Segundos de agonia se passaram até que ela chegasse aos pinos e os derrubasse todos de uma vez, dando a vitória a Atena.
— Aprendeu a lição agora? – perguntou Atena após a comemoração.
— Pura sorte. – respondeu como se aquilo não ferisse seu ego.
— Sei.
— Quero ir a um cassino agora, vi um aqui perto. Vamos? – perguntou olhando para ela.
— Não sei se você sabe, mas estamos em Londres Poseidon. Vegas está um pouco longe daqui. – retrucou rindo.
— Tanto faz. Quer ir ou não?
— Acho melhor não. Vamos só andar, se encontrarmos um lugar legal a gente entra. Tudo bem pra você?- questionou com uma sobrancelha levantada.
— Certo. Vamos pegar um táxi até o Holland Park então, antes que a tarde acabe. Depois vemos o que fazer.
— Estamos parecendo turistas. – comentou com um sorriso genuíno.
— Tecnicamente, somos mesmo turistas. – disse colocando as mãos nos bolsos.
— Você é então. Meu lugar preferido é aqui. – respondeu dando de ombros. — Vamos?
— Claro. – acenou para que um táxi parasse. — Nos leve ao Holland Park, por favor. – disse ao taxista.
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