The Psychopath escrita por Daughter of Zeus


Capítulo 9
Capítulo 9 - Punishment




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/537987/chapter/9

POV Tate

Acabei dormindo na poltrona do lado da cama de Violet. Pelo visto, já era de manhã. A luz do Sol entrava pelas frestas da persiana, iluminando um vaso de flores que provavelmente deveria ser presente dos pais de Violet. Patético.

Eu realmente não consigo entender como as pessoas dão valor á alguma coisa só quando as perdem.

Olhei para a cama de hospital onde Violet está deitada. Ela continuava ali, ‘’dormindo’’. E me doía saber que talvez ela ficasse desse jeito para sempre. Ela foi a primeira e única pessoa que eu realmente amei. E dentro de alguns segundos, tudo virou pó. Era tão frustrante ficar ali, parado, sem poder fazer nada para mudar isso. Eu daria qualquer coisa para que ela acordasse, para que eu pudesse ver aquele sorriso bobo dela mais uma vez.

*---------------------------------------*

– Então, como foi a conversa com Vivian? – Perguntei, me espreguiçando no divã do consultório de Ben.

– Eu tentei. Pedi desculpas por tudo, praticamente. Ela parece ter considerado, mas continua com ódio de mim. – Respondeu.

– Não é o suficiente. – Comentei.

– Como não? Nós não estamos separados. Não era isso que queria?

– Você não entende mesmo. Eu quero que pareça uma família perfeitamente feliz quando Violet acordar do coma. Você não é psiquiatra? Não entende que quanto mais vocês brigarem mais aumenta a vontade de Violet de cometer suicídio?! E eu não quero que isso aconteça novamente.

– Eu amo Violet. Mas a minha relação com Vivian está indo de mal a pior. Eu odeio ter que dizer isso, mas é a verdade.

Revirei os olhos.

– Vou dizer de uma forma mais simples: Se você não fizer oque eu estou mandando eu vou estourar os seus miolos e os da Hayden, entendeu?!

– Pelo amor de deus, Hayden está grávida! Como pode fazer isso?! – Ele gritou.

– Foda-se Hayden, o bebê e você. Eu estou pouco me lixando! Eu já fiz coisas muito piores do que isso.

– Você é um monstro. – Ele murmurou.

– Sou mesmo.

Ouvi o celular dele tocando no bolso, ele rapidamente tirou o celular do bolso, prestes a desligar, mas eu o interrompi.

– Deixe-me ver quem é. – Puxei o celular da mão dele. - Ora, ora... Veja se não é a putinha preferida de Ben!

– O que você vai fazer?! – Ele perguntou.

– Nada, por enquanto. – Respondi, desligando o celular.

– Eu vou te denunciar. – Ele disse.

– Vai, é? E pelo oque?! Você não tem prova nenhuma. Além disso, sou um ótimo ator. O que pensariam de um psiquiatra infiel que está à beira da falência, no meio de uma separação e com a filha em coma? Quem vai para o hospício vai ser você.

– É mentira. Você não vai convencê-los. – Replicou.

Perdi o pingo de paciência que me restava. Levantei-me do divã dei um soco nele, que caiu no chão. Levantei-o pela gola da camisa social que ele usava e o prensei contra a parede.

– Eu sei oque você quer com isso. Irritar-me, para eu perder o controle e estourar os seus miolos antes mesmo que Violet acorde. Mas isso não vai acontecer. O máximo que você vai ter é alguns ossos quebrados e uma amante morta, caso não me obedecer. Entendeu?!

Ele ficou em silêncio.

– Entendeu ou não? – Repeti.

– Entendi. – Ele murmurou.

Eu o soltei.

– Onde esta a sua vadiazinha?

– O que? – Ele perguntou, limpando o sangue que escorria do seu nariz com um lenço.

– Hayden.

– Ela está em um hotel aqui na cidade. Ela vai voltar para a cidade dela em breve por conta da gravidez. – Ele respondeu.

– Quero que peça para que ela fique. – Mandei.

– Ela não pode. Ela esta grávida, não pode viver sozinha em um hotel. – Ele replicou.

– Você vai fazer ela ficar. Pague o hotel, diga que prefere que ela fique aqui, o que seja. Contando que ela fique aqui. Quero garantias, se ela sair daqui não terei mais nada para tirar de você, não é mesmo?

Ele passou a mão pelo rosto.

– Pelo amor de deus, ela esta grávida. Será que você não pode ao menos ter um pingo de compaixão?

– Não, agora não. E, além disso, eu estou tendo compaixão. Prometi que só a mataria se você fizesse alguma coisa errada. Então, eu acho melhor você rever suas ações.

– Eu não consigo entender como alguém tem coragem de ameaçar uma mulher grávida. – Ele resmungou.

– Ora, Ben. Não estou ameaçando Hayden, e sim o seu filhinho bastardo que ela carrega. – Expliquei.

– O que? – Ele perguntou.

– Você vai ver. Se não fizer o que eu mandar.

– Agora, você vai ligar para sua queridinha e pedir para ela ficar. – Joguei o celular dele em suas mãos.

– Por favor, Tate. – Ele pediu.

– Ligue logo. – Insisti.

Ele balançou a cabeça e procurou o número.

– Coloque no modo viva voz. – Mandei.

Estava chamando. Logo Hayden atendeu.

– Ben?

– Oi. Então, Hayden eu..- Ela o interrompeu.

– Ah meu deus, porque você ficou por tanto tempo sem falar comigo?! Eu estava desesperada. Vivian não descobriu, não é? Como está indo o processo de separação?

Separação. Eu ri.

– Hayden, depois nos conversamos. Eu estou sem tempo agora. Eu só gostaria de pedir para você ficar mais uns dias no hotel, não vá para casa na próxima semana.

– Mas porque? Já estava tudo combinado. Minha irmã esta me esperando.

– É muito importante que você fique, depois irei te explicar tudo. Mas agora eu não posso.

– Ok. Eu irei avisar a minha irmã. Mas por favor, assim que puder vá ao hotel para conversarmos.

– Eu irei. Tchau, tenho que ir. – Ele desligou.

– Satisfeito? – Perguntou.

– Ainda não. – Respondi.

– O que quer? – Perguntou.

– Remédios para dormir. Não consigo mais dormir á noite. – Respondi.

– Não posso te dar calmantes assim. É perigoso.

Eu ri.

– Como se você se preocupasse comigo. Se eu morrer vai ser uma grande vitória para você, não vai? Admita.

– Mas não irei lhe dar este luxo. – Continuei.

– Na cozinha. Na terceira gaveta do balcão perto da pia. Pegue o que quiser. Não tenho mais aqui. – Ele falou.

Fui até a cozinha pegar os remédios.

Tinha dois balcões com gavetas perto da pia. Revirei os dois. Nada, além de facas e utensílios normais de cozinha.

– Não estou achando. – Gritei para ele.

– Eu já vou ir até ai. – Ele respondeu.

Procurei um pouco mais, até que ele chegou.

Abri as duas terceiras gavetas, mostrando para ele que não havia nada.

– Está vendo? Não tem nada.

– Eu sei. – Ele replicou.

Eu tentei me virar para trás, quando vi o reflexo dele na janela. Ele estava com uma faca. Ele me segurou, impossibilitando qualquer movimento meu.

– Eu realmente não queria fazer isso. – Ele disse, apertando a faca contra a minha garganta.

– E o que você espera conseguir com isso, Ben? Vai ser um monstro, como eu.

Ele apertou ainda mais a faca.

– Cale-se! Eu não sou um assassino. Eu só quero proteger a minha família. Vai ser melhor para todos assim.

– Você não tem coragem. – Falei.

Consegui acertar uma cotovelada na sua costela, fazendo ele me soltar. Puxei a faca da mão dele.

– Nem força. Nada. É isso o que você é. É só um velho babaca. E isso vai te custar caro, Ben.

Ele se apoiou no balcão de granito ao seu lado.

Eu o puxei pela camisa e bati sua cabeça contra o balcão com toda a minha força, até ele desmaiar. Arrastei-o até o divã e procurei por sedativos na prateleira de remédios que ele tinha em seu consultório. O droguei o suficiente para ele dormir por um bom tempo.

Agora era hora de procurar por Hayden. Ele iria ser punido por tentar me matar, bem punido.

Peguei um vidro de sonífero, um lenço e uma faca.

Cortei os fios do alarme e escondi os telefones no porão, para que ele não pudesse chamar a policia, caso acordasse. Sai e o tranquei na casa.

Peguei o celular dele e vi uma mensagem dele.

“Era tudo mentira, saia da cidade o quanto antes puder. Eu estou sendo ameaçado. Eles querem te matar também. Não chame a policia, apenas saia. Por favor.”

Idiota!

Peguei as chaves do carro dele e dirigi o mais rápido possível para o hotel onde Hayden estava.

*-------------------------------------------------*

Era um hotel barato. Deixaram-me passar só depois de falar com Hayden(que para meu alivio ainda estava no hotel) disse que meu nome era Ben e que era urgente.

Peguei as chaves para o quarto dela e fui até o número indicado. Quarto 83.

Abri a porta e ela estava arrumando as malas.

– Quem é você? Onde está Ben? – Ela perguntou, assim que me viu.

Caminhei até ela.

– Ben me mandou até aqui. Para nós podermos ir embora em segurança. Os homens que estão atrás dele são muito perigosos.

– Como vou saber que é verdade? Porque Ben não avisou?!

– Ben teve de sair da cidade as pressas. Essas pessoas querem mata-lo, e matar você também se tiverem chance. Não temos muito tempo, pegue suas coisas e vamos embora.

Ela hesitou.

– Vamos, por favor. Ben irá ficar bravo comigo se algo lhe acontecer! – Insisti.

– Esta bem.

Ela se virou e começou a fechar as malas. Saí correndo do hotel como se estivesse com pressa, carregando as malas dela até o porta-malas do carro.

Entrei no carro seguido por ela.

– Este carro não é de Ben? – Ela perguntou.

– Sim. Ele me deu antes de sair da cidade. Não tenho carro. – Menti.

Liguei o carro e comecei a dirigir.

– Para onde vamos? – Ela perguntou.

– Sair da cidade. – Respondi.

Após uns vinte minutos, estávamos quase chegando.

– Você não está indo até o aeroporto.

– Não vamos até o aeroporto. Podemos estar sendo seguidos. Vamos até a cidade vizinha de carro. - Repliquei.

Continuei dirigindo até chegar a uma rua sem saída abandonada. Havia uma densa floresta no final da rua. Perfeito.

Estava de tarde, quase anoitecendo. Ninguém iria poder escutar os gritos dela.

– Essa rua não tem saída. – Ela notou.

Tarde demais.

– Pois é. Eu sei.

Saí do carro e ela permaneceu sentada, sem se mover. Abri a porta do carro e a puxei para fora.

– Ah meu deus! – Ela gritou, tentando correr.

Ela quase escapou, mas eu consegui a segurar pelo vestido que ela usava.

– Não vai á lugar algum.

Ela tentou correr novamente, mas eu a derrubei no chão, ficando por cima dela. Coloquei minhas mãos em seu pescoço.

– Não quero te matar. – Falei.

– Por favor.. Deixe-me ir embora. – Ela implorou.

– Não. Isso eu não posso. Culpe o Ben, isso é tudo culpa dele.

Segurei-a contra o chão e puxei o frasco com o sonífero. Molhei o lenço enquanto ela se esperneava tentando sair debaixo de mim.

– Socorro! – Ela berrou, me fazendo derrubar o frasco.

– Olha oque você fez, vadia. – Dei uma bofetada no seu rosto. - E se eu precisar drogar mais pessoas?

Ela gritou por socorro novamente.

– Grite á vontade. Ninguém pode te ouvir aqui! – Falei.

Pressionei o lenço contra o seu nariz. Ela lutou, tentando me tirar de cima dela, mas logo desmaiou.

Preferia que ela não gritasse, não em céu aberto assim. Puxei a faca e comecei meu trabalho.

*-----------------------------------*

Depois de alguns minutos lá estava ela, deitada no chão em meio a uma poça de sangue. O ferimento na sua barriga ainda sangrava.

A puxei para a floresta, onde limpei a faca em um lago e a escondi debaixo de uma pedra. Puxei o corpo de Hayden até o lago e o deixei afundar.

O meu trabalho estava completo, e Ben estava punido. Notei que meu casaco estava manchado com sangue. Tirei e deixei-o na floresta.

Dirigi com o carro até uma vila próxima da floresta. Estacionei o carro e vi alguns meninos brincando ali perto.

Me dirigi até eles.

– Ei, garoto. Será que pode cuidar do meu carro? – Perguntei á um deles.

– O que vai me dar em troca? – Ele perguntou, desconfiado.

– Preciso ir até um lugar, voltarei em dez minutos. Quando eu voltar, se você cuidar bem do carro irei lhe pagar. – Menti.

– Legal! – Ele exclamou, colocando a chaves do carro dentro da sua bermuda encardida.

– Volto em dez minutos. – Repeti, virando a esquina.

Andei até a rua mais próxima e peguei um táxi até a minha casa. Paguei o táxi e desci, indo até a casa dos Harmon.

Chequei se Ben estava em casa (E se não havia morrido). Ele continuava dormindo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Okay, finalmente consegui terminar o capítulo 9(Estava muiiito difícil de terminar, em conta do meu tempo livre). Mas conseguimos! >.
Bom, espero que tenham gostado do capítulo e comentem se puderem. Beijos!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Psychopath" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.