The Psychopath escrita por Daughter of Zeus


Capítulo 8
Capítulo 8 - Suicidal


Notas iniciais do capítulo

I'M BACK! Voltamos, após alguns dias sem capítulos devido aos malditos trabalhos/provas da minha escola. Estou sofrendo T.T

Mas de agora em diante, acho que vai dar para postar mais..

Bom, é só isso. Boa leitura!



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POV Violet

Voltei para a minha casa de manhã. Era dez da manhã e meus pais estavam tomando o café da manhã. Qualquer um diria que era uma família perfeita, se não soubesse das constantes discussões e da infidelidade do meu pai. Eu iria direto para o meu quarto, mas minha mãe me chamou para tomar café com eles.

Hesitei, prevendo mais uma discussão entre eles, mas depois sentei á mesa e Moira veio me servir. Enquanto eu comia uma tigela de iogurte natural com framboesa (meu prato preferido, depois de waffles), meu pai não se conteve e lançou uma pergunta para estragar o meu dia:

– Então, quando vai contar onde está indo dormir todos os dias?

– Ben.. – Minha mãe reprendeu.

– Eu só me preocupo com a minha filha, Vivian. Ao contrário de você que deixa a sua filha sair de casa todos os dias e só voltar de manhã.

– Eu me preocupo, sim. Mas eu não fico arrumando motivos para brigar 24 horas por dia. – Minha mãe replicou.

– Chega. – Eu falei, tentando por fim em mais uma discussão.

– E você? Não vai responder á minha pergunta? – Meu pai lembrou.

– Não, eu não quero.

– Ah, é mesmo, nem precisa dizer. Aliás, você sabia que sua filha esta saindo com um ex-paciente meu, que foi diagnosticado com psicopatia desde os sete anos? Que ele bateu no próprio amigo com um taco de baseball, o fazendo ficar deformado?

Minha mãe ficou quieta.

Eu me levantei da mesa.

– E se for? O que vai fazer?! Vai engravidar mais uma de suas alunas para “esquecer” o seus problemas?! – Gritei.

Minha mãe me olhou, com a mesma expressão confusa no rosto e meu pai ficou em silêncio, ainda sentado.

Ele se levantou e fez a coisa que eu menos esperava: Deu um tapa no meu rosto, com força.

E minha mãe continuou em silêncio. E eu saí da sala de jantar correndo.

Corri para o meu quarto, o mais rápido que pude. Deitei na minha cama e fiquei chorando. Eu não iria mais aguentar aquele inferno, cada vez pior. E não queria ser um peso para o Tate, indo morar com ele.

Afinal, eles não precisam de uma filha depressiva, como meu pai diz, não é mesmo?

E Tate não precisava de mim como um peso nas suas costas.

Fui para o meu banheiro e abri a gaveta onde ficava minha lâmina.

Fiquei olhando o brilho que a lâmina refletia, muito bem afiada.

Eu estava com raiva demais para refletir se aquilo realmente valia a pena. Posicionei a lâmina contra o meu pulso com toda a força que eu pude. Eu tremia muito, mas mesmo assim puxei a lâmina para trás, deixando um enorme corte no meu pulso, que logo começou a sangrar. O sangue era tanto que deixou a porcelana da pia vermelha.

E finalmente eu apaguei.

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POV Tate

Eu estava no meu quarto quando ouvi o barulho de uma sirene de ambulância. Corri para a janela para ver onde era e para o meu desespero era na frente da casa dos Harmon.

Meu deus, não. Não pode ser a Violet. Pensei enquanto via os enfermeiros correndo para dentro da casa, a mãe de Violet estava chorando.

Eu desci as escadas o mais rápido que pude, para ir até a casa deles.

Cheguei quando eles estavam trazendo Violet numa maca, coberta de sangue. Os pais de Violet me olharam, enquanto eles levavam Violet as pressas para dentro da ambulância. O pai de Violet me olhou com um olhar indignado.

– Agora não é o melhor momento.

– O que aconteceu? Para que hospital eles estão levando ela? – Perguntei.

– Não interessa, garoto. – Ele replicou, entrando na ambulância, acompanhado por Vivian.

As portas da ambulância se fecharam, me deixando sozinho no gramado da casa deles. Senti-me um inútil. Eu sabia que o pai dela me odiava, mas.. Não á ponto disso.

O que eu iria fazer agora? Várias coisas podiam estar acontecendo com ela e eu não saberia de nada.

Decidi voltar para casa. A única coisa que eu poderia fazer.

Estava quase enlouquecendo pensando no que estava acontecendo com Violet, quando ouvi meu celular vibrar em cima do criado-mudo.

Atendi, era o pai de Violet.

– Como a Violet esta? O que aconteceu?! – Perguntei.

– Fique quieto e pare de fazer perguntas. Eu apenas liguei para dizer que estamos no hospital St. Louis. Venha se quiser.

– Muito obrigado. – Agradeci.

– Estou fazendo isso por Violet, e não por você.

Ele desligou.

Saí de casa e dirigi o mais rápido que eu pude para o Hospital.

Chegando lá, falei com a atendente e encontrei os pais de Violet na sala de espera.

– O que aconteceu com Violet? – Perguntei para eles.

Ben abriu a boca para dizer algo, mas Vivian o interrompeu.

– Nós tínhamos brigado e ela foi para o quarto dela, depois de um tempo, eu fui lá para tentar falar com ela, mas ela não abria a porta. Então, Ben arrombou a porta e ela estava no banheiro. Ela tinha cortado os pulsos. E tinha tanto sangue.. Eu não consegui acreditar quando vi.

Fiquei paralisado por alguns momentos. Ela havia prometido para mim que não faria isso.

– E como ela esta agora? – Perguntei.

– Nós ainda não sabemos. Mas ela está em estado grave, o corte foi muito fundo. – Vivian respondeu.

– Ah, meu deus. – Murmurei.

Sentei-me na poltrona da sala de espera.

Eu não conseguia acreditar que Violet tivesse cortado os pulsos. Ela não poderia morrer, ela não iria.

E o tempo parecia estar se arrastando, como se cada hora fosse um minuto.

– Vocês são os Harmon? – O médico disse, me acordando do meu transe.

– Sim. – A mãe de Violet respondeu, quase de imediato.

– A filha de vocês está num estado muito grave. O corte foi muito fundo, mas não foi nos dois pulsos, o que é muito bom. Mas ela perdeu muito sangue, o que contribuiu para...

– Para o que?! – Ben perguntou, impaciente.

– O coma, Violet está em coma. Nós conseguimos conter a hemorragia mas, ela não acorda. Pode ter sido devido à força que a cabeça dela bateu contra o piso quando ela caiu. – Ele continuou.

– O que isso significa? Ela vai acordar? – A mãe dela perguntou.

– Nós não sabemos. Tudo o que podemos fazer agora é esperar. - O médico respondeu.

– E nós podemos ver ela? – Perguntei.

– Não, ainda não. Talvez amanhã. Recomendo que voltem para casa, iremos comunicar quando for possível vê-la. – Ele respondeu.

*-------------------------------------------------------------------*

Dois dias depois...

Faz dois dias que eu não tenho notícias de Violet. Os pais dela não falam comigo e proibiram a empregada de me deixar entrar na casa deles. Também faz dois dias que eu não vou à escola. Não consigo mais pisar naquele lugar, cheio de idiotas. Ouvi dizer que estão pensando que Leah realmente caiu da escada, nenhuma suspeita.

Ouvi meu celular tocar.

– Venha à casa dos Harmon.

– Oque? Quem é?

– A empregada, idiota. Você não quer saber de Violet?

– Mas você não foi proibida de me deixar entrar?

– Você quer saber ou não? Venha logo.

Ela desligou.

Atravessei a rua e fui até a casa. Toquei a campainha e esperei e uma empregada ruiva e velha abriu a porta. Os pais de Violet não estavam em casa.

– Então, o que você sabe de Violet? – Perguntei, entrando na casa.

– Violet continua em coma. Os pais dela estão se separando. – Ela respondeu.

– Isso é ruim. – Murmurei.

– Posso fazer melhorar. – Ela sussurrou.

– Do que esta falando? – Perguntei, confuso.

Ela franziu o cenho.

– Você não vê?

– Não vejo o que? – Perguntei.

– Nada, esqueça. – Ela disse, balançando as mãos.

– Tudo bem. – Eu disse, já indo em direção á porta quando Ben apareceu na porta.

Moira empalideceu.

– O que ele está fazendo aqui? – Perguntou Ben.

– Senhor Harmon, eu.. – Moira hesitou.

– Eu preciso falar com você. – Falei.

– Sobre o que? – Ele perguntou, fechando a porta atrás de si.

– Sobre a sua filha. – Respondi.

Ele suspirou.

– Podemos ir ao meu consultório.

Então eu acompanhei até o seu consultório e Moira voltou para a cozinha.

– Sente-se. – Ben apontou para o divã, enquanto ele permanecia de pé.

Eu me sentei.

– Por que vocês não me deixam ver Violet? – Perguntei.

– Tate, eu sei o quanto Violet gostava de você, mas.. Você tem problemas psicológicos, eu receio que o relacionamento de vocês dois não vá ser bom para ninguém. Além disso, eu e Vivian estamos nos separando. Vivian pretende ficar com a guarda de Violet e elas vão morar em outra cidade, assim que Violet acordar do coma.

– E você vai largar as duas para ficar com a sua putinha? – Perguntei, em tom de sarcasmo.

Ele franziu o cenho.

– O que?

Eu ri.

– Afinal, não era isso o que você sempre quis? Você vai ser livre, vai largar sua esposa que acabou de perder o seu filho e sua filha que esta em coma para viver com uma vadiazinha para quem você dava aulas, não é mesmo?

– Como você sabe disso? – Ele perguntou.

– Não te interessa. E você acha que esta é solução? Largar tudo. O que você acha que Violet vai pensar quando ela acordar e ver que você é um covarde que abandona os seus problemas quando começam a ficar difíceis?

– E você acha que você é bom para ela, um psicopata? Para que você tenha um ataque e numa bela amanhã você a mate enquanto ela dorme?! – Ele gritou.

– Eu nunca machucaria a sua filha. Mas eu acho que de você nós não podemos dizer o mesmo.

Ele levantou o braço para me bater, mas eu o derrubei.

– Além de covarde é fraco. Que pena.. Não é Ben?

– Seu.. – Ele tentou se levantar do chão, mas eu o segurei.

– Não vai a lugar algum. Agora você vai ouvir. Você não vai se separar de Vivian, não antes de eu tirar Violet daqui. Ela vai acordar do coma e eu vou tira-la dessa cidade, e você não vai me impedir, caso contrário, eu vou matar aquela putinha e o seu bastardo que ainda nem nasceu.

– Você está louco? Você não pode fazer isso. – Ele contrariou.

– Está duvidando, Ben? Você realmente é um idiota.

– Você é um assassino. Você não merece Violet.

– E você acha que ela merece um pai como você? Um homem como você não deveria nem ser capaz de ter filhos!

– Então porque você não me matou? – Ele perguntou.

Eu ri.

– Graças a Violet. Eu não queria causar mais dor para ela, porque apesar de você ser um idiota, ela ainda te ama. E eu não queria que ela sofresse com a perda do pai, se é que podemos te chamar assim, não é?

– Agora, chega de conversa. Vamos para o hospital ver Violet. Levante. – Eu disse.

– Você não sabe onde Hayden está. – Ele murmurou, se levantando.

– Não tente duvidar de mim, se não eu faço pior. – Repliquei.

– Agora vamos. – Repeti.

Ele começou a mancar.

– O que há com você? – Perguntei.

– Não consigo andar.

– Quer que eu fique com pena de você? – Eu ri.

*------------------------------------------------------------*

Depois de uns 14 minutos esperando, conseguimos ver Violet.

Ela estava deitada numa cama de hospital, tão pálida.. Não parecia mais a mesma.

– Olhe oque você fez com ela, exemplo de pai. – Ironizei.

– Eu tentei fazer o possível. – Ele murmurou.

– Muito pouco.

– Oque o médico disse sobre ela? – Perguntei.

– Que ela está melhorando. Porém ele não tem data prevista para quando ela irá acordar. – Ele respondeu.

– Isso é horrível.

– Eu preciso ir embora. – Ele murmurou.

– Vai se encontrar com Hayden? – Perguntei, em tom irônico.

– Eu preciso falar com Vivian. Sobre a separação. – Ele respondeu.

– Não antes de Violet acordar, esqueceu? – Lembrei.

– Eu entendi, eu prometo. Mas por favor, não quero que faça nada contra Hayden. – Explicou.

– Melhor assim.

Ele pegou as chaves do carro de dentro do bolso.

– E quanto a você, não vai ir para casa?

– Não. Odeio ficar sozinho naquela casa, irei ficar com Violet.


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Notas finais do capítulo

Sensualidade de Moira fail..
Ben apanhando do Tate! Que vacilo, Ben. ~Não, mentira.. Tinha que apanhar bem mais mesmo. ~

Agora que as coisas estão esquentando! MWAHAHAHA...

Tate vai matar todo mundo nessa porra!

Bom, espero que tenham gostado e comentem se puderem. Beijos!



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