The Psychopath escrita por Daughter of Zeus


Capítulo 6
Capítulo 6 - Beach


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, oi pessoal. E então, como pedido, capítulo com mais Violate! YEEY!

Capítulo fofinho pra vocês!

Enfim, boa leitura, espero que gostem e tudo mais...



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POV Violet

Eu estava trancada no meu quarto, deitada na cama, chorando e ouvindo música no volume mais alto possível. Chorava porque sabia que meus pais iriam se separar em breve, e que eu teria que morar com a minha mãe, e que ela nunca mais seria a mesma e choraria 90% do tempo, eu iria ter de mudar de escola novamente... Nunca mais poderia ver Tate.

Apesar de uma pequena parte de mim que continuava a pensar que talvez ele não me amasse tanto quanto dizia. ‘’Ele é um monstro, Violet. Ele nunca irá nutrir sentimentos por você, talvez ele não ame nem a si mesmo. ’’ Lembrei-me da frase que meu pai havia dito. Parte de mim concordava com isso e a outra insistia em que era tudo mentira, Tate estava apenas traumatizado pelo acidente que sua família sofreu e por nunca ter conhecido seu pai.

Meus braços estavam ardendo novamente. Puxei a manga da blusa do meu braço direito, era uma mistura de cicatrizes e vários cortes, alguns que foram feitos horas atrás, quando meus pais discutiam novamente e meu pai fez questão de gritar em pleno som que a maior parte da culpa do casamento deles estar acabando era minha, e outra da minha mãe. Porque minha? Porque eu me sentia mal ao ver o estado de depressão da minha mãe, ao ver que nossa família estava falindo muito mais rapidamente do que qualquer um esperava. E que morávamos em uma casa onde ocorreu uma chacina e que algumas pessoas se recusavam a trabalhar para nós ou chegar a mais de um centímetro perto do gramado. Sentia-me culpada por não ser a menina alegre e brilhante, popular, com vários amigos e com notas altas que eles esperavam que eu fosse.

Comecei a chorar mais ainda após pensar nisso. Estava pensando seriamente em furtar algumas pílulas do consultório do meu pai e acabar com tudo de uma vez. Não havia ninguém em casa, exceto a empregada, mas quando ela percebesse seria tarde demais.

Tirei os fones de ouvido, levantei-me, puxei as mangas da minha blusa para cobrir meus cortes. Fui até o banheiro, me olhei no espelho.

Eu estava com o rosto inchado de tanto chorar, os olhos vermelhos e meu rosto estava todo molhado por conta de tantas lágrimas. Enxuguei mais uma lágrima que insistia em cair e lavei meu rosto. Agora parecia um pouco mais decente. Se for para morrer, eu desejaria que quando encontrassem meu corpo, não me vejam desta forma.

Refiz o coque no meu cabelo, que estava todo bagunçado. Assustei-me quando escutei três batidas apresadas na porta.

– Vi, você esta ai? – Perguntou uma voz familiar.

Tate. Ele era a pessoa que eu menos desejaria ver agora, não queria que ele visse meu rosto inchado e meu braço cheio de cortes.

Dirigi-me até a porta, e pensei se abriria ou simplesmente o mandava ir embora.

Abri a porta, ele estava com um belo sorriso no rosto, que logo se desmanchou dando lugar a uma expressão preocupada ao ver o meu estado.

– Violet, você estava chorando? O que houve? – Perguntou, com uma voz terna.

– Eu estava. Tate, eu acho que não é o melhor momento para conversar agora. – Eu disse, tentando não ser rude, oque falhou.

– Você quer que eu vá embora? Não posso te deixar nesse estado, vamos conversar, por favor. – Ele disse, enquanto entrava no quarto, fechando a porta.

– Tate, não.. – Protestei, tentando não chorar na frente dele.

Ele sentou-se na cama, e eu fiquei na frente dele, de pé. Ele me puxou para sentar ao lado dele, ele me abraçou e disse:

– Violet, não ligue para os seus pais. Eu sei como é isso, e sei o que esta passando pela sua cabeça agora. E não, não faça isso, por mais que pareça a melhor opção no momento.

– O que você acha que eu estava pensando em fazer? – Perguntei, com minha voz já expressando o quão irritada eu estava.

Ele arregaçou as mangas da minha blusa, mostrando o meu braço cheio de cortes.

– Isso responde? Suicídio.

Puxei as mangas para baixo de novo.

– E se for? Vai dizer que se importa?! Por favor, Tate, eu sei que não. Eu sei que o único motivo de você se aproximar de mim é porque tem medo de ficar sozinho. – Eu gritei, sem nem pensar.

Mas ele não pareceu ficar irritado, pareceu ficar confuso.

– Não, não é. Eu fiz tudo isso porque eu amo você e sim, eu me importo com você, apesar de você aparentemente não notar nada disso. – Ele disse.

Ele levantou, indo em direção à porta.

– Tate, espera! – Pedi, indo atrás dele.

– É realmente verdade o que você disse agora? – Perguntei.

–É sim, mas porque a pergunta? Você se importa? – Ele perguntou, parecendo ofendido.

– Desculpa. Eu não deveria ter dito isso. – Murmurei.

Ele balançou a cabeça em sinal de repreensão.

– Por favor, fica. – Eu pedi.

– Por quê? Porque quer que eu fique? – Ele perguntou.

Pensei no que ele disse.

– Porque eu te amo? – Falei.

Ele ficou pensando por alguns instantes.

– Tudo bem. – Ele murmurou.

Sentei-me na cama novamente, e ele fez o mesmo. Abracei-o.

– Desculpa por ter te tratado mal. – Murmurei, mais uma vez.

– Ei, eu já te desculpei. – Ele disse, dando um beijo na minha testa.

– Mas agora eu quero fazer uma pergunta. Por que estava chorando antes? – Ele perguntou.

Respirei fundo.

– Meus pais. Eles ultimamente só estão brigando, provavelmente vão se divorciar e... – Fiz uma pausa. – Nunca mais vou poder te ver se eles se separarem.

– Se tiver de se mudar, eu posso ir para a cidade que você for. Eu não tenho mais nada além de você, esqueceu? - Ele falou, dando um sorriso.

Eu sorri também.

– E eu quero que me prometa uma coisa. – Ele disse.

– O que? – Perguntei.

– Nunca mais faça isso de novo, nunca. – Ele continuou, apontando para o meu braço. – Me prometa.

– Eu prometo.

– O que quer fazer agora? – Perguntou.

– Não sei. – Respondi.

– Podemos ir à praia? – Ele perguntou, parecendo empolgado.

– Sim. – Respondi.

– Eu tenho a chave de um barco. – Ele comentou.

*---------------------------------------------------------------------------------*

Fomos até a praia com o carro de Tate. Ele tem um Audi branco.

O barco do Tate tinha o sobrenome dele escrito na lateral, ‘’Langdon’’em letra azul. Sentei-me com ele no barco. Já estava de noite, tinha muitas estrelas, e estava um pouco frio.

– E então, vamos assar marshmallows? – Ele perguntou.

Eu ri.

– Tem marshallows aqui? – Perguntei.

– Tem sim. Eu costumo vir aqui às vezes, para esquecer um pouco do mundo.. Para ver as ondas. – Ele comentou.

– Mas enfim, gosta de marshmallows? – Ele perguntou, novamente.

– Sim, gosto. – Respondi, dando uma risada.

– Podemos fazer uma fogueira e assar marshmallows então. O que acha? – Perguntou.

– Parece ótimo. – Comentei.

Tate pegou algumas lenhas que ele tinha no barco e acendeu uma fogueira mediana. Ficamos conversando sobre assuntos sem sentido e assando marshmallows.

– Que bela noite romântica. – Comentei, rindo.

Ele riu também.

– Fico feliz que gostou. – Ele comentou, entre risos.

Senti meu celular vibrando no bolso do meu casaco. Peguei e vi que era meu pai. Tate se esticou para ver quem era e disse:

– Não atenda.

– Por quê? – Perguntei.

– Ele vai querer que você vá embora. Não quero que vá. – Ele disse, me olhando com uma expressão triste.

Respirei fundo.

– Mas Tate, se eu não atender ele vai vir me procurar. Ele é louco. – Falei.

– Ele nunca vai nos achar aqui.

Olhei mais uma vez para o celular, que ainda tocava.

– Por favor.. – Ele pediu, se aproximando ainda mais de mim.

Suspirei e rejeitei a chamada. Olhei para ele novamente e disse:

– Feliz agora?

– Ainda não. – Ele disse, dando uma risada.

Ele me beijou. Foi um beijo calmo, que me fez esquecer tudo por alguns segundos.

Fomos interrompidos por um relâmpago no céu.

– Ah não. – Tate murmurou.

Levantei-me da areia, batendo meu casaco para que ela saísse.

– Quer ir para a sua casa? – Ele perguntou, enquanto se levantava.

– Na verdade não. – Admiti.

Ele abriu um sorriso.

– Para a minha? – Perguntou.

– Ótimo.

*-----------------------------------------------*

Tate sentou no sofá da sua casa quando chegamos. Ele me puxou para perto dele e disse:

– E então? O que quer fazer?

– Não sei. Eu só sei que estou cansada. – Comentei.

– Eu também. – Ele concordou.

– Podemos dormir, então. Já está tarde. – Ele disse.

– E eu posso dormir aqui? – Perguntei.

– Por mim, pode. – Ele disse, rindo.

– Mas pelo meu pai?!

– Ah, o seu pai.. Sempre ele. – Ele disse, parecendo um pouco irritado. - Amanhã eu converso com ele, não se preocupe.

– Hum. – Falei.

Quando já estávamos no quarto, me lembrei de que eu não havia pijama e muito menos escova de dente.

– Ei, e eu não tenho pijama. – Comentei com ele.

– Qualquer camisa minha deve te servir. – Ele disse, apontando para o guarda-roupa. Enquanto escovava os dentes.

– Eu aposto que ficaria linda. – Ele disse, rindo em voz baixa.

Ri também.

– E escova de dente? – Perguntei.

– Eu tenho outra. – Respondeu.

Enquanto eu escovava os dentes no banheiro, dava para ver Tate colocando o pijama no quarto. Era um pijama que tinha a blusa cinza e a calça era azul, xadrez.

Ele não era gordo nem magro demais, era definido, mas não excessivamente. Perfeito, foi a única palavra que consegui pensar.

Após eu escovar os dentes, Tate abriu o guarda-roupa e escolheu uma camisa que tinha o símbolo do Kiss.

– Legal. – Comentei.

– Vou me trocar no banheiro.

– Eu me troquei na sua frente. – Ele resmungou.

– Não, eu tenho vergonha. – Comentei, começando a rir.

Ele riu também.

Troquei-me, sentindo-me um pouco mal por ter de usar apenas uma camisa e ficar de calcinha com Tate na mesma cama.

Espantei esses pensamentos e me dirigi até o quarto novamente, onde Tate já estava deitado e as luzes apagadas, restando somente a luz do abajur que havia no criado-mudo.

O quarto era num tom azul-escuro, tinha o piso de madeira e uma cama de casal com um lençol cinza ao lado de duas janelas grandes que estavam cobertas por persianas brancas. O guarda-roupa ficava encostado na parede da direita, perto da porta para o banheiro. Havia uma TV embutida na parede que dava de frente para a cama. Uma escrivaninha, com gavetas e um copo cheio de lápis e canetas, um notebook prateado que ficava na escrivaninha e uma estante de madeira cheia de livros.

Deite-me na cama ao lado de Tate, que resmungou:

– Meu deus, seus pés são muito frios.

Eu ri.

Ele se virou, ficando de frente para mim. Ele ficou me olhando por alguns segundos e depois me abraçou.

– Acha que seu pai vai vir aqui atrás de você? – Ele perguntou.

– Talvez, mas talvez ele não seja tão louco assim. – Respondi.

– Mas eu não quero pensar no meu pai. Estou cansada demais.. – Comentei.

Ficamos conversando por alguns instantes até eu pegar no sono.


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Notas finais do capítulo

Casa do Tate:

http://oi58.tinypic.com/2h7nk80.jpg

Carro do Tate:

http://oi59.tinypic.com/2pt0weh.jpg

Barco do Tate:

http://www.theglam.com.br/site/wp-content/uploads/Princess.jpg

~Aqui é tudo ostentação u.u hahahaha ~

Espero que tenham gostado, comentem se puderem(qualquer coisa que vier a sua cabeça)



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