The Psychopath escrita por Daughter of Zeus
Notas iniciais do capítulo
Oi gente, oi pessoal. E então, como pedido, capítulo com mais Violate! YEEY!
Capítulo fofinho pra vocês!
Enfim, boa leitura, espero que gostem e tudo mais...
POV Violet
Eu estava trancada no meu quarto, deitada na cama, chorando e ouvindo música no volume mais alto possível. Chorava porque sabia que meus pais iriam se separar em breve, e que eu teria que morar com a minha mãe, e que ela nunca mais seria a mesma e choraria 90% do tempo, eu iria ter de mudar de escola novamente... Nunca mais poderia ver Tate.
Apesar de uma pequena parte de mim que continuava a pensar que talvez ele não me amasse tanto quanto dizia. ‘’Ele é um monstro, Violet. Ele nunca irá nutrir sentimentos por você, talvez ele não ame nem a si mesmo. ’’ Lembrei-me da frase que meu pai havia dito. Parte de mim concordava com isso e a outra insistia em que era tudo mentira, Tate estava apenas traumatizado pelo acidente que sua família sofreu e por nunca ter conhecido seu pai.
Meus braços estavam ardendo novamente. Puxei a manga da blusa do meu braço direito, era uma mistura de cicatrizes e vários cortes, alguns que foram feitos horas atrás, quando meus pais discutiam novamente e meu pai fez questão de gritar em pleno som que a maior parte da culpa do casamento deles estar acabando era minha, e outra da minha mãe. Porque minha? Porque eu me sentia mal ao ver o estado de depressão da minha mãe, ao ver que nossa família estava falindo muito mais rapidamente do que qualquer um esperava. E que morávamos em uma casa onde ocorreu uma chacina e que algumas pessoas se recusavam a trabalhar para nós ou chegar a mais de um centímetro perto do gramado. Sentia-me culpada por não ser a menina alegre e brilhante, popular, com vários amigos e com notas altas que eles esperavam que eu fosse.
Comecei a chorar mais ainda após pensar nisso. Estava pensando seriamente em furtar algumas pílulas do consultório do meu pai e acabar com tudo de uma vez. Não havia ninguém em casa, exceto a empregada, mas quando ela percebesse seria tarde demais.
Tirei os fones de ouvido, levantei-me, puxei as mangas da minha blusa para cobrir meus cortes. Fui até o banheiro, me olhei no espelho.
Eu estava com o rosto inchado de tanto chorar, os olhos vermelhos e meu rosto estava todo molhado por conta de tantas lágrimas. Enxuguei mais uma lágrima que insistia em cair e lavei meu rosto. Agora parecia um pouco mais decente. Se for para morrer, eu desejaria que quando encontrassem meu corpo, não me vejam desta forma.
Refiz o coque no meu cabelo, que estava todo bagunçado. Assustei-me quando escutei três batidas apresadas na porta.
– Vi, você esta ai? – Perguntou uma voz familiar.
Tate. Ele era a pessoa que eu menos desejaria ver agora, não queria que ele visse meu rosto inchado e meu braço cheio de cortes.
Dirigi-me até a porta, e pensei se abriria ou simplesmente o mandava ir embora.
Abri a porta, ele estava com um belo sorriso no rosto, que logo se desmanchou dando lugar a uma expressão preocupada ao ver o meu estado.
– Violet, você estava chorando? O que houve? – Perguntou, com uma voz terna.
– Eu estava. Tate, eu acho que não é o melhor momento para conversar agora. – Eu disse, tentando não ser rude, oque falhou.
– Você quer que eu vá embora? Não posso te deixar nesse estado, vamos conversar, por favor. – Ele disse, enquanto entrava no quarto, fechando a porta.
– Tate, não.. – Protestei, tentando não chorar na frente dele.
Ele sentou-se na cama, e eu fiquei na frente dele, de pé. Ele me puxou para sentar ao lado dele, ele me abraçou e disse:
– Violet, não ligue para os seus pais. Eu sei como é isso, e sei o que esta passando pela sua cabeça agora. E não, não faça isso, por mais que pareça a melhor opção no momento.
– O que você acha que eu estava pensando em fazer? – Perguntei, com minha voz já expressando o quão irritada eu estava.
Ele arregaçou as mangas da minha blusa, mostrando o meu braço cheio de cortes.
– Isso responde? Suicídio.
Puxei as mangas para baixo de novo.
– E se for? Vai dizer que se importa?! Por favor, Tate, eu sei que não. Eu sei que o único motivo de você se aproximar de mim é porque tem medo de ficar sozinho. – Eu gritei, sem nem pensar.
Mas ele não pareceu ficar irritado, pareceu ficar confuso.
– Não, não é. Eu fiz tudo isso porque eu amo você e sim, eu me importo com você, apesar de você aparentemente não notar nada disso. – Ele disse.
Ele levantou, indo em direção à porta.
– Tate, espera! – Pedi, indo atrás dele.
– É realmente verdade o que você disse agora? – Perguntei.
–É sim, mas porque a pergunta? Você se importa? – Ele perguntou, parecendo ofendido.
– Desculpa. Eu não deveria ter dito isso. – Murmurei.
Ele balançou a cabeça em sinal de repreensão.
– Por favor, fica. – Eu pedi.
– Por quê? Porque quer que eu fique? – Ele perguntou.
Pensei no que ele disse.
– Porque eu te amo? – Falei.
Ele ficou pensando por alguns instantes.
– Tudo bem. – Ele murmurou.
Sentei-me na cama novamente, e ele fez o mesmo. Abracei-o.
– Desculpa por ter te tratado mal. – Murmurei, mais uma vez.
– Ei, eu já te desculpei. – Ele disse, dando um beijo na minha testa.
– Mas agora eu quero fazer uma pergunta. Por que estava chorando antes? – Ele perguntou.
Respirei fundo.
– Meus pais. Eles ultimamente só estão brigando, provavelmente vão se divorciar e... – Fiz uma pausa. – Nunca mais vou poder te ver se eles se separarem.
– Se tiver de se mudar, eu posso ir para a cidade que você for. Eu não tenho mais nada além de você, esqueceu? - Ele falou, dando um sorriso.
Eu sorri também.
– E eu quero que me prometa uma coisa. – Ele disse.
– O que? – Perguntei.
– Nunca mais faça isso de novo, nunca. – Ele continuou, apontando para o meu braço. – Me prometa.
– Eu prometo.
– O que quer fazer agora? – Perguntou.
– Não sei. – Respondi.
– Podemos ir à praia? – Ele perguntou, parecendo empolgado.
– Sim. – Respondi.
– Eu tenho a chave de um barco. – Ele comentou.
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Fomos até a praia com o carro de Tate. Ele tem um Audi branco.
O barco do Tate tinha o sobrenome dele escrito na lateral, ‘’Langdon’’em letra azul. Sentei-me com ele no barco. Já estava de noite, tinha muitas estrelas, e estava um pouco frio.
– E então, vamos assar marshmallows? – Ele perguntou.
Eu ri.
– Tem marshallows aqui? – Perguntei.
– Tem sim. Eu costumo vir aqui às vezes, para esquecer um pouco do mundo.. Para ver as ondas. – Ele comentou.
– Mas enfim, gosta de marshmallows? – Ele perguntou, novamente.
– Sim, gosto. – Respondi, dando uma risada.
– Podemos fazer uma fogueira e assar marshmallows então. O que acha? – Perguntou.
– Parece ótimo. – Comentei.
Tate pegou algumas lenhas que ele tinha no barco e acendeu uma fogueira mediana. Ficamos conversando sobre assuntos sem sentido e assando marshmallows.
– Que bela noite romântica. – Comentei, rindo.
Ele riu também.
– Fico feliz que gostou. – Ele comentou, entre risos.
Senti meu celular vibrando no bolso do meu casaco. Peguei e vi que era meu pai. Tate se esticou para ver quem era e disse:
– Não atenda.
– Por quê? – Perguntei.
– Ele vai querer que você vá embora. Não quero que vá. – Ele disse, me olhando com uma expressão triste.
Respirei fundo.
– Mas Tate, se eu não atender ele vai vir me procurar. Ele é louco. – Falei.
– Ele nunca vai nos achar aqui.
Olhei mais uma vez para o celular, que ainda tocava.
– Por favor.. – Ele pediu, se aproximando ainda mais de mim.
Suspirei e rejeitei a chamada. Olhei para ele novamente e disse:
– Feliz agora?
– Ainda não. – Ele disse, dando uma risada.
Ele me beijou. Foi um beijo calmo, que me fez esquecer tudo por alguns segundos.
Fomos interrompidos por um relâmpago no céu.
– Ah não. – Tate murmurou.
Levantei-me da areia, batendo meu casaco para que ela saísse.
– Quer ir para a sua casa? – Ele perguntou, enquanto se levantava.
– Na verdade não. – Admiti.
Ele abriu um sorriso.
– Para a minha? – Perguntou.
– Ótimo.
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Tate sentou no sofá da sua casa quando chegamos. Ele me puxou para perto dele e disse:
– E então? O que quer fazer?
– Não sei. Eu só sei que estou cansada. – Comentei.
– Eu também. – Ele concordou.
– Podemos dormir, então. Já está tarde. – Ele disse.
– E eu posso dormir aqui? – Perguntei.
– Por mim, pode. – Ele disse, rindo.
– Mas pelo meu pai?!
– Ah, o seu pai.. Sempre ele. – Ele disse, parecendo um pouco irritado. - Amanhã eu converso com ele, não se preocupe.
– Hum. – Falei.
Quando já estávamos no quarto, me lembrei de que eu não havia pijama e muito menos escova de dente.
– Ei, e eu não tenho pijama. – Comentei com ele.
– Qualquer camisa minha deve te servir. – Ele disse, apontando para o guarda-roupa. Enquanto escovava os dentes.
– Eu aposto que ficaria linda. – Ele disse, rindo em voz baixa.
Ri também.
– E escova de dente? – Perguntei.
– Eu tenho outra. – Respondeu.
Enquanto eu escovava os dentes no banheiro, dava para ver Tate colocando o pijama no quarto. Era um pijama que tinha a blusa cinza e a calça era azul, xadrez.
Ele não era gordo nem magro demais, era definido, mas não excessivamente. Perfeito, foi a única palavra que consegui pensar.
Após eu escovar os dentes, Tate abriu o guarda-roupa e escolheu uma camisa que tinha o símbolo do Kiss.
– Legal. – Comentei.
– Vou me trocar no banheiro.
– Eu me troquei na sua frente. – Ele resmungou.
– Não, eu tenho vergonha. – Comentei, começando a rir.
Ele riu também.
Troquei-me, sentindo-me um pouco mal por ter de usar apenas uma camisa e ficar de calcinha com Tate na mesma cama.
Espantei esses pensamentos e me dirigi até o quarto novamente, onde Tate já estava deitado e as luzes apagadas, restando somente a luz do abajur que havia no criado-mudo.
O quarto era num tom azul-escuro, tinha o piso de madeira e uma cama de casal com um lençol cinza ao lado de duas janelas grandes que estavam cobertas por persianas brancas. O guarda-roupa ficava encostado na parede da direita, perto da porta para o banheiro. Havia uma TV embutida na parede que dava de frente para a cama. Uma escrivaninha, com gavetas e um copo cheio de lápis e canetas, um notebook prateado que ficava na escrivaninha e uma estante de madeira cheia de livros.
Deite-me na cama ao lado de Tate, que resmungou:
– Meu deus, seus pés são muito frios.
Eu ri.
Ele se virou, ficando de frente para mim. Ele ficou me olhando por alguns segundos e depois me abraçou.
– Acha que seu pai vai vir aqui atrás de você? – Ele perguntou.
– Talvez, mas talvez ele não seja tão louco assim. – Respondi.
– Mas eu não quero pensar no meu pai. Estou cansada demais.. – Comentei.
Ficamos conversando por alguns instantes até eu pegar no sono.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Casa do Tate:
http://oi58.tinypic.com/2h7nk80.jpg
Carro do Tate:
http://oi59.tinypic.com/2pt0weh.jpg
Barco do Tate:
http://www.theglam.com.br/site/wp-content/uploads/Princess.jpg
~Aqui é tudo ostentação u.u hahahaha ~
Espero que tenham gostado, comentem se puderem(qualquer coisa que vier a sua cabeça)