The Psychopath escrita por Daughter of Zeus


Capítulo 5
Capítulo 5 - Pizza


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, caso alguém ainda estiver lendo isso, por favor se manifeste! ( Os acessos estão baixos e temos apenas um comentário.) Enfim, comentem qualquer coisa para eu pelo menos poder saber que existe alguém que ainda lê isso.



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POV Tate

Fui ao hospital logo de manhã. Ela estava na mesma cama de hospital, agora sua aparência parecia muito pior do que estava ontem. Ela estava pálida e com olheiras, com o olhar meio apagado. O médico disse que sentia muito e que ele havia feito tudo o que podia e que não sabia se ela iria passar desta noite. Ele me acompanhou até o quarto e me deixou sozinho.

Sentei-me na poltrona do lado dela e fiquei a observando por alguns instantes. Sabia que ela não podia falar, mas acho que ela conseguia entender.

– Mãe.. Você pode me ouvir? – Perguntei.

Esperei durante alguns segundos, nenhuma resposta.

– Tudo bem, espero que consiga. Antes do acidente, nós sempre brigávamos muito por vários motivos, nunca nós demos bem. Mas no fundo... A única coisa que eu queria era que fossemos uma família, entende? Todos sentados na mesa, que Addie não sofresse daquela doença, que papai não fosse embora e que você não tivesse vícios.

Ela ficou do mesmo jeito por mais alguns segundos. E então olhou para mim. Os aparelhos começaram a apitar, de repente a sala toda estava cheia de enfermeiras e médicos.

– Senhor Langdon, preciso que saia. – O doutor me disse, enquanto uma enfermeira me acompanhava até a porta.

– Não.. – Ouvi minha mãe dizer com a voz rouca, apontando para mim. – O seu pai.. Você precisa saber!

Ela tentou pegar alguma coisa de baixo da cama, mas a enfermeira me puxou para fora da sala.

– Eu acho melhor ficar aqui. Sei que é difícil, mas deve esperar. – A enfermeira disse.

Ela entrou no quarto novamente e eu me sentei num dos bancos de espera. Minutos e mais minutos se passavam. Várias pessoas estavam sentadas do meu lado, alguns como eu, não paravam de olhar o relógio, outros tentavam consolar os que estavam cabisbaixos chorando.

Depois de mais ou menos quarenta e cinco minutos, que pareciam horas intermináveis, o médico saiu e veio até mim. Ele não disse nada por um momento, passou a mão pelo rosto e então disse:

– Ela faleceu, sinto muito.

Não sabia o que dizer, fiquei olhando para ele, esperando ele dizer que estava brincando ou algo assim. Mas ele ficou me encarando com aquela mesma expressão cansada. Ele colocou as mãos dentro do bolso do jaleco e tirou uma caixinha marrom-escura amarrada com uma fita mimosa branca.

– Creio que ela gostaria que eu te entregasse isto. – Ele disse, me entregando a caixinha.

Fui embora alguns minutos depois. Não aguentaria ficar mais um segundo dentro daquele hospital.

Andei até a minha casa, pensando oque continha aquela caixinha. Pensei no que minha mãe havia dito:

‘’O seu pai. Você precisa saber!’’

Porém eu prometi á mim mesmo que não a abriria, não antes de chegar em casa. Hoje era sábado, por isso era bem provável que eu não veria Violet hoje, já que eu não sabia se Ben atendia no sábado.

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POV Violet

Minha mãe havia me pedido para ir ao mercado com ela. No estacionamento, ela havia encontrado uma amiga e as duas ficaram conversando por horas, e acho que minha mãe percebeu minha cara de tédio, por isso me levou para casa e ela foi para a casa da sua amiga.

Destranquei a porta e logo ouvi meu pai gritando com alguém.

– Hayden, eu não posso. Será que não entende que acabou? Foram só três meses, e eu não quero mais nada com você.

Subi um pouco as escadas para tentar ver com quem ele falava. Ouvi que a tal ‘’Hayden’’ começou a chorar, soluçava alto.

– Eu te amo, Ben. Eu não vou aguentar ficar longe de você.

– Não me importo. Acabou, Hayden. E eu quero que vá embora agora, minha esposa pode chegar a qualquer momento. – Meu pai falou.

– A sua esposa, é? É dessa velha que você gosta?! – Ouvi ela quebrar alguma coisa.

– CHEGA! Eu quero que vá embora agora! – Ele gritou.

Eu desci as escadas rapidamente e fiquei espiando atrás de uma parede que dava para a cozinha. Vi ele arrastando uma mulher de cabelos castanhos e de rabo-de-cavalo, estava com o rímel borrado e vestia uma blusa cinza comprida com calça jeans escura e sapatilha bege.

Ele abriu a porta e empurrou a mulher para fora, quase fechando a porta na cara dela, mas ela segurou e gritou:

– Eu estou grávida!

Ele pareceu ficar em transe por alguns segundos e depois empurrou a porta de novo, mas ela continuou segurando.

– É mentira. – Ele disse.

– Não, não é. Eu fiz o teste, esta na minha bolsa. Eu posso te mostrar, vai fazer quatro semanas. – Ela disse, enxugando as lágrimas com a manga da blusa.

– Dois minutos. – Ele disse e saiu com ela para fora.

Eu não poderia acreditar nisso. Então essa era a mulher com quem ele havia traído minha mãe?

Subi correndo para o meu quarto e larguei a mochila na cama. Esperei mais alguns segundos, pensando se ficava ali ou ia embora. Decidi ir para a casa do Tate.

Desci as escadas e vi meu pai me olhar com cara de confuso.

– Violet, você estava aqui? Há quanto tempo? – Ele perguntou.

Não o respondi. Estava com tanta raiva dele que nem fui capaz de olhar para ele.

Sai o mais rápido possível para a casa do Tate. Ele parecia estar em casa, as luzes estavam acesas. Toquei a campainha e esperei um pouco, e lá apareceu ele. Ele estava um pouco diferente do normal, parecia assustado.

– Posso entrar? – Perguntei.

– É claro, vem. – Ele respondeu.

A casa dele se parecia um pouco com a minha. Piso de escuro de madeira e cor do papel de parede era verde-claro. Ele me levou até a sala, onde tinha um sofá e uma poltrona que formavam um L a frente da lareira, havia um tapete cor de creme no meio da sala e uma mesa de vidro na frente dos sofás. Na mesa estava uma caixinha marrom e algumas folhas de papel um pouco amareladas.

Ele sentou no sofá e eu me sentei ao seu lado.

– Minha mãe morreu hoje. – Ele murmurou.

– Cheguei num mau momento? – Perguntei.

– Não. Eu queria te ver. – Ele disse.

Fiquei em silêncio.

– Tem alguma coisa de errado? – Ele perguntou.

Eu lhe contei sobre Hayden.

– Isso é terrível. Sua mãe não estava grávida? – Perguntou.

– Sim, estava. Mas ela perdeu. – Respondi. – Mas agora chega de falar sobre Hayden.

– Sobre o que quer falar? – Ele perguntou.

– Não sei. É difícil. Sua mãe morreu hoje e eu descobri que meu pai engravidou a amante. – Respondi.

Ele riu.

– Não fique ressentida pela minha mãe. Ela estava num péssimo estado, eu acho que foi melhor assim. – Ele disse.

– Além disso, tem coisas melhores do que conversar sobre os nossos pais.

– O que, por exemplo? – Perguntei.

– Não sei, fale de você. – Ele disse.

Eu ri.

– O que quer saber sobre mim? – Perguntei.

– Cor favorita? – Ele perguntou.

– Roxo. – Respondi.

– Gosta de pizza? – Perguntou.

– Então você pode ficar aqui comigo, podemos pedir pizza. – Ele disse. – E ah, esquecemos o seu pai.

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Depois de comer pizza e ficar horas jogando cartas, me lembrei que tinha que voltar para casa.

– Não, fica um pouco mais. – Tate pediu.

Balancei a cabeça negativamente.

– Se eu ficar mais um pouco, vão achar que você me sequestrou. – Brinquei.

Ele riu.

– Pensando melhor, seria bom te sequestrar... – Ele falou, dando uma gargalhada.

– Ei, é sério. Eu preciso mesmo ir. – Eu disse.

Ele finalmente me deixou ir, depois de mais um longo abraço.

Quando eu cheguei, meu pai estava na sala de estar, junto de minha mãe que estava escrevendo alguma coisa no notebook.

– São 23h00min onde estava? – Ele perguntou.

– Não interessa. – Murmurei.

Ainda estava morrendo de raiva dele, mas não pretendia contar nada a mamãe. Ela já passou por coisas demais, talvez fosse melhor ela não saber de nada. Tomei um banho e olhei pela janela. Dava para ver a casa de Tate, as luzes ainda acessas.


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Notas finais do capítulo

Ok, gostaria de lembrar a vocês para comentarem(qualquer coisa mesmo!).

Curiosidade:

Vocês acham que o Tate gosta de frango e batata doce? hahahaha
~Tá, parei. hahaha ~



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