The Psychopath escrita por Daughter of Zeus


Capítulo 7
Capítulo 7 - E mais uma vez, eu estrago tudo


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Então, como vocês viram, troquei a capa da fanfic! Por motivos de: FINALMENTE na história da Terra, eu aprendi a fazer capas! Palmas para mim. ~clap, clap~

Queria perguntar pra vocês também, se vocês gostaram da capa.. Já que é a minha primeira capa e tals..

E eu também queria me desculpar pela demora, demorei por motivos técnicos ~ falta de inspiração ~

Mas enfim, voltamos com mais um capítulo! YEEY :)



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POV Violet

Acordei, tateei o criado-mudo procurando meu celular. Eram 08h30min da manhã. Tate ainda dormia tranquilamente do meu lado. A chuva ainda caía lá fora.

Levantei, procurando fazer o mínimo de barulho possível. Peguei minhas calças que estavam em cima da cadeira que ficava em frente à escrivaninha. Vesti meu suéter cor de vinho e calcei meu all-star.

– Aonde vai? – Tate perguntou, sentado na cama com uma cara de sono.

– Para casa, não posso ficar mais. – Respondi.

– Ah, só um pouquinho.. – Ele pediu.

– Tate, eu não posso.

– Mas esta chovendo ainda, é cedo. – Ele disse, olhando em direção á janela.

– Eu sei, mas... Meus pais vão ficar preocupados, você sabe como eles são. – Falei, sentando-me na cama.

– Ok. – Ele disse, com um ar triste.

– Mas podemos nos ver de tarde ou de noite, o que acha? – Perguntei.

– Eu posso ir à sua casa ou você vem aqui? – Ele perguntou.

– Você pode ir. – Respondi.

Tate pegou um guarda-chuva para eu poder ir embora. Despedi-me dando um beijo nele de leve e corri para casa.

Meus pais ainda estavam dormindo, graças a deus.

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POV Tate

Voltei para a cama após Violet ter ido para casa, mas não consegui dormir. Fiquei fitando o teto por horas, até que ouvi meu celular vibrando no criado-mudo.

Era alguém ligando, não reconheci o número, mas atendi.

Oi Tate.

– Quem é?

Vai dizer que já esqueceu?

– Apenas diga quem é.

Alguém que tem algo do seu interesse.

– Oqu..- A ligação foi encerrada antes que eu terminasse minha frase.

Meu celular vibrou novamente, uma nova mensagem. Abri, e demorei a entender o que era.

Uma foto, de uma pasta com páginas amareladas e um pouco chamuscadas.

– Dentro de uma hora esta pasta será entregue a polícia, e aposto que em menos de vinte minutos você estará no lugar de onde nunca deveria ter saído.

Dizia uma mensagem logo abaixo da imagem.

– Isso não pode estar acontecendo.. – Murmurei para mim mesmo.

Em total desespero, levantei-me da cama e liguei novamente para o mesmo número. Mas ninguém atendia, somente chamava e caia na caixa postal. Liguei mais umas dez vezes e finalmente a mesma pessoa atendeu.

– Está ansioso? – A voz feminina do outro lado da linha perguntou, em tom de sarcasmo.

– Onde conseguiu aquela pasta?! – Gritei, desesperado.

– Isso não importa, o que importa é que irá voltar para o seu lar. Não está feliz?

Eu já havia perdido a paciência. Como alguém sabia de tudo aquilo?

Eu não suportaria voltar para aquele lugar novamente. Nunca mais. Eu havia prometido á mim mesmo.

– Por favor.. Apenas responda! Quem você é? Porque você quer entregar isso à polícia?

Ouvi um suspiro do outro lado.

– Leah, seu idiota! Você realmente disse ‘’por favor’’? Você espera que eu tenha pena de você depois de todos esses anos que eu venho procurado alguma forma de fazer você pagar pelo o que fez. Eu espero que eles te torturem da pior maneira que você jamais poderá imaginar nesta mente doentia que você tem!

Eu não sabia o que fazer. Ela finalmente teria oque ela sempre quis, eu iria voltar para aquele maldito manicômio.

– Leah, por favor. Não entregue isso a polícia, eu não quero voltar á aquele lugar.. Por favor! – Eu implorei.

Leah começou a rir do outro lado da linha.

– Você não é digno de pena, Tate. E sim, eu vou entregar isso à polícia. Isso é tudo. Aproveite esse tempo para se despedir da sua amada vadiazinha. – Ela gritou do outro lado da linha.

E ela desligou mais uma vez.

Eu desabei na minha cama. E se eu fugisse? Não. Eu me lembro da última vez que fiz isso. Se você fugir, assim que te acharem eles irão ter permissão para lhe deixar sem comida por um dia e lhe bater até sua pele ficar em carne viva, tudo isso enquanto você esta preso por algemas que impedem que você reaja.

E, além disso, toda a minha história iria aparecer na primeira página do jornal. Violet.Ela veria tudo. Ela jamais me perdoaria, me veria como um monstro pelo resto dos meus dias.

Eu não poderia fazer nada, além de esperar.

Faça alguma coisa. Uma voz gritava na minha cabeça.

Peguei meu celular e liguei para Leah novamente. Desta vez ela atendeu mais rápido.

– O que foi? Quer pedir perdão? – Ela disse com um tom sarcástico.

– Tem alguma coisa que eu possa fazer para que você não entregue a pasta? – Perguntei, era a última coisa que eu poderia fazer.

– Hum.. Talvez. – Ela disse. – Esteja na fábrica perto da praia, em vinte minutos.

Ela desligou novamente.

Troquei-me o mais rápido possível e dirigi até a uma fábrica em ruínas que ficava perto da praia onde eu havia levado Violet. Ainda chovia levemente e uma longa camada de névoa cobria quase toda a cidade.

Leah não estava do lado de fora da fábrica, por isso decidi entrar. Subi dois lances de escadas, até finalmente ver Leah no terceiro andar, com a maldita pasta debaixo do braço.

– Antigamente, quando eu e William ainda não namorávamos, quase sempre depois das aulas a gente se encontrava aqui. – Ela falou.

Ela me mandou vir até aqui para eu me sentir culpado?

– O que eu terei de fazer? – Perguntei.

Ela suspirou.

– Eu quero que entregue a pasta a Violet, quero que ela veja cada palavra que tem nesta pasta, após isso, termine tudo com ela e saía da cidade. E não cometa mais nenhum crime. – Ela disse.

Mas Violet jamais poderia saber disso. Eu preferia morrer a ter que entregar esta pasta para ela.

E então a maldita voz na minha cabeça repetiu ‘’ Faça alguma coisa. ’’. Olhei para os lados. Provavelmente ninguém estaria nas proximidades da fábrica, estava chovendo e a névoa..

Eu nem raciocinei direito, quando eu percebi já havia empurrado Leah da escada enferrujada. Logo uma poça cor de carmim começou a se formar ao redor do seu corpo.

" Mais uma vez. Droga!’’ – Pensei.

Desci até o corpo de Leah e verifiquei se ela realmente estava morta, depois juntei a pasta que havia caído perto do seu cadáver.

Decidi deixar o corpo de Leah ali mesmo. Provavelmente, pensariam que ela tinha voltado até a fábrica para relembrar de William, e ‘’acidentalmente’’ caiu da escada.

Enquanto dirigia, comecei a me arrepender do que eu fiz. Tudo bem, a ideia de voltar para o hospício era horrível, e eu não teria coragem de mostrar a pasta á Violet. Mas se Violet soubesse de tudo isso, o que ela pensaria de mim?!

Tentei livrar minha mente desses pensamentos e tentar me concentrar no trânsito.

Dentro de uns dez minutos, cheguei em casa. Guardei a pasta em uma gaveta na minha escrivaninha. Pensei sobre o que minha mãe queria me dizer no dia em que havia falecido “Seu pai, você precisa saber!”. Eu ainda não havia lido a carta.

Talvez pela raiva que eu sentia dele, por ele nunca ter me procurado, nem enviado uma carta no natal ou algo assim. Minha mãe disse que ele apenas enviava uma quantia de dinheiro (Que normalmente era bastante), então eu presumo que ele deve ser bem sucedido. Então por que ele se escondia? Não havia nem sequer uma foto dele. Talvez eu seja um filho ilegítimo?

Peguei a caixinha, abri e sentei-me no sofá. Fiquei pensando se realmente valeria a pena ler aquela carta. Fechei a caixinha novamente. Ele provavelmente não gostaria de me conhecer, não sou o tipo de filho que um pai iria se orgulhar em ter. E eu não gostaria de conhecê-lo. Era tarde demais, preferia deixa-lo cair no esquecimento.

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POV Violet

Escolhi não almoçar com meus pais hoje. Eles estavam brigando no andar de baixo enquanto eu estava deitada na minha cama, ouvindo música e tentando ignorá-los.

Moira tinha trazido o meu almoço em uma bandeja de prata, mas eu mal toquei. Não conseguia comer.

Minha mãe apareceu na porta. Tirei os fones de ouvido e ela sentou na cama.

– O que quer? – Perguntei.

– Conversar. – Ela respondeu.

– Violet, eu estou preocupada. Você mal tem comido, some de casa, nos nem conversamos mais. Eu sei que é difícil, mas eu e seu pai temos feito de tudo para melhorar essa situação.

Suspirei, irritada.

– E o melhor que meu pai pode fazer é engravidar suas alunas?! – Falei, sem nem ao menos pensar.

Ela arregalou os olhos.

– ... Oque?

Finalmente parei para pensar na merda que eu havia dito. Ela não sabia nem da existência de Hayden.

– Desculpe. Apenas saía, eu não quero conversar agora.

– Violet.. – Ela chamou.

– Saía.. Por favor.

Ela se levantou e me olhou com uma expressão confusa no rosto e saiu me deixando sozinha no quarto.

Fui até a janela do meu quarto para ver se Tate estava em casa, parecia que sim. Desci até o andar de baixo e vi meus pais brigando no consultório do meu pai pela septuagésima sexta vez.

Abri a porta da frente e atravessei a rua, indo para a casa de Tate.

Apertei a campainha e esperei.

Ninguém atendeu. Apertei mais umas três vezes, ninguém atendeu novamente. Decidi ver se a porta estava aberta, e estava.

Comecei a procurar por Tate, mas ele não estava no primeiro andar. Subi para o segundo, em direção ao quarto dele. A porta do banheiro estava fechada, mas a luz do banheiro estava ligada. A porta do banheiro também não estava trancada, por isso resolvi entrar.

Tate estava tomando banho, mas o vidro do Box era escuro demais para poder vê-lo.

– Oi. – Falei, meio sem jeito.

– Violet?! – Ele chamou, parecendo assustado.

– Como.. Como conseguiu entrar aqui? – Ele perguntou.

– Você esqueceu-se de trancar sua porta da frente. – Respondi.

Ele desligou o chuveiro e abriu uma frestinha do Box apenas para pegar a toalha.

– Você sempre costuma invadir casas que estão com a porta aberta? – Ele perguntou, rindo.

– Hum, ás vezes... – Respondi, rindo.

Ele saiu do Box com a toalha enrolada na cintura e com o cabelo loiro ainda molhado, calçou os chinelos e foi até a cama, onde estava o seu pijama, uma camisa de manga comprida branca e uma calça de moletom cinza. Ele tirou a toalha e se vestiu ali mesmo, parecendo nem se importar que eu possa vê-lo do banheiro.

– Então, veio aqui para me ver? – Ele perguntou, terminando de vestir suas calças.

– Na verdade não. Eu vim só para ver sua casa. – Respondi, com tom de ironia.

Ele riu, mostrando suas covinhas.

Eu fui até a cama dele e me sentei, com ele ficando de pé, na minha frente.

– É uma pena.. Pensei que você veio aqui para me ver. Se fosse, eu iria mostrar minha gratidão. Mas já que não é o caso..

Eu ri, balançando a cabeça.

– Eu posso ter mudado de ideia.

– Ah, é mesmo? – Ele disse, se curvando para me beijar.

Ele se encaixou entre minhas pernas e me deitou na cama, depois voltou a me beijar.

Depois de segundos, interrompi o beijo.

– O que foi? – Ele perguntou, parecendo preocupado.

– Nada.. É que eu não consigo me concentrar nisso agora. – Respondi. – Sinto muito.

– Não, tudo bem. – Ele disse, saindo de cima de mim para sentar do meu lado.

– O que tem de errado? – Ele perguntou, se virando para mim.

– Meus pais de novo. Eu ouvi parte da discussão deles e.. Nós estamos falindo, meu pai esta com poucos clientes, provavelmente teremos de vender aquela casa e nos mudar daqui. E eu terei de morar com a minha mãe, se eles se separarem. – Respondi, me contendo para não chorar na frente dele.

Ele suspirou.

– Mas as coisas sempre mudam. O tempo todo. Talvez ele consiga recuperar seus clientes e eles não se separem.

– Talvez ele até possa conseguir clientes, mas eles vão se separar. – Contestei.

– E porque acha isso?

Eu respirei fundo, lembrando-me daquele dia em que eu havia chegado mais cedo e tinha visto Hayden e meu pai discutindo.

– Uma vez, eu cheguei em casa antes do que ele esperava, ele deveria estar sozinho, mas.. Ele estava com a amante dele. E ela disse que estava grávida. Sabe o quanto minha mãe iria ficar triste em saber que a amante dele esta grávida após ela ter acabado de perder um bebê? E hoje, eu, como sempre estragando tudo.. Acabei contando para ela que meu pai tinha engravidado a amante.

Ele suspirou, me olhando com uma expressão de preocupação no rosto.

– Quando essa criança nascer, meu pai provavelmente vai querer ficar com a amante. E minha mãe ganha muito menos do que o meu pai. Isso significa que teremos de vender tudo, e provavelmente nos mudar para a casa da minha tia, já que ela não vai ter dinheiro para comprar uma casa. – Falei, já não conseguindo mais conter minhas lágrimas.

– Por favor, não chore. – Ele disse, me abraçando. – Eu nunca sei o que fazer quando as pessoas choram.

– Não é tão fácil assim. – Repliquei.

– Eu sei mas.. Você não precisa passar por tudo isso. Você não precisa morar com sua mãe se não quiser. – Ele falou.

– Como assim? – Perguntei.

– Você não gosta de passar o tempo comigo? Nós podemos sair dessa cidade, morar juntos. – Respondeu.

Eu balancei a cabeça negativamente.

– Meus pais nunca iriam concordar com isso.

– Eles não precisam saber. Você tem dezesseis anos, já pode viajar sem a presença deles. Eles nunca irão descobrir para onde nós fomos. – Falou.

– Você definitivamente não conhece meus pais. Eles iriam denunciar para a polícia e todo o estado iria procurar a gente. – Repliquei.

– Você realmente acha que a polícia iria sair buscando por você, sendo que você não foi a força?

– Eu não sei.. É muito complicado. – Respondi.

– Então pense nisso, por favor.

Eu suspirei.

– Eu irei pensar, mas não tenho certeza de que irá dar certo.

– Você nunca vai ter certeza de que não vai dar certo se não tentar. – Ele disse.


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Notas finais do capítulo

Bônus pela demora: Capítulo um pouco mais grandinho.

Então, gente.. Comentários são sempre bem-vindos, comentem sempre que puderem e tals..

PS: Alguém tem tumblr? Se tiverem, me digam a URL para eu poder seguir e tals..
PS2: Estou pensando em escrever uma nova fanfic(AHS, também) vai ser baseada na 2 temporada(Asylum), o que vocês acham??



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