The Psychopath escrita por Daughter of Zeus


Capítulo 4
Capítulo 4 - I don't care




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POV Violet

Estava no intervalo, e Tate não havia aparecido até agora. Esperei escutando música e lendo sem muito interesse a matéria sobre a prova da semana que vem.

– Seu pai parece não gostar de mim. – Ouvi Tate dizer, sentado do meu lado.

Olhei para ele e tirei os fones de ouvido.

– O que ele disse ontem? – Perguntei.

– Ele disse para eu ficar longe de você. – Ele respondeu.

– Mas eu nunca fui muito obediente... – Ele falou, abrindo um sorriso no final.

Eu ri.

Vi que a mesma menina, ‘’a presidente do conselho estudantil’’ estava nos encarando.

– Você conhece aquela menina? – Perguntei, olhando em direção a ela.

Ele olhou para ela também e pareceu ficar nervoso. Ele levantou e disse:

– Vamos lá para dentro, vem.

Eu levantei e o segui, até o ginásio, que estava vazio.

– O que tem de errado com aquela menina? – Perguntei, intrigada.

– Ela é a namorada do cara em que eu bati. – Ele respondeu. - E ela me odeia por eu ter feito isso.

– E porque você bateu nele, afinal? – Eu perguntei.

– Porque ele me incomodava. E eu não gosto de falar nisso. – Ele respondeu, ficando inquieto.

O sinal para o fim do intervalo soou.

*---------------------------------------------------------------------------------*

As aulas tinham terminado, e eu estava esperando minha mãe vir me buscar. Vi que a mesma menina que estava me encarando no intervalo estava andando até a mim.

– Você precisa ficar longe do Tate. – Ela disse.

– Por que eu faria isso? – Perguntei.

– Você sabe quem eu sou? O que ele fez para mim? – Ela perguntou.

– Oh, você é a suprema presidente do conselho estudantil. Posso beijar seus pés? – Perguntei, com ironia.

– Não, não é isso. Tate matou o meu namorado. Você tem ideia do que ele pode fazer para você? – Ela perguntou.

– Ele bateu no meu namorado com taco de baseball até ele ficar inconsciente, ele ficou num estado crítico. Ele nem ao mesmo conseguia andar sozinho! – Ela falou, parecendo que ia chorar.

– Ele é um monstro! – Ela gritou.

– Eu sei o que ele fez. E eu sinto muito. – Eu disse.

Ela me olhou com uma cara de ódio e eu pensei que ela iria me bater.

– O meu namorado poderia ter tido uma vida, ele poderia ter se formado, nos poderíamos casar e ter filhos! E num instante tudo isso foi por água abaixo por culpa dele.

Minha mãe chegou.

– Olha, eu sinto muito. Tenho que ir. – Eu falei.

No caminho para casa, fiquei pensando no que ela disse. E o que o meu pai disse também. Parecia que ninguém gostava dele além de mim, todos o viam feito um monstro. Mas para mim, ele não era. Talvez ele tenha mudado com o tempo.

*---------------------------------------------------------------------------------*

Cheguei em casa, Moira estava preparando o jantar e meu pai tinha saído de novo. Eu estava no meu quarto, quando ouvi alguém bater na porta. Levantei e abri, era Tate.

– Olá. – Ele disse.

– Você não pode vir aqui. Se meu pai lhe vir de novo ele vai te matar. – Eu falei.

– Não se preocupe. – Ele disse.

Eu sentei na cama de novo e ele sentou também.

– Aquela menina veio falar comigo hoje. – Eu falei.

– Leah? – Ele perguntou.

– Não sei o nome dela. – Respondi.

– O que ela disse? – Ele perguntou.

– Ela disse que era namorada do garoto que você matou e que era para eu ficar longe de você. – Eu respondi.

– E você vai fazer o que ela disse? – Ele parecia preocupado.

– Nunca fui muito obediente. – Respondi.

Ele balançou a cabeça e riu.

– Mas, você não se importa mesmo? – Ele perguntou.

Neguei.

– Isso é bom. – Ele disse.

– E eu preciso ir. Seu pai logo vai chegar e ele não gosta de me ver contigo. – Ele falou.

– Sério? Mas não pode ficar mais? – Eu pedi.

Ele balançou a cabeça negativamente.

– E se ele chegar e eu ainda estiver aqui? Ele não vai te deixar mais eu te ver. – Ele explicou.

– Mas não fique assim. Já que eu não posso vir aqui, você pode ir à minha casa, sempre que quiser. – Ele disse, me abraçando.

Ele ficou mais um tempo abraçado em mim e se despediu.

*---------------------------------------------------------------------------------*

Durante o jantar, meu pai parecia inquieto, minha mãe percebeu e lhe perguntou o que havia de errado.

– É que investimos muito dinheiro nessa casa, e eu estou perdendo clientes... Muitos problemas. – Ele respondeu.

– E principalmente Tate. – Minha mãe comentou.

Ele pareceu ficar furioso e disse:

– Tate pagava bem. Mas o problema é que ele é uma má influencia para Violet, será que não percebe?! Não tenho certeza se posso trata-lo novamente.

– Ei eu ainda estou aqui. – Protestei.

– Mas é verdade, Violet. Você não entende, Tate é um psicopata. Eu mesmo nunca vi um caso como ele. Ele é manipulador, ele mente para agradar as pessoas e conseguir tudo o que quer. – Ele disse.

Já chega. Levantei-me e fui para o meu quarto, o deixando falar sozinho.

Fui para o banheiro, enchi a banheira e tomei um banho. Enquanto eu terminava de vestir meu pijama, ouvi alguma coisa lá fora. Olhei pela janela que dava vista para o jardim e Tate estava lá em baixo.

Ele fez um sinal, dizendo para eu descer. Desci e fui até lá.

– Você é louco? Se meu pai lhe vir aqui essas horas ele te mata. – Falei.

Ele riu.

– Eu precisava te ver. Posso ficar um pouco? – Ele pediu.

Maldito. Eu não conseguiria negar. Assenti com a cabeça e disse:

– Vamos lá para dentro, aqui está frio.

Ele me seguiu até o meu quarto. Ele sentou na cama e me puxou para um abraço. De repente ele começou a chorar.

– Tate? O que foi? – Perguntei.

– Eu devo ter te contado sobre minha mãe. Não foi? Hoje depois de eu vir aqui te ver, eu fui até o hospital. Minha mãe estava pior, me disseram que ela poderia morrer a qualquer momento. – Ele respondeu.

– Isso é horrível. – Eu falei.

– Eu não sei o que eu vou fazer se ela morrer. Eu vou ficar sozinho de novo. – Ele murmurou.

– Ei, não. Eu também estou aqui, não vai ficar sozinho. – Eu disse, tentando confortá-lo.

– Sério? – Ele perguntou.

– Eu preciso ir para casa, esta muito tarde. – Ele disse, enxugando as lágrimas do rosto.

Eu o acompanhei até a porta da frente e me despedi.

Eu fiquei pensando no que meu pai disse. Mas ele parecia mais deprimido do que psicopata, sua irmã morreu num acidente, ele nunca conheceu seu pai e sua mãe estava morrendo numa cama de hospital. Não deixaria qualquer um louco?

Fiquei ouvindo Birds no meu Ipod até o sono chegar.


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Notas finais do capítulo

Birds - Crystal Castles

Alguém de vocês gosta de Crystal Castles? Eu acho que seria uma banda que Violet provavelmente gostaria, e além disso eu quase sempre faço os capítulos ouvindo as músicas dessa banda.

E então, comentem sobre o que gostaram no capítulo, sobre o que vocês acham do Tate e sobre o que vocês não gostaram/ acharam que ficou ruim.



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