The Psychopath escrita por Daughter of Zeus


Capítulo 3
Capítulo 3 - Birds




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POV Violet

Hoje eu tinha me arrastado para vir para a escola. Estava nevando muito e era quase impossível ficar lá fora.

O tempo passou rápido, já que como havia poucos alunos, reduziram o período das aulas em uma hora.

No intervalo, vi que estavam vendendo chocolate quente. Comprei um e fui em direção ao ginásio. Ao invés de todos irem para fora como normalmente, a maioria estava no ginásio, sentados nas arquibancadas por causa do frio.

Sentei-me na arquibancada mais alta. O menino loiro Tate, veio e sentou do meu lado dessa vez. Ele estava bebendo chocolate quente como eu.

– Oi. – Ele me cumprimentou.

Cumprimentei-o.

– Vi você na casa do seu pai. – Ele comentou.

Uma onda de vergonha passou por mim. Meu rosto começou a queimar. Não core, não core, não core!

– É mesmo? – Eu perguntei.

– Sim. Somos vizinhos, o seu pai é meu psiquiatra. – Ele respondeu.

– Ah, e eu sou Tate Langdon. – Ele se apresentou.

– Violet Harmon. – Me apresentei.

– Você estuda em que sala? – Ele perguntou.

– Sala dezoito. E você?

– Sala vinte e quatro. – Ele respondeu.

– Minha irmã estudaria na mesma sala que você agora. – Ele falou.

– Estudaria? – Perguntei.

– Sim. Ela morreu em um acidente, há dois anos. – Ele explicou.

Arrependi-me de ter feito essa pergunta.

– Sinto muito. – Eu disse.

– Não. Tudo bem. – Ele disse, tomando mais um gole do seu chocolate quente.

– E posso fazer uma pergunta? – Perguntei.

– Na verdade já esta fazendo uma. – Ele riu. – Pode fazer.

– Que livro você estava lendo ontem? – Perguntei.

– The Killer Inside Me. – Ele respondeu.

– Hum. E é sobre o que? – Perguntei.

– Um xerife psicopata. – Ele respondeu.

– Parece ser interessante. – Comentei.

– E é. – Ele disse.

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Pov Tate

Após as aulas terminarem, decidi ir visitar minha mãe no hospital. Ela estava deitada na cama do hospital, com uma expressão vazia como sempre.

– Como ela esta? – Perguntei ao médico.

– Sinto em dizer que houve menos melhoras do que esperávamos. Ela ainda não fala, nem mostra interesse nas atividades de fisioterapia. – Ele respondeu.

– Mas talvez ela possa ir para casa no final do ano. – Ele disse, tentando me confortar.

Mas nada me confortaria com uma mãe quase morta. Minha irmã já havia morrido, e meu pai que eu nem havia conhecido nunca ligou ou fez visita. Tudo bem, eu podia não gostar do jeito irritante dela, mas pelo menos ela estava ali. Pelo menos eu tinha alguém.

Apesar de o médico sempre dizer que ela iria sobreviver, eu não acreditava nisso. Eu sabia que ela só sobreviveria conectada a aparelhos e que ela não podia nem respirar sozinha mais. Era até pior do que seria se ela tivesse morrido.

Lembrei-me da última vez que eu a vi antes do acidente:

Nós tínhamos brigado, por causa da escola, como sempre. E o assunto não era notas, ao contrario do que a maioria pensava. Eu havia brigado com um garoto, e eu não consegui me deter, descontei toda a minha raiva nele. Eu bati tanto nele ao ponto dele ficar inconsciente.

– Por que você não pode ser normal, Tate? – Ela me perguntou, chorando.

– Porque eu não consigo. Não vai adiantar, qualquer coisa que você fizer não vai me tornar o seu filhinho perfeito. Eu nunca vou ser perfeito! - Gritei.

E então ela pegou suas coisas e foi embora, elas iriam para uma viagem na casa da minha tia. E eu não quis ir, por causa da discussão que tivemos.

Se eu tivesse ido ela não teria batido o carro. Se eu não tivesse batido naquele menino nós não tínhamos brigado. Se eu fosse, minha irmã estaria viva agora.

Era esse pensamento que me atormentava.

Depois do hospital, fui direto para a casa dos Harmon.

Toquei a campainha e esperei. Violet apareceu na porta. Ela me disse que Ben não estava e que ele havia me pedido para esperar. Ela me convidou para ir até o seu quarto.

Eu subi e ela me mostrou sua coleção de músicas. Ela tinha bastante vinis e dezenas de músicas em seu Ipod.

– Onde seu pai esta? – Perguntei.

– Não sei. Espero que não esteja traindo minha mãe novamente. – Ela respondeu.

Eu ri.

– Ele já traiu sua mãe? – Perguntei.

– Sim. Ele traiu minha mãe com uma paciente louca dele. – Ela disse, revirando os olhos.

Vi que ela tinha desenhos de pássaros num quadro negro na parede.

– Você que fez? – Perguntei ,me aproximando do quadro.

– Sim. – Ela respondeu.

– Gosta de pássaros? – Perguntei.

– Gosto. – Ela respondeu.

– Eu também. –Falei.

– Por quê? – Ela perguntou.

– Porque eles sempre podem voar para longe quando as coisas ficam sérias. – Respondi.

Ela sorriu.

– Violet? O Tate veio aqui? – Ele falou, na porta.

Quando ele me viu sua expressão mudou. Ele ficou pálido e olhou para ela, depois para mim.

– Tate, desça agora que eu preciso falar com você. – Ele disse.

– Tchau, Violet. – Me despedi.

Ela se despediu e eu desci com Ben. Ele me levou até o seu escritório, parecia furioso. Sentei no divã e olhei para ele.

– Fique longe da minha filha. – Ele disse.

– Por quê? – Perguntei.

– Não interessa o porquê! Eu quero que fique longe dela! – Ele gritou.

– Olha, Tate. Eu não queria falar com você desse jeito, mas.. Ela é muito importante para mim. E eu não quero que ela se envolva com um dos meus pacientes. – Ele explicou.

– Tudo bem. – Eu falei.

Levantei-me do divã e sai da sala.

– Ei espere. Aonde você vai? – Ele perguntou.

– Para casa. – Respondi.

– Mas eu nem te atendi ainda. – Ele disse.

– E não vai atender, hoje não. – Eu falei, enquanto saia.

– Tate, espera. – Ele me seguiu até a entrada da casa.

– Eu sinto muito. Eu perdi a noção de tudo. Vamos conversar, lá dentro. Você só está irritado. – Ele disse, enquanto colocava uma de suas mãos em meu ombro.

Tirei a mão dele.

– Não quero conversar. – Eu falei.

Andei até a minha casa e ele ficou lá, plantado.

POV Violet

Moira me chamou para jantar e eu desci meu pai e minha mãe já estavam lá. Sentei-me a mesa e esperei Moira trazer o jantar.

– O que você disse para ele? – Perguntei, vendo que ele não havia atendido Tate.

– Eu gritei com ele. E ele foi embora. – Meu pai disse.

– Você não tinha direito de fazer isso. Nós só estávamos conversando! – Eu falei, irritada.

– Ele é um psicopata, Violet! – Ele gritou. – Você tem ideia do que passa pela cabeça dele? Ele é imprevisível, você não pode se envolver com ele!

Levantei da mesa e fui para o meu quarto, irritada.

Moira apareceu na porta.

– Trouxe o jantar. – Ela disse, segurando uma bandeja de prata com um prato cheio de comida, um copo de suco e talheres.

– Não estou com fome. – Falei.

– Eu sei que esta. Vamos, coma. Temperei a carne do jeito que você gosta. – Ela disse, abrindo um sorriso.

Ela deixou a bandeja em cima da cama e saiu. Comi devagar, ainda pensando no que o meu pai deveria ter dito a Tate.


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Notas finais do capítulo

Poxa tio Ben....

The Killer Inside Me: Livro que eu quero ler.

E então, estão gostando? Comentem!

~E gostaria de agradecer a Nancy and Rey por comentar :3 ~



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