Felizes para sempre escrita por Lu


Capítulo 26
Felizes para sempre? - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Postarei a segunda parte mais rápido do que eu esperava, mas sinto dizer que o último capítulo não vai vir tão rápido, pois espero conseguir escrever um final digno de Gina e Ferdinando. Desculpe qualquer erro, boa leitura e espero que gostem dessas emoções finais. Beijos. :)



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_O que ieu vô fazer, meu Deus? Perguntava Dona Tê aflita, andando de um lado para o outro. _ Craro... O Zelão!

Dona Tê pegou as crianças e quando ia saindo da casa lembrou de uma coisa, da arma que a filha havia deixado escondida em sua casa. Ela então, subiu e pegou a arma e pensando desceu “ Vô levar essa arma pra minha filha, quero que aquele um saiba o que é ter uma arma apontada pra ele e tumara que minha fia saiba usar essa arma se for preciso. Seje o que Deus queira”. Dona Tê saiu e chegando na frente da casa de Juliana e Zelão os chamou.

_ Juliana!... Zelão!

_ Bom dia Dona Tê! Dizia Juliana a atendendo.

_ Bom dia Juliana. O Zelão tá ai?

_ Está sim. O que a senhora quer com ele?

_ Ieu to precisando de um favor doces, posso entrar?

_ Claro. Desculpe, é que eu não esperava ver a senhora já cedo.

_ Licença. Disse entrando na casa. _ É que Juliana... Aquele mardito do Maurício apareceu lá em casa e raptou meu neto César!

_ É o que?! Perguntava Zelão ouvindo a conversa da mesa de jantar onde estava.

_ É Zelão. Ele pareceu assim que minha fia e o Nando já tinham ido pras Antas e dispois que meu marido saiu pra lida, me aponto uma arma e disse que se ieu tentasse argo contra ele, ele matava meus neto, ai ele pego o César e saiu cum ele dizeno que tava esperano por minha fia e o Nando lá no hotel das Antas.

_ Meu Deus! E agora Dona Tê? Perguntava Juliana.

_ Ieu vim aqui pedir proce Zelão me levar lá na Cidade pra falar cum eles do acuntecido. E pedir que oce Juliana cuide dos meus neto inquanto nós vamo lá, pur favor, oces fazem isso pur mim?

_ Claro Dona Tê, o Zelão vai com a senhora e eu tomo conta dos filhos dos meus amigos.

_ E como nós vamo Dona Tê?

_ Ieu pensei que oce pudesse pegar o carro do seu patrão, purque de trem demora mai, causo que vai parano nas estação.

_ Mai eles num foro pra Cidade?

_ Sim, mai eles num foram de carro, sua mãe foi cum eles tumém.

_ Sim, ieu sei. Intão ieu vô lá, pego a chave do carro cum Isidoro e venho aqui pegar a senhora pra nós i, tudo bem?

_ Craro Zelão, mai vá rápido. E gradecida.

_ Num tem de que.

Zelão saiu em direção a fazenda do coronel Epaminondas.

_ Dona Tê, a senhora vai, mas e Seu Pedro está sabendo disso?

_ Não, mai ieu dexei uma carta pra ele dizeno pra onde ieu fui e pedir pra ele vir aqui e falar coce e pegar as criança, purque ieu sei que oce tem seus fio e num dá pra tumar conta de toda essa criançada.

_ A senhora esqueceu que eu sou uma professora? Estou acostumada a tomar conta de muitas crianças.

_ É mermo. Mai ieu num quero dá trabaio.

_ Não é trabalho nenhum, essas crianças são como se fossem mueus sobrinhos, porque a Gina é uma irmã pra mim e a senhora e Seu Pedro são como se fossem meus segundos pais e já que meus pais não ficaram muito felizes com a minha notícia do meu casamento com o homem que amo, acho que minha família vai ser assim: você minha mãe, Seu Pedro vai ser meu pai, a Gina minha irmã, e essas crianças vão ser meus sobrinhos queridos, que vão crescer junto com meus como verdadeiros primos.

_ Só oce pra me fazer filiz num momento desse. Dizia Dona Tê emocionanda com as palavras de Juliana.

_ Dona Tê, tenho certeza de que isso tudo vai terminar bem e sua família vai voltar sã e salva daquela cidade e com a certeza de todos nós vamos formar uma grande família feliz quando todo esse pesadelo acabar. Escreve o que eu estou te dizendo, minha mãe.

_ Vai, num vai?

_ Claro que sim... Tenha fé.

_ Ieu tenho... Vim rezano desde que tudo acunteceu.

Juliana e Dona Tê ficaram conversando por alguns minutos até que Zelão tocou a buzina do carro. Dona Tê se levantou do sofá e disse:

_ É o Zelão, graças a Deus. Gradecida por cuidar deles preu.

_ Nada. Agora vá e boa sorte.

_ Gradecida.

Dona Tê saiu da casa, entrou no carro e os dois foram em direção a Cidade das Antas.

*

Enquanto isso na audiência da guarda de Serelepe...

Todos já estavam na sala de audiência, a juíza havia dado início a mesma e deu a vez para que a requerente do caso, Clotilde, explicasse o motivo do pedido de guarda da criança em questão.

_ Bão senhora juíza, ieu pedi a guarda de meu fio José Augusto, purque agora que ieu encontrei ele, ieu num quero mai ficar longe dele.

_ Mai ela o abandono bebê ainda! Dizia Catarina interrompendo a fala de Clotilde.

_ A senhora se contenha que a sua hora de falar já vai chagar. Falava a juíza.

_ Então... Ieu o abandonei sim, mai é purque ieu num tinha condição de cuidar de um bebê na época, ieu num tinha onde morar, o pai nem sabia que ia ser pai. Mai hoje ieu e o pai dele já estamo junto e sei que podemo formar uma famía de verdade, pur isso nós queremo, hoje ainda poder levar nosso José pra casa, pra casa dele de verdade.

_ Oce tá dizeno que ele num tem uma casa de verdade cum nós sua biscate! Se exaltava Catarina.

_ A senhora fique calma, senão eu mando os seguranças retirarem a senhora do recinto! Exaltava a juíza.

_ Oce fique carma, Catarina. Falava Epaminondas baixo para que só a esposa escutasse.

Assim que Catarina se acalmou, a juíza decidiu chamar as testemunhas de defesa que Epaminondas e Catarina trouxeram.

_ Por favor o senhor Ferdinando Napoleão? Chamava a juíza.

Ferdinando levantou e foi sentar-se para testemunhar.

_ Senhor Ferdinando, o senhor poderia nos contar como é a relação da crianças com os pais adotivos?

_ Vossa Excelência, o Serelepe, que é como ele gosta de ser chamado, tem uma relação excelente com meu pai e minha madrasta e principalmente com minha irmãzinha que sempre cuido dele enquanto ele vivia na rua lá de Santa Fé. Ela levava cumida pra ele com a ajuda de minha madrasta e de Amância, me pedia livros para levar pra ele ler, ensinou a ele as primeira letra e quando ele foi adotado por meu pai, ninguém nunca deixo fartar nada pra ele principalmente o amor.

_ Obrigada senhor Napoleão, você pode voltar para seu lugar. Dizia a juíza direcionada a Ferdinando. _ Agora a senhora Benta de Menezes.

Mãe Benta sentou-se onde antes estava Ferdinando.

_ Senhora Benta, foi dito aqui que o menino ficou durante um tempo na casa da senhora, me conte mais sobre esse período.

_ Bão, ele foi morar im minha casa a pedido da fia da Madame e do Coroner a Pituquinha, poi ela ama esse menino e queria tirar ele da rua. O Lepe adorava ficar lá im casa, adorava cunversar cum nós, mai num gostava quando nós perguntava quem era a famía dele e mudava de assunto, e durante um dia em que ele tava ensinano meu fio Zelão a ler e a escrivinhar ele conto que os primeros pai adotivo dele morrero num acidente de carro, mai que pra ele foi bão purque eles batia muito nele.

_ Desculpe, a senhora falou que o menino ensinou seu filho a ler e a escrever?

_ Sim senhora. Esse menino frequento graças a Pituca a escolinha da perfessora Juliana, minha nora, e daí ele aprendeu a ler e a escrivinhar de carrerinha, então como meu fio num sabia nada dessas coisa e como ele tava lá im casa, ele se ofereceu pra ensinar ele e hoje meu fio frequenta a escola a noite e já ler e escrivinha muito bem, graças ao Lepe que ensino muitas coisa a ele.

_ Obrigada senhora Menezes. Agora a última testemunha antes que eu fale com o menino em questão. Senhora Amância de Souza.

_ É ieu! E assim ele foi dar o seu depoimento.

_ A senhora é empregada na casa do senhor Epaminondas? Então a senhora pode me dizer como o menino se relaciona com todos da casa?

_ O Serelepe é muito amigo da Pituquinha, os doi brinca o dia todo dentro e fora da casa. O inhor Coroner mai a madama Catarina desde que iele foi morar lá cum ieles sempre trataro ele muito bem dano tudo do bão e do mior. Cumpraro ropa, brinquedo, livro, que ié uma coisa que iele gosta mermo, ieles cumpraro e me pidiro pra arrumar tudo bunitinho pra receber esse menino.

_ Obrigada senhora. Agora eu chamo o menino José Augusto Napoleão.

Serelepe foi, sentou-se e olhou para mãe biológica e para Catarina, para Epaminondas e para o prefeito.

_ Então José Augusto, eu pergunto com quem você gostaria de ficar?

Serelepe olhou para Pituca e olhando para ela começou a falar.

_ Senhora juíza, ieu desde que me conheço por gente sempre que vivi nas ruas, vivi em muitos lugares e cum algumas famías e nunca nenhuma delas me tratou como ieu sô tratado na casa do Coroner, nunca conheci meus pais verdadeiros e sinceramente não gostaria de ter conhecido esses daí. A senhora sabe que quando esse que diz ser meu pai e como prefeito dessa cidade ele me levo a força pra um orfanato que só sabia era bater nas crianças e essa que diz ser minha mãe anda desse jeito, cum essas ropas, agora a senhora me diz qual exemplo que ieu vô ter se morar cum eles? O Coroner Epaminondas no começo num gostava de mim mas aos poços ieu passei a gostar dele e admirar ele, a madame Catarina sempre foi a mãe que ieu pedir a Deus, sempre que pudia me dava o que cumer, o que vestir. A Liliane, a Pituca, fia deles, ela é minha mior amiga e a pessoa que mais amo nessa vida e se num fosse pur ela hoje ieu num teria nada disso, sabe purquê? Purque foi a amizade e o carinho dela que me fez e faz filiz todos os dia. O Ferdinando e a Gina, meus maninhos, esses sempre me protegero junto cum Seu Pedro, Dona Tê, Seu Giácomo e sua filha, Amância, Mãe Benta, Zelão, Juliana e todos daquele lugar sempre me fizeram muito bem e se num fosse eles num sei se ieu taria vivo hoje. Pur isso ieu lhe peço que me dexe ficar cum o Coroner e a Madame Catarina, pois somente perto deles ieu terei todas essas pessoas perto de mim e tendo a certeza que ieu to perto realmente de pessoas que gostam de mim, perto de pessoas que ieu tenho certeza que vão me fazer filiz.

Serelepe lacrimejava enquanto falava e todos lacrimejavam enquanto ouviam o depoimento dele, inclusive a juíza.

_ Obrigada José Augusto. Eu já tomei a minha decisão e direi agora. De acordo com tudo que foi dito neste recinto, declaro impertinente o pedido de guarda de José Augusto Napoleão por parte da Senhora Clotilde Vieira e do Senhor José Augusto Ferreira. Portanto a guarda de José Augusto Napoleão continua sendo de Epaminondas Napoleão e Maria Catarina Napoleão.

_ Oba! Comemorava Serelepe correndo para abraçar Pituca.

Catarina abraçava o marido, Ferdinando abraçava Gina e Mãe Benta abraçava Amância.

_ Entretando... Continuava a juíza. _ Os pais biológicos poderão vê-lo uma vez por mês sob supervisão dos pais adotivos. E se o menino quiser poderá passar um final de semana por mês na casa dos mesmos.

Clotilde e o prefeito que não gostaram muito da decisão saíram sem serem vistos. O restante ficou durante uns poucos minutos comemorando e depois saíram da sala de audiências e logo viram Dona Te e Zelão os esperando. Gina e Ferdinando ficaram surpresos com as pessoas e foram saber o que estava acontecendo.

_ Mãe, Zelão o que que oces tão fazeno aqui?

_ Minha fia, acunteceu uma coisa que ieu num sei nem como falar coces.

_ Disimbuxa logo que a senhora ta me dexano nervosa já!

_ Ai minha fia, o Maurício teve lá em casa hoje...

_ O que que aquele mardito fez cum a senhora?!

_ Dona Tê, o que que ele quiria?! Perguntava Ferdinando já sabendo que não viria uma coisa boa.

_ Ele apareceu lá em casa e levo o César cum ele.

_ E a senhora dexo ele fazer isso Dona Tê?

_ Ieu num ia dexar, mai ele aponto uma arma pra mim e disse que se ieu fosse pegar a arma ele atirava nos meus neto.

_ É hoje que ieu mato esse mardito. Ele disse argo mais mãe?

_ Ele disse que ia tá esperano oces doi, somente oces doi inté amanhã de manhã que senão ele matava o menino. Ele tá aqui no hoter das Anta esperano oces.

Epaminondas e o restante das pessoas foram chegando mais perto de onde estavam e Epaminondas perguntou:

_ Meu fio, o que que tá haveno pra sua sogra e o Zelão aparecerem por cá?

_ Aquele mardito do Maurício sequestro meu fio César Epaminondas.

_ César o que? Perguntava Epaminondas sem entender nada.

_ César Epaminondas é o nome dele.

_ Meu fio, Gina oces colocaro meu nome nesse menino? Perguntava sem conter uma lágrima que insistia em cair.

_ Sim, mai agora ele ta correno pirigo coroner. Respondeu Gina desesperada.

_ E dispois de mai essa alegria que oces me dero, ieu faço questã de salvar o César Epaminondas.

_ Mai o senhor num pode ir, senão ele mata meu fio!

_ Gina, me escuta, onde aquele mardito disse que estaria?

_ No hoter aqui das Anta.

_ Oce e meu fio vão que ieu e o Zelão vamos adespois cum uns policias, que já que nós tamo num fórum o que mai tem nesse lugar é polícia. Oces vão enrolam ele e adispois nós entra no quarto oces pega meu neto e os policias prende ele.

_ O senhor acha que isso vai dar certo meu pai?

_ Meu fio, tenho certeza de que esse muleque nunca que deve ter pegado numa arma na vida, e pra cumeçar ele só foi home pra peitar sua mãe Gina, aqui ele tá brigano cum homes de verdade. Vão logo e boa sorte proces.

Gina e Ferdinando iam saindo quando Dona Tê os chama.

_ Gina! Ieu tenho uma coisa proce.

_ O que mãe?! Ieu to cum pressa.

Dona Tê abriu sua bolsa e retirou a arma de Gina junto com o cinto. Gina sorriu e agradeceu a mãe com um singelo abraço.

_ Isso minha fia é pra oce defender sua famía assim como oce fazia pra defender a nossa. Haja como uma mãe deve agir pra proteger sua cria e num se esqueça que se o leão é derrotado, a leoa é que cuida do bando. Dizia Dona Tê ao ouvido da filha fazendo referência a uma história sobre os leões que havia contado para a filha quando pequena.

Gina afirmou coma cabeça, colocou o cinto da mesma forma que havia colocado no primeiro encontro com Maurício, agradecia a mãe por ter levado o cinto do pai, pois ele poderia lembrar do cinto dela da última vez que se viram.

Ferdinando e Gina saíram do fórum abraçados, como forma de um encorajar o outro, e foram caminhando em direção ao hotel. A chegarem no mesmo Ferdinando se direcionou a recepção e perguntou a recepcionista.

_ Boa tarde senhorita, você poderia me dizer qual é o quarto do senhor Maurício Fonseca? Ele está me esperando.

_ Ele está no quarto número vinte, no segundo andar.

_ Gradecido.

Ele abraçou a esposa e subiram até o andar do quarto. Quando chegaram ela tocou a campainha. Maurício que não os esperava tão rápido abriu a porta pensando ser o serviço de quarto.

_ Nossa, sua mãe é rápida nos recados Gina.

_ Pare de amolar e me diz onde tá meu fio?

_ O seu problema Gina é que você é muito apressada. Eu quero conversar com você e com o Ferdinando, por isso chamei vocês aqui.

_ Intão oce fale logo que nós quer ir embora cum nosso fio. Dizia Gina entrando no quarto, sendo a companhada pelo marido. Maurício fechou a porta e começou falando.

_ Bom... já que estamos todos aqui vou começar. Maurício falava se encaminhando para a mesa que tinha no quarto, mesa em que a arma repolsava, em frente ao sofá onde o casal estava sentado. _ Ferdinando, o que você sentia fazendo tudo aquilo comigo na faculdade?

_ O que que ieu fiz coce? Ieu nunca fiz nada com oce.

_ Justamente por isso, você nunca quis ser eu amigo, eu chegava perto de você perguntava se você aceitava ir a alguma festa de republica juntos e você nunca aceitava, mas com os outros você ia sem pensar duas vezes. Uma vez eu te perguntei se você queria ir a festa na casa do Fabrício e você recusou, depois você apareceu lá dizendo que decidiu ir de última hora, mas eu sei que a Karina te chamou depois e você foi e nesse dia eu jurei que você nunca mais ia me aborrecer e que eu sempre faria de tudo para que você não se desse bem na vida.

_ Maurício, intão foi pur isso que oce ficou cum raiva de mim? Ieu realmente num queria ir naquela festa, a Karina que me arrasto naquele dia pra lá, ieu tinha acabado de chegar na faculdade, tava cum sardade da minha famía e quiria ficar a sós pensano neles, e ela soube me convencer a ir, e oce só me chamo num sabia que oce fazia questão da minha presença.

_ Você sempre teve o que quis naquele lugar, todas as festas eles te chamavam, era Ferdinando pra lá Ferdinando pra cá, Ferdinando vai? Eu estava cansado de tudo aquilo, por isso decidi te enfrentar naquelas eleições para representante de curso, mas como todos te idolatravam é claro que ganharia, era só você rir pra um e rir pra outro que você conseguia voto, eu não, eu batalhei cada pouco voto que tive.

_ Quem disse proce que ieu num bataiei os votos que tive, ieu andei aquela faculdade de cima abaixo pra conseguir os votos que tive. Sebe puruqe ieu genhei? Purque ieu tinha carisma, falava direito cum as pessoas e oce sempre foi um cara revoltado, só entregava aqueles panfletinhos, num dava nenhum sorriso pras pessoas, como que oce quiria que elas votassem em oce?

_ Ah, aquela festa, foi minha vingança pra tudo isso, eu poder dizer pra todos que você era um corno e que eu era o autor da surpresa. Aquele dia foi o melhor de todos, ver você derrotado e saindo zombado por todos, foi maravilhoso.

_ Sabe que hoje ieu nem me importo cum isso. Se num fosse isso, ieu taria inté hoje cum a Karina na capitar talvez casado e infeliz. Mai não, graças a isso ieu vortei e encontrei o amor de minha vida aqui e sô o home mai feliz do mundo cum a muier mai linda e cum fios que são a nossa alegria. Obrigado.

_ Mas o motivo que lhes trouxe aqui foi uma conversa que eu queira ter com a Gina.

_ Cumigo?! Disse Gina se assustando com a referência a ela.

_ Sim. Gina naquele dia na casa do Coronel Epaminondas eu conheci a mulher do meu inimigo, vi ali a vingança perfeita, pois já tinha feito aqui antes, não seria difícil fazer novamente. Mas naquele dia mesmo me dei conta de sua beleza e de sua bravura, duas coisas que eu mais gosto numa mulher, foi o suficiente para eu me apaixonar por você.

_ Mai oce só deve de tá maluco! Falou Gina.

_ Mai deve tá mermo, pra falar isso na minha frente! Posicionou-se Ferdinando.

_ Calma, nós estamos tendo uma conversa franca e além do mais qualquer besteira de vocês, eu simplesmente disparo minha amiguinha em vocês. Mas voltando ao assunto, naquele diz lá no milharal Gina eu te disse que tinha me apaixonado por você, não era mentira, aqui que aconteceu foi por um impulso.

_ Impulso que nada, oce é um abusado quereno se aproveitar deu.

_ Não é verdade, eu apenas tentei te conquistar como eu soube que o Ferdinando fez pra te conquistar, apenas usei a mesma arma.

_ Mai ela me amava seu infeliz.

_ Dexa que eu falo Ferdinando... Ieu só dexe o Nando fazer aquilo cumigo purque ieu sentia argo pur ele, num foi atoa ele me robo beijos purque ieu era osso duro de ruer pra admitir que gostava dele, mai oce nun tinha esse direito, ieu sô uma muier casada e isso foi um trevimento muito grande da sua parte seu infiliz.

_ Gina, se eu te fiz sofrer eu te peço desculpa, eu só fiz isso porque gosto de você e também pra machucar esse daí.

_ Oce tá mais é besta é? Ieu já disse que ieu amo meu marido e num faço ninhuma questão de suas disculpas, ieu só quero que oce me dexe ir embora cum o Nando e cum meu fio.

_ Gina, eu só deixo você sair daqui quando você disser que me aceita e que vai embora comigo, senão ninguém sai daqui. Disse apontando a arma para os dois.

_ Oce num pode ta falano sério mardito. Disse Ferdinando já com raiva da situação.

_ Ele só pode tá mais é besta mermo.

_ Eu estou muito bem... Disse Maurício se levantando, pegou sua arma e foi em direção a Gina, se ajoelhou em frente a ela e continuou. _Eu te amo, não me rejeite e eu te garanto que posso te fazer muito mais feliz que ele.

_ Ahhh! Agora já chega! Disse Ferdinando se levantando e indo em direção ao lugar onde estava o filho... Quando der repente escuta-se um tiro no quarto. Maurício havia disparado contra Ferdinando que fora acertado nas costas próximo ao ombro.

Neste momento, Maurício que não acredita que teve coragem de fazer o que fez só soltou sua arma, olhou rapidamente para Gina que estava com os olhos cheios de lágrimas devido ao tiro no marido e devido a raiva que estava naquele momento do homem que estava ajoelhado a seus pés.

Quando Maurício levantou do chão, e começou a andar rápido até a porta, Gina sacou sua arma do cinto e atirou contra uma das pernas de Maurício que caiu.

Epaminondas, Zelão e dois policiais estavam no elevador do hotel quando ouviram dois tiros vindos da andar onde estavam. Correram para o quarto onde tinham sido informados que o trio estaria e entraram arrombando a porta. Quando entraram, viram Maurício se contorcendo de dor quase perto da porta e Ferdinando sendo abraçado por Gina se contorcendo de dor mais perto de uma porta que dava para um quarto.

Os policiais, haviam chamado ambulâncias atrás dos rádios. Estas não demoraram a chegar. Colocaram os dois nas macas e os levaram. E quando Gina ia saindo junto com o marido, um dos policiais a segurou e disse:

_ A senhora tem que ficar pra nos esclarecer o que que aconteceu aqui.

_ Mai meu marido tá ferido. Ieu tenho que acumpanhar.

_ Só vai ser algumas perguntas.

_ Gina escuta o policial, ieu fico aqui fora te esperando pra nós ir junto então, o Zelão vai cum ele. Dizia Epaminondas arrasado com tudo.

_ Mai..

_ Gina, me escuta pelo menos uma vez menina. Senão eles vão achar que oce quiria matar os dois.

_ Mai num foi isso.

_ Intão, oce tem que ficar e esclaricer. Ieu vô ficar aqui fora lhe esperano.

_ Tá certo.

_ Bão então. Dizia o policial. _ Oce pode começar a contar o que que houve aqui.

_Seu policial, o Maurício sequestro meu fio e do Nando lá na Vila de Santa Fé, apontano uma arma pra minha mãe dizeno que estava me esperano mai o Nando pra nós cunversar. Chamano aqui ele, sento aqui nessa masa cum a mão na arma dele, nós ficamo um tempo cunversano e eu e meu marido estava ali no sofá, um do lado do outro. Antes de tudo cuntecer o Maurício levanto, se ajueio na minha frente cum a arma apontada pra ieu e pra o Nando e disse que nós só ia sair daqui se ieu aceitasse ir embora cum ele, meu marido num gosto, levanto e ia em direção ao quarto onde tá nosso fio, e antes que ele chegasse lá, ele deu um tiro nas costa dele e quando ieu vi que ele ia fugir ieu atirei na perna dele pra que ele num fugisse. Dizia Gina chorando ao lembrar de tudo.

_ Oce sabe que se complicou atirando nele?

_ Mai ieu tava defendeno minha famía, ieu num ia atirar nele. Esse um ai já tento me agarrar a força à uns mês atrás, hoje aponto uma arma pra minha mãe, sequestro um de meus fios e ainda apontou essa arma pra ieu e atiro no meu marido seu policial, o senhor acha certo isso, ieu num guentei, tive que defender minha famía e ieu tumém. Dizia Gina entre lágrimas que insistiam em cair.

_ Tá certo. Ieu entendo que foi legítima defesa. Direi isso em sua defesa e num vai sobrar nada pra senhora, fique tranquila.

Gina deu um leve sorriso e agradeceu.

_ Muito Obrigada senhor policial. Ela o abraçou. _ Agora ieu posso ir ver meu marido?

_ Sim. Oce tá liberada.

_ Gradecida.

E assim, Gina saiu do quarto depois de pegar o filho no quarto onde estava e viu o sogro do lado de fora do quarto chorando.

_ Vamo Coroner?

_ Gina, ieu quero lhe pedir desculpa.

_ Mai pur quê?

_ Purque foi ieu que toxe esse mardito pra cá e se não fosse pur isso nada disso teria acuntecido cum oce e meu fio. Dizia entre lágrimas.

_ Oce tá certo. Mai oce já se arrependeu, num arrependeu?

_ Sim. E hoje dispois doce e meu fio me darem uma alegria ao dizer que esse garotinho tem meu nome acuntece uma barbaridade dessa pur minha curpa.

_ Agora num dá mai pra chorar coroner, o que tá feito, tá feito, num dá pra vortar atrás. Agora o que nós tem que fazer e rezar e torcer pro Nando sair dessa.

_ Se ieu pudesse, trocava de lugar cum meu fio.

_ O Nando tá assim purque defendeu a famía dele, descurpe, mai foi uma coisa que o senhor num fez quando troxe esse mardito pra fazer mar pra nós.

_ Oce tá errada, ieu num queria mar pro meu fio. Mai num vamo ficar aqui discutino, purque ieu sei que oce tá certa, por mai que minha intenção num fosse fazer mar a ele, o que esse mardito mai fez foi fazer mar pra minha famía. Mai uma vez descurpa, reconheço que errei.

_ Tá certo.

_ Gina, uma úrtima coisa, a partir de hoje ieu lhe admiro mai, purque oce atiro nele sem medo pra defender sua famía e tenho certeza que meu fio num podia ter escoido mior muier pra dividir a vida dele e me dar esses netinho lindo. Gina, gradecido por fazer meu fio filiz, me fazer filiz ao aceitar colocar meu nome nesse menino e ieu lhe prometo fazer de tudo pra me dar bem coce daqui pra frente minha querida.

_ Tá certo. Agora nós pode ir pro hospitar ver o meu frangotinho, que ieu to preocupada por demai.

_ Oce tá certa. Vamo sim.


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