Felizes para sempre escrita por Lu


Capítulo 25
Felizes para sempre? - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Gente, está difícil me desapegar dessa história, por isso estou postando a primeira parte do penúltimo capítulo, espero que gostem das emoções finais. Desculpe qualquer erro, boa leitura! :)



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Depois de um tempo que Gina e Ferdinando deixaram a casa dos Napoleão, Maurício entra na casa feliz, pois pensava que seu plano havia funcionado. Sem perceber que Epaminondas estava na sala, tomou um susto quando ele o chamou.

_ Maurício! Ieu preciso falar coce.

_ Que susto. Mas é claro, pode falar.

_ Pur favor vamo a meu escritório.

_ Claro.

Os dois foram até o escritório, Epaminondas apontos a cadeira a sua frente, o indicando a cadeira que ele deveria se sentar. Maurício sentou-se e Epaminondas sentou-e na sua cadeira do outro lado da mesa e começou falando.

_ Maurício, oce sabe que meu fio veio aqui hoje?

_ Não sabia. O que ele veio fazer aqui? Perguntava fazendo de conta que não sabia de nada.

_ Ele veio aqui purque soube que a fia dele estava aqui.

_ Nossa, mas cmo ele ficou sabendo que a filha dele estava aqui?

_ Sabe que ieu num sei, pur isso ieu quero que oce me conte.

_ Como?

_ Ieu quero ver o que oce me diz antes que ieu te coloque pra fora dessa casa.

_ Como assim me pôr pra fora de sua casa, eu estou te ajudando e o senhor está me ajudando.

_ Ah, oce tá me ajudano? Acho que não, quero que oce me exprique o motivo doce ter ido lá nos Farcão pra dizer pro meu fio que ieu tava cum minha neta?

_ Mas quem lhe disse que eu fui falar com o Ferdinando lá na casa dos Falcão? Eu estava andando por ai, respirando esse ar puro do campo.

_ Oce pare de mentir rapaz, ieu conheço oce, ieu lhe trxe aqui pra aborrecer meu fio, não fazer argum mar a ele nem a famía dele e por sina roce tá começano a mexer cumigo e num queira me ter como um inimigo, num vai presta. Ieu quero que oce pegue seu pano de bunda e saia da minha casa, pois oce num tá fazeno nada do que ieu imaginava que oce fizesse, e afinar de conta ieu num vô precisar de seu serviço, causo de que ieu e meu fio já fizemos as pazes, intão oce pode se arranjar im outra freguesia.

_ Como o senhor pode me espulsar de sua casa depois de tudo que eu fiz pelo senhor?

_ É justamente pur isso que ieu to fazeno isso, oce foi lá no meu fio, mando ele vim aqui e ieu fiz as pazes cum ele, ieu agradeço e pur isso ieu num preciso mai doce pra aborrecer ele, muito menos a esposa dele.

_ O senhor não pode fazer isso.

_ Tanto posso comu já fiz, e se num for pidir demai ieu quero que oce vá ainda hoje, E oia, se oce fizer argo contra meu fio e a famía dele oce vai ter que se ver cumigo. Oviu?

_ O senhor faça bom proveito dessa sua nova vida com seu filho... Disse ele saindo e deixando um mistério no ar.

Maurício saiu e se trancou no quarto para arrumar suas malas e ir embora.

No andar debaixo a campainha toca e Amância vai atender. Ao atender, viu um senhor bem arrumado de terno e gravata.

_ Boa tarde senhorita, por favor o senhor Epaminondas Napoleão.

_ Sim, vô chamar iele.

Amância entra no escritório de Epaminondas e diz:

_ Nhô corner, tem um home muito bem vistido lá na porta quereno lhe falar.

_ E quem é?

_ Ieu num sei, nunca que vi um home tão bem vistido por esses lado.

_ Vô lá ver quem é.

Ao chegar na sala, o homem começou falando:

_ Senhor Epaminondas Napoleão?

_ Sim, sô ieu mermo.

_ Tenho uma intimação para o senhor.

_ Intimação sobre o que, ieu num to fazeno nada de errado aqui na minha fazenda.

_ Não é sobre a fazenda do senhor não, é sobre a guarda de José Augusto Napoleão.

_ Mas como? Ieu adotei o menino fazeno tudo dentro da Lei.

_ Eu não sei de mais nada, na intimaçõ haverá mais informações, o senhor só precisa assinar.

_ Craro.

Epaminondas se dirigiu ao seu escritório, assinou a intimação e voltou para a porta e entregou o recibo ao senhor, este que se despediu.

_ Paasar bem senhor.

_ O senhor também. Respondeu Epaminondas.

Epaminondas fechou a porta e pôs-se a chamar a esposa, chamando a atenção de todos na casa.

_ Catarina!! O Catarina! Oce tá onde?!

_ No nosso quarto! Grita Catarina.

_ Oce fique ai, que ieu to ino! Dizia já subinda as escadas.

Epaminondas chegou no quarto, fechou a porta e começou a falar com a esposa sem saber que Maurício estava ouvindo a conversa dos dois atrás da porta,

_ Catarina... Um oficiar de justiça veio aqui im casa.

_ Ah Epaminondas, o que que oce fez de errado dessa vez?

_ Ieu num fiz nada de errado. Ele veio aqui trazer essa intimação sobre a gurda do Serelepe.

_ Como assim Epaminondas?! Oce tá dizeno que eles vão tirar o Lepe de nós?! Perguntava Catarina já nervosa e com lágrimas nos olhos.

_ Num é isso. Dexa ieu ler a intimação.

Epaminondas começou a ler a intimção e quando terminou, explicou tudo a Catarina.

_ Catarina, estão pedino pra que nós dois vá dispois de amanhã lá no Fórum das Antas, que a Clotilde e o tal prefeitinho de meia pataca foram pidir a guarda do menino alegano ser os pai biológico dele e que nós temo que levar no máximo três testimunhas.

_ Ai não Epaminondas, vão... tirar o Lepe da gente! Dizia Catarina chorando descontroladamente.

_ Carma meu amor, ninguém vai poder tirar esse menino da gente, inté purque eles num tem condição ninhuma de criar uma criança, vamo nos apoiar nisso. Agora a gente tem que ficar carmo e procurar as testimunhas

_ E em quem oce tá pensano pra ser isso ai?

_ Ieu to pensano na Mãe Benta, no meu fio Ferdinndo e na Amância, que são pessoas que sempre ajudaro a tomar conta dele quando ele vivia por essas banda suzinho e pode dizer que nós cuida muito bem dele dispois que nós adotamo ele.

_ Intão tá certo.

_ Intão é assim, ieu vô no meu escritório telefonar pro meu adevogado e oce vai na cuzinha falar cum Mância, adespois oce vai lá na casa da Mãe Benta e cunversa cum ela, tá certo?

_ Craro, craro. E o Nando.

_ Oce dexa que ieu falo cum ele. Agora que nós fez as pazes quero poder ir na casa dele e falar cum ele pessoarmente.

_ Ah que ótimo meu marido.

_ Tá certo, vamo logo.

*

Maurício saiu correndo foi para seu quarto sem ser visto. Epaminondas saiu, foi em direção ao escritório enquanto, Catarina fora falar com Amância. Catarina e Epaminondas demoraram o mesmo período falando com quem estava e então saíram de casa. Maurício, então, aproveitou que estava praticamente sozinho na casa e foi até o escritório de Epaminondas. Abriu uma das gavetas da mesa do escritório, onde ele sabia que o senhor guardava sua arma e então a pegou, ficou a olhando durante pouco tempo pensando na situação perfeita de quando e onde usá-la. Ele colocou a arma na sua calça e saiu, foi para o seu antigo quarto, a colocou em uma de suas malas, desceu e foi embora sem falar com ninguém.

*

Epaminondas chega a casa de Ferdinando e o chama.

_ Ferdinando!... Fio!

_ Oi... Meu pai... O que que o senhor faz aqui?

_ Ieu vim falar coce Nandinho. Ieu posso entrá?

_ Craro, o senhor fique a vontade. A casa é um poco humilde, mai ela é aconchegante.

_ Ieu entendo meu fio, ela é humilde mai foi oce que contruiu cum as próprias mão cum o que oce tinha, num tenha vergonha de nada não. Ieu achei ela muito bonita. Disse ao entrar na casa do filho.

_ Oi coronér, o senhor aqui im casa?

_ Sim Gina, ieu precisava falar cum meu fio, pur isso vim.

_ Ah tá, oce quer que ieu saia.

_ Não, oce pode ficá. O que tenho pra falar num é segredo não.

_ Tá certo. O senhor quer um café. Ó é de de manhã mai ainda dá pra beber.

_ Há, num carece não. A única coisa que ieu quero é ver meus netinho.

_ Tá certo.

_ Intão pai, o que trás o senhor aqui?

_ Nandinho, hoje veio um oficiar de justiça lá im casa e me deu uma intimação pra ir nas Anta dispois de amanhã pra uma audiência sobre a guarda do Lepe.

_ Mai como assim coronér? Perguntava Gina sem entender o motivo.

_ A Clotilde, mãe dele mai o prefeitinho tão quereno tumar ele de nós.

_ Eles num pode fazer isso meu pai, eles num são nem casado, a Clotilde num tem ninhuma condição de criar uma criança sozinha e ela já abandonou ele uma vez.

_ Intão Nandinho, ieu quero que oce vá como uma das minhas testimunhas.

_ Craro. O senhor pode contar cumigo e o Lepe sempre foi meu irmãozinho.

_ Intão ieu vô junto, se precisar ieu to lá pra ser esse negócio ai tumém.

_ Gina minha nora querida, num carece não, nós já temo as três testimunhas que a gente precisa.

_ Num importa corenér, ieu vô e se for preciso ieu faço cum que o Lepe fique por cá cum nós.

_ Menininha, num há necessidade disso, e além do mai quem vai ficar cum nossos fios?

_ Ara, a mãe. Nós num vai durmir lá, vai?

_ Não.

_ Intão tá decidido, ieu vô. E se for preciso meu sogro, ieu vô ser esse negócio ai que o senhor falo.

_ Testimunha?

_ Isso mermo.

_ Gradecido Gina. Ieu num vô esquecer do que oce tá fazeno.

_ Coronér, oce é pai do Nando e se oces tão de bem, ieu vô fazer tudo pra me dar bem coce. Oia, mai isso num quer dizer que ieu vô concordar cum tudo que oce disser não, é só oce num se meter a besta cum ieu não em?

_ Háhá. Tá certo Gina.

_ Como ieu gosto de ver duas das pessoas que ieu mai amo assim, se dano bem. Dizia Ferdinando com lágrimas nos olhos ao vê-los se dando bem.

_ Ferdinando, oce pare de melação, ieu e seu pai tamo nos dano bem mai num é proce ficar cum essa bobiça sua não.

_ Háhá. É isso mermo Nandinho, seja um hme rapaz, só vive chorano.

_ É mermo né, coronér?

_ Tá bão oces dois, ieu já parei de chorar. Pai, a que horas nós temo que está lá?

_ Tá marcado às 10 hora.

_ Intão tá certo, estarei lá.

_ Estaremos lá, Ferdinando.

_ Tá bão, tá bão. Tá veno meu pai, ieu devia ter lhe escutado.

_ Oce seu frangote num saberia viver sem mim.

_ Ieu sei que não, pur isso ieu num escutei ele.

A última fala de Ferdinando desarmou a esposa. Epaminondas logo cortou o assunto e disse:

_ Agora que tamos acertado, ieu quero ver meus neto.

Quando chegaram no quarto, os bebês estavam dormindo. Epaminondas chegou perto de cada berço, deu um singelo beijo em cada um dos netos e decidiu, deixá-los dormir e então saiu do quarto com o filho e a nora.

_ Meus neto são lindo iguar ao vô deles.

_ Háhá. Os dois riram ao mesmo tempo ao ouvirem a frase de Epaminondas.

_ Oces tão rino, ieu to falano sério.

_ Tá certo meu pai, a gente acredita. Disse Ferdinando dando um pequeno sorriso.

_ Tá, agora ieu vô embora. Intão amanhã oces tem que tá lá as dez. Ieu vô de trem junto cum a Catarina, Mãe Benta e cum Mância e se oces quiiserem ir cum nós.

_ Ieu vô cum meu carro meu pai, aproveito que vô cum minha esposa teimosa pra comprar fralda pro nossos fios. Oh criancinhas pra sujar uma fralda ave Maria.

_ Mai fio é assim mermo, oce quando era pequeno nós já gastava muito cum fralda, seus fio que são quatro num seria diferente.

_ Ih Ferdinando oce borra fralda desde pequeno. Vô colocar oce pra trocar a fralda deles intão.

_ Meu amor, toda crianças faz muitas necessidade, tenho certeza que oce tumém era assim.

_ Ieu não.

_ Oce num pode dizer, oce era uma bebê, num dá pra lembrar.

_ Mai ieu lembro e ieu num era assim.

_ Tá bão Gina, num quero discutir coce.

_ Pronto, oce num precisam brigar pur causo disso, isso é normal os bebê fazer isso. Mas agora ieu vô embora que a Catarina já deve tá em casa me esperano. Tchau Gina, cuide das minhas criança, principalmente deste aqui.

_ O senhor pode dexar que esse daí quando faz marcriação ieu boto ele de castigo.

_ Isso mermo. Háhá.

_ Ah Ferdinando, ieu já coloquei aquele um pra fora de minha casa.

_ Que bão meu pai.

_ É, espero num ter que encontrar ele quando ieu chegar em casa.

_ Isso mermo.

_ Intão tá certo, agora ieu vô. Tchau meu fio, fique bem.

_ E o senhor vá bem.

Epaminondas foi embora e o casal ficou em casa.

*

Todo ocorreu normalmente no restante do dia e o dia seguinte chegou rapidamente e se foi mais rápido do que chegou e o dia da audiência da guarde de Serelepe chegou.

Epaminondas estava tão nervoso que nem conseguiu dormir direito, acordou mais cedo do que estava acostumado, tomou o café junto com Catarina que agora estava arrumando Serelepe.

_ Lepe, nós vamo pra uma ardiência pra ver que vai ficar coce.

_ Mas Madame, ieu quero ficar com a senhora e o coronér.

_ Ieu sei meu menino, mai sua mãe mai seu pai de verdade pediram pra que oce fique cum eles.

_ Mas oce e o coroner aceitaram isso?

_ Craro que não Lepe, mai nós temo que ir, purque senão, as justiça vem e tira oce de nós sem dó nem piedade, pelo menos hoje a gente vai pra mostrar pra todos como oce ta seno bem cuidado pur nós. E além do mai, oce pode escoier cum quem quer ficar.

_ E a senhora acha que se ieu pedir pra ficar com oces eles vão dexar?

_ Craro Lepe, é só oce falar o que sente e decidir se oce quer ficar cum nós ou cum seus pais de sangue.

_ A madame pode dexar que ieu vô decidir.

_ Só quero que oce saiba que nós lhe amamos pur demai e queremo muito o mior proce Lepe.

_ Ieu sei madame.

*

A família Napoleão, mais Amância e Mãe Benta já estavam dentro do trem em direção a Cidade das Antas.

Ferdinando e Gina estavam no carro em direção também da Cidade, deixaram as crianças na casa da família Falcão.

*

Na casa dos Falcão, Pedro terminava de tomar seu desjejum com Pedrinho em seu colo, pois Pedro se pudesse ficava o dia todo assim com os netos no colo brincando, e como não podia, deixou o neto junto com os irmão, deu um selinho na esposa e saiu para trabalhar. Dona Tê ficou em casa cuidando dos netos e arrumando a casa quando alguém lhe chama na parte de fora da casa, quando abre vê Maurício lhe apoontando uma arma.

_ Deus dos exército!! Dizia Dona Tê desesperada.

_ A senhora fique carma que eu não vou te fazer nada, eu só quero conversar com sua filha e com seu genro.

_ Mai eles num tão!

_ Eu sei, também sei que se eu chamar eles não vão querer me ver.

_ Isso é mermo.

_ Você fique quieta! Eu agora vou lebar um de seus netos para ver se assim eles aceitam falar comigo.

_ Oce num pode levar meus neto.

_ Claro que posso, eu tenho uma arma.

_ Mai ieu tumém.

_ Sim... mai enquanto você pega a sua eu posso simplesmente decidir descarregar a minha em alguns dos seus netinhos e a senhora não vai querer isso, ou vai?

_ Não... não!

_ Então deixe-me passar e levar que nada vai acontecer com ninguém. Dona Tê deu passagem para ele entrar na casa e pegar César. Enquanto ia saindo falou para ele. _ A senhora por favor fale a sua filha e a seus genro que eu estarei esperando por eles, somente eles... lá no hotel da Cidade das Antas no mais tardar amanhã de manhã, e que se eles tentarem alguma gracinha, quem vai sofrer é o filhinho deles. Estamos entendidos, então, tchau sogrinha.

_ Sogrinha? Esse cara só pode tá maluco de vez... Deus dos exercito, o que ieu vô fazer agora pra falar cum minha fia?!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. E o que será que vai acontecer nessa segunda parte, em? Cenas do próximo capítulo!



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