Felizes para sempre escrita por Lu


Capítulo 24
Família Unida


Notas iniciais do capítulo

Está aqui mais um capítulo, espero que gostem, pois fiz ele com muito carinho. Desculpe qualquer erro. Boa leitura. :)



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Já era dia na Vila de Santa Fé, Ferdinando e Gina já estavam terminando de tomar seu café da manhã para que pudessem ir lidar na roça como de costume. Passariam na casa dos pais da moça e deixariam as crianças para que Dona Tê cuidasse dos pequenos como era o costume desde o momento em que Gina voltara a trabalhar na roça, seja nas terras do pai, seja nas terras que ganhara do tio.

_ Nando, toma logo esse café de gut gut que nós tá atrasado.

_ Tá certo menininha, as terra num vão fugir não. E oce já termino de tumar o seu e de dar de mama a nossos tesoros?

_ Craro né, senão ieu num tava lhe apressano.

_ Tá bão, ieu já terminei. Vambora.

E assim, o casal e os quadrigêmios foram em direção a casa dos Falcão. Ao chegarem lá, Pedro e Dona Tê só estavam os esperando. Pedro para ir com eles para a lida e Dona Tê para babar nos bebês.

_ Mai essas criança tão cresceno tudo bão e bunito minha fia! Exclamava Dona Tê indo até os carrinhos das crianças.

_ Craro, a senhora num para de dá de cumer a essas criança.

_ Oce para disso que ieu fazia assim mermo cum oce e oce tá ai, viva e linda.

_ É, por sorte ieu num fique uma bola.

_ Oce divia era me agradece.

_ Tá bão.

_ Ai ai ai! Gritava Pedro Falcão.

_ Que que foi pai? Perguntava Gina assustada com a reação do pai.

_ Segura ela qui fia!! Dizia Pedro se referindo a Cecília que estava em seu colo puxando parte de sua barba.

Gina correu para salvar o pai das garras da filha.

_ Ai... que força tem essa menina fia.

Ferdinando que estava na cozinha pegando as ferramentas dele e da esposa e chegou na sala perguntando o motivo da gritaria.

_ Que que aconteceu aqui?

_ Sua fia agarrou a barba do pai.

_ Qual delas?

_ Quem? A Cecília.

_ Ah não, essa daí puxou oce, num venha dizer asnice. Inté purque a Fernandinha jamais faria isso, ela é um mocinha comportadinha iguar ao pai dela.

_ Hum, oce é mocinha comportadinha agora?!

_ Gina num se faça de desintendida não, tá?

_ Vem cá, ieu já to bem e nós já tamo tudo atrasado. Vamo logo? Dizia Pedro tirando o foco da discussão.

Então os três saíram para mais um dia de trabalho duro na roça, pois a colheita de milho do sítio já estava prestes a acontecer.

Dona Tê como sempre ficava muito empolgada com a presença dos netos.

_ Então crianças, vamo pro cercadinho enquanto a vovó termina de fazer o armoço? Prometo que vorto pra brinca coces.

Enquanto Dona Tê os colocava no cercadinho, alguém batia a porta. Então, quando colocou a última criança no local, abriu a porta.

_ Bom dia Dona Tê!

_ Madame? Ah, bão dia! O Nandinho mai a minha fia acabaro de sair.

_ Ah, ieu sei, acabei de ver eles saino. Ieu queria era ver aquelas fofurinhas.

_ Craro, a senhora pode entrar.

_ Licença?

_ Fique a vontade. A madame quer um cafezinho?

_ Não. Gradecida. Catarina chegou perto da onde estavam e ia fazendo carinho em cada um. _ Dona Tê, esses bebê trouxeram foi alegria pressa casa, né mermo?

_ Ah, isso sim madame. Meu sonho e de Pedro sempre foi ter uns netinhos, e graças a Deus nossa fia conseguiu dar essa alegria pra nós.

_ E o Nando também.

_ Craro. Ele principarmente que conseguiu conquistar essa jaguatirica que é minha fia.

_ Que isso Dona Tê, sua fia é uma muier muito especiar e só um home especiar conquistaria ela.

_ É mermo né. Dizia Dona Tê com lágrimas nos olhos, por ouvir o elogio a filha.

_ Craro. Esses dois são tão especiais que deram foi muita alegria a meu marido sem terem noção de que estavam era dando um presente a aquele que já fez tão mal a eles.

_ Sinceramente, ieu num acho que seu marido esteja filiz cum os neto que ganho.

_ Dona Tê, ele é como ieu sempre digo pra ele, que ele é um veio turrão. Ele num diz, mai ele ta é muito contente que ganho esses neto, mai tá triste por não poder ficar perto deles tudo.

_ Mai foi ele mermo que procuro por isso quando coloco o fio dele pra fora de casa e ofendeu minha fia.

_ Sabe que a senhora tem razão. Mai ieu garanto a senhora que ele tá arrependido. Nesses dia ele só tem falado em conhecer eles, daí onte ieu mostrei a Maria pra ele no batizado e despois ele arrumo toda aquela bagunça mai as criança pra poder ver o neto. Ah esse neto, conquisto o coração dele, A senhora credita que ele fico cum brinquedinho do neto e fico alisano esse negoço a noite toda e quando ieu vi ele tava era durmino cum brinquedo.

_ Num me diga?

_ Num to lhe dizeno, ele só num quer é pidir perdão ao fio dele, mai que essas criança tão quebrano o gelo nesse coração... ah isso tão.

_ A senhora me adescurpe, mai ieu num credito na redenção do vosso marido não.

_ Ieu também num acreditava inté onte antes daquela festa, mai depois de tudo que ele fez pra ver eles e depois durmino cum aquele bunequinho, ieu num tive dúvida. Pur isso, ieu vim aqui pedir pra senhora me dexa levar pelo menos um desses anjinhos pra ele poder ver.

_ O que a senhora tá me pedino num tem cabimento não madame.

_ Como não? Eles são netos dele.

_ Ieu sei, mai os pai deles jamai permitiria que ieu dexasse eles ir naquela casa. Descurpe, ieu sei que tumém é vossa casa, mai cum aquele coronerzinho lá, num dá, eles num me perdoariam jamai.

_ Dona Tê, eles num precisam ficar sabeno, ieu levo, ele fica cum eles um tempinho e ieu trago de vorta antes que eles vortem da roça.

_ Ieu num sei não.

_ Dona Tê, a senhora é vó. O que a senhora sentiria se tivesse que ficar longe deles?

_ Ah, ieu num sei! Eles tem medo que o coronér mai aquele um que está na vossa casa faça argo de mar pra eles.

_ Ieu vô está lá, e pra acuntecer argo cum eles só se ieu tiver morta, ficarei o tempo todo junto deles. Pense, se essas criança tiver mermo derretido aquele coração, nossa famías poderão viver juntas e felizes, inté meus pequeno, eles podiam está brincano agora cum essas criança. Pense no bem de todos, imagina, oces tudo ino no finar de semana armoçar cum nós e essas criança tudo correno pelos campo da nossa fazenda e na semana seguinte um armoço aqui, na vossa casa e essas criança sentada aqui mermo nessa sala rino das paiaçada de seu Pedro e do meu marido. Dizia Catarina com lágrimas nos olhos ao imaginar todo que era dito por ela. _ Pense na alegria que vai ser nossas famías juntas como deve ser quando duas pessoas se casam, casamento é a união de duas famías, não a separação como foi desde o primero dia dipos do casório desses dois. Vamo Dona Tê, dá uma chance, pelo menos podemo tentar, vamo nós duas, as matriarcas dessa famía, fazer com que tudo termine bem pra todos.

_ Ahh! Tá certo... Espero num me arrepender dispois.

_ Ahhh que maravia!!! A senhora num vai se arrepender mermo, ieu garanto.

_ Intonce vá logo. Mai pur favor, me traga essas criança antes da hora do armoço.

_ Tá certo, tá certo, ieu trago. Cadê as coisa dela que ieu tenho que levar pra trocar ela.

_ Tão aqui na borsa que minha fia troxe preles. Disse Dona Tê entregando a bolsa para Catarina.

_ Tá bão. Muito obrigada Dona Tê!

Catarina foi até o cercadinho e escolheu levar primeiramente a menina Cecília que o coronel ainda não conhece.

_ Então, ieu e a Cecília vamo, mai vortamo antes da hora do armoço.

_ A madame num esquece.

_ Pode dexar.

E assim, Catarina e Cecícila foram para a fazenda do coronel Epaminondas. Ao chegarem lá, Catarina fora logo fazendo seu escândalo matinal a fim de chamar por Amância.

_ Maaancia, ieu cheguei. Venha cá, me ajude aqui!!

_ Tá certo nhora madama Catarina! Disse um pouco antes de chegar a sala onde Catarina estava. _ Mai que menininha linda, de quem é?

_ Oce num reconhece não? É cara do pai mai tem um gênio que só, iguar ao da mãe... Quase arranco minha peruca no meio do caminho.

_ Ela é fia do inhor dotor Nando?! Perguntava Amância espantada por vê-la na casa.

_ Sim. Ieu troxe pra vê se o coroner resiste a esse rostinho lindo.

_ Ah, acho que ele num resiste não madama. Ela é uma graça.

_ É mermo, ela e os irmão são umas gracinha. Mai me diga uma coisa, o seu patrão já se levanto?

_ Já sim. Veio aqui, tumo o café e vorto pro quarto purque disse que tava cum dor de cabeça.

_ Dor de cabeça? Ele nunca foi disso.

_ Ieu tenho preu que ele tá é agarrado naquele bunequinho que a senhora me conto.

_ Isso é ótimo! Intão ieu vô agora mermo levar essa princesinha pra ele ver.

_ A inhora tem certeza que vai fazê isso?

_ Ieu nunca tive tanta certeza. Inté. Disse Catarina se dirigindo a seu quarto, local onde estava Epaminondas.

_ Epaminondas, cheguei e lhe troxe uma surpresa!

_ Ieu num quero surpresa ninhuma. Disse Epaminondas tentando disfarçar a emoção que estava por ficar admirando o boneco de César.

_ Mai essa surpresa oce vai gosta. Vira e oia.

_ Ieu já lhe dis...se... Dizia ao se virar para olhar a esposa, e se emocionando ao vê-la com sua neta no colo. _ Oce troxe a Maria Fernanda preu ver Catarina? Dizia ele que estava a um passo de deixar uma lágrima escapar.

_ Epaminondas, essa daqui é sua otra neta, Cecília.

_ Mai elas são rearmente iguaizinhas.

_ São mermo. Os menino tumém são iguaizinhos. Mai num fique ai deitado home, ieu troxe ela proce brinca cum ela.

_ Catarina, oce sabe que ieu num me importo cum essas criança, fios daquela uma.

_ Primero que os fios num são só dela, são do seu fio tumém. Segundo que ieu sei que oce se importa tanto que durmiu abraçado cum esse brinquedo e tava ai agora chorano e babano em cima dele.

_ Ieu num tava.

_ Num minta Epaminondas, ieu te conheço mai do que oce pensa.

_ Tá bão, num adianta esconder nada doce mermo. Ieu tô começano a sentir um afeto por essas criança.

_ Só afeto?

_ Se ieu falei que é, intão é ara.

_ Tá certo. Intão aproveita que eles tão conquistano oce e faz logo as paz com seu fio home,só assim proce conseguir ver essas criança sem ser de longe ou escundido como hoje.

_ Oce robô essa menina?

_ Craro que não. Ieu convenci a Dona Tê.

_ Oce tem que entender que o que ieu faço já tá feito e ieu num vorto atrás.

_ Home, saber reconhecer que erro é a mior coisa do mundo, purque dá tempo de recuperar muita coisa perdida ao errar e uma delas é recuperar o carinho e o amor do vosso fio e ainda mai ganhano o repeito de sua nora e carinho de seus neto. Agora, ieu vô lhe dexar aqui suzinho cum sua neta pra pensar no que ieu disse.

Catarina então entregou Cecília a Epaminondas e saiu do quarto. Os dois ficaram no quarto brincando, Epaminondas se divertia até nos momento em que a neta como de costume puxava a barba dele.

*

Enquanto isso no milharal dos Falcão, Mauricio chegava perto de onde Gina estava.

_ Bom dia linda.

_ Que que oce tá fazeno aqui?

_ Vim relembrar bons momentos que passei aqui com você.

_ Ah mai ieu tumém tive uns bons momento aqui, eles só num foram ótimos purque ieu num matei oce! Gina havia se alterado com a última frase de Maurício, então sua voz chamou atenção de um dos homens que estavam em outra parte do milharal. Ferdinando foi logo ver o que estava acontecendo com a esposa.

_ Mai o que que acunteceno aqui menininha? Perguntava Ferdinando e ao ver Maurício, chegava perto da esposa e a abraçava por entre a cintura para mostrar que aquela mulher era dele. _ Fala, o que que oce veio fazer aqui?

_ Bom, levando em consideração que eu vim lá da casa grande até aqui para dizer o que eu estou sabendo, você deveria é me agradecer e não me tratar desse jeito.

_ Ara! Desimbuxa logo infeliz!

_ Olha como você fala comigo. Mas enfim, vamos aos finalmentes. Sabe quem apareceu lá na fazenda para fazer uma visitinha ao seu pai?

_ Sinceramente, o que acontece naquela casa não me interessa, perdeu seu tempo.

_ Então está bom, se você não quer saber que a netinha foi visitar o vovô eu não vô insistir.

_ Que história é essa?

_ Ah... Ficou interessado der repente?

_ Quando se trata de argo relacionado a minha fia, interessa sim, fala logo, que essa conversa toda já tá me cansano.

_ Como que minha fia foi parar lá? Intervia Gina na conversa.

_ Agora sim eu falo, mas por causa dela, que fique claro. Pelo que eu entendi a Dona Catarina veio aqui na sua antiga casa e levou sua filha para o coronel ver e oh, não sei não mas acho que foi ele quem pediu.

_ Ieu num acredito que aquele mardito fez isso! Dizia Gina desesperada. _ Agora, vô ver se minha mira tá boa. Disse Gina ameaçando ir em casa pegar sua espingarda.

_ Gina se acalme, vamo resorver isso cum carma. Disse Ferdinando segurando a esposa pelo braço. _ Dexa que ieu vô lá e resorvo esse problema.

_ Não, ieu vô de quarquer jeito. Quero ver o que que aquele mardito tá fazeno cum minha fia, ah mai num vai prestar se ele tiver fazendo argo cum ela.

_ Gina seu marido tem razão, você uma mulher não precisa se prestar a esse tipo de coisa, afinal as calças estão com seu marido.

_ Ieu num sei purque oce tá se meteno na nossa cunversa. Dizia Gina sendo arrogante com ele e não percebendo o sorriso que Ferdinando dera ao ouvi-la dizer aquilo para ele. Maurício por sua vez, ficou sem graça e decidiu ir embora e nem sequer se despediu.

_ Então Gina, num podemo perder tempo. Oce vai, mai oce num vai cum aquela arma.

_ Tá certo, inté purque ieu num preciso de arma pra dar uma coça no vosso pai.

_ Ahhh Gina! Será que dá pra oce entender que nem tudo se resolve cum briga, ara.

_ Carma, tá certo. Mai ieu num vô aguentar se ieu vê argo de errado.

_ Tá bão, vamo parar de discutir que nós só tamo perdeno tempo. Vamo logo.

_ Tá bão.

Os dois foram o mais rápido que puderam.

*

Na casa dos Napoleão, Epaminondas já estava tão feliz que já havia saído do quarto e fora para a sala brincar com a neta, os filhos e Catarina. Pituca havia levado seus brinquedos e bonecas para brincar com a sobrinha, estava tudo espalhado pelo chão, Epaminondas estava com a neta no colo, sentado no chão junto com as crianças e brincando alegremente, quando Epaminondas notou a falta de um hóspide.

_ Catarina, oce viu o Maurício hoje?

_ Ieu não.

_ Ué, ele num é de ficar no quarto o dia todo.

_ Ieu num sei e num me interessa saber.

_ É mermo, ele já é um home, num carece deu ficar preocupado. Vô vorta a brinca aqui cum minhas criança.

Todos estavam se divertindo até que alguém bateu a porta desesperadamente.

_ Nossa mai que desespero é esse?! Dizia Catarina vendo Amância correndo para abrir a porta.

_ Cadê minha fia?! Ferdinando entrava na casa, acompanhado da esposa desesperado.

Quando os dois entraram, viram Epaminondas no chão junto com as crianças, brincando rodeado por brinquedos por todo quanto é lado. Ferdinando não queria demonstrar, mas essa cena o comoveu profundamente.

_ Nando, Gina o que que oces tão fazeno aqui? Perguntava Catarina preocupada.

Ferdinando nada respondeu. Gina que estava revoltada, foi em direção ao sogro e retirou a filha do colo dele e disse:

_ Ieu já num avisei que num queria ver oce cum ninhum de meus fios?

_ Oce disse, mai ieu num ligo pro que oce dexa ou num dexa de achar, sabe pur que menina? Ieu os amo e to disposto a me rebaxar pur isso.

_ Como? Endagava Gina sem entender onde Epaminondas queria chegar.

_ Sim Gina, ieu percebi que num tem cabimento toda essa briga nossa, na verdade num sei nem purque ieu fiquei chatiado coces.

Todos, menos Gina ficaram espantados com a confição de Epaminondas.

_ Ieu sei, oce me ofendeu e ofendeu meu marido purque num queria aceitar uma decisão que só cabia a nós.

_ Ieu sei Gina, e me arrependo disso, tudo isso só me fez ficar longe doces num momento mai importante da vida doces, meus netos são hoje junto com o Lepe e a Pituquinha as pessoas que mais alegram essa casa e minha vida. Epaminondas chorava, Ferdinando e Catarina também choravam emocionados com o desabafo do patriarca da família.

_ Onde é que o coronér tá quereno chegar cum essa melação toda.

_ Ieu quero chegar inté oces e pedir perdão por ieu ter implicado coces por bobage e quero que de todo coração oces me descurpe purque essas criança me conquistaro de uma tal manera que ieu num consigo ficar longe delas mai.

_ Ieu num... Gina tentava expressar uma certa desconfiança no apelo do sogro quando foi interrompida por Ferdinando.

_ Ieu te perdoo meu pai. E correu para abraça-lo. _ Ieu te perdoo. Disse no ouvido dele, ambos chorando bastante.

_ Mai que isso Ferdinando? Dispois de tudo que ele falo pra nós e fez proce trazeno aquele um pra fazer mal pra nós?

_ Gina... Dizia Epaminondas se soltando do abraço para se explicar para a nora. _ Ieu sei que ieu fiz muito mal proces, e oce num sabe como isso ta dueno saber que fiz muito mal proces que só o que fizero foi me dar quatro presentes e nunca pensaro em se voltar contra mim pur causo disso. Gina, ieu admiro muito sua braveza, sabe acho que ieu tinha medo de lidar cum uma pessoa iguar a oce, mai oce só é brava pra defender pessoas que oce ama, ieu percebi isso nos dia de festa que tiveram nessa Vila, oce tava feliz e quando apareceu arguém pra te chatear ai sim oce engrossava. Ieu lhe peço perdão de coração Gina, oce num é a nora que ieu pedi a Deus, mai oce faz meu fio filiz e isso é o que importa, ah e oce tá fazeno um bão trabaio cum essas criança, inté purque se elas num morrero inté agora elas num morre mai.

_ Tá veno. Agora ieu não lhe descupo mai.

_ Que isso menininha, meu pai está aqui quase se declarano proce e oce só liga pra brincadera dele. Vai aceita, nossos fio vão ficar filiz do lado dele também.

_ Tá certo, mai só purque meu frangotinho pediu.

_ Ah, me dá um abraço aqui minha nora! Disse Epaminondas indo em direção a ela e a abraçando e ele chorando estava, chorando ficou. Os dois se abraçaram por um longo tempo. Gina ainda desconfiava do sogro, mas decidiu dar um voto de confiança para ele atendendo ao pedido de Ferdinando. Então Gina resolveu dar as boas vindas ao sogro da forma dela.

_ Intonce me fala, minha fia já puxo sua barba?

_ Háhá, já sim.

_ intonce ela já nos vingo e mostro pro coronér que cum nós num se brinca. Intão o sinhô já fica avisado que se mexer cum nós coloco a Cecília pra puxar sua barba de novo. Disse tentando ser intimidadora e ao mesmo tempo demonstrando do jeito dela que o aceitava na família.

_ Ah Gina, saiba que isso é uma alegria pra mim. E oce pode ficar tranquila purque agora nós somos uma famía de verdade, ieu nunca que vô faze mar a oce, meus neto e principalmente a meu fio querido. Disse já abraçando novamente Ferdinando. _ Mância!! Ô Mância!!

_ Sim nhô coroner.

_ Oce faça um bolo pra nós comemorar nossa felicidade.

_ Mai o nhô pode ter certeza que ieu vô fazer o mior bolo pra mô de receber bem o nhô dotor Nando de novo nessa casa.

_ Tá certo, tá certo mai vá logo.

_ Licença.

_ Ahh Nandinho, que felicidade que oces fizero as paz, num guentava mai esse mar estar em nossa famía. Disse Catarina pela primeira vez se pronunciando na conversa.

_ É mermo Catarina. Disse Ferdinando. _ Intão meu pai, o que que o senhor vai fazer cum aquele um, num me diga que ainda vai continuar cum tudo isso?

_ Sentem-se que ieu falo. Todos sentaram e Epminondas iniciou. _ Bão meu fio, ieu realmente troxe ele pra lhe incomodar, mai ieu percebi que ele num quer somente lhe incomodar, sei do que ele é capaz, sei que foi ele que lhe conto que ieu tava cum minha neta.

_ E foi ele mermo.

_ Intão... Ele tá perdeno a linha e comecei a perceber isso dispois que soube do acontecido cum sua esposa, mai num dei muita bola na época, mai hoje sei que se ele foi capaz de uma barbaridade dessa, ele pode ser capaz de coisa pior e me arrependo demai por ter colocado ele dentro de minha casa, purque ele não só lhe incomodo cum a presença dele, que era só o meu desejo como fez mar a sua, a nossa famía meu fio, intão quero lhe perdir perdão pur isso tumém Ferdinando.

_ Oce num se preocupe, tá tudo esquecido e ieu lhe desculpo. Mai o que o senhor vai faze cum ele?

_ Oce dexa que ieu sei o que vô fazer... Sabe que no fundo, no fundo ele fez uma coisa boa.

_ O que meu pai?

_ Ué, se num fosse ele nós num taria teno essa cunversa de reconciliação e vortano a ser uma famía de verdade de novo como era pra ser desde o início. Mai quanto ao que vô fazer cum ele, oce pode ficar tranquilo que ele vai sair de vez dessa casa.

_ Que bão.

_ Intão meu fio, conte como tá sua vida?

_ Linceça coroner, mai a minha fia fez arte. Madame, a senhora troxe arguma fralda dela pra cá?

_ Troxe sim, sua mãe me deu uma bolsinha cum as coisinhas dela, vamo lá no quarto que ieu dexei tudo lá. Crianças, oce num querem vim cum a gente cuidar da sobrinha doces?

_ Sim! Disseram Pituca e Serelepe felizes.

Quando todos saíram, Ferdinando respondeu a pergunta feita pelo pai.

_ Ah meu pai, ieu sô o home mai filiz desse mundo, a Gina e meus fios são maravilhosos eles me completam e lhe garanto que a coisa mai certa que fiz nessa vida foi me apaixonar e me casar cum a Gina, oces pode ver ela assim desse jeito durona de sempre, mai ela é um doce de pessoa, do jeito dela, mai é. Seu Pedro e Dona Tê me acolheram naquela casa como verdadeiros pais e faziam de tudo pra que ieu me sentisse em casa.

_ Ieu fico muito filiz de que oce por mai que nós tinhamo brigado oce consiguiu ser filiz.

_ Num é que ieu tava filiz cum essa situação, mai eles me faziam esquecer de tudo por algum tempo. E o senhor, como tem passado nesse tempo?

_ Ah Nandinho, ieu tentava parece ser forte, mai ieu num tava filiz cum tudo isso, dispoi que ieu intendi que isso tudo num passo de uma bobage minha, de querer oce morano cumigo, ieu fiquei mai triste do que já estava.

_ Mai agora já passo e nós tamos aqui, juntos de novo.

_ Ieu fico muito filiz pur ter oces junto de mim de novo.

_ Ieu só lhe peço uma coisa. Tenta se dar bem cum a Gina, pra que minha vida seja completa.

_ Meu fio, oce pode ficar tranquilo, purque de minha parte ieu num farei nada contra ela, e lhe digo mai, ieu to começano a gostar de verdade dela, pelo que ela vem fazeno cum meus neto, vejo que ela te faz filiz, intão isso já me basta

_ Muito obrigado meu pai, oce num sabe como tá me fazeno feliz ao dizer tudo isso da minha menininha.

_ Digo tudo isso da sua menininha purque ieu vejo o seu amor pur ela e purque também vejo o amor dela pur oce, ieu num creditava nisso e num creditei pur muito tempo, mai hoje ieu percebo.

_ Ieu fico muito feliz com isso meu pai.

_ Ieu tumém.

_ Pronto!! Vortamos... sentiram nossa farta? Gritava Catarina, descendo as escadas com Gina e as crianças.

_ Sempre. Respondeu Ferdinando.

_ Licença coroner. Falava Amância vindo da cozinha _ Mai o bolo já tá pronto, posso servi?

_ Mai é claro e ó, traga um bão vinho pra nós comemorar.

_ Meu pai a Gina num pode beber vinho, pois ela ainda tá amamentano.

_ Mai ieu num posso faze disfeita ara.

_ Mai Gina, meu fio tá certo, oce tá dano de mama aos meu neto. Mância, oce faça suco pra todo mundo, vamo brinda cum suco.

_ Intão tá certo coroner, oces se quinze já pode ir pra mesa que ieu já vô servi.

_ Gradecido. Intão, vamos todos pra mesa?

Todos foram para a mesa, esperaram Amância tazer todos os comes e bebes para à mesa e então Epaminondas pediu a palavra.

_ Bão famía, ieu gostaria de fazer um brinde a nova fase da famía Napoleão, a vorta do Nando pra nossa famía, a nossa união que daqui pra frente vai ser mai forte que tudo, ao amor do meu fio e de minha nora e aos meus netos, um brinde!

_ Um brinde! E assim todos brindaram, comeram o bolo e permaneceram conversando e rindo até a hora que Gina e Ferdinando foram embora felizes por terem feito as pazes e unido novamente a família.


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