Felizes para sempre escrita por Lu


Capítulo 20
Novos pequenos hóspides


Notas iniciais do capítulo

Olá! Aqui está mais um capítulo. Espero que gostem. Boa leitura a todos, desculpe qualquer erro. Beijos! :)



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Os dois ficaram um tempo se olhando, ambos com lágrimas nos olhos. Quando Ferdinando recobrou a consciência, foi rapidamente em direção a Tarcísio e o abraçou fortemente.

_ Que saudade meu amigo. Disse Tarcísio.

_Ieu tumém tava. Num me diga que oce é o irmão da Dona Tê?

_ Sou sim e você, o que faz por aqui?

_ Ieu moro aqui. Ieu sô...

_ É tio, ele é o meu maridu.

_ Ah, então é você quem conseguiu domar minha sobrinha.

_ Sim. Disse Ferdinando dando um sorriso orgulhoso pela constatação do amigo.

_ Tá, tá, mai onde oces se conhecero? Perguntava Gina mudando de assunto.

_ Meu amor, ieu fui aluno do seu tio lá na facurdade.

_ O melhor aluno! Frisava Tarcísio.

_ Ah quê isso, oce que é um ótimo professor.

_ Mai que mundinho piqueno esse que nós vive né não? Dizia Dona Tê espantada.

_ É mesmo minha irmã.

_ Mas me diz Ferdinando, o que você fez para conquistar minha sobrinha? Dá última vez que eu a vi, ela era mais brava que qualquer homem e tinha mais coragem que eu e você juntos. Você sabia que quando eu fui embora daqui minha irmã decidiu fazer uma galinhada, ai a Gina foi lá no galinheiro e já trouxe a galinha já sem a cabeça.

_ Háhá.

_ Ieu ainda continuo assim tá tio. Num é purque ieu casei que ieu vô mudar.

_ Tá bom, não está mais aqui quem falou.

_ Depois ieu te conto. Disse Ferdinando ao ouvido de Tarcísio.

_ Vamo armoça. Tarcísio? A Gina que fez.

_ Hum, outro milagre. E depois diz que não mudou.

_ Tio, ieu num quero lhe ser grosseira na vossa chegada.

_ Ah Gina, eu sei que você me ama e por isso não vai fazer nada comigo. Também porque eu te trouxe um presente, mas só vou te dar se você me deixar vivo.

_ Mãe, vamo servi esse armoço logo, pro meu tio manter essa boca fechada.

_ Fia, oce num seja grossera. Ciso, descurpe pela atitude dessa menina.

_ Ah Tê, não se preoculpe, eu estava era com saudade das grosserias dela. Háhá.

_ Ih, então isso é o que não vai faltar. Disse Ferdinando.

_ Ferdinando, que bom te encontrar, quero muito conversar com você. Depois do almoço a gente conversa, tá bom?

_ Tá certo.

_ Ô mão, põe logo essa cumida na mesa causo que cunversa num enche o bucho e o meu tá vazio, vazio.

_ Já tamo servino, pai.

Já estavam todos à mesa, quando Dona Tê começou pergutando ao irmão.

_Ô Ciso, e sua mier e seus fio? Deve já tá tudo grande, né?

_ Teresa minha irmã, eu me separei.

_ Num me diga! Disse Dona Tê espantada.

_ Sim. Na verdade, foi ela quem quis, disse que eu não dava atenção a ela, que eu só pensava no trabalho, mas vida de professor é assim, professor é uma das poucas profissões que leva trabalho para casa e ela não entendia isso e então decidiu se separar de mim.

_ Nossa, que pena.

_ É e ainda levou meus filhos com ela. Ah Tê, eles estão lindos, olha a foto deles. Disse ele tirando a foto da carteira que estava em seu bolso e a mostrando. _ Taís está terminando o Ensino Médio. Já Tássio está cursando Direito, acredita que ele disse que não quer lidar com a terra igual a mim, pois acha que é algo entediante, só ver mato. Vê se pode?

_ Mai isso num tem cabimento ninhum, meu irmão.

_ Também acho, mas eu vou fazer o que? Eu não posso obrigá-lo a fazer o que ele não quer.

_ Quem dera meu pai pensasse assim. Sussurrou Ferdinando.

_ É o quê, Nandinho?

_ Nada não Dona Tê, vamo cumer em paz, seu irmão deve se sentir triste em ter que relembrar da famía dele que está longe, né?

_Tá certo, vamo cumer im paz.

Todos já haviam terminado o almoço, Tarcísio quebrou o silêncio para falar com Ferdinando.

_ Ferdinando, eu queria muito conversar com você.

_ Craro, vamo lá pro trigal, aproveito e lhe mostro o que que ieu fiz por lá.

_ Foi você que fez com que aqueles trigos ficassem daquele jeito?!

_ Foi sim.

_ Eu sempre acreditei em você, agora vejo que eu não me enganei.

_ Ah que que é isso. Vamo logo.

_ E ieu? Perguntava Seu Pedro.

_ Pedro, eu queria conversar com o Ferdinando a sós, depois você me mostra o resto do latifúdio.

_ Tá bão. Disse Pedro Falcão um pouco contrariado.

E assim, os dois saíram em direção ao trigal. Sentaram embaixo que uma árvore e ficaram admirando a plantação de trigo que já estava crescendo igualzinha a última colheita.

_ Ferdinando você fez um belo trabalho por aqui.

_ Gradecido.

_ Eu nunca duvidei da sua capacidade, eu via em você um rapaz muito esforçado, parecido comigo quando eu cheguei lá para estudar, eu me via em você, um rapaz do interior que lutou para chegar lá e fazer o que gostava, sabe, eu devorava os livros igual eu via você fazer várias vezes. Eu fiquei muito feliz em saber que agora nós somos da mesma família.

_ Ah ieu adorava o que ieu lia e estudava a cada dia, principarmente com oce, oce era minha inspiração. Via que oce tava ali purque gostava, aquilo lá num parecia uma obrigação proce. Nossa, só Deus sabe a alegria que ieu tive quando ieu lhe vi naquela sala.

Mas me diz Ferdinando, como você conseguiu domar aquela fera da minha sobrinha?

_ Nem lhe conto. Aquela lá era muito difícir, escorregadia, por mai que ieu dissesse que lhe amava mai ela me chutava. Ai, a única saída que ieu encontrei foi roubando dois beijos daquela jaguatirica.

_ Você é maluco? Ela era capaz de lhe dar um tiro.

_ Era nada, se tivesse que dá, já tinha dado. Sabe, quando ieu vortei, ieu fui acolhido por sua famía purque meu pai me coloco pra fora de casa, e seu cunhado meu deu guarita, me acolheu, e no começo ieu tava de asa caída pra Juliana, uma professorinha, mai ai meu amigo, a cada dia que ieu convivia cum sua sobrinha ieu via a moça linda, dedicada a terra e carinhosa que ela era, e pronto foi o que bastou pra ieu me apaixonar por ela.

_ Carinhosa? Ferdinando a única pessoa que ela era carinhosa era com o pai e mesmo assim do jeito grosso dela.

_ E foi assim mermo que ieu vi, se ela era carinhosa com o pai, ela poderia ser cum quarquer um. O que ela precisava era alguém que a enfrentasse, e quando ieu fiz isso, ai meu amigo foi a gloria, nossa ela me faz o home mai feliz desse mundo, e ela me dá carinho sim, as vezes do jeito dela, mai ieu a amo muito, e é o que ieu disse pra ela aqui mermo nesse trigal, na nossa lua de mel. Ieu nasci pra ama ela e num trocaria ela pur nenhuma muier mai educada da cidade grande.

_ Que lindo. E agora ela tá esperando seus filhos, que é o maior presente que uma mulher pode dar a um homem.

_ Craro, cum isso nossa felicidade tá completa, esses meninos e meninas como ieu já disse, vão ser o resurtado perfeito do nosso amor, amor esse que ieu agradeço a cada dia a Deus por ter sido o privilegiado em ser ieu o home para que ela mostra esse amor a cada dia. Dizia Ferdinando com lágrimas nos olhos.

_ Ah Ferdinando venha cá rapaz, me dá um abraço.

Com isso, os dois se abraçaram bem forte.

_ Realmente dá para se ver que vocês dois se amam, a Gina não deixaria você chegar perto dela se ela não te amasse de verdade e você, nunca duvide disso, e olha, eu gosto muito de você, mas se fizer algo para magoar minha sobrinha você vai ter que se ver comigo e com o Pedro.

_ Ai não, só cum Pedro já é difícir de lidar agora oce tumém?

_ Sim, sou seu amigo, mas ela é minha sobrinha e afilhada, eu tenho que protegê-la.

_ Ieu lhe garanto que oce pode ficar tranquilo, que ieu num vô fazer nada que magoe sua sobrinha, minha esposa e mãe dos meus fios.

_ Que bão.

_ Mai me conte oce, que novidade é essa de separação?

_ É meu amigo, eu não tive a sorte igual a você de casar com uma mulher que ama a terra, ela não me entendia. Eu tinha que corrigir provas, trabalhos e preparar aulas, daí quando eu falei para ela que nessas férias eu gostaria de comprar umas terras para que eu mesmo colocasse em prática tudo que eu tinha aprendido e que agora eu ensinava, ela simplesmente me disse que não queria e que não gostava e me deixou.

_ Nossa. Mai num fique assim, as vezes foi inté melhor ela num devia está feliz e acabava que tumém num dexava oce feliz.

_ Num sei, eu gostava dela e da nossa família, mas enfim, agora eu sei, não estava dando certo mesmo nosso casamento, ela tem uma cabeça, era uma mulher da cidade, não compartilhava o mesmo amor pela terra, talvez se nós insistíssemos nisso iria ser muito pior. Foram vinte anos maravilhosos. Hoje nós temos uma boa relação, somos amigos.

_ Intão, isso que é bão.

_ Ferdinando, eu te disse que quero comprar umas terras e justamente quando eu estava chegando, vi um placa de venda aqui perto.

_ Perto daqui?

_ Sim, um pouco antes de chegar aqui a Vila.

_ Mai por esses lado só se tem terras do Seu Pedro e do Coronér, num sei se oce já ouviu falar dele mai ele é meu pai, o tal que me coloco duas vezes pra fora de casa.

_ Mas por quê? Eu teria orgulho de ter um filho como você.

_ Da primera vez foi purque ieu vortei Engenhero Agronomo. E da segunda foi pur causo que ieu e a Gina decidimo morar cum Seu Pedro e sua irmã enquanto nós construíamo nossa casinha, então ele pegou e me mando ir embora. O senhor sabe que ele inté abrigo o Maurício, num sei se oce lembra, mai era o carinha que num fazia nada e só implicava cumigo, então, ele tá lá na casa do meu pai seno o Engenhero Agronomo dele e meu oponente nas eleições.

_ Como?

_Sim, ieu to seno candidato a prefeito da Cidade das Antas e meu pai pra me fazer raiva decidiu apoiar esse mardito pra me afrontar.

_Ferdinando, uma coisa eu te digo, eu passei pelo pomar que estava sendo anunciada a venda e olha, está quase todo destruído. O Maurício não tá fazendo nada de bom naquelas terras, e te digo eu nunca vi nele o mesmo amor pela terra que eu via em você e sabe, eu nem gostaria de me encontrar com ele.

_ É, ieu andei tentano salvar, mai ai a birra do véio era tão grande que ele me mando embora antes que ieu terminasse todo o trabaio e é craro que o Maurício num tinha capacidade pra continuar o trabaio e acho que termino no que o senhor viu.

_ Então, eu vi e decidi que vou comprá-las.

_ Ieu num aconseio não.

_ Já está decidido. Eu sei da minha capacidade e da sua, sei que somos capazes de fazer aquelas terras florescerem novamente. Então, o que você me diz? Sócios?

_ Ieu num sei nem o que lhe dizer! Dizia Ferdinando muito feliz.

_ Apenas aceite e não se fala mais nisso.

_ Intão tá certo, ieu aceito!

_ Eu vô covprá-las amanhã mesmo, você vem comigo?

_ Hum, num sei se ele me quer na casa dele, e se bem ieu o conheço e é bem capaz dele num querer vender a oce se aparecer comigo ou cum Seu Pedro. Ieu lhe aconceio a ir suzinho e num dizer nem que conhece a famía Falcão.

_ Você acha mesmo?

_ Sim, ieu conheço aquele véio, é um turrão.

_ Então está bem. Ferdinando, eu vou chamar o Pedro para entrar na sociedade, eu senti que ele não gostou nada de eu ter te chamado para conversar sem ele.

_ É, ieu vi a cara dele.

_ Então, vou falar com ele para fundirmos os latifúndios, já que são próximos podemos uni-las e você fica tomando conta da minha terra quando eu tiver que voltar para a Capital.

_ Sério?!

_ Claro, não confiaria minha terra a mais ninguém.

_ Nossa, muito obrigado! Ele o abraçou.

Eles ficaram lá, observando a paisagem. Depois de um tempo voltaram para dar a notícia a Pedro Falcão.

_ Chegamos! Gritava Ferdinando da porta de entrada.

Gina vinha andando um pouco devagar em sua direção para lhe dar um abraço, e também um no tio.

_ Meu amor, oce tem que sentar, oce já fico muito tempo em pé quando tava fazeno a cumida.

_ Ara, ieu to bem.

_ Ieu sei, mai seu tio tem um notíca pra dar, vamo sentar aqui bunitinho e escutar o que ele tem a dizer.

_ Tá certo.

_ Teresa, Pedro venham cá por favor. Chamava Tarcício.

_ Que que foi? Perguntava Pedro.

_ Pedro, eu vou comprar uma terra.

_ Que bão, oce vai se mudar pra cá?

_ Não, mas eu gostaria de chamar você e o Ferdinando para serem meus sócios. Ele já aceitou e agora quero de saber de você.

_ Oce já viu as terra que oce quer cumprar?

_ Já sim. É o pomar do pai do Ferdinando.

_ Como? Aquilo lá da úrtima vei que ieu vi tava um horro.

_ Ah Pedro, você tem dois maravilhos Engenheiros Agronomos. Duvida que podemos fazer daquelas terras um das melhores terras que tem por esses lados? Eu digo, digo não, te garanto que em pouco tempo teremos um lugar tão bom e bonito quanto suas terras. Aceita?

_ Tá bão, ieu aceito. Oce que o que deu?

_ Só seu apoio. Pois quando eu tiver que voltar para a Capital, quero que você e o Ferdinando tomem conta de tudo.

_ Oce pode conta cumigo. Os dois deram as mãos como forma de selar o acordo.

_ E ieu? Perguntava Gina, chateada por não ser colocada no plano do tio para cuidar da terra.

_ Gina, você agora vai se tornar mãe, não acho conveniente você trabalhar na lida.

_ Oce tá mai é besta, vô amar meus fio como ieu amo a terra, por isso dá pra cuidar dos doi do mermo jeito. Tio... Ieu amo muito a lida e meus fio desde cedo vão saber e tumém vão aprender a gostar de tudo isso.

_ Tá bom Gina... você pode ajudar os dois. Gina vem cá. Chamava Gina a um canto isolado da sala para que ninguém ouvisse o que ele a falaria. _ Afinal de contas, eu vou deixar aquelas terras para você e para o Ferdinando quando eu voltar.

_ É o quê?

_ É o que você ouviu, eu só quero sentir como é colocar a mão na terra novamente, mas eu vou ter que voltar e não sei quando vou voltar aqui, então Gina quando eu cheguei aqui e te vi tão feliz, casada com um rapaz maravilhoso e além do mais depois de tudo que o Ferdinando me disse hoje sobre vocês, não tive dúvidas de que vocês formam um belo casal que ama a terra, merecem algo só de vocês. Por isso, minha querida sobrinha Regina, aquelas terras vão ser de vocês quando eu volar para a Capital, mas vou deixá-las em bom estado primeiramente.

Gina chorou. Tarcísio se espantou com a reação da sobrinha e tentou acalma-la e então lhe abraçou.

_ Gina, num fica assim...

_ Que que oce disse pra ela Ciso?

_ Nada demais, só falei que ela poderia trabalhar nas terras. Disse em resposta a Dona Tê. _ Você não fale nada a ninguém, tudo bem? Disse ao ouvido de Gina. E a sentiu consentir com a cabeça durante o abraço. _ Gina por que você está chorando? Nunca te vi fazer isso.

Ambos já estavam sentados no sofá.

_ Tarcísio, isso são os hormônio, o Renato me falo que enquanto ela tiver grávida ela fica mais sensíver e tem alterações de humor.

_ Ah sim a gravidez. Ainda estou me acostumando com a ideia.

*

No dia seguinte, quase todos acordaram cedo, apenas Gina permanecia dormindo por conta da gravidez. Já estavam sentados à mesa e tomando seus respectivos cafés. Ao final, Tarcísio saiu e foi para a fazenda do coronel Epaminondas. Chegando lá, entrou e foi muito bem recebido por Madame Catarina.

_ O senhô deseja arguma coisa, água, um cafezinho ou um chá?

_ Eu aceito um café, se não for um incômodo.

_ Craro que não. Mânciaa!

_ Sim madama Catarina?

_ Traga um café pro moço.

_ Agora mermo. Disse já saindo em direção a cozinha e logo em seguida voltou trazendo a xícara com o café.

_ Obrigado.

_ Nada. Com licença.

_ O senhor fique a vontade, mai ieu poderia sabê o que lhe traz aqui?

_ Hum... eu vim... Dizia Tarcício enquanto fora interompido por Epamiondas que saía de seu escritório.

_ Olá, bom dia senhor!

_ Bom dia.

_ Vô dexá oces cunversano. Licença. Disse Catarina se retirando e indo para a cozinha escutar a conversa.

_ Posso saber a que devo a honra?

_ Prazer Tarcísio Lopes. Disse esticando a mão para comprimentá-lo e Epaminondas logo a apertou.

_ Epaminondas Napoleão.

_ Eu vim aqui, pois vi a placa de venda lá no seu pomar e eu estou interessado em comprá-lo.

_ Ah claro, vamo inté meu escritório para conversamos mai a vontade.

Os dois saíram, foram para o escritório, sentaram- se e iniciaram a conversa.

_ Bom, o senhô tá mermo interessado em minhas terra?

_ Sim, estou. E estou disposto a pagar o que o senhor quiser, claro e que o senhor seja justo com o preço, pois ele não está em bom estado.

_ Craro, craro. Aquelas terra valem por volta de trinta a trinta e cinco mil, mai levano em consideração o estado delas ieu baixei o preço pra quinze mil, de acordo?

_ Tudo bem, eu vim dando uma olhada por lá, é bem espaçoso. Eu compro.

_ Tá certo, o senhor troxe o dinhero?

_ Sim, eu trouxe até mais, mas enfim, o dinheiro está aqui sim.

_ Ah ótimo. Vou lhe dá a escritura daquelas terra. Tá tudo certo cum elas, as medições e tudo mai. Daí o senhor assina e ieu assino e pronto, tá feito o negócio.

_ Tá bom.

Epaminondas entregou a escritura do terreno, o recibo de compra e venda, ambos assinaram e a venda estava realizada. Ambos apertaram as mãos e Tarcísio não poderia sair de lá sem deixar claro para ele que conhecia Ferdinando.

_ Ah muito obrigado senhor. Meus sócios vão ficar muito felizes qundo eu contar que fechei o negócio. Passar bem.

_ O senhor tem sócios?

_ Sim. Um ex-aluno meu e meu cunhado. Não sei se o senhor os conhece, Ferdinando e Pedro Falcão. Olha, esse jovem tem um grande futuro e agora que ele ta casado com minha sobrinha Gina, menina maravolhosa, resolvi ajudá-los e dar um emprego para ele para que ele crie meus sobrinhos netos e para que essas crianças cresçam correndo por todo aquele terreno e que desde cedo comecem a tomar gosto pela terra, mas enfim, o senhor não deve os conhecer. Deixe-me ir, pois preciso dar a boa notícia a eles. Passar bem. Disse Tarcísio virando e saindo do escritório e para logo depois ser acompanhado por Amância até a saída.

Enquanto isso, Epaminondas não aguentou a pressão da surpresa e caiu sentado na cadeira. Catarina que estava curiosa, entrou no escritório para saber da conversa e encontrou Epaminondas sentado na cadeira pálido.

_ Epaminondas, mai o que que houve coce?

_ Catarina, ieu vendi as terra do meu pomar.

_ Mai isso ieu já sei, oce me falo que ia vender.

_ Esse home que acabo de sair daqui é cunhado do Pedro Farcão e foi professor do Ferdinando e fez questão de me jogar na cara o quanto esse muleque tá bem com aquela mulherzinha e agora cum os fios dele. Ara, mai se ieu soubesse disso num tinha feito esse negócio.

_ Num to lhe entendeno, esse home é tio da Gina, irmão de Dona Tê?

_ Sim Catarina!

_ Ah bem feito. Pra ver que essa briga sua com seu fio já passo dos limites.

_ Sai daqui!

_ É verdade, essa briga já foi longe demais, purque oce num dá o braço a torcer e pede descurpa a seu fio!

_ Já mandei oce sair daqui! Me deixe em paz e chame o Maurício.

_ Seu grosso. Se oce quiser falar cum esse um, oce que vá atrás dele.

_ Vorta aqui Catarina!

_ Ah agora oce quer que ieu vorte?! Lhe digo que não, se oce quiser conversar, conversa com as parede, elas AINDA conseguem te aguentar, seu veio turrão. Ao dizer isso saiu por completo do escritório.

_ Essa muier tá ficano muito da atrivida. Mância!!

_ Sim nhô Coronér?

_ Oce vá lá no quarto do Maurício e diz que ieu estou esperando ele aqui.

_ Tá certo.

Depois de alguns minutos Maurício bate à porta e é autorizado a entrar.

_ O senhor mandou me chamar?

_ Sim, sente. Oce conhece um tal de... Tarcísio Lopes?

_ Claro, eu até que falei dele ontem. Foi o meu professor mais chato da faculdade. Mas por que da pergunta?

_ Purque ele vio aqui e comprou o meu pomar.

_ Sabia que ele era um idiota.

_ É Maurício. Mai esse idiota é tio da Gina, irmão da Dona Tê e cunhado de Pedro Farcão. Ele é completamente ligado aquela famía que ieu lhe disse que num venderia minhas terra, ou oce tá esquecido?!

Maurício não podia acreditar naquilo que ouvia, não podia acreditar que o professor que ele mais odiava era justamente tio da mulher que ele estava tentando conquistar e que dizia amar.

_ Eu não posso acreditar. Ele é tio da Gina, não pode ser. Ela, uma mulher tão linda com um tio como ele, um cara mal encarado que nunca gostou de mim.

_ Ele me falou tão bem do Ferdinando.

_ Mas era de se esperar, eles sempre foram tão grudados na faculdade e pelo que eu sei ele foi padrinho de formatura do Ferdinando.

_ Era só o que fartava. Agora devem tá tudo rindo da minha cara.

_ Senhor não precisa se preocupar que daqui algum tempo é você quem vai poder rir muito deles, porque do jeito que aquilo lá está, nada irá salvar.

_ É mermo, né?

_ Claro.

*

Um mês depois...

A família de Giácomo havia aumentado. Marina filha de Milita e Viramindo havia nascido, era uma menina ruivinha de olhos azuis.

Um mês também de intenso trabalho entre Pedro Falcão, Tarcísio e Ferdinando. Eles trabalhavam todos os dias, faziam tudo que era necessário, compraram os nutrientes que eram precisos e então a terra começava a responder aos cuidados e já demonstrava que em pouquíssimo tempo estaria pronta para receber uma bela plantação de qualquer coisa. Tarcísio estava adorando colocar a mão na terra novamente, mas chegara a hora de voltar para a Capital e para seu trabalho.

A família estava na sala, todos reunidos para a despedida. Tarcísio já estava abraçado com a irmã.

_ Ô minha irmã, não chore. Agora vocês não tem um telefone?

_ Sim.

_ Então, já dei o número do meu telefone para o Ferdinando e quando vocês sentirem minha falta é só pegar o telefone e me ligar.

_ Tá certo.

_ Pedro, vou sentir saudades. Disse dando um abraço no cunhado.

_ Ieu tumém, ó... sempre que oce quinsé vorta fique a vontade a casa vai tá cum as porta aberta proce. E suas terra vão tá dando é muitos fruto.

_ Na verdade Pedro, essas terras não são minhas, elas são do Ferdinando e da Gina.

_ Como?! Perguntava Ferdinando espantado com a notícia.

_ É. Vocês não lembram quando eu fui a Cidade das Antas? Então, lá eu fui num cartório e passei aquelas terras para o seu nome e da minha sobrinha.

_ Muito obrigado! Disse Ferdinando dando um forte abraço no amigo, chorando.

_ Nada. Você merece, esse mês que eu passei aqui, convivendo com você pude ter certeza daquilo que eu sempre soube, e te vendo na lida com a terra foi estimulante, você tem o mesmo tesão de quando eu comecei a lidar no campo, e o seu amor pela Gina e a mudança que você conseguiu fazer nela só me fezeram ter certeza que esse presente só vai amadurecer ainda mais esse grande amor de vocês, afinal de contas vocês vão ter suas próprias terras para cuidar, amar, cultivar e criar seus filhos nesse mundo do campo, fazendo-os amar tudo isso.

_ Muito, mai muito obrigado mermo.

Gina apenas admirava a cena.

_ Mai esse meu esposo é uma mantega derretida mermo.

_ Ara Gina, ieu to emocionado pelo presente que ieu recebi. Afinar de contas oce num fico feliz?

_ Craro que sim, mai ieu sabia que ele ia dar essa terra de presente pra nós. Oces acharo mermo que ieu num tive motivo pra chorar naquele dia?

_ Sim.

_ Pois foi naquele dia que ele me deu essa notícia. Ieu num sô muier de chorar atoa e oces já deveria saber disso.

_ Craro, esqueci que ieu casei cum a muier mai brava do mundo.

_ Tá bom. Agora deixem eu ir senão eu me atraso. Dá um abraço aqui. Disse dando um abraço na sobrinha. _ Cuide muito bem dessas terras. Disse no ouvido dela.

_ Tchau. Disseram todos ao mesmo tempo, junto com os ascenos de despedida.

*

Mais um mês se passou e Gina já estava com sete meses e duas semanas de gravidez. Eles estavam em seu quarto. Ferdinando como sempre acordava primeiro e ficava admirando-a dormir tranquilamente. Não demorou muito para que Gina acordasse.

_ Oi frangotinho, oce tava me oiano?

_ Ieu num tava lhe oiando, ieu estava apenas lhe admirando durmir tão lindamente.

_ Oce pare cum essas bes... aiii!!

_ Que que foi menininha.

_ Ai! Tá dueno... ai!

_ Onde?

_ Aqui...ai. chama minha... aii...mããe!

_ Tá certo.

Ferdinando desceu as escadas correndo desesperadamente chamando por Dona Tê.

_ Dona Têee!!

_ Que que foi Nandinho?

_ Dona Tê a Gina.

_ Que que tem a Gina?!

_ Ela ta passano mal!

_ Deus dos exercito, vamo lá vê o que que ela tem.

Os três saíram correndo, pois seu Pedro que estava por perto saiu correndo também. Ao chegarem ao quarto, Gina estava se contorcendo de dor.

_ Que que foi minha fia?

Ao sentar perto da filha e pôr a mão entre as pernas dela pôde sentir o molhado que estava sobre o lençol.

_ Nandinho, a bolsa rompeu, os bebês vão nascer!

_ É o quê?

_ Tá cedo ainda, mai a bolsa rompeu os bebês vão nascer hoje.

_ Meu Deus. Vô levar ela pro hospital.

_ Não Nando, os bebês num aguentaria uma viage longa dessa e nasceriam no carro.

_ Aiii! Tá dueno muiito! Aiii!

_ Nadinho, oce liga pro Renato e oce Pedro, vá chamar a mãe Benta.

_ Tá certo! Disse seu Pedro saindo imediatamente em direção a casa da mãe Benta.

_Tá certo, mai onde foi que ieu coloquei o número dele? Perguntava para si mesmo enquanto andava de um lado para o outro, pensando. _ Ah já sei, o escritório.

Então ele desceu correndo, pegou o número do telefone de Renato na gaveta da mesa do escritório. Pegou o telefone imediatamente e discou.

_ Atende, atende.

_ Alô.

_ Ah, oi Renato.

_ Olá meu amigo.

_ Tá, a Gina vai dar a luz!

_ Mas já?

_ Sim, o que ieu faço?

_Olha, você fique calmo, eu estou indo prai, agora o que você tem que fazer é manter ela o mais calma que puder.

_ Ela tá disisperada e a Dona Tê mando chamar a mãe Benta.

_ Ótimo, agora é só confiar na mãe Benta enquanto eu e a Karina chegamos ai.

_ Mas venham logo!

_ Tá bom, mas você tem que manter a calma para que ela também fique tranquila.

_ Tá certo. Tchau.

_ Tchau, já estou no carro indo prai.

_ Tá bão.

Ferdinando desligou e voltou para o quarto.

_ O que que ele disse?

_ Pra gente ficar carmo que ele já tá vino e que a senhora fez bem em chamar a mãe Benta.

_ Tá certo.

Ferdinando olhou para a esposa que estava completamente molhada de suor, tinha um lençol em cada mão para que apertasse quando sentisse dor, as pernas já estavam dobradas na posição perfeita para que as crianças nascessem. Ferdinando então, sentou na outra ponta da cabeceira da cama. E falou para Gina.

_ Menininha, fique carma, nossos fio vão nascer meu amor. Lhe deu um beijo na testa.

_Aiii! Doi muito... Aii!

_ Ieu sei, mai tudo isso vai valer a pena e ieu vou te amar muito mais dispois disso. E dispois oce vai poder pegar eles no braço e dar de mama a eles menininha.

_ Aii... aii!

Pedro Falcão entrou desesperado no quarto junto com mãe Benta. Ele abriu a porta para que ela entrasse e voltou para sala.

_ Mãe Benta, que bão que a senhora chego. Disse Dona Tê aliviada.

_ Posso ver como é que está as coisa?

_ Mai é craro.

Mãe Benta se posicionou entre as pernas de Gina e viu que estava tudo ocorrendo perfeitamente a dilatação estava acontecendo e dentro de alguns minutos a dilatação estaria boa para que o primeiro bebê nascesse.

_ Dona Tê, a nhora podia pegar uma bacia cum água e uma tesora?

_ Craro. Disse Dona Tê levantando-se e saindo do quarto.

_ Aii!... mãe Benta... aii, gradecida... aii! Por vim.

_ Que isso menina, num carece de agradecer não, essa é minha missão nessa vida.

_ Aii...

_ Mãe, traga meus fios a esse mundo, pur favor.

_ Isso vai ser um prazer dotorzinho, o nhô é como se fosse de minha famía, mior amigo de meu fio é meu fio tumém.

_ Aii! Vamo pára de cunversa. Ô mãe, tira logo essa criança! Ai!

_ Carma Gina, já farta poco pra dilatação ficá boa pro bebê cunsegui passar.

_ Aqui mãe Benta. Dizia Dona Tê trazendo o que ela havia pedido e os depositando em cima da cama. _ Troxe umas toaias tumém pra embruiar os bebê e levar eles pro banhero para lavar eles.

_ Sim, ieu tinha me esquecido disso. Gradecida. O bebê já tá coroano. Força Gina. Disse mãe Benta apoiando-se na perna de Gina e a empurrando um pouco contra o próprio corpo, para que fizesse pressão e ajudar para que o bebê saísse mais facilmente.

_ AAAAAAAAH! Gina apenas gritava.

Nesse momento Pedro Falcão entra novamente no quarto trazendo consigo Renato e Karina.

_ AAAAAAAH!

_ Como está tudo? Perguntava Renato.

_ Renato, a primera criança tá saino. Respondeu Dona Tê.

_ Força menina, oce consegue, tá saino. Dizia mãe Benta segurando um dos meninos e o puxando até que conseguiu tirá-lo completamente. Pegou a tesoura e cortou o cordão umbilical e o entregou para Renato, pois o segundo menino já estava coroando, ela se posicionou e pôs a puxar o bebê até tirá-lo. Repetiu o procedimento e o entregou a Karina.

Ferdinando chorava muito ao ver seus filhos. Gina continuava a gritar, pois ainda faltavam as meninas. A primeira menina já estava nas mãos de mãe Benta que ao termino do procedimento a entregou para Dona Tê. Faltava apenas a última menina. Gina já não tinha forças, então mãe Benta pediu auxílio pra Ferdinando.

_ Patrãozinho, o nhô pode ajudar sua muier?

_ Craro! O que ieu posso fazê?

_ Se poia na barriga dela e empurra. Menina faz o que puder, mai faz pelo menas um poco de força.

_ AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! E foi então que as últimas forças de Gina foram utilizadas e a menina nasceu e Gina relaxou ainda ofegante, as dores cessaram.

Mãe Benta entregou a menina a Ferdinando, este que já estava emocionado não aguentou e chorava de soluçar. Ele levava a menina ao banheiro onde os outros estavam sendo limpos e onde Karina estava fazendo as primeiras consultas nos bebês que nasceram anteriormente.

Mãe Benta ficou no quarto fazendo a limpeza necessária e retirar a placenta. Ao mesmo tempo fazia questão de elogia-la.

_ Menina, oce sempre foi muito forte, mai depois disso ieu num tenho mai dúvida de que oce é uma muier de muita garra mermo. Oia que ieu já fiz vários parto por essas banda, já vi muieres dando a luz a duas criança e no fim tava acabada, e oce depois de dar luz a quatro tá ai acordada e com o rosto que parece que num conteceu nada.

_É que ieu quero ver a carinha dos meus fios, como eles são?

_ São lindo menina, todos forte e bunito, oce é uma paridera de primera.

_ Ah não mãe, ieu num quero passar de novo pur isso, doi muito. Num é por menos que minha mãe só quis ter uma fia.

_ Háhá. Menina parabéns, oce teve quatro fios lindo e cum saúde, quem tinha dúvida doce, hoje num tem mai e o Ferdinando tinha razão quando escoieu oce pra ser muier dele, num sei como oce é seno esposa mai mãe ieu tenho certeza de que vai se sair muito bem, purque poucas fazem o que que oce fez ainda mai aguentar inté agora acordada só pra ver seus fio dá pra se ver que oce já é uma mãe que vai amar essas criança de verdade, ou mior vai ser uma leoa.

_ É, ai de quem se meter cum eles, ieu meto bala.

Nesse momento, todos que estavam na casa entraram no quarto com os bebês para que Gina os visse. Ferdinando vinha na frente com a menina que nasceu por útimo.

_ Menininha, conheça agora nossos fios. Meu amor, essa daqui foi a que nasceu por último. Ferdinando a colocou nos braços de Gina. Ela não aguentou e começou a chorar como nunca havia chorado, acariciava o rostinho da menina, e como as meninas eram idênticas elas eram morenas de cabelo ondulado e olhos castanhos.

_ Frangotinho é a tua cara. Que tar essa ser a Maria Fernanda?

_ Ótimo.

E depois dois de seus filhos foram colocados em seu colo. O menino que foi o segundo a nascer e a primeira menina.

_ Esses são o César e a Cecília.

_ Ah iguar o nome da minha vô? Peguntava Dona Tê emocionada.

_ Sim mãe.

Até que chegou a vez do menino que nasceu primeiro, este que estava no colo de Pedro, ele então foi em direção a filha e lhe disse.

_ Esse menino é a minha cara fia, ruivin iguar que nós. Falava Pedro Falcão fazendo referencia aos meninos que eram ruivos de olhos azuis.

_ Pois intão pai, esse é o Pedro. Vosso neto.

Pedro Falcão, um homem durão, não aguentou e as lágrimas escorriam sobre seu rosto. Ele até esqueceu de colocá-lo no colo da filha e ficou admirando-o.

_ Sério fia, ele vai ter meu nome?

_ Sim pai, ele vai ser um home forte que nem o senhô. Pedro o olhou pela última vez antes de o entregar a filha. Assim que o colocou no colo dela, saiu do quarto para não mostrar seu choro escandaloso a ninguém.

_ Gina, você pode dar de mama a seus filhos e depois eu acho conveniente que você descanse. Disse Renato a aconcelhando. _ Vamos deixá-los sozinhos para aproveitarem esse momento. E deixar a Gina amamentar tranquilamente.

E assim, todos menos Ferdinando deixaram o quarto. Gina começou amamentando de dois em dois. Ferdinando que estava admirado com a cena, não perdeu a chance de elogia-la.

_ Gina, oce tá tão linda dando de mama a eles.

Gina riu para ele e disse:

_ E ieu to adorano faze isso, frangotinho.

_ Obrigado por dividi tudo isso comigo, menininha.

_ Ieu nunca achei que ser mãe fosse tão doloroso e tão bão ao mermo tempo.

_ Doeu muito, menininha?

_ Demai, posso inté te dizer o que que as galinha que ieu matava quando mai jovem sofriam.

_ Háhá, que bobagem isso Gina?

_ Bobage nada, parecia que tavam me estraçaiano toda por dentro. Oce num sabe purque num foi oce que passo por tudo isso.

_ Tinha horas que ieu queria ta no seu lugar, de tanto que oce gritava.

_ Tu num ia aguenta nenhum minuto, do jeito que oce é um frangote.

_ O Gina, vamo para de me chamar assim na frente dos nosso fios.

_ Craro que não, eles tem que lhe conhecer como um frangote desde pequenininhos.

_ Oce vai é acabar cum a minha autoridade de pai.

_ Fique tranquilo, mermo um frangote oce vai sabe ter autoridade cum eles. Só espero que ninhum deles tenha puxado esse seu lado frangote.

_ Ieu é que tô ferrado se argum deles tiverem puxado esse seu gênio de jaguatirica.

_ Se ieu num tivesse cum essas criança no colo, ieu lhe metia a piaba agora mermo.

_ Ah Gina, ieu adoro te ver assim, oce num tem ideia de quanto isso me faz bem. Ver que mermo oce me bateno ou brigano cumigo oce me ama, e a prova de tudo isso são essas duas pessoinhas ai e essas otras aqui.

Gina na mesma hora olhou para o segundo par que amamentava com seus olhos cheios de lágrimas. Percebeu que os bebês já haviam terminado, os tirou de seus seios e os deu para que Ferdinando os colocasse em seus devidos berços.

_ Frangotinho, agora ieu vô descansar.

_ Carma. Dizia Ferdinando colocando o segundo bebê em seu berço e indo em direção a cama do casal e a abraçando.

_ Pur quê?

_ Purque ieu quero velar seu sono. Vem deita aqui. Ele disse a aconchegando em seu peito.

_ Mai Nando, a gente tem que troca essa ropa de cama.

_ Num precisa não, oce chega pra cá e sai de cima disso, dispois nós troca, primero oce descansa, ieu vi que oce se canso muito pra colocar nossos pequeno no mundo. E Gina, ieu lhe admiro muito mai por isso, pois hoje oce mostro a muier forte que sempre foi. Ieu lhe amo demai menininha.

Gina já havia dormido e não ouviu metade das coisas ditas pelo marido. Ferdinando quando percebeu deu apenas um beijo em sua testa e pensou. “Vou ter todo tempo do mundo pra lhe dizer e lhe provar tudo isso, minha menininha brava. Muito obrigado por esses pesente. Descansa em paz minha querida.”

E assim os dois permaneceram tranquilamente durante toda tarde. Ferdinando a aconchegava em seus braços, ficara o tempo todo acordado a admirando e fazendo carinho nela.


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Notas finais do capítulo

Espero q tenham gostado. Se quiserem comentem, juro q respondo! Abraços!



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