Felizes para sempre escrita por Lu


Capítulo 19
Tudo em família


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem. Boa leitura. :)



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Os meses se passaram rapidamente. Gina já estava com cinco meses de gravidez, a barriga já estava bem aparente e era chegada a hora dos futuros papais saberem os sexos dos bebês, acontece que eles nas outras consultas não quiseram se mostrar para enfim saberem seus sexos. Nesse dia, Gina acordou antes que Ferdinando. Ferdinando havia explicado a ela que eles iriam fazer um exame com doutor Renato para saber o sexo dos bebês e aquilo não saiu mais de sua cabeça desde então.

_ Nando... oh Nando... acorda home. Dizia Gina aflita, querendo ir logo para a Cidade das Antas.

_ Hum... que que foi Gina? Que horas são?

_ Hora de nós ir logo pras Antas.

_ Gina, ainda tá cedo. A consulta está marcada para a tarde. Vamo durmi mai um poco.

_ Nada disso Ferdinando, vamo logo, vai que o dotor Renato atende nós logo.

Ferdinando sentou-se na cama e olhou para a esposa.

_ Gina, oce num fique anciosa, das otras vezes eles num quiseram aparecer, intão num vamo criar muita expectativa, vamo lá apenas pra saber se tá tudo bem cum nossos pequenos, tá certo?

_ Ferdinando, meu amor, ieu tenho certeza que eles vão aparecer pra nós, afinar eles são vossos fios tumém.

_ Como assim?

_ Ara, oce adora se aparecer pros outro, mai no fundo é um frangote. Háhá.

_ Isso num teve graça.

_ Ah teve sim. Agora vamo logo. Levanta. Dizia Gina puxando Ferdinando pelo braço. Até que depois de muita insistência da parte da esposa, Ferdinando se levantou, vestiu-se e desceu junto com a mulher para tomarem café da manhã.

_ O que que deu noces pra hoje descer cedo?

_ É Dona Tê, sua filha tá muito anciosa pra saber o sexo dos nossos filhos.

_ Saber o sexo dos bebês, como anssim?

_ É mãe, lá no hospitar das Antas tem um aparelho que dá pra ver se vai ser menino ou menina.

_ Ih é? Perguntou Seu Pedro.

_ É sim pai.

_ Intão é hoje que ieu vô sabe se vô ter pelo menas um menininho correno por esses mato tudo?

_ É sim pai.

_ Mai fia, oces num se esqueça que seu tio chega amanhã e ieu quero todo mundo aqui pra recebe ele.

_ Ah Dona Tê, num se preocupa não, nós volta hoje mermo. Nós vamo de carro.

_ Que bão.

Quando eles terminanram seu café, saíram, entraram no carro e partiram rumo ao hospital das Antas.

*

Na casa do Coronel Epaminondas, todos já haviam tomado o café da manhã. Quando Epaminondas viu que Maurício já havia terminado o chamou para que conversassem.

_ Sente-se. Ieu andei lá pelo meu pomar e vi que ele tá peor do que já tava, o que que oce pode me dizer sobre isso?

_ Vai ver Seu Epaminondas, as pragas já estão resistentes aos produtos aplicados pelo Ferdinando.

_ Isso é impossíver, se o negócio é feito pra acabar cum as praga é purque ele acaba cum as praga. Oce é que num sabe o que que tá fazeno.

_ Num é...

_ Ieu num quero ouvi descurpa, ieu agora só vô lhe dá guarita purque oce é meu candidato a prefeito. Ieu num quero é lhe vê oce tocano nas minhas terras. Pur sua curpa ieu vô te que vender as terra do pomar pra tentar me livrar dessa dor de cabeça e ainda ver algo de concreto sobre aquilo lá.

_ Mas quem é que vai querer aquelas terras do jeito que elas estão?

_ Argum idiota. Vô vender aquelas terras a preço de banana, assim como ieu fiz cum Pedro Farcão. Mai uma coisa ieu lhe digo, as únicas pessoas que ieu num vendo essas terra é pro Pedro e pro Ferdinando, ieu sô inté capaz de vender pra um de meus agregado, mai num vendo pra eles.

_ Desculpa Coronel Epaminondas, mas para o senhor eu posso falar. Eu nunca estudei de verdade, a maioria dos professores só davam trabalhos em grupo, então eu ficava na aba dos outros, na verdade eu pagava para eles e eles faziam, me davam cola nas raras vezes que tinha prova daquele professor chato do Tarcísio Lapes mas enfim, foi assim que eu consegui me formar.

_ Oce bem que pudia ter me avisado, pra ieu num dexa minhas terra nas vossas mãos, teria dexado meu... o Ferdinando terminar o que ele tava fazendo.

_ Desculpe. Mas se for o caso o senhor pode chamá-lo novamente.

_ Nem morto. Prefiro morrer ao ver minhas terra de novo na mão daquele ingrato.

_ O senhor é quem sabe.

_ Já tá decidido, ieu vô vender pro primero que vier, craro, como ieu já disse, se num for o Ferdinando ou o Pedro Farcão.

E assim, a conversa se encerrou. Epaminondas saiu e foi em direção a seu pomar, para colocar a placa de venda em direção a estrada que dava para a entrada e saída da Vila de Santa Fé e também para sua propriedade.

*

Gina e Ferdinando já haviam chegado ao hospital. Ferdinando estacionou o carro numa vaga logo em frente ao hospital. Saiu do carro, abriu porta do mesmo e ajudou a esposa que já não conseguia sair do carro sem ajuda, devido a barriga que já estava grande.

_ Isso, uma perna agora a otra.

_ Ara Ferdinando, dá pra para cum essa melação toda, oce só tem que me ajuda a sair desse carro e só, ara.

_ Ieu só to sendo gentil, ara.

_ Mai num carece disso não. Agora vamo logo. Disse Gina, para em seguida ir andando em direção a porta do hospital, deixando-o para trás fechando a porta do carro e para logo depois ir atrás da amada.

_ Oh Gina, oce num podia me espera?

_ Oce além de frangote é lerdo demai.

_ Gina pur que que oce tá falano assim cum ieu?

_ Pur causo que ieu to nervosa e ai vem oce cum essas pergunta besta só me dexano mai nervosa.

_ Ara. Tá certo, ieu num vô lhe perguntar mai nada.

E assim os dois chegaram a recepção do consultório do doutor Renato.

_ Bom dia senhorita. Minha esposa tem consulta marcada cum dotor Renato.

_ Sim, qual é o nome dela?

_ Regina Falcão Napoleão.

_ Ah sim, está aqui a ficha dela, vou levar até o consultório. Os senhores podem se sentar e esperar que ele vai chamar pelo nome.

_ Gradecido. Disse Ferdinando, já sentando ao lado da esposa sem falar nada.

Eles ficaram esperando durante um bom tempo, até que Renato terminasse a consulta que estava fazendo e a chamar. Foi então que Renato abriu a porta do consultório, despediu-se da paciente, esta que estava sozinha, sem acompanhante, passou os olhando, pois embora tivessem se estranhado, os dois estavam abraçados e ele a encorajando segurando sua mão, o que fez a senhorita que passava vendo a cena ficasse um pouco triste de não ter seu marido ao seu lado como a bela moça que estava vendo. Ela deu um leve sorriso em direção aos dois e foi embora. Renato logo os viu e os chamou.

_ Gina! Minha paciente favorita, vamos entrar?

_ Craro dotor! Dizia Gina já entrando no consultório e sentando.

_ Ferdinando meu amigo, como está?

_ Estou bem, ela é que tá anciosa por demais pra saber o sexo dos bebês.

_ Oce vai ter que aguentar meu amigo, essa oscilação dos hormônios ainda vão te causar muita dor de cabeça.

_ Ai não.

_ Háhá.

_ Oces dois, vamo para de cunversa ai e vamo logo faze esse exame. Dizia Gina já dentro do consultório os chamando, pois os dois estavam na porta do mesmo.

_ Vamos lá então Gina. Dizia Renato sentando-se em sua cadeira. _ Me dá o bracinho aqui para eu verificar sua pressão arterial.

Gina esticou o braço, chegou um pouco mais para frente e Renato pôs o aparelho no braço dela e começou a verificar a pressão dela.

_ Gina sua pressão está um pouco alta, mas como eu sei que você não tem problema de hipertensão eu deduso que você está apenas nervosa para fazer logo a ultrassom, estou certo?

_ Sim.

_ Então Gina, você pode ir pra lá, porque nós vamos ver seus bebezinhos.

_ Sim! Disse Gina toda feliz. Saltou da cadeira e se dirigiu rapidamente para o lugar em que o exame seria realizado.

_ Nossa. Que rapidez.

_ É meu amigo. Ieu num lhe disse que ela estava anciosa por esse exame.

_ É, eu vi. Agora vamos logo ver essas crianças, porque senão é bem capaz dela vir me arrastar pela orelha.

_ Háhá. É mermo.

Então, os dois foram para o lugar onde Gina já os aguardava, já pronta para que o exame começasse a ser feito o mais rápido possível.

_ Então minha amiga... pronta para começarmos?

_ Craro dotor, comece logo isso.

Renato colocou o gel no ventre de Gina, logo em seguida o aparelho de ultrassom e começou a fazer o tão esperado exame.

_ Gina, você está cuidando muito bem dessas crianças. Eles estão no tamanho e peso ideal para o tempo de gravidez, parabéns.

_ Tá, mas o que que é dotor?

_ Vamos tentar ver. Ele posicionou o aparelho e conseguiu identificar o sexos dos bebês. _ Aqui meus amigos, essa daqui é... uma menina. Aqui mais para baixo temos... uma outra menina. Aqui temos outro bebê. Disse chegando o aparelho para o lado direito da barriga de Gina. _ É um menino e aqui embaixo temos... um outro menino. Parabéns meus amigos, vocês são pais de dois meninos e duas meninas.

_ Ah meu amor... muito obrigado... por esse presente. Disse Ferdinndo dando vários selinhos na esposa que estava sem fala e chorando.

_ Bom Gina, você já pode se ajeitar e ir lá para frente. Disse Renato para logo em seguida se retirar e deixar os dois a sós para curtirem a notícia.

Ferdinando deu alguns selinhos e um beijo apaixonado. Logo depois ajudou a esposa a sentar-se na maca para se recompôr e foi para onde Renato estava.

_ Então Renato, meus príncipes e princesas estão bem?

_ Sim Ferdinando, sua esposa está se cuidando direitinho, não está?

_ Sim, craro. Ieu tomo conta dela, Dona Tê também.

_ Então meu amigo, seus filhos estão saudáveis, estão crescendo bem fortes. Os exames de sangue dela estão bons, não há com o que se preocupar.

_ Ah que bão.

Depois de alguns minutos Gina chegou onde os homens estavam já sem lágrimas nos olhos.

_ Intão vamo, Nando?

_ Vamo sim. Bom Renato, muito agradecido por mai essa notícia maravilhosa.

_ De nada. Espero vocês mês que vem.

_ Estremos aqui meu amigo.

*

Gina e Ferdinando já estvam dentro do carro para voltarem para casa. Ferdinando estava concentrado na estrada, mas não deixava de pensar na notícia que acabara de receber e já pensava nos nomes que gostaria que eles se chamassem.

_ Então menininha, oce já tem ideia de que nome nós vamo colocar nos nossos príncipes e princesas?

_ Num sei ainda não.

_ Meu amor, nós podemo faze assim, oce escolhe de um casal e ieu de outro casal, que tal?

_ Ah, gostei! Disse Gina o abraçando e lhe dando um beijo na bochecha.

_ Ieu pensei em Maria Fernanda e César. Maria por conta da Catarina que é como se fosse minha segunda mãe e Fernanda purque é o nome da minha mãe biológica, que convivi durante poco tempo, mas que foram suficientes para que ela me fizesse o homem que sou hoje. Já César é o nome do meu avô, César Napoleão, acho que ele merece essa homenagem.

_Que lindo frangotinho, gostei. Então ieu acho que podemos colocar Pedro por causo do meu pai que sempre quis um menino home, ieu to gostano de dá pra ele o que ele sempre quis, e pur isso acho justo colocar o nome dele em um dos meninos. Já na menina, ieu sempre que achei o nome da minha bisavó, vó da minha mãe muito bonito, Cecília.

_ Intão tá decidido, vão ser esses nome mermo. Mas Gina, nós só vamo falar pra eles quando os bebês nascerem.

_ Tá bão. Mai nós vamo conta que são dois meninos e duas meninas, né?

_ Sim, mai se perguntarem dos nome, nós dizemos que ainda não escolhemos e pronto.

_ Tá certo.

_ Vamo fazer surpresa pra eles, né?

_Sim.

Durante toda a viagem os dois continuaram pensando em tudo o que haviam vivido durante esse dia e o que viria quando dessem a notícia aos pais de Gina. Por isso, a viagem permaneceu leve, sem brigas ou discussões, o que se via e ouvia eram risos e beijos que Gina dava na bochecha do marido.

*

Ao chegarem em casa, foram recebidos com muita animação pelo casal.

_ Então fia, como estão nossos neto?! Perguntava Dona Tê curiosa.

_ Estão bem, sô. Disse Gina simples.

_ Mai é só isso, estão bem? E o que mai o doto Renato falo?

_Ah ele num falo nada demai, só disse que tava tudo bem cum os bebê.

_ Mai oces num iam lá pra sabe se era menino ô menina? Disse Seu Pedro também curioso.

_ E ele falo.

_ Então disimbuxa logo, menina!

_ São menina. Disse Gina fazendo suspense. Ela sabia que o pai sempre desejou um menino na família, e ao mesmo que disse isso, ela viu uma cara de desilusão plantada no rosto de Pedro Falcão. _ E meninos tumém. Nesse momento, a cara dele mudou completamente e ele começou a pular e correu em direção a filha para a abraçar.

_ Fia, oce hoje tá me fazeno o home e o vô mai feliz desse mundo.

_ Que alegria minha fia. Disse Dona Tê se juntando ao esposo e a filha num abraço. Ferdinando que estava só vendo aquela cena de longe sentiu uma lágrima se formando nos seus olhos ao lembrar da felicidade que estaria sendo completa com a sua família por perto. Foi quando a voz do sogro lhe tirou do transe.

_ Oh Nando, venha cá, se junte a nós nesse abraço. Afinar de conta, essa famia só tá assim filiz tumém graças a oce, que só tem trazido filicidade pra nós desde quando entro nessa casa fio.

Foi o que bastou para Ferdinando chorar feito um bebê, pois ele desde sempre se sentiu acolhido por essa família que lhe deu mais de um bem precioso. Então, Pedro Falcão viu que o genro não saia do lugar, pois só sabia chorar, soltou-se do abraço e o puxou para junto e todos se abraçaram, mas desta vez todos abravam Ferdinando, que não parava de chorar.

_ Ferdinando, oce pare de chora, nem parece home, rapaz. Disse Pedro Falcão dando um tapa no braço do genro. Ferdinando deu um breve sorriso e limpou as lágrimas. _ Vamo lá tumar um aperitivo pra comemorar essa notícia?

_ Vamo sim.

*

O dia seguinte já raiara, e todos já estavam sentados à mesa terminando de tomar o café da manhã. Os homens levantaram da mesa, Ferdinando antes de ir deu um beijo em sua esposa um pouco demorado. Enquanto isso, Dona Tê lembrava ao marido que seu irmão chegaria hoje.

_ Pedro, oce num se esquece que o Tarcisio chega hoje! Ieu quero oces doi em casa a hora que ele chegar.

_ Tá certo mãe, tô ino. Vamo logo Nando!

_ Vamo. Disse Ferdinando, dando apenas mais um selinho na esposa e outro em sua barriga e se retirando junto com o sogro para mais um dia na lida.

Enquanto isso as mulheres permaneceram em casa e Dona Tê começou a destribuir as tarefas.

_ Minha fia, ieu vô te que arrumar a casa, por isso oce vai ter que ficar na cozinha suzinha hoje. Isso inclui que oce tumém lave a loça.

_ Ah não, isso ieu num faço.

_ Só hoje minha fia. Ieu tenho que arruma a casa e ainda lava a loça, me ajuda fia, faz esse favor pra mãe, só hoje?

_ Não posso. Essa barriga já está pesano muito, ieu já faço muito fazeno a cumida toda sozinha. E fique oce sabeno que o combinado foi que ieu só ia cuzinhar e não limpa nada.

_ Ara tá bão, num dá pra contar mermo coce.

_ É, num dá mermo.

_ Ah, que jaguatirica impacada essa minha fia. Deus dos exército! Dizia Dona Tê enquanto ia subindo as escadas em direção aos quartos.

O dia continuou sem muitas novidades. Gina já havia feito todo o almoço. Dona Tê já havia arrumado o antigo quarto de Gina para o irmão, limpado a casa e também lavado a louça, que fora motivo de discussão mais cedo. Estava tudo pronto para que Tarcísio chegasse, apenas faltavam duas coisas, Ferdinado e Pedro Falcão.

_ Ai fia, cadê seu pai e seu maridu que num chegam, meu irmão já deve de tá chegano.

Assim que Dona Tê terminou a frase, os homens chegaram.

_ Ai home, onde oces tava?

_ Ai mãe, nós tava trabaiano, ara.

_ É, mai tão atrasados. Tarcísio já deve tá estorano por ai. Vão tumar banho logo oces doi, que é pra receber ele tudo bão e bunito.

_ Tá bão mãe.

_ Tá certo Dona Tê. Disse Ferdinando fazendo um último carinho na barriga de Gina.

_ Pedro?!

_ Ahn? Disse Pedro Falcão do topo da escada, virando e olhando para a esposa que estava no final da mesma.

_ Sua ropa já tá no banhero lá quarto.

_ Tá.

Equanto Pedro já estava tomando seu banho, Ferdinando ainda estava indo para o banheiro com suas roupas em mãos.

Depois de alguns minutos Pedro Falcão terminou seu banho, desceu e juntou-se a esposa e a filha na sala para esperarem Tarcísio.

TOC TOC TOC

Escutaram alguém batendo a porta, Ferdinando ainda não havia terminado o banho, então Dona Tê resolveu abrir logo a porta e depois os apresentaria.

_ Tarcísio, meu irmão querido! Disse Dona Tê enquanto abraçava o irmão.

_ Teresa, minha querida irmã. Disse o senhor alto, magro, cabelos casatanhos claros, um pouco grisalhos, olhos verdes e com óculos. _ Como você está? Que saudade.

_ Ieu to bem. E oce como tem passado?

_ Eu estou bem, só trabalhando muito, mas agora estou de férias e então resolvi visita-los. Pedro meu cunhado. Disse dando um abraço apertado em Pedro Falcão. _Olha, eu quero ver a plantação daqueles trigos lindos que você me mandou bem de perto.

_ Craro Tarcísio, eles tão tudo lá no trigal, quando oce quinzé nós vai lá.

_ Gina minha querida sobrinha, você engordou bastante em menina? Disse Tarcísio ao dar um abraço em Gina ao mesmo tempo espantado com o que via.

_ É tio, mai ieu to é grávida mermo.

_ É o que?!

_ Sim, grávida de quatro criancinhas.

_ Você grávida, e ainda de quatro crianças? Alguém quer me contar alguma coisa?

_ Ai tio, ieu me casei e agora ieu to esperando quatro fios.

_ Eu nunca acreditei que viveria para ver isso.

_ Como é que é?

_ Nada. Mas vem cá, por que ninguém me convidou para ver esse milagre acontecendo?

_ Num cutuca a onça. Disse Dona Tê no ouvido do irmão. _ Purque nós num sabia quar que era vosso indereço lá na capitar.

_ Era só ligar pra telefonia que eles davam o meu número de telefone para vocês.

_ Mas Tarcísio, só agrora que o Nandinho resorveu o probrema do nosso telefone.

_ Ah tá, mas quem é Nandinho?

_ Ah tio, é meu marido. Ele tá terminano o banho e já vem.

_ Tudo bem.

_ Meu amor! Oce de...xo... Dizia Ferdinando enquanto vinha em direção a sala, mas quando chegou não conseguiu continuar. Ele estava diante de seu melhor professor de faculdade e padrinho de formatura. Seu rosto revelava espanto e felicidade por está diante dele, mas não sabia o que ele estava fazendo na sua casa provisória, então resolveu perguntar.

_ Professor Tarcísio, o que que o senhor faz por cá?

_ Eu vim visitar minha família.

Os dois se olharam intensamente, estavam surpresos e felizes por se reencontrarem.


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