Felizes para sempre escrita por Lu


Capítulo 18
Discurso


Notas iniciais do capítulo

Aqui está mais um capítulo, espero que gostem. Beijos e até o próximo. :)



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Os dias se passaram, e a sexta-feira finalmente chegara. Ferdinando já havia acordado, não tinha dormido quase nada com a chegada do grande dia em que teria que falar com os empregados da fazenda de seu pai. Ele estava na frente do espelho treinando o que falaria com eles, na verdade não tinha nenhum discurso pronto, mas tinha que fazer algo que o distraisse.

_ Frangotinho... o que que oce tá fazeno conversano cum espeio? Perguntava Gina, enquanto bocejava.

_ Meu amor bão dia, ieu num to cunversano com o espelho, ieu estou apenas treinando para o meu discurso hoje na nossa casa com os empregados do Coronér. Gina ieu só lhe peço uma coisa, pur favor num me chama de frangotinho na frente das pessoas, isso vai fazer ieu perder toda a credibilidade.

_ Mai o que que é isso?

_ Credibilidade é confiança, imagina eles ouvindo oce me chamano assim, com certeza eles não vão confiar mai em mim, vão achar que ieu vô ter medo das coisas.

_ Mai oce num é assim? Háhá...

_ Craro que não.

_ Ieu sei... Disse Gina levantando da cama e indo para perto dele. _ Oce fique tranquilo, ieu num vô te chamar assim na frente das pessoas que vão tá lá... meu frangotinho. Disse Gina ao ouvido do marido, enfatizando as duas últimas palavras. Ferdinando, a agarrou pela nuca e pela cintura e lhe deu um beijo bem apaixonado.

_ Sabe menininha, ieu num durmi nada essa noite preocupado cum esse discurso.

_ Carma, vai dar tudo certo. Pur que que oce num deita um poco mais e discansa?

_ Não consigo, que tal a gente descer e tomar nosso café pra dispois ieu ir pra lida cum vosso pai pra ver se ieu paro de pensar nisso.

_ Intão vamo logo que ieu to morrendo de fome. Disse Gina puxando o esposo em direção a saída do quarto.

_ Ara, que bão que oces decero. Fio, oce vai pra lida hoje cum ieu?

_ Vou sim Seu Pedro.

_ Ieu pensei que oce num fosse ir por conta do vosso discurso. Vamo faze assim, oce fica im casa treinando vosso discurso.

_ Num carece não meu sogro, ieu num tenho um discurso pra decorar.

_ Como anssim?

_ Isso mermo, ieu vô falar cum eles como ieu to falano cum o senhor agora, como bons amigos que somos. Falano nisso Seu Pedro, ieu e sua filha precisamos falar cum senhor.

_ Pois intão diga.

_ Agora não, dispois do café.

_ Ara, intão tá certo. Ingole logo esse café oces doi.

_ Carma pai, oce vai te que espera, causo que ieu vô demorar.

_ Ai ai, mai vamo logo.

_ Ai home de Deus, sua fia ta prenha, num apresse purque ela tá cumeno por cinco.

_ Gradecida mãe, agora vamo cume em paz.

Quando todos terminaram de tomar seus cafés, Dona Tê levantou da mesa e foi para a cozinha. Seu Pedro que era o mais curioso, foi logo perguntando.

_ Intão, o que que oces quiriam falar cum ieu?

_ Seu Pedro, o que ieu tenho pra falar coce é uma coisa grave, mai ieu quero que o senhor fique tranquilo que sua filha já cuido pra que isso num aconteça mais.

_ Ara conta logo que ieu já to ficano nervoso.

_ Seu Pedro... sabe o Maurício, aquele cara que está agregado lá na casa do Coronér?

_ Sim e daí?

_ Ele tento agarrar uma moça a força.

_ Mai que desgraçado. Mai quem é que ele tento agarra?

_ Vossa fia

_ Come que é?! É agora que aquele mardito morre. Disse Seu Pedro se levantando e indo em direção a seu escritório, que era onde ficavam expostas suas armas.

_ Carma Seu Pedro! Disse Ferdinando indo logo atrás do sogro. _ Escute home, sua filha já deu uns tiro nesse mardito, o suficiente pra ele sair correndo e num passar de um bejo.

_ É o que?! Bejo?! Fia, esse mardito lhe robô um bejo iguar esse daí?

_ Que isso Seu Pedro, o senhor tá me ofendeno. O senhor bem sabe que se esse bejo num tivesse acontecido, ieu hoje num tava casado cum ela, causo que essa braveza num dexava nenhum homem chegar perto e foi assim que ieu consegui roubar também o coração dela, mai esse mardito num tinha nenhum motivo pra roubar bejo, isso foi safadeza da parte dele, mai nós temos um plano pra que esse mardito pague por tudo que fez com nossa menininha.

_ Oce vá falano, mai ieu de quarquer forma vô matar esse um.

_ Seu Pedro, pra começar se oce fizer isso vai acabar com a minha candidatura, imagina meu correligionário matando o meu adversário político.

_ Mai esse desgraçado abuso da minha fia.

_ Meu sogrinho, o Maurício odeia perder preu em uma eleição, isso já aconteceu uma vez e com certeza pode acontecer de novo, é só a gente fazer o nosso melhor e usar esse infeliz acontecimento a nosso favor.

_ Como anssim?

_ Ieu já conversei com sua filha e ela concordo em dexar que ieu fale desse acontecido na minha campanha, mas sem dizer o nome dela, isse pode ser o nosso maior trunfo pra ganhar desse mardito e destruir ele de vez, e então, o que que o senhor acha?

_ Fia, oce tá mermo de acordo cum essa maluquice?

_ Tô sim pai. Num foi o senhor mermo que arregou quando o Ferdinando fez aquilo cumigo só por causo da política, então ieu acho que o senhor pode dexar as coisa como está por enquanto, pois se aquele mardito ganha essas eleição, oces pode ter certeza que ieu mermo mato aquele um.

_ Icha, ieu num arreguei não, ieu sabia que esse daí ia acabar casano coce. Mai então, ieu concordo coces, ieu só num quero que minha fia fique mar falada nessa cidade.

_ O senhor pode ficar tranquilo, ieu to aqui pra defender minha menininha de tudo de ruim que há nessa vida. Disse Ferdinando abraçando a esposa.

_ É bão que oce cuida mermo, purque se acuntecer daquele mardito fazer mai arguma coisa com minha fia o curpado vai ser oce.

_ O senhor pode ter certeza que pra acontecer argo com a Gina só se ieu tiver morto.

_ Acho bão mermo, agora vamo logo pra lida que já tamo atrasado.

_ Vamo. Ferdinando virou para a esposa a deu um selinho e falou. _ Gina, oce ajude sua mãe a preparar os quitutes para mais tarde, em?

_ Ieu sei, vô faze os bolos.

– Ah é? Perguntou dando-lhe um abraço. _ Bolos de que?

_ Ara, de mio, de coco e de chocolate.

_ Vamo logo Ferdinando! Gritou Seu Pedro do lado de fora da casa.

_ Ieu já vou! Gritou Ferdinando, logo em seguida pegando seu chapéu que estava na cadeira do escritório e dando um selinho demorado na mulher, para logo em seguida sair para trabalhar.

O dia continuou se passando tranquilamente. Ferdinando e Pedro Falcão estavam capinando o milharal e lá permaneceram até o termino do trabalho, que naquele dia especialmente seria no horário do almoço. Gina e Dona Tê passaram o dia todo na cozinha preparando a comida que irá ser servida durante o discurso de Ferdinando, enquanto Gina fazia os bolos e ainda fazia o almoço, Dona Tê preparava pamonha e cural. Enfim, os homens chegaram em casa, Seu Pedro já fora pegando um pedaço de bolo de milho que estava cortado em pedaços na forma em que foi feito, Ferdinando que vinha logo atrás, fez o mesmo que o sogro.

_ Mai oces pur favor parem de fica pegando os pedaço de bolo senão de noite num tem mai nada! Gritava Dona Tê.

_ O mãe, mai já tava fartano três pedaço,ieu achei que já pudia cumer.

_ Isso Pedro. Dizia Dona Tê mostrando o espaço formado na forma. _ Foi sua fia cum desejo e ela tá buchuda, pode cumer.

_ Tá bão, tá bão, descurpa. Vô lá pra cima tumar um banho pra cumer.

_ É desculpa. Também vou tomar um banho. Disse Ferdinando dando um beijo na buchecha da esposa e subindo até o quarto para pegar sua roupa.

*

A tarde passou e era chegada a hora de Gina ir para a escola.

_ Gina vambora! Gritava Ferdinando já impaciente de tanto esperar na sala.

_ Carma! Ieu num achei meu caderno!

_ Ele já está aqui comigo menininha!

_ Ara Ferdinando, oce pudia ter me falado.

_ Desculpa. Vamo logo.

Quando chegaram a escola, Gina deu um selinho em Ferdinando e foi em direção a seu lugar no fundo da sala. Ferdinando por outro lado, fez um asceno para chamar Juliana até onde estava. Esta que veio prontamente.

_Olá meu amigo.

_ Oi Juliana, ieu gostaria que oce lembrasse a seus alunos que na saída da aula ieu estarei os esperando na minha casa para conversar com eles.

_ Tudo bem, mas você disse conversar?

_ Sim, ieu num quero tratar isso como um discurso, isso me sooa tão formal, as eleições ainda estão longe, ieu só quero me aproximar um pouco mais do eleitorado, por isso a palavra conversa me sooa mior.

_ Eu também acho meu amigo, lhe parabenizo por essa atitude.

_ Gradecido, intão oce faz isso por mim?

_ Claro que sim, afinal, meu esposo é seu vice.

_ Gradecido. Seu esposo é meu vice com muito orgulho. Juliana, ieu já estou indo pra minha casinha esperar oces.

_ Estaremos todos lá. Tchau.

*

O final da aula Juliana faz o que Ferdinando lhe pediu.

_ Pessoal... escutam... só um minuto! Gostaria de convidá-los para irmos todos para a casa do nosso amigo Ferdinando e da nossa companheira de classe Gina, para que ele possa conversar com vocês.

_ Perfessora, o Zelão já tinha falado cum nós, mai ele falo que era um discurso de política e ieu num gosto muito de política. Dizia Jonas, um empregado da fazenda de Epaminondas.

_ Jonas, o Ferdinando me falou que não queria fazer um discurso formal com você, mas que quer conversar como alguém que conversa com um amigo.

_ Intão tá certo, ieu vô.

_ Ah que bom, então vamos todos! Dizia Juliana empolgada.

*

Todos chegaram a casa de Ferdinando e Gina. Ela por sua vez, como dona da casa, abriu a porta e os convidou a entrar.

_ Oces pede entrar, fiquem a vontade. Dizia Gina sendo educada com todos.

Eles entraram e ficaram espantados com a casa do Engenheiro. Era uma casa confortável, porém pequena para um filho do Coronel Epaminondas Napoleão.

_ Entre todos, se acomodem. Disse Ferdinando os mostrando as cadeiras espalhadas pela sala de estar. _ Se quizer, oces podem pegar bolo, preparados especialmente por minha bela esposa. Nesse momento todos a olharam novamente, eles estavam realmente descobrindo uma nova Gina pós- casamento. Eles levantaram e cada um se serviu com um pedaço de bolo, cural, pamonha e tomaram sucos de diversos sabores. Quando todos já haviam terminado de comer, Ferdinando levantou, pegou na mão da esposa, que se levantou e o acompanhou. Eles permaneceram de mãos dadas, Ferdinando nada falava, Gina, então apertou a mão do esposo, que logo lhe olhou, ela falou apenas mexendo os lábios.

_ Oce consegue, ieu to aqui lhe apoiano.

Foi então que, com essas palavras de Gina que ele tomou coragem e começou sua conversa.

_ Olá meus amigos. Ieu pedi que oces viessem aqui hoje pra mó de conversar com oces.

_ Mai patrão, o senhor quer faze discuso de política? Disse Jonas desconfiado.

_ Primeiro ieu num quero que oces me chamem de patrão, inté onte ieu era colega de trabaio doces e como oces sabem, o coronér Epaminondas me colocou pra fora de casa de novo somente purque ieu quis seguir o meu coração e o meu coração agora está com essa muier aqui do meu lado. Mai Jonas ieu chamei oces aqui pra somente conversar coces como bons amigo que fomos, oces me conhecem desde pequeno, ieu cresci com muitos de oces, outros doces me viram crescer, ieu só quero esclarecer proces argo que o senhor coronér num fez. Oces sabiam que o voto é secreto?

_ Não. Todos disseram ao mesmo tempo.

_ Então, ieu sei que o coronér é bem capaz de mandar oces votarem no candidato dele, mai ieu garanto proces, oces podem votar na pessoa que oces quiserem, seja em mim ou no outro candidato que ninguém irá fica sabeno, muito menos o coronér que é um home influente, causo que pra que isso num aconteça, aquela maquininha que oces votam tem uma boa segurança que faz com que ninguém tenha acesso ao voto doces, intão, por mais que o coronér “obrigue” oces a votarem no candidato dele, ele num vai poder saber se oces votaro ou não nele. Ah e falano nesse cadidato da oposição, num sei se oces sabem que ieu estudei cum ele na capitar e ele nunca gosto de mim, inté falar mal da minha família ele já falo e hoje meu pai, que um dia já foi insultado por ele está o apoiano. E por falar em coisas que essa um já faz a pior de todas foi tentar agarrar uma muier a força.

Todos tinham se surpreendido com a revelação de Ferdinando, eles estavam de boca aberta e olhos arregalados.

_ E para que todos não fiquem acreditando que ieu num tenho prova do que ieu to falano, ieu digo a oces que ieu tenho, mai só num falo o nome da vítima, pois ela quer ter sua identidade preservada, mai ieu tenho como provar o que ieu to dizeno. Mai ieu num quero que oces fiquem comentano por ai sobre esse assunto, pois num sabemo do que ele é capaz, né não? Mai enfim, ieu só quero que oces saibam que ieu tenho todos oces como amigos, e já que num sô mais filho do patrão doces, tudo que oces quiserem e claro, se ieu puder fazer, quero que oces num fiquem cum vergonha, pode vir falar comigo ou com minha esposa que se ieu puder ajudar, podem ter certeza que o farei. Como oces podem ver, minha casa num tem luxo nenhum e é assim que ieu quero viver, o que me importa é ser feliz cum minha muier, muier essa que me faz feliz a cada dia e cum meus filhos que estão chegano pra ser mais uma alegria na minha vida, a maioria doces tem filhos, então devem entender do que ieu to falano e é pra todos oces hoje e pros nossos filhos no futuro que ieu quero fazer dessa Vila e da Cidade das Antas o mior lugar pra se viver, por isso ieu com com o voto de cada um doces, mai num quero lhes obrigar a nada, oces fiquem a vontade pra votar em quem quiser, mas num quero que oces fiquem cum medo de votar, votem na pessoa que lhes passa mais confiança e que tem capacidade pra ajudar essa cidade e essa vila a crescer e com isso melhorar cada vez mais a vida doces e de suas famílias, quero que quando oces tiverem votano oces pensem na família doces e que pergunte para si mesmo qual cadidato fará mais pela minha família e pela família dos meus amigos. Quero que oces saibam que ieu hoje sô iguar a oces, dependia do meu salário lá da fazenda do coronér, e a poucos dias fui mandado embora e se num fosse meu sogro que a partir de hoje paga meu salário, ieu num teria condições de criar essa criançada toda que está a caminho, purque oces como homem sabem que é muito ruim pedir favor a alguém, por isso ieu digo, ieu conheço a realidade doces e farei de tudo que for possível pra melhorar a vida doces.

_ Oh Dotor Nando, o senhor promete que o vosso pai num vai descobrir se ieu votar no senhor? Perguntava Jonas.

_ Olha vamo parar de me chamar de senhor, ieu sô apenas Ferdinando ou Nando se preferirem. E ieu lhes garanto que ninguém, muito menos o coronér saberá.

_ Intão o inhô pode ter certeza que ieu vô votar no se... noce.

_ I ieu tomem. E assim, todos os presente começaram a dizer que também votariam em Ferdinando. _ Viva o inhô dotor Nando.

_ Carma... só um minuto... Muito obrigado, mai ieu tenho mai uma coisa pra lhes dizer... Gostaria de lhes dizer que o Zelão, será o meu vice prefeito, mas ele jamais em meu nome fará algo para entimidar oces. Oces fiquem sabeno que todo o que ele faz são ordens do coronér, mas que sem essas ordem ele é o cara mai legal, confiável e amigo que arguém pode ter, a esposa dele que o diga. Ah preciso falar da minha esposa, oces conhecem ela, e lhes digo ela tem um gênio difícil, mai que ela jamais fará argo de ruim com as pessoas. Olha ela é a pessoa mais linda e carinhosa desse mundo o que faz com que ela pareça ser meio rude é só purque ela não gosta de ver coisas ruins e injustiças acontecendo, somente isso faz com que ela se torne a braveza linda que ieu tanto amo, mai fiquem tranquilos purque essa braveza num coloca ninguém em risco de vida, ieu garanto, intão num se sintam pressionados a nada, ieu só quero que oces se possíver votem em mim, mai sei lá, se quiserem votar no otro, fiquem a vontade.

_ O Nando, nós já ia votar no inhô na otra eleição, intão já que o inhô agarante que vosso pai num vai saber de nada, nós fazemo questam de fazer isso agora, nós só ia votar no inhô antes, pur causo doce, que nós conhece, e não por causo do vosso pai, intão agora nós vai continuar votano no inhô, inda mai dispois de tudo que o inhô disse daquele um que pur sinar nós num conhece nada e que nós nunca que foi cum a cara dele mermo.

_ Muito obrigado, meus amigos. Agora ieu faço questão de abraçar cada um doces.

Com isso, Ferdinando primeiramente abraçou fortemente sua esposa. Logo em seguida, abraçou cada um dos presentes. E então, o restante desse encontro permaneceu tudo bem, Ferdinando dava atenção a todos que chegavam até ele, para falar de assuntos relacionados a terra, política e entre outros, comprimentavam Gina, enfim, até que todos resolveram ir embora, pois teriam trabalho no dia seguinte, então se despediram de Ferdinando com abraços e se foram.

Dona Tê e Seu Pedro foram os únicos que permaneceram na casa.

_ Intão fia, simbora arruma essa bagunça?

_ Dona Tê, a senhora pode dexa tudo que nós leva amanhã. A senhora e o Seu Pedro podem ir dormir, os senhores devem de tá cansados, pois oces trabalharam muito, e ieu agradeço muito por isso.

_ Oces num vão pra casa não? Perguntava Dona Tê.

_ Não, nós vamo ficar arrumano essa bagunça e vamo ficar por cá, mai amanhã nós vortamos.

_ Oces tem certeza?

_ Sim minha sogrinha.

_ Oces que sabe. Vamo im tão pai?

_ Tá bão. Tchau proces. Fio, oce foi muito bem.

_ Gradecido. Vão cum Deus.

Gina apenas ascenou para os pais. O casal saiu e Ferdinando então foi em direção a porta e a fechou.

_ O Nando pur causo de que oce falou que nós vamo ficar por cá?

_ Purque Gina... Disse Ferdinando chegando mais perto da esposa e a abraçando. _ Hoje foi um dia muito estressante preu.

_ E daí?

_ Hm Gina, oce poderia sei lá, me tirar um poco desse estresse.

_ E o que que meu frangotinho tem em mente?

_ Que tal uma massage?

_ Oce tá muito forgado.

_ Mai ieu mereço ou num mereço?

_ Oce num merece não, mai vô faze.

_ Ara, pur que que ieu num mereço?

_ Purque oce me chamo de braveza na frente de todo mundo.

_ Mai oce num é a braveza mai linda? O que ieu fiz foi acabar com o medo que eles tinham doce.

_ E quem foi que disse que ieu queria que isso acontecesse?

_ Ieu. Purque ieu num quero que ninguém vote em mim por medo doce ou do Zelão.

_ Ieu só num quero que eles pare de me respeitar.

_ Gina meu amor, respeito não vem de uma arma e sim da pessoa que se é. Ponha isso nessa cabecinha linda.

_ Tá, tá. Mai oce vai querer essa massage ou não?

_ Mai é craro. Dizia Ferdinando enquanto tirava o colete e a camisa. _Ei, aonde oce vai? Disse Ferdinando quando viu que Gina ia em direção ao quarto.

_ Ara, vô pro quarto pra lhe faze a massage.

_ Menininha, pur que que ieu ia querer ir pro quarto se nós temos essa casa inteirinha só pra nós, vamo aproveita que tamo sozinhos.

_ Ah seu ispertinho. Intão deita logo aí.

_ Oia como oce fala cumigo.

_ Cala a boca e deita logo. Dizia Gina enquanto o virava de costas e o empurrando contra o sofá, subindo em cima dele e começando a fazer a massagem com muita força.

_ Ai Gina.

_ Oce que pediu seu frangote, agora aguenta.

_ Mai...assim o...oce tá me ma...xucano.

_Num foi ace que disse que num é um frangote, intão... consegue aguenta.

_ Vô lhe mostra quem é o frangote. Disse Ferdinando, se virando, segurando-a, a jogando para a outra ponta do sofá. _ Oce tá falano demais. E a beijou ferozmente.

Ferdinando abriu o colete e a blusa de Gina tão rápido que pensou que havia até arrebentado os botões, e os retirou. Os beijos continuavam, porém começaram a migrar para várias partes do corpo, pescoço, seios, ao chegar na barriga, encontrou com o cinto, o tirou e já começou a trabalhar para tirar a calça, então a puxou juntamente com a calcinha para baixo até as retirar por completo. Começou a instigá-la na sua região mais necessitada no momento. Os gemidos começaram por parte dela. Ferdinando que já estava pronto, retirou sua própria calça e se encaixou, começando com movimentos lentos que logo se intensificaram. Agora dava para se ouvir gemidos mais constantes de ambas as partes. Até que ambos chegaram ao ápice juntos. Ferdinando se retirou de dentro dela e se deixou relaxar sobre o corpo suado da amada.

_ Gina?

_ Hm?

_ Oce agora sabe que ieu num sô frangote?

_ Craro que não, oce vai ser sempre o meu frangotinho.

Ferdinando sorriu, adorava ser chamado assim pela esposa.

_ Mai nunca duvide da minha coragem.

_ Vô pensar no vosso caso. Agora, vamo durmi? Tô muito cansada, trabaiei o dia intero naquela cozinha quente, dispois fui pra escola, fiquei aqui em pé lhe dano apoio e agora isso. Oce acabo cum minhas força.

_ Hm, que bão. Vamo sim, que ieu também to muito cansado. E oce ainda me deve uma massage de verdade, não esses tapas todo que oce me deu nas costa.

_ Se num gosto come menos.

_ Nunca!

_ É o que?

_ Nada, vamo logo durmi. Disse Ferdinando se levantando, indo em direção a cozinha que ficava logo depois da sala, ao lado dela havia um longo corredor com três quartos sendo um deles a suíte do casal e um banheiro. Então, ao chegarem em seu quarto deitaram-se bem abraçadinhos e dormiram rapidamente.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.



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