A Pianista escrita por LariChan


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoinhas! Beleza? Eu sumi, não? Quanto tempo passou? 3 semanas? Ah, watheaver. Enfim... acabei dando uma pausa brusca por causa do colégio (não vão achando que Colegial de primeira viajem é moleza!), mas agora estou de volta /o/
Também quero avisar que eu postei hoje (segunda) porque domingo eu acabei saindo e não consegui postar a fic. Mas não irá mudar o dia das postagens continuará sendo aos domingos ;)
Okay, agora bora ler sabudega~



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Acordei com meu despertador apitando. Desliguei e vi que já eram 07:40. Estou atrasada! Estou MUITO atrasada! Levantei-me rapidamente, peguei meu uniforme e fui vestindo enquanto tentava correr. Por sorte, não cai. Peguei uma torrada no armário, enfiei na boca enquanto tentava colocar minha blusa. Rapidamente enfiei meus pés na meia. Corri para pegar minha mochila e sai voando pela porta, nem me lembrei de trancar a casa. Fui colocando os sapatos no caminho, tropeçando em algumas partes. Depois de conseguir me arrumar mais ou menos, dei várias mordidas enormes na torrada até ela acabar. Eu tive que fazer um parkour no portão, pois estava fechado. Minha saia havia ficado enroscada na ponta daquela barreira de metal infeliz que tinha. Empurrei meu corpo para frente com os pés e cai no chão. Não me importei com o rasco que tinha certeza que fez na saia e corri feito uma louca até a sala prendendo meus cabelos em chiquinhas mesmo (dei graças por ele não estar tão embaraçado e enozado). Subi as escadas, torci o tornozelo e abri a porta da sala com tanta força que acho que a porta saiu do vão. Claire, uma menina transferida para nosso colégio, que estava sentada bem na ponta da porta, deu um grito enorme ao me ver. Acho que até eu iria me assustar se eu fosse à frente ao espelho.

Imagine: Uma menina ofegante, com a cara toda amassada pois acabou de acordar, com os olhos vermelhos, migalhas de torrada no canto da boca, com o cabelo despenteado em duas chiquinhas, saia rasgada, blusa amarrotada e meias mal colocadas. Visão de satanás (ou de um zumbi)!

– Senhora Yang? – disse o professor meio confuso.

– E-eu... M-mãe...

– Sua mãe...?

– ... Perdoe-me... Po-pode con-tinuar, por favor.

– O professor ficou me olhando com seus olhos arregalados e pediu para que eu sentasse. Perguntou se eu estava bem e se eu não queria ir par a enfermaria. Respondi que não, que estava só um pouco cansada. Fui andar mas esqueci que tinha torcido o tornozelo, e como sempre, cai no chão. Sentia minhas pernas bambas e o maior mico da minha vida me abraçar.

– Alguém pode ajudar a Yang, por favor? – disse o professor.

– Eu vou! – escutei a voz da Naomi.

Quando vi uma mão estendida para mim. Ou a Naomi virou homem ou eu estava com algum problema no cérebro. Mas percebi que na verdade era Tatsuo. Peguei na sua mão e ele me ajudou a levantar. Colocou meu braço em volta do seu pescoço, me pegou pela cintura e me levou até a enfermaria. No caminho ele não falou nada, nem mesmo um “bom dia”.

– O-obrigada... – disse eu.

– Não tem de quê. Mas fale-me, uma gangue de homens pervertidos atacou você?

– N-não! Não mesmo... – dei uma risadinha – Como mamãe vai ficar uma semana fora, não tenho um “despertador extra”. Quando eu não levanto no horário certo ela sempre acaba me acordando. Então... dessa vez eu me ferrei e bonito. Ainda por cima eu tive que pular o portão onde a minha saia ficou presa.

– Entendi. Mas é bom você procurar outra saia.

– Por quê? Rasgou só a pontinha, não tem problema.

– Se a “sua pontinha” é mostrar seu bumbum...

– O-OQUÊ??!! – senti minhas bochechas esquentarem.

Vi o Tatsuo rindo.

– Do que você está rindo?! Seu pervertido!

– Juro que não foi proposital. Mas você deve me agradecer por ter te avisado.

Que isso era verdade, era. Mas como eu sou eu... Fiquei emburrada. Chegamos na enfermaria e assim que entramos e enfermeira veio correndo minha direção.

– Tudo bem com você, moça? – perguntou.

– Ah, s-sim. Eu só torci meu tornozelo.

Vi a enfermeira olhar preocupada para mim e depois para Tatsuo como se ele fosse confirmar alguma coisa.

– Por favor, sente-se nessa maca.

Eu retirei meus sapatos e minha meia e meu tornozelo estava inchado. Ela se levantou, pegou uma bacia com água e um rolinho. Começou a abrir o pacote e cortá-lo em tiras. Veio até mim com a bacia e a faixa.

– Para que isso? – disse preocupada escondendo um pouco o tornozelo em baixo da maca.

– Temos que engessar.

– O-OQUÊ?! N-Não! Não precisa! Estou me sentindo bem melhor agora!

– Ande – a enfermeira pediu.

Eu me levantei da maca e assim que fui dar o primeiro passo eu cai novamente.

– ... Senhorita...

– Yang – completou Tatsuo.

– Senhorita Yang... Temos que engessar seu tornozelo. Você acabou se machucando muito feio. E se não tratarmos disso rapidamente isso poderá piorar no futuro.

Olhei para o Tatsuo e ele apenas disse um “sim” com a cabeça. Eu suspirei e concordei. A enfermeira começou a passar aquela faixa na água e depois só grudar na minha perna. Ela passava essa faixa e depois enrolava com uma gaze. Em seguida ela passava mais uma pasta de gesso. Ela cobriu meu pé (deixando apenas meus dedos de fora) até a altura mais ou menos do meu joelho. Ela colocou uma espécie de ventilador próximo da minha perna para secar mais rápido. Depois que secou ela me disse algumas instruções (que provavelmente eu iria quebrar talvez sem querer) que eu deveria seguir. Agradeci e ela entregou-me um par de muletas.

Tatsuo me ajudou a me acostumar com as muletas. Enquanto pegava o jeito de como andar com aquilo, ele me segurava pela cintura. Eu estava bem preocupada mesmo. Minha mãe não estava em casa, nem mesmo o sr. Jonson. E muito menos a Sra. Lee, que eu sempre ia parando na casa dela (mesmo com um exército de gatos, eu gostava dela – e claro, de seus cookies). Agora eu tenho responsabilidade em dobro! Como irei subir as escadas até o banheiro e até meu quarto? Só com a ajuda das naves E.T.s para me elevar até o segundo andar da minha casa.

– E agora? – perguntou Tatsuo cortando o silêncio enquanto voltávamos para a sala.

– E agora o quê?

– Como fará para se virar sozinha e ainda mais com o tornozelo enfaixado?

– Com a misericórdia de Deus... ou dos E.T.s talvez...

– Se precisar é só me ligar, ou mandar uma mensagem...

Olhei para ele e ele estava olhando para o outro lado. Agradeci e chegamos na porta. Ao entrar eu, novamente, fui o centro das atenções da sala de aula. Agora eu sei como os famosos se sentem -.-

– Ay-chan! Ai meu Deus! Você machucou feio, ein?! - disse a Naomi preocupada comigo enquanto eu sentava na minha carteira.

– Ah, não foi nada. Daqui a pouco eu tiro essa coisa.

– Pessoal, como podem ver, a nossa colega Ayumi está com a perna enfaixada. Então peço a colaboração de todos vocês para que possam ajudá-la e que vocês não esbarrem em seu tornozelo – disse o professor.

Todos concordaram e o professor continuou a aula. No recreio, eu parecia uma tartaruga tentando se levantar quando ela cai com o casco para baixo. Rapidamente a Naomi já pegou as muletas que estavam encostadas na parede, chamou o Hayato para me ajudar a levantar.

– Gente, eu consigo fazer isso sozinha. Eu ainda tenho a perna esquerda para me ajudar. Mas agradeço a preocupação de vocês.

O Hayato me deu uma mãozinha para eu pegar impulso. Peguei a muleta e fui até alguma máquina de comida. Hayato e a Naomi pareciam meus guarda costas ou então dois pais preocupados com o filho que recém está andando. Consegui comprar meu lanche sozinha, então perguntei se eles queriam ir até a Sala de Música.

– Mas é no último andar! – disse a Naomi.

– Eu sei. Mas eu consigo. Sei que consigo. E além do mais, tenho que me acostumar porque na minha casa tem degraus...

– Não acho uma boa ideia, Ay-chan... – disse Hayato.

Então vi alguém me pegando no colo, rapidamente o Hayato segurou minhas muletas. Novamente, era o Tatsuo me carregando.

– Ta-tatsuo! N-não precisa!

– Ah, fica quieta, vamos logo. Hmm... Você é mais leve do que eu pensei.

– Ei!

Eu novamente fiquei muito corada. Chegamos até a sala e o Tatsuo me colocou no chão, em seguida o Hayato trouxe-me as muletas. Agradeci e entramos. Sentamos na mesa e começamos novamente a nos entreolharmos.

– Então... alguém viu o professor Seiji por aí? – pergunta a Naomi.

– Eu nunca mais consegui uma aula com ele. O pior que é o fim do ano está chegando e a minha apresentação também – disse Tatsuo.

– Nossa apresentação. Também irei tocar no palco. Sempre que eu tinha aulas, era uma professora substituta.

– Talvez viajando? – optou Hayato.

– No meio do ano? – perguntei para ele.

– Ué... ele é um ótimo professor, talvez contrataram ele para apresentar um concerto em algum lugar.

– Pode até ser...

Ficamos pensativos um pouco quando a Naomi nos lembra de algo que realmente havíamos esquecido por um tempo: Emi. Não só de Emi, mas também do meu caderno que mamãe escondeu!

– PUTZ! É verdade! – disse eu – Como mamãe não estará em casa, vou aproveitar para revirar a casa toda.

– Você não pode – disse Tatsuo. - Seu tornozelo.

– Ah, isso não é nada. Eu sei muito bem arrastar-me pelo chão. Posso dizer que já sou profissional nisso por causa da minha preguiça.

– Como amanhã será o último dia de aula antes das férias de verão, eu vou até sua casa te ajudar! – ofereceu-se Naomi.

– Ah, obrigada.

Tatsuo e Hayato também se ofereceram. Ficamos discutindo por um bom tempo sobre a Emi e o caderno. E o que a mamãe tem haver com ela. Dispersamo-nos do assunto várias e várias vezes, mas sempre tentando voltar ao foco. O tempo passou rápido, até a hora de irmos em bora.

Agora, sem a ajuda de ninguém, eu torci para que tudo desse certo em casa (principalmente eu na hora do banho). Eu estava louca para entrar no quarto da mamãe e poder saber onde ela enfiara o caderno, mas estava morta de cansaço por causa do dia de hoje. Decidi deixar isso para o dia seguinte, que terei mais disposição. Dessa vez, coloquei o meu despertador programado e fui dormir.


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Notas finais do capítulo

"Hey, Ayumi! The World and the Tretas hates U!!"

Bom, os próximos capítulos agora sim a história desenrolará um pouco mais. Não pretendo "enrolar" muito com essa fic, mas precisamos ter calma, não? ^^"
Espero que tenham gostado!!
Chu~



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