A Pianista escrita por LariChan


Capítulo 30
Capítulo 30


Notas iniciais do capítulo

Hola muchachinhos belos da Lari! Beleza? Como prometido, foi atualizado no dia e hora certa u.u
Estou correndo o mais rápido possível para que eu possa postar os capítulos no dia certo. E garanto que a história já está quase concluída (mentira! :v). Mas falta pouco! /o/
Enfim... bora lê~



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No dia seguinte, tudo deu certo. Acho que era meu dia de sorte, primeiro porque era o último dia de aula antes de começar as férias de verão e porque eu não tropecei ou bati meu pé em nada, assim como ninguém bateu nele. Na saída, ouvimos as últimas palavras do professor falar antes de nós saímos para as férias.

– Alunos, espero que nessas férias vocês possam se cuidar, além de vocês mesmo mas também da saúde. Lembrando à vocês que assim que voltar às aulas, teremos as atividades dos Clubes. Assim como algumas apresentações que serão feitas à parte. Espero que vocês possam se dedicar para sua apresentação. Desejo à todos vocês uma ótima férias.

Assim que ele terminou nós esperamos o sinal soar e nos levantamos. Vi alguns se levantando e se espreguiçando, outros perguntando aos amigos se iriam no karaokê da esquina nas férias, outros falando que iriam viajar... E eu... Ficarei fazendo nada. Talvez só comendo e engordando no sofá em frente à TV esperando minha mãe voltar da sua Lua de Mel.

– Ay-chan! – vi a Naomi se aproximar de mim – Sei que você está com a canela enfaixada, mas você não quer ir no Vídeokê conosco? Eu, Tatsuo e o Hayato vamos. Sabe? Só para nos divertimos um pouco...

MEU DEUS! Ela está pensando em ir no Vídeokê?! Ele é o único karaokê que possui vídeo da minha cidade, e posso dizer que só vai quem tem dinheiro. Não que seja caro, mas é que sempre acabamos pedindo comes e bebes. O Vídeokê é enorme, deve ser quase que um quarteirão inteiro, com salas particulares e à prova de som (se ocorrer um assassinato lá dentro, ninguém escuta...). Também tem ótimos estofados com almofadas, até seis microfones, uma tela plana enorme, um computador touch para escolher as músicas e duas caixas de som enorme do lado da TV e outras duas caixas menores no canto superior da sala. Ou seja, dá para fazer a maior farra lá dentro.

– Eu não sei, sabe...? Estou com medo de bater essa perna em algum lugar. Ainda dói bastante meu tornozelo...

– Sem problemas! Se precisar eu te carrego! – disse o Hayato sentando na cadeira à minha frente.

– Pessoal, acho melhor não...

– Vamos, Ay-chan... – o Hayato me olhou com olhos de cachorro que caiu da mudança.

– Tudo bem... Eu vou.

Todos concordaram e então lá fomos nós... O Hayato se ofereceu para que eu subisse em suas costas e eu aceitei. Disse que eu depois fazia metade do caminho a pé mesmo (ou à muleta), pois ninguém merece levar outra pessoa nas costas por dois quarteirões, né? Andamos uma boa parte e depois eu disse para o Hayato me soltar, pois poderia fazer aquele trajeto a pé. Percebi que o menino não estava aguentando mais.

– Sem problemas. Sou líder do time de Basquete! Acho que não consigo? – disse ele bufando um pouco.

– KAZUMI! Largue-me! É sério...

– Passa ela para mim, Kazumi – disse Tatsuo.

– N-não precisa! Tudo bem, eu vou a pé.

Não pude nem pegar minhas muletas com a Naomi que o Tatsuo já me colocou em suas costas.

– Vamos lá – disse ele ajeitando os braços em volta das minhas pernas.

Eu me segurei colocando as duas mãos em seu ombro. Eu não resisti e deitei em suas costas. Eram tão quentes... Quando eu estava nas costas do Tatsuo, o tempo passou voando. Já tínhamos chegado ao local. Ele me largou cuidadosamente e a Naomi já me entregou as muletas.

– Obrigada pessoal... – disse um pouco envergonhada.

– Irei pedir uma sala, já volto – disse Naomi.

Fazia um bom tempo que não tinha vindo aqui no Vídeokê... A última vez que vim foi com meu primo Kazehaya e seus amigos. Eu deveria ter uns dez anos de idade. O lugar não mudou muita coisa, o que mais mudou foi os pôsteres-propagandas de música e claro, a lista aumentou e muito.

– Pronto, pessoal. Nossa sala é a 3-A – disse a Naomi lendo um papelzinho sobre as normas.

Fomos seguindo por um corredor que em cima das portas havia uma plaquinha identificando qual é cada sala. A nossa ficava em uma seguindo até o final do corredor e virando à direita. Depois viramos a Esquerda e era a terceira porta da esquerda. Um verdadeiro labirinto. Abrimos a porta e havia um garoto não muito velho lá dentro.

– Sejam bem vindos! – disse o menino – Eu sou praticamente que o mordomo particular de vocês. Se quiserem pedir algo, ou qualquer outra coisa, é só apertar nessa tela – disse apontando para uma espécie de telefone touch na parede. – Estarei à disposição de vocês, colocarei quatro microfones para funcionar, só um minuto.

– Hã... Quantos anos você tem? – perguntou Hayato.

– O quê? Quatorze, por quê? – o menino se virou olhando para o Hayato.

– Você não é muito novo para trabalhar aqui não?

– Ah, é que o meu tio é dono desse negócio, então eu decidi ajuda-lo. Mas por enquanto eu sou só o ajudante dos clientes mesmo.

Nesse momento o Hayato saiu correndo e abraçou o menino de lado, colando sua bochecha na dele e falando:

– ONNWW!! Você, um menino tão pequeno e fofinho ajudando seu tio? Que coisa mais fofinha!

– Kazumi, largue o menino – disse nervosa a Naomi.

Ele o largou e bagunçou o cabelo do garoto. Realmente ele era bem fofo. Deveria ter por volta de 1,60 de altura, cabelo de uma cor marrom-avermelhada, olhos cor mel e uma pele morena. A Naomi sorriu para o menino e disse que não era para ele denunciar para a polícia o que o Hayato tinha acabado de fazer com ele. E concordo que aqui parecia um pedófilo atrás de criancinhas indefesas '-'

Ele sorriu de volta com uma cara meiga e foi arrumar os microfones. Enquanto ele preparava tudo, eu dei uma boa analisada na sala. Ela também não mudou muito. Agora o que foi acrescentado é o tal do mordomo, o aparelho para chamá-lo e agora possui luzes coloridas. Ele colocou os microfones sem fio na mesa e pediu licença. A primeira pessoa que quis cantar foi o Hayato. Ele foi até o computador escolher uma música e adivinhe qual era a música? “Gentleman” do cantor PSY. Esse menino não pensa mesmo, não?!

Até que foi bem divertido, Kazumi sabia porcaria nenhuma de coreano então saiu um árabe, talvez? Nunca ri tanto na minha vida! Enquanto o Hayato cantava, ele também dançava! MEU DEUS! Que visão do inferno! Não sei se a dança era daquele jeito e que ele dançava bem, ou se era uma lacraia se debatendo. Quando ele terminou seu pequeno show, o Tatsuo gritou com algumas risadas no meio:

– SAI DAÍ SEU LIXO!

– Nossa, Tat-senpai... Magoou – disse fazendo uma carinha de choro.

– Ah, então você é o cantor gostosão?! Mostra se você é bom mesmo! – disse eu colocando lenha na fogueira.

– Não... estou bem aqui. Não estou a fim de cantar.

– Anda logo, mariquinha – disse eu.

Acho que aquele “mariquinha” o fez ficar revoltado, fazendo ele se levantar do sofá rapidamente e pegar um microfone. Escolheu uma música e esperou ela começar.

– Agora eu vou mostrar quem é Mariquinha aqui!

Foi quando ele começou a cantar... Ele não deveria ter aberto aquela boca...

– “I’m a Barbie Girl, in the Barbie world

Life in plastic, it’s fantastic!

You can brush my hair, undress me everywhere

Imagination, life is your creation

Come on Barbie, let’s go party!

Nesse momento o Hayato pegou um microfone e começou a cantar junto como ele.

– “I’m a blond bimbo girl, in a fantasy world

Dress me up, make it tight, I’m your dolly

You’re my doll, rock’n’roll, fell the glamour in pink,

Kiss me here, touch me there, hanky panky…

You can touch, you can play, if you say: “I’m always yours”!!

Nesse momento a Naomi desligou a música.

– Isso aqui está muito gay! Chega de viadagem! Ninguém vai tocar ou brincar ou outra coisa.

– Por isso que está legal! – disse eu ainda morrendo de rir me contorcendo no sofá.

– Okay... Vamos cantar outra música mais máscula – disse o Tatsuo.

– Tipo o quê? – perguntou a Naomi.

– YMCA! – respondeu Hayato.

Só vi o Tatsuo dar um tapa com força na nuca do Hayato fazendo ele esfregar com a mão direita a nuca.

– Não, agora quem vai cantar vai ser a Ay-chan! – disse a Naomi entregando-me um microfone.

– Ah, não mesmo! – disse secando uma gotinha de lágrima do meu olho. – Só vim porque vocês insistiram!

No final, eu acabei cantando. Escolheram a música “Hello Shooting-star” para mim. Se eu fui bem? Não tenho a mínima ideia. Eu não canto dês dos meus sete anos de idade. Ao terminar a música, a Naomi me abraçou. Ela estava chorando?!

– Nao-chan... Você...

– Shhh... foi lindo demais... – disse colocando seu rosto no meu ombro.

– Então... Querem pedir algo para comer? – disse eu tentando deixar aquele clima tenso e vergonhoso.

– OBA! Quero tapioca! – gritou Hayato.

– Quero só uma lata de refrigerante mesmo... – disse Tatsuo.

Nós chamamos o menino e ele veio nos atender. Pedimos os comes e bebes e depois de uns quinze minutos ele apareceu novamente segurando uma bandeja com tudo. A Naomi ajudou o garoto a levar as coisas, pois ele parecia se atrapalhar com tanta coisa... Depois disso, o garoto pediu licença e antes de sair perguntei o nome do menino. Ele respondeu que as pessoas costumavam de chama-lo de “Gacchan”. Então assim pedimos permissão para chama-lo também. Acho que aquele pirralho virou nosso amigo.

O tempo passou e no final de tudo isso Hayato ficou bêbado (depois de beber mais ou menos cinquenta copos de tapioca). E o pior, a Naomi também! Eu admito que estava um pouquinho bêbada, mas ainda tinha consciência do que estava fazendo. No final das contas o Tatsuo acabou pedindo um táxi para nos levarmos para casa. Quando o táxi chegou, ele ajudou o Hayato a se sentar, mas teve que meter um tapa em sua cara pois estava querendo o beijar nos lábios. Depois ele ajeitou a Naomi deitada com a cabeça em seu colo, porque havia adormecido.

– Kazumi, vê se não faça besteira, cara. Quando a Naomi e você chegar em casa sãos, mande-me uma mensagem.

– Tudo bem – disse emburrado. Sério que ele queria mesmo dar um beijo no Tatsuo?!

Depois Tatsuo pediu outro táxi para mim e para ele. Ele colocou minhas muletas no porta-malas e ajeitou-me no banco de trás, onde ele foi na frente. Percebi que o taxista não parava de olhar para mim, e aquilo estava me incomodando bastante.

– Então... Bela noite, não? – Tatsuo chamou a atenção do taxista fazendo-o olhar para ele.

O caminho parece que foi longo, e ele deixou-me em casa primeiro.

– O-obrigada por ter chamado o táxi – disse eu. - E obrigada por ter ajudado-me no táxi. Aquilo realmente estava me incomodando.

– Melhor do que sofrer um acidente. Isso não foi nada. Eu queria dar um soco na cara dele, mas ele que estava dirigindo, então... - ele deu uma pequena risada. - Ainda nos veremos nas férias né?

– Oh! Claro! Amanhã eu vou futricar minha casa, se quiser vir junto... – disse sorrindo.

– Vai procurar o caderno?

– Mas claro! Preciso saber onde mamãe enfiou e o motivo!

– Tudo bem, eu venho – disse dando um dos seus sorrisos laterais.

Antes de ir em bora, o Tatsuo colocou sua mão direita na lateral do meu rosto e me deu um beijo da bochecha do lado esquerdo.

– Boa noite.

– B-b-boa noite! Até amanhã!

Ele voltou para o táxi e acenou um “tchau” para mim. Entrei em casa e a primeiro coisa que fui fazer foi jogar-me no sofá da sala.


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Notas finais do capítulo

Eta capítulo grande, não? (Eta capítulo gay! Isso sim :v Desculpa pessoal... mas eu tive que zoar um pouquinho XD -como se eu não zoasse demais já "¬¬) Peço perdão pelo tamanho... Acho que acabei me empolgando demais ;~; Mas sempre estou atenta para não passar de 2.000 palavras.
É agora que no próximo capítulo, bora ir no armário da mãe da Ayumi para ir pra Nárnia /o/
Enfim... Espero que tenham gostado.
Chu~

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OBS.: Tapioca é uma bebida alcoólica consumida no Japão.



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