Levy POV’s on

– Bom, pequena, está na hora de você saber o que você tanto queria.

Eu fiquei parada por um momento vendo-o procurar algo no bolso da blusa.

– Gajeel... – comecei – O que você está fazendo?... Levanta daí... – eu me sentia desconfortável, principalmente porque estavam todos olhando para mim. Já era certo de que eu estava com as maçãs do rosto vermelhas. Mas como não ficar? Seu namorado está ajoelhado à sua frente, estão todos olhando e ele está super kawaii. Como não ficar com vergonha?

– NATSU! – gritou ele ao ver o amigo rachando o bico e comentando “Você perdeu”, como se ele o que ele procurava tivesse sumido – ONDE VOCÊ COLOCOU AQUELA MERDA, SEU MALDITO? – ele não respondeu, e apenas continuou rindo. Algo me dizia que ele não tinha pegado a “coisa” que meu namorado procurava.

– Gajeel! – repreendi-o ao perceber que todo o restaurante estava olhando a cena, afinal, ele berrou no meio de um local lotado de gente e que, até agora, estava quieto. – Não grite, onegai...

– ACHEI! – ele basicamente me ignorou. Não, ele me ignorou, era um fato – Baixinha – ele voltou-se para mim novamente com um sorriso tranquilo e me olhando profundamente. Ele estava muito kawaii daquele jeito.

Nesse momento, Gajeel tirou algo de dentro da blusa (provavelmente de um dos bolsos escondidos) que eu não consegui ver. Afinal, era um objeto muito pequeno.

– Nanica – chamou-me novamente como se eu fosse surda. Ele mostrou-me o que tinha em mãos e senti o olhar de todos sobre nós ainda mais forte – Quer casar comigo?

Eu fiquei estática. É como se eu não tivesse escutado de forma correta, como se aquilo fosse um sonho uma alucinação, uma ilusão. Gajeel está realmente pedindo minha mão? Eu realmente não estou acreditando! Ele...ele... mas como... quando... eu...

Enfim, parece que eu fui consumida pela “raiva” de tanto tempo me escondendo algo tão importante como isso que acabou por minha primeira reação não foi a que ninguém esperava.

Gajeel POV’s on

Um tapa! Aquele gnomo de jardim me deu um tapa! Mas, mas eu pedi ela em casamento! Ela ficou tão furiosa assim? Mas eu pensei que fosse algo bom e que ela fosse gostar! Como...?

– Você demorou esse tempo todo e me enganou para fazer isso? – perguntou ela – Baka, baka, baka! – vi lágrimas escorrendo de seus olhos. Ixi, será que ela odiou tanto assim? Será que eu fiz merda?

Mas eu pensei que... Espera, ela está rindo, chorando ou sorrindo? Espera de novo, ela... que tipo de reação é essa que mistura tudo isso?

– Você não... – tentei falar, mas fui interrompido.

– É claro que eu aceito – ela pulou no meu pescoço em seguida. Nos beijamos. Não foi algo com luxúria, e sim com amor e apaixonante. Depois, eu apenas abracei-a e murmurei uma única palavra:

– Koishiteru*. – ela me repetiu minha fala enquanto todos aplaudiam, fazendo com que aquelas palavras fossem ditas em um momento íntimo entre nós, no qual apenas nós poderíamos escutar.

Levy POV’s on

Soltei-me dele enquanto todos do restaurante (sim, do restaurante), cessavam as palmas.

– Agora eu quero explicações! – disse secando as últimas lágrimas de felicidade – Pode começar! – sim, eu sou obrigada a exigir isso depois de tudo que ele me fez passar.

– Explicações...? – ele era mesmo meio lerdo, e eu tinha me esquecido que ele não ia entender de primeira o que eu dissesse – Que explicações?

– Explicações ué! Quanto você recebeu com as horas extras, por que você foi para Londres, com o que a Lucy te ajudou... Tudo que você emntiu e escondeu de mim.

–Aaaaaaah – pronunciou. Sentamo-nos nas cadeiras novamente ele começou com a historinha. – As horas extras começaram faz muito tempo. Quando eu não dormia tanto na sua casa. Eu acordava mais cedo todos os dias. Eu fiz isso pra conseguir o dinheiro para tudo que eu precisava fazer, ou seja, tirar o passaporte, comprar as três passagens para Londres, comprar as alianças, o colar...

– Espera – o interrompi – Três passagens? – fiquei confusa.

– Sim... – foi meu pai que respondeu – Ele foi até Londres para pedir permissão a nós – apontou para si mesmo e depois para minha mãe.

– Permissão...?

– É, para casar com você. – esclareceu ela. Assim, lágrimas se formaram novamente em seu rosto. – Depois viemos no mesmo voo que ele para cá.

– Mas vocês me disseram que iam vir quando Gajeel já tinha voltado...

– Fazia parte do plano. Nós estávamos no apartamento de Gajeel. – meu pai voltou a falar.

– Então – continuou contando – Eu pedi para que a Lisanna – e apontou para ela – Que me ajudasse com o passaporte para você não desconfiar.

– Era você que estava com ele na frente da oficina... Aaah...

– Você me seguiu aquele dia? – meu namorado questionou confuso.

– Sim... continue. – pedi.

– Seus pais me deram permissão logo no primeiro dia, então eu voltei cedo para cá. Eu achei que fosse passar mais tempo em Londres...

– E eu – Lucy manifestou-se – Dei o endereço, local, número e todas as informações que ajudassem Gajeel a fazer isso – ela falou bem sorridente e feliz.

– Meu objetivo era esconder tudo o máximo possível de você... Você é muito esperta, ia descobrir se eu fizesse algo muito óbvio... Por isso disfarcei com alguns “segredos falsos”.

– Agora eu entendi... – disse depois de uma leve pausa. Sorri igual uma boba e encarei-o.

– O que foi? – Gajeel me olhou curioso e com o ar interrogativo.

– Nada... Eu só estou... feliz.

Gajeel POV’s on

Graças a Kami! Arigatou! Deu tudo certo! Tirando o tapa e eu achar que ela não ia aceitar, fora isso foi tudo perfeito! Agora eu tenho que acertar as coisas com certo rosado.

– Natsu! – falei, chamando-o sua atenção – Você estragou! Eu disse que era pra você pedir a Lucy hoje e aqui, não o contrário, esquentado!

– Eu não tenho culpa, cabeça de ferro!

– Tem sim! Foi você quem mudou os planos...

–Agora chega – falou Lucy me cortando e segurando o namorado.

– Pode parar Gajeel – minha NOIVA repreendeu-me (vou adorar exibir isso)

– Mas...

– Mas nada, é nossa festa de noivado, sem brigas.

– Exatamente – concordou Lucy.

– Hai – dissemos eu e Natsu em uníssono.

Ficamos calmos e conversando. Após uns vinte ou trinta minutos, Rogue aparece em nossa mesa acompanhada de Yukino.

– Yo, baka – cumprimentei meu mais novo aprendiz. – Yo, Yukino.

– Rogue! – A pequena espantou-se, mas ficou feliz. Eu sabia que ela conversava com ele de vez em quando. – Yukino, está linda! Podem se sentar!

– Ah não, obrigado – disse ele. – Estamos em um encontro.

– Oh! – foi o que minha NOIVA pronunciou.

– Só viemos para dar parabéns aos dois.

– Hai. Parabéns, Levy-san e Gajeel-san – falou Yukino toda meiga. Em seguida, trocamos algumas palavras e eles foram embora.

– Gajeel-san? – a anã me pergunta – Desde quando conhece a Yukino?

– Rogue é meu aprendiz da oficina agora – respondo na maior tranquilidade.

– Por que não me contou? – ela pareceu curiosa.

– Acho que eu esqueci – demos risadas abafadas e depois ela foi conversar com Jet e Droy, seus amigos de infância.

A festa se seguiu assim, nos divertindo e curtindo o momento, principalmente eu e a baixinha, que após muito tempo de um “segredo”, segundo ela, finalmente foi revelado e, agora, caminhamos para um futuro. Um futuro lado a lado. Um futuro juntos. Um futuro perfeito.