Gajeel POV’s on

“Acho que vou à casa da baixinha” pensei enquanto trocava de roupa. Já havia terminado o serviço por hoje mesmo e ainda não era tarde. Deviam ser o quê? Umas 19h00? Bom, isso não importa. Eu tenho a chave de lá mesmo. Gehe.

Peguei minhas coisas, sai e fui em direção ao apartamento na nanica.

Acho que vou ligar para ela... Não seria muito legal eu chegar lá, ela estivesse dormindo e eu acabasse por acordar ela... Se eu ligar e isso acontecer, eu tenho mais chances de sobreviver do que se minha pessoa física a acordasse...

Tratei logo de pegar o celular e procurar o contato “Pocket Girlfriend” no meu celular.

– Alô?

– Baixinha?

– Não. Você ligou para o número errado. – Ela estava brava por acaso?

– Então, anã. Eu chego aí em cinco minutos. Eu ‘tô indo ver o meu neko – Pelo menos não tinha a acordado. Pois se o tivesse feito estaria sem meu tímpano direito.

– Gajeel, hoje não dá para...

– E compra uma pizza. – Desliguei o telefone. Ok, ela estava brava comigo, só não sei o motivo. Bom, eu vou descobrir.

Levy POV’s on

Que mal-educado! Ele me liga avisando que vem na minha casa sem permissão e ainda eu tenho que comprar uma pizza? É abusar da minha nada-boa-vontade! E ele conseguiu ter a péssima ideia de vir hoje aqui! Pode isso?

E o que mais me deixa irritada com tudo isso é saber que ele está me escondendo alguma coisa! Pelo menos eu sei que ele não quer terminar, pois se quisesse não teria agido tão normalmente comigo pelo telefone e falado que vinha aqui... Eu acho e suponho.

Não faço idia de quanto tempo fiquei pensando nisso, mas quando fui me dar conta, Gajeel acabara de abrir a porta, largar as coisas dele pela sala e vir em minha direção.

Gajeel POV’s on

É completamente estranho ver a baixinha do jeito que ela está: Usando um vestido de verão verde florido que deixa suas pernas e coxas quase inteiramente visíveis e a deixando sexy, principalmente com esse olhar irritado sendo lançado em minha direção com uma aura negra a rodeando e... Espera um pouquinho...

– Gajeel! – esbravejou – Quantas vezes eu já te disse que não é para jogar as coisas na minha sala!!!??? – Ixi... surtou – E além do mais, como você tem a coragem de falar para que eu comprasse uma pizza porque você estava vindo para cá só pra ver o Lily e ainda por cima sem permissão? – sim, ela surtou de vez.

– Er...

– “Er” nada! Agora trate de... – Não deu tempo dela falar até eu pegá-la no colo como um porquinho indo para o abate e seguir para o final do corredor.

– Gajeel, me solte agora!! Você não tem o direito de fazer isso! – sentia-a deferir socos nas minhas costas.

– Gehe.

– “Gehe”? Como você tem coragem de rir da minha cara? Me solte agora mesmo!

Levy POV’s on

Parece que tudo hoje está contribuindo para me deixar com mais raiva ainda! Meu namorado é tão idiota!

Ele me levou até meu quarto sem pronunciar nenhuma palavra.

Quando entramos, ele me jogou na cama e logo deitou por cima de mim, deixando-me imobilizada.

– Eu já disse pra você que quando você usa essa roupa fica completamente atraente? – ele falou com um sorriso de canto, fazendo-me corar violentamente. E, ao abrir a boca na tentativa de revidar aquela fala, ele me rouba um beijo nem muito rápido, nem muito demorado.

Logo em seguida, começou a descer os beijos para o meu pescoço, mas eu tratei de empurrá-lo com uma veia saltando na minha testa. Gajeel olhou-me com uma cara de um cachorro abandonado pedindo comida, me fazendo corar ainda mais.

– Não – foi o que eu disse.

– Por que não? – quis saber.

– Três motivos: Primeiro que você precisa de um banho, segundo que você está abusando da minha hospedaria, e terceiro porque eu tenho muita coisa pra fazer.

– Mas...

– E quarto porque você disse que veio para ver o Lily, e não eu – sim, eu estava bancando a namorada revoltada.

Ele bufou e me roubou-me mais um beijo, saindo de cima de mim e se dirigindo ao banheiro do quarto, logo lançando suas roupas pelo meu quarto. Humpft. Respira fundo, Levy McGarden.

Levantei e recolhi suas roupas, colocando-as para lavar enquanto ouvia meu querido namorado cantar no banho.

Em seguida fui para sala a fim de recolher agora suas coisas jogadas pelo chão. Primeiramente peguei a blusa de frio que ele nem usara e pendurei no braço do sofá. Depois, quando ia pegar sua “mochila”, escutei o telefone do mesmo tocar.

Procurei-o pelos bolsos e finalmente o encontrei. O telefone marcava ser Jellal. Atendi.

– Alô?

– Alô, Levy?

– Isso mesmo, Jellal.

– Graças a Kami! – Não entendi o motivo do alivio – Levy, como eu posso pedir a mão da Erza de uma forma romântica? – Não acreditei no que ouvi.

– Espera aí, você vai pedir a Erza em namoro? – perguntei curiosa, enquanto ia fechar o bolso que deixei aberto da mochila. – Até que enfim! – falei – Você tempo demais!

– Eu sei, eu sei – Jellal falou como se fosse a milionésima vez que escutava isso naquele dia.

Minha mão chegou ao zíper da mochila. Mas antes de fechar, tive a visão de um envelope branco, pequeno, enfiado junto com os materiais da faculdade de Gajeel. Talvez não tão inconscientemente, levei a minha mão direita até ele e o retirei do meio dos cadernos.

– O que eu não sei é como eu posso fazer isso! Estou desesperado! – Jellal continuou a falar.

– Bom, talvez você devesse comprar rosas vermelhas para ela e com um cartão entregar um anel de compromisso... sei lá, você conhece mais a Erza do que eu. Devia saber o que fazer. – enquanto dizia isso, abria o envelope.

“Um passaporte?” pensei. Sim, um passaporte é o que a desconhecida entregara para ele. Um passaporte para Gajeel Redfox... Suspeito.

Coloquei-o de volta no envelope e guardei-o na mochila, arrumando-a.

– Eu acho que você deveria fazer isso por conta própria. – completei antes que Jellal falasse alguma coisa.

– Hum... arigatou, Levy. Eu já sei o que vou fazer. – falou – Ja ne.

– Ja ne – despedi-me e desliguei o telefone no exato momento em que Gajeel sai do quarto vestindo apenas uma bermuda.

– Com que você estava falando no meu celular? – ele perguntou desconfiado.

– Jellal – respondi – Ele vai pedir a Erza em namoro e queria ajuda. – falei e franzi o cenho – O que é estranho, pois ele ligou para você.

Gajeel apenas deu de ombros.

Segui para a cozinha a fim de preparar a janta. Estava morrendo de fome.

Gajeel POV’s on

Bom, eu preciso contar para ela, se não ela vai ficar mais brava comigo ainda e dizer que eu não avisei.

– Baixinha – chamei-a atenção e ela se virou – Eu vou viajar para Londres nesse final de semana.

Levy POV’s on

É claro que eu me assustei com aquilo! Como assim viajar? Para Londres?

– Por quê? – foi o que eu perguntei sem deixar transparecer a confusão.

– Eu tenho que arranjar umas peças de um carro que não tem aqui e para exportar não valeria a pena. – respondeu – É por isso que eu estava fazendo hora extra.

– E por que não me disse antes?

– Porque você não ia me deixar ir. – Não me convenceu. Eu nada disse. Seria possível mesmo? Ele vai viajar sem mim? – Vou e volto sábado – completou – Por isso não te chamei. – agora estava lendo meus pensamentos?

Eu não estava mais brava com ele... até agora... mas será possível que ele não vá mais me dizer a verdade? O que está fazendo, Gajeel Redfox?!