Levy POV’s on

O sol da janela bateu nos meus olhos. Coloquei o travesseiro no meu rosto na tentativa de voltar a dormir, porém, logo em seguida meu despertador tocou, obrigando-me a despertar.

Levei minhas mãos aos meus olhos e esfreguei-os antes de finalmente abri-los. Eu estava no quarto. Como? Eu não tenho certeza. Provavelmente Gajeel tenha me carregado até aqui. Falando nisso... Cadê ele?

Levantei da cama e dirigi-me ao banheiro. Tomei banho, escovei os dentes e vesti uma blusa branca e um legging preto, coloquei meu sapato igualmente preto e, por fim, prendi meu cabelo em um rabo de cavalo.

Antes de sair do quarto, escolhi uma jaqueta, para caso esfriasse na hora de sair do trabalho.

Abri a porta e fui em direção à cozinha, procurando qualquer sinal de que Gajeel estivesse em casa.

Não vi nada e não escutei nada, apenas encontrei certo neko preto dormindo no tapete. Abaixei-me e acariciei sua cabeça.

– Ohayo, Lily – ele nem se moveu, apenas ronronou.

Passei por cima do mesmo e adentrei o cômodo. Notei que, na mesa de jantar encontrava-se um papel ao lado de um prato com torradas e um copo de café com leite.

– Gajeel fez isso...? – perguntei-me pensativa. Ele normalmente não fazia algo desse tipo, a menos, é claro, que quisesse alguma coisa.

Aproximei-me da mesa, peguei o papel e pus-me a ler:

“Baixinha,

Tive que sair mais cedo. Terei de fazer hora extra na oficina nas próximas semanas.

Voltarei mais tarde hoje, portanto não me espere para jantar nem para dormir.

Aishiteru*

Gajeel”

Hora extra? Mas ele fez hora extra na primeira semana do mês passado! Agora ele vai fazer isso de novo nas “próximas semanas”? E eu? Como fico nessa história? Ele prometeu que íamos passar a noite juntos hoje {n/a: nada de hentai, seus pervertidos}. Ótimo...

(...)

Gajeel POV’s on

– Yo, mecânico. – Natsu chamou minha atenção do lado de fora da oficina.

– Cai fora, esquentadinho. Eu ‘to ocupado. – sim, eu sempre sou curto e grosso (menos com a nanica, é claro).

– Que foi em? Quer brigar? – ele provocou da mesma forma de como fazia quando éramos do colegial. Eu apenas o ignorei e voltei para baixo do carro que estava concertando.

Pelo jeito, o meu jeito ignorante funcionou pela primeira vez, pois ele mudou de assunto.

– Cara de ferro – ele me chamava assim por causa dos meus piercings. – Gray, Juvia, Lucy e eu vamos ao cinema hoje à noite. A Lucy pediu para que eu chamasse você e a Levy... Então... Vocês querem ir?

– Er... – hesitei por um instante, lembrando-me da promessa que não ia cumprir essa noite – Não dá. Vou fazer hora extra. – era por uma boa causa que eu tinha que eu ia trabalhar mais.

Ele começou a rir da minha cara com um dedo apontado para mim e a outra mão na barriga – Pra quê você vai fazer hora extra? – continuou rindo.

– Não é da sua conta – foi a única coisa que eu respondi.

– Agora vai ficar de segredinho é?

– Ah, cala boca! Por que vocês não chamam a Erza e o Jellal? E dá uma força com eles? Pois os dois empacaram no Médio!

– A Juvia chamou, mas parecem que eles têm outros planos – Natsu fez uma cara pervertida. Eu apenas revirei os olhos. O ar de inocência dele havia sumido. – Bom, eu vou indo. Boa sorte com sua “hora extra” – depois disso, saiu correndo e por sorte conseguiu desviar da chave de boca que eu havia tacado.

Que cara chato!

(...)

Levy POV’s on

– É uma pena que não possam ir – Lucy falou com o ar deprimido. Ela estava na biblioteca me ajudando a guardar os últimos livros que foram largados ao longo do dia nas mesas.

– Pois é... – suspirei.

Já eram 18h00. Depois da faculdade pela manhã, eu tinha uma hora para almoçar e correr para o trabalho.

Como eu, Lucy estudava na Fairy Academy (faculdade de moda) e como segunda-feira é o dia de folga da loja onde trabalha, ela sempre me acompanha.

– Levy-chan – começou – Parece preocupada. Aconteceu alguma coisa?

– Gajeel anda meio esquisito nas últimas semanas.

– Mês passado você me disse a mesma coisa.

– É que agora está mais... constante. Ele não para em casa, pegou hora extra no trabalho de novo e agora passou a não cumprir promessas.

– Como assim? – Lucy me encara pela primeira vez.

Guardei o último livro na prateleira e baixei a cabeça.

– Ele disse que ficaríamos juntos essa noite.

– Oh! – disse apenas.

O assunto se encerrou.

(...)

Abri a porta de entrada na esperança de vê-lo ali. Doce ilusão minha.

Joguei a chave em cima da mesa e dirigi-me para o quarto. Peguei meu pijama e fui tomar banho.

Uma hora mais tarde já havia terminado de jantar e, por culpa do cansaço, me dirigia para a cama a fim de descansar.

Gajeel POV’s on

Eu sei, eu devia estar em casa. Mas qual o problema de eu ir ver minha pequena? Eu tinha prometido que ficaria com ela essa noite, então o mínimo que eu posso fazer é ir vê-la.

Com a cópia da chave, adentrei o apartamento. Tudo estava quieto.

Procurei por ela na sala e na cozinha até finalmente encontrá-la no quarto, dormindo igual um anjo.

Sorri inconscientemente.

Aproximei-me da cama e agachei, ficando no mesmo nível que a cabeça da anã.

Sua respiração estava calma e uniforme. Beijei levemente sua cabeleira azul e isso me fez me sentir muito mal por não ter ficado com ela no dia de hoje. Uma única ideia como “solução” disso passou pela minha cabeça.

Tirei os sapatos e deitei na cama ao lado dela, abraçando-a por trás {n/a: hentaístas, eu sei que estão aí, mas novamente peço para que não levem no duplo sentido}.

Ela virou-se para mim, ainda dormindo e se ajeitou no meu peito de forma que conseguisse sentir sua respiração em meu pescoço. Puxei-a para mais perto.

– Desculpe por hoje, pequena – sussurrei, afagando seu cabelo – Foi por uma boa causa. – dei uma pausa antes de continuar - Por sua causa.

Beijei sua testa, fazendo-a remexer em meus braços.

Assim, entrei em sono profundo.