Beauty and the beast escrita por SundaeCaramelo


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, capítulo feito especialmente para a Julieta, que veio me cobrar o resto da história hehe. Espero que gostem ;)



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POV fera

Era um final e tarde absolutamente comum. Eu observava melancólico o pôr do Sol pela janela do castelo. De repente, vi um movimento estranho no jardim, um lugar que não era visitado por quase ninguém, durante muitos anos. Coloquei uma capa negra e fui ver o que era. E me surpreendi com o que vi.

Ela era linda. Incrivelmente linda. Cabelos que pareciam ser feitos de ouro, levemente ondulados, caiam em seus ombros, formando belíssimos cachos. Olhos grandes e verdes, que observavam encantados cada canto do jardim. Pele branca como a neve e lábios rosados como a mais bela rosa. Eu não esperava aquilo. Não esperava que uma jovem de traços tão delicados tivesse coragem para sequer entrar naquela floresta, que dirá em meu sombrio jardim.

Mas lá estava ela. E lá estava eu, observando-a de longe, completamente admirado. E então, pouco tempo depois, ela estava quase roubando AQUELA rosa, eu a impedi e como isso a assustou um pouco (já que eu tinha gritado como se estivesse desesperado, o que eu realmente estava), quando surgi diante dela, falei, com um tom de voz um pouco mais calmo, para não assustá-la:

– Pode pegar o que quiser. Mas essa rosa não.

– Por que não? - Ela perguntou, com um sorriso travesso, deixando-me surpreso. É CLARO que eu não iria contar a ela porque ela não podia, de maneira alguma, pegar aquela rosa. E ela também não tinha o direito de se meter na minha vida, uma vez que ELA estava invadindo o MEU jardim. Por isso, rosnei:

– Isso não lhe interessa.

Seu sorriso se desfez. Tudo bem, confesso que posso até ter sido um pouco - UM POUCO - mal -educado, mas eu senti um pouco de pena quando ela abaixou a cabeça e respondeu, tentando se justificar:

– Me desculpe. Eu pensava que o jardim estava abandonado. Mas, caso queira saber... Essa rosa era na verdade um presen...

– Silêncio ! - pedi. Não que eu não quisesse ouvir sua explicação. Na verdade eu realmente queria muito saber que diabos ela estava fazendo ali, aparentemente sozinha no meio da floresta!? Mas, eu precisei interrompê-la, pois comecei a ouvir barulho de tiros ao longe. E me lembrei que estávamos no meio de uma guerra, o que tornava aquela jovem ainda mais corajosa (ou louca), já que ela não parecia demonstrar medo ou preocupação por estar em um jardim misterioso, conversando com um completo desconhecido que foi grosseiro quando ela lhe fez uma simples pergunta e ainda por cima, por isso estar acontecendo quando seu país estava em guerra.

Soube da guerra quando ouvi a conversa de duas moças desavisadas que caminham pela floresta, dias antes. Infelizmente essas moças foram capturadas. E eu realmente, por algum motivo, não queria que o mesmo acontecesse com aquela linda, porém enxerida, moça no meu jardim. Por isso pedi para que ela ficasse quieta. Mas ela fez justamente o contrário e continuou a tentar se explicar, falando cada vez mais alto. Como resultado, o barulho dos tiros foi ficando cada vez mais próximo. Sem pensar, joguei-a para trás de um arbusto, pois assim, pelo menos ela ficaria escondida e pedi novamente para que ela se calasse.

Mas é CLARO que isso não funcionou, de novo, e ela começou a gritar e a chamar por alguém. Só que eu não imaginava que "Anna", a jovem para quem ela pediu ajuda, fosse realmente aparecer , já que eu pensava que a única louca a passear pela floresta naquelas circunstâncias, fosse aquela garota. Mas ela apareceu, para piorar a situação. O barulho estava ainda mais próximo e eu sabia que não daria tempo de puxá-la para o arbusto também, antão, avisei, tomando cuidado para que Anna pudesse ouvir, mas os soldados, ou quem quer que fosse, não:

– Fuja!

Por sorte ela obedeceu e fugiu, provavelmente mais assustada com o alerta de um estranho, do que com a possibilidade de se tronar prisioneira de guerra. Mas, a linda moça, deve ter pensado que eu queria machucá-la por ter roubado a rosa e que eu queria impedir que ela fosse ajudada por alguém, porque ela continuou a gritar como uma maluca, praticamente chamando os soldados e pondo em risco a sua vida, a de Anna e até a minha! Então, eu explodi:

– CALE A BOCA SE QUISER VIVER!

Sei que ela pode ter interpretado tudo errado, mas pelo menos aquilo funcionou, pois apesar de ela ter se assustado com meu ataque repentino, ela finalmente se calou.

Então, decidi leva-la ao castelo, onde ela pelo menos ficaria segura. Assim que chegamos, Paul, Harry e Charlotte, meu únicos e fiéis criados, vieram nos receber. Sabia que eles iriam querer perguntar quem era e o que aquela garota estava fazendo ali, mas pedi silêncio até finalmente o barulho cessar.

Quando isso aconteceu, nos encaramos por um tempo, enquanto eu pensava no que fazer com ela. Pensei em simplesmente deixa-la ir embora e esquecer que aquilo tinha acontecido. Mas algo me dizia que eu não podia fazer aquilo. Porque eu sentia que precisava conhecer aquela moça corajosa (e teimosa) e que precisava saber o porquê de ela não agir como as outras jovens, que nunca teriam coragem de agir daquele modo com um completo estranho. Além disso, alguma parte do meu ser me dizia que por trás de toda aquela coragem, ela poderia ser frágil e isso me fazia querer protege-la. Depois de um tempo pensando, tomei coragem e perguntei, tentando soar o mais simpático possível:

– Qual é seu nome?

Ela fechou a cara e respondeu com outra pergunta:

– Porque quer saber?

Tá, aquilo, não estava indo nada bem. Mas eu não queria desistir. Eu realmente queria conhece-la, talvez por causa de todos aqueles anos de solidão, ou por que ela realmente me parecia ser uma garota interessante. Porém eu sabia que ela jamais ficaria no castelo por vontade própria se descobrisse a minha verdadeira aparência, afinal, eu era um monstro e os monstros assustam e espantam. E é claro que ela nunca iria querer sequer conversar comigo se descobrisse o quanto eu era feio, mesmo que ela soubesse que tudo o que eu queria fazer era protege-la. Já estava quase perdendo as esperanças e deixando-a ir embora, mas então me lembrei de algo que provavelmente faria com que ela ficasse ali. E finalmente respondi:

– Já que irá ficar no castelo por um tempo, pensei que seria bom saber ao menos o seu nome...


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Notas finais do capítulo

Sempre paro na melhor parte muahahaha. Vou tentar postar o próximo amanhã, continuem acompanhando :) Ah, e como a Belle Frost me disse que gostava de capítulos longos, tentei fazer um bem gordinho hehe. Desculpem-me se ficou longo demais.



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